quinta-feira, 31 de março de 2011

DEUS NECESSITA DE TESTEMUNHAS

Hoje, o mundo necessita ouvir fatos a respeito de Deus para mudar a própria mentalidade. O Senhor precisa que haja pelo menos um punhadinho, ao menos um grão de fermento, testemunhando os fatos d'Ele. Deus Pai quer que você seja a testemunha d'Ele, que se apresente e fale em favor d'Ele.
Contudo, só pode testemunhar quem realmente tem fatos e pode contar o que o Senhor faz em sua vida. Você pode apresentar o que Deus fez por você, a transformação que Ele está operando em sua vida. Os grandes feitos do Senhor em você e a partir de você. O que Ele fez com as pessoas que vivem com você, na sua casa, na sua família, no seu grupo entre os seus colegas, em seu (sua) namorado (a), noivo (a)... Você realmente pode testemunhar tudo o que o Senhor fez em sua vida.
Esta é uma maneira fácil, objetiva e comum, de ser um evangelizador. Não há necessidade de um púlpito e de microfone para evangelizar, basta contar aos íntimos o que Deus tem feito em sua vida e em sua família: a droga que você deixou; o adultério que abandonou; o desejo que agora você tem de rezar; a força para vencer a bebida; a superação do ódio que guardava no coração...
O Todo-poderoso necessita de testemunhas. E os homens precisam ouvir os fatos levados a efeito por Ele no mundo. Não para que Deus seja defendido, mas para que os homens se convençam e venham também para o Deus vivo e verdadeiro.
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

O TEMOR AO SENHOR


Eclesiástico, 1: 27 a 40
27. O temor ao Senhor expulsa o pecado,
28. pois aquele que não tem esse temor não poderá tornar-se justo. A violência de sua paixão causará sua ruína.
29. O homem paciente esperará até um determinado tempo, após o qual a alegria lhe será restituída.
30. O homem de bom senso guarda suas palavras; muitos falarão, em voz alta, de sua prudência.
31. O sentido da instrução está encerrado nos celeiros da sabedoria.
32. Mas o culto de Deus é abominado pelo pecador.
33. Meu filho, tu que desejas ardentemente a sabedoria, sê justo e Deus ta concederá.
34. Pois o temor do Senhor é sabedoria e instrução, e o que lhe é agradável
35. é fidelidade e doçura; ele encherá os celeiros daqueles (que as possuem).
36. Não sejas rebelde ao temor do Senhor, não vás a ele com um coração fingido.
37. Não sejas hipócrita diante dos homens, e que teus lábios não sejam motivo de queda.
38. Vela sobre eles para que não caias, e não atraias sobre tua alma a desonra;
39. e para que Deus, revelando teus segredos, não te destrua no meio da assembléia,
40. por te teres aproximado do Senhor sorrateiramente, com o coração cheio de astúcia e engano.

NUNCA REZAMOS SOZINHOS !

O Céu é um contínuo orar: louvores e adoração, proclamando o Senhor; e os anjos desejam que na Terra aconteça aquilo que é o próprio Céu. Quando existe alguém rezando na Terra, eles vêm; e vêm em revoada para orar e cantar junto conosco, e elevar nossa oração. Oramos em nossa fragilidade mas, por estar orando, os anjos completam o que nos falta e nos ligam ao Céu.
Nunca rezamos sozinhos! Principalmente quando o fazemos em comunidade, os anjos vêm em grande quantidade para rezar conosco. Em nossa limitação, nem sempre sabemos como, por quem ou por qual situação devemos orar: falta-nos visão. Porque enxergam além do que é humano, os anjos são capacitados para acrescentar o que falta às nossas preces. Quando nossa comunidade se reúne em reza, são o Céu e a Terra que se unem diante do Senhor.
Ainda não rezamos o suficiente e, por isso, não atingimos ainda toda a dimensão de oração que precisamos atingir. Não demos ainda a essa Terra a qualidade de oração de que a humanidade necessita para que o Céu se abale e a graça de Deus venha; para que o triunfo de Jesus se realize e a evangelização atinja as pessoas, de modo que todos tenham os corações transformados.
Não chegamos àquela dimensão de oração sobrenatural em que não somos somente nós que oramos: damos nossa voz, nosso coração, nossa mente, entregamos alma e espírito na oração, porém ela é acrescida pelo poder do Espírito e pela presença dos anjos que oram junto conosco, unidos à intercessão de Maria: uma oração de poder! Esta sobe ao céu com o poder de Deus, para que a graça, a benção e o Espírito venham e a face da Terra se renove, para que a Igreja retome sua posição de Igreja e Jesus triunfe. O Senhor quer que atinjamos essa qualidade de oração!
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

quarta-feira, 30 de março de 2011

A CADA DIA

b

   Cada dia basta o seu cuidado. Vamos nos ocupar com o dia de hoje, e
deixarmo-nos conduzir pelas mãos de Deus. Deixemos o que ficou para
atrás, e não nos preocupemos com o amanhã, mas vivamos intensamente o
dia de hoje, com a certeza no coração que é o dia mais precioso, e não
podemos vivê-lo de qualquer jeito. Perdoemos hoje quem precisamos
perdoar, ajudemos quem precisamos ajudar, acolhamos quem precisamos
acolher e façamos o bem a todos que aparcerem no nosso caminho. Tudo
precisa ser vivido hoje, porque o amanhã não nos pertence. É sabedoria
seguir este conselho de Jesus: “Não vos preocupeis com o dia de  amanhã,
pois o dia de amanhã terá suas preocupações próprias” (Mt 6,34).
Jesus, dá-nos a graça de vivermos o dia de hoje como se fosse o último da nossa vida.
Jesus, eu confio em vós

Eclesiastes, 5: 1 a 7
1 GUARDA o teu pé, quando entrares na casa de Deus; porque chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal
2 Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu estás sobre a terra; assim sejam poucas as tuas palavras.
3 Porque, da muita ocupação vêm os sonhos, e a voz do tolo da multidão das palavras.
4 Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos; o que votares, paga-o.
5 Melhor é que não votes do que votares e não cumprires.
6 Não consintas que a tua boca faça pecar a tua carne, nem digas diante do anjo que foi erro; por que razão se iraria Deus contra a tua voz, e destruiria a obra das tuas mãos?
7 Porque, como na multidão dos sonhos há vaidades, assim também nas muitas palavras; mas tu teme a Deus.
Que logo pelo amanhecer de hoje você já receba as bênçãos de Jesus... e que sobre tua casa recaia a graça do brilho do sol do amor e da justiça de Nosso Senhor. Paz!

COMO DEVEMOS AMAR OS NOSSOS INIMIGOS ?

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É próprio do ser humano a cada dia querer ser mulher. É fácil odiar os outros, mas o desafio é amar. Amar os inimigos é adquirir qualidade de vida, porque amando estarei sendo como Deus. Tudo que desejo de bom para mim, devo desejar para os outros.
Ser cristão é viver o maior desafio de ser outro Cristo para as pessoas e amar como ele, pensar como ele. A sua vida precisa ser a vida do Cristo, e a vida do Cristo precisa ser a sua.  precisamos desejar tudo de bom aos nossos inimigos. Como devemos amar os nossos inimigos?
Primeira pergunta que lhe faço: Como essa pessoa se tornou inimigo? Não confunda o perdão com esquecimento. Muitas vezes não esquecemos a situação, mas precisamos nos decidir perdoar. As experiências que toca os nossos afetos e as nossas emoções ficas marcado em nós.
Quando falamos em amar os inimigos, não estamos dizendo que você vai esquecer os problemas. Qual a receita que Deus nos dá está em amar em gestos os nosso inimigos. “Deus não nos trata segundo as nossas faltas”.
Uma pessoa que maltratou você merece o castigo e era assim antes no antigo testamento, era ''olho por olho e dente por dente.” Mais uma vez que sabemos “Deus não nos trata segundo as nossas faltas”. Precisamos imitá-lo, e perdoar é não tratar o outro segundo as suas faltas.
O mal que fizeram com você, se não esqueceu, lembre que este ato de maldade você não pode fazer o mesmoO grande mal do ser humano é querer tomar posse do lugar de Deus , e se nós queremos ser perfeito como Deus, é preciso amar os outros como Deus ama. Deus dá chuva para os justo e os injusto.
O grande problema do ser humano é não considerar que é injusto, e sim sempre o justo.
Todas as vezes que nos fazem mal, naturalmente queremos vingança. E ai confundimos vingança com justiça. A justiça divina é sempre injusta, porque Jesus não leva em conta as suas faltas.
É qualidade de vida viver segundo Deus, segundo Jesus Cristo.
A nossa vida será de amizade e inimizades e constantemente preciso lembrar não vou tratar meu inimigo como exige as suas faltas.
Olhe para os seu s inimigos e lembre cada vez que peca você se torna o inimigo de Deus. Trate seu inimigo como Deus te trata. Faça o bem, Deus faz o bem para você. Faça gesto concreto de amor.

terça-feira, 29 de março de 2011

ESTAÇÕES DA VIA SACRA

I Estação

Jesus é condenado à morte.Pilatos mandou vir água e lavou as mãos diante da multidão: "Estou inocente do sangue deste homem". A responsabilidade agora é do povo". Depois de mandar açoitar Jesus, entregou-o para ser crucificado."

II Estação
Jesus carrega a sua cruz.Jesus recebe sobre seus ombros a cruz e se dirige ao Calvário ou Gólgotha ('lugar do crânio' em hebraico). A Cruz é um antigo instrumento de suplício, usado para executar os condenados à morte.

III Estação
Jesus cai pela primeira vez.Jesus caminha cansado e abatido sob o peso da cruz. Seu corpo está coberto de sangue, suas forças esmorecem e ele cai. Com chicotes, os soldados que o escoltavam o forçam a se levantar.

IV Estação
Jesus encontra Maria, sua mãe.Mãe e filho se abraçam em meio à dor. Eles tudo partilharam até a cruz. Sua união era tão intimamente perfeita, que não tinham necessidade de falar, porque a única expressão residia nos seus corações.


V Estação
Jesus recebe ajuda de Simão para carregar a cruz.Na verdade, Simão de Cireneu foi obrigado a carregar a cruz. Ele vinha passando, quando recebeu dos soldados a ordem de ajudar, Jesus tinha que permanecer vivo até a crucifixão.

VI Estação
Verônica enxuga a face de Jesus.Uma mulher que assistia à passagem de Jesus decide limpar a sua face tingida de sangue. O pano usado por Verônica teria ficado gravado com a imagem do rosto de Cristo

VII Estação
Jesus cai pela segunda vez.Jesus sabia que iria enfrentar um cruel sofrimento. Seu espírito estava preparado, mas seu corpo estava cansado e abatido. Ele caminhava com dificuldade e mais uma vez tropeçou e caiu.


VIII Estação
Jesus fala às mulheres de Jerusalém.Já próximo do Monte Calvário, Jesus esquece sua dor para abrir o coração e consolar as mulheres que, chorando, lamentavam o seu sofrimento.

IX Estação
Jesus cai pela terceira vez.Aproxima-se o fim da Via Crucis, com a última queda de Jesus, a terceira de três quedas. Jesus chega ao Calvário. Quiseram dar-lhe vinho misturado com fel, mas ele não quis beber.


X Estação
Jesus é despojado de suas vestes.Os soldados tomaram as roupas e as sortearam entre eles, cumprindo assim, as profecias antigas que descreviam esse episódio.


XI EstaçãoJesus é pregado na cruz.Jesus é crucificado. Cravos de ferro rasgam sua carne, dilacerando suas mãos e pés. A cruz é erguida, e o Cristo fica suspenso entre o céu e a terra. Agora, ele está definitivamente pregado à cruz.

XII Estação
Jesus morre na Cruz.Com o Sol eclipsado, Jesus gritou do alto da cruz: 'Pai, nas Tuas mãos entrego o meu espírito. Agora, estou contigo'. Baixou a cabeça e morreu.


XIII Estação

Jesus é retirado da Cruz.Depois de pedir autorização a Pilatos, José de Arimatéia e Nicodemos compraram um lençol de linho branco e tiras de pano, e retiraram o corpo de Jesus da cruz. Maria, sua mãe, o recebeu em seus braços.



XIV Estação
Jesus é sepultado.José de Arimatéia, Nicodemos e alguns apóstolos tomaram o corpo de Jesus, envolveram-no com um lençol de linho e o deitaram numa saliência na rocha em forma de cama. Então fecharam a entrada com uma grande pedra.


XV Estação
A Ressurreição.No domingo, as mulheres que foram ao túmulo o encontraram vazio. Viram dois homens com vestes claras e brilhantes que lhes perguntaram: "Por que procuram entre os mortos, quem está vivo? Ele não está aqui, mas ressuscitou".


EUCARISTIA E CONFISSÃO, ARMAS CONTRA A TENTAÇÃO

 Uma grande tentação é não fazer a vontade de Deus
Sua Palavra, Senhor, é mais penetrante que uma espada de dois gumes. Toca-nos, agora, Senhor, para que Tua Palavra possa trazer a vitória sobre qualquer espírito mau que queira nos enganar.
Eu acho que todos devem saber o que os romanos faziam quando derrotavam um império ou um general. O vencedor entrava de forma triunfante em Roma. E em meio àquela entrada triunfal, o general era aplaudido e louvado. E o general derrotado era amarrado à carruagem do vencedor. E isso era o máximo de humilhação para quem que havia sido derrotado.
Se olharmos Colossenses, veremos que São Paulo usa esse mesmo fato para falar da derrota do inimigo de Deus. Já foi dito várias vezes que o demônio já foi derrotado. Não precisamos temer nada. É verdade que o maligno é como um leão que ruge à nossa volta, tentando achar uma brecha e nos devorar. Mas por que ele continua a entrar nesse campo de batalha, uma vez que já foi derrotado? A intenção dele é diminuir a força do reinado de Jesus. Satanás continua a tentar enfraquecer aqueles filhos e filhas de Deus que fazem parte do Reino de Deus. E a experiência de muitos é esta: "Por que depois que comecei a seguir Jesus tenho mais tentações, me sinto mais oprimido que antes e tenho mais crises?"
Muitas pessoas, muitos cristãos, uma vez que tomam a decisão de seguir ao Senhor pensam que vão ter uma vida mais tranquila. Mas a verdade é o contrário, pois o demônio não tem interesse em atacar os que não são seguidores de Jesus. O interesse dele é colocar obstáculos na vida daqueles que decidiram seguir o Senhor. Os cristãos são as pessoas mais atacadas. Até os santos foram perseguidos.Seguir Jesus, num momento de entusiasmo, é fácil, mas continuar O seguindo nos momentos de sofrimento é difícil. Mas existe uma coisa, uma técnica que frequentemente o demônio usa para nos atacar: o desânimo, o desencorajamento. O inimigo de Deus virá tentá-lo quando você estiver se sentindo fraco, cheio de medos, com raiva, ansioso e triste. Ele é como um rato dentro em um duto. Você não o vê. Ele age durante à noite, esconde-se sem que ninguém o veja. Mas se você derramar uma chaleira de água quente lá onde ele está, ele vai ter de sair do buraco. Quanto mais louvamos a Deus, tanto mais o maligno não consegue suportar isso e foge.
O desânimo não vem de Deus, sempre vem do inimigo, daquele que nos faz desistir de seguir em frente.
Não temos por que temer o diabo, pois ele já foi derrotado. Ele é que tem de ter medo de você e de mim! A razão para isso é simples: nós somos filhos e filhas de Deus, herdeiros do Reino de Altíssimo. O maligno tem muita raiva, porque aquilo que foi dado a ele uma vez, agora é dado para nós. Ele tem raiva e ódio de nós por causa disso. Ele odeia a cada um de nós. E faz tudo para nos enganar, para que voltemos desencorajados e desanimados. Ele tenta nos enganar de várias maneiras.
É nosso papel lutar contra essas táticas que inimigo de Deus utiliza para nos desanimar. Outra tática usada por ele é nos apresentar meias verdades, porque o demônio é um mentiroso, enganador, trapaceiro. Ele nos apresenta algo que parece muito bom, quando, na verdade, é muito ruim.
O maligno diz que, por causa dos seus pecados, você não consegue fazer nenhuma tentativa para ser mais santo. E faz de tudo para que nós saiamos do caminho da vontade do Senhor. Muitas vezes, nós pensamos que tentações são apenas relacionadas ao sexo, à raiva, a sentimentos de ódio e vingança. Essas são grandes tentações. Mas temos de estar atentos a uma grande tentação que é não fazer a vontade de Deus. Ele ousou tentar Jesus a desobedecer ao Pai, quando O levou ao alto do monte e mostrou-Lhe as cidades, dizendo-Lhe que elas pertenciam a Ele.
Irmãos e irmãs, será uma luta até o fim de nossa vida, mas se nós usarmos as armas certas não precisaremos ter medo nenhum. A primeira arma é a Eucaristia. O inimigo treme diante do Corpo de Cristo, porque é sinal de humildade, enquanto ele luta para ter poder. Jesus Cristo quis, por um momento, aniquilar a Si mesmo, entrando nas espécies do pão e do vinho para ficar perto de nós. Uma outra arma forte contra o maligno é o sacramento da confissão, que é mais poderoso do que a própria oração do exorcista.
Frei Elias Velas


 

POR QUE FICAR APENAS PEDINDO ?


A oração do Espírito Santo em nós é a intercessão: Ele louva, adora, proclama e também pede em nosso favor. Costumamos pensar que oração de intercessão é só pedir, mas não: muitas vezes, o Espírito nos move a louvar, a adorar, a agradecer e também a pedir. Por que ficar apenas pedindo?
Quando surge o caso de uma pessoa necessitada, logo pedimos: “Senhor, aquele irmão está vivendo este problema assim, assim... O caso dele, Senhor, é complicado e apenas o Senhor poderá intervir!”. Mas a melhor maneira de interceder é: “Senhor, eu Te louvo, Te adoro e proclamo porque Tu és o Senhor, Tu és Aquele que governa esta situação, e eu proclamo Tua vitória sobre ela. Entrego-Te este meu irmão, pelo qual estou pedindo, ele Te pertence, Senhor, e Tu já és vitorioso nesta situação”.
O próprio Espírito nos move a louvar e a adorar, porque é preciso antes de tudo estabelecer a ligação entre a terra e o céu, o que é feito por meio do intercessor.
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

segunda-feira, 28 de março de 2011

A IGREJA NÃO É A CASA DA MÃE JOANA !

 O que falta é um pouco de bom senso


Todo o mundo deve saber o significado da expressão a "casa da mãe Joana". E, se você não souber, vai ficar sabendo já! O texto a seguir, fui buscá-lo na internet, essa porta sem fronteiras da modernidade tecnológica: "Ensina Câmara Cascudo que a expressão se deve a Joana, cujo nome completo se desconhece, que viveu na Idade Média entre 1326 e 1382 e foi rainha de Nápoles e condessa de Provença. Teve uma vida atribulada e em 1346 passou a residir em Avignon, na França, segundo alguns autores por ter se envolvido em uma conspiração em Nápoles de que resultou a morte de seu marido, segundo outros por ter sido exilada pela Igreja por causa de sua vida desregrada e permissiva. Em 1347, aos 21 anos, Joana regulamentou os bordéis da cidade onde vivia refugiada. Uma das normas dizia: 'o lugar terá uma porta por onde todos possam entrar'. Transposta para Portugal, a expressão paço-da-mãe-joana virou sinônimo de prostíbulo. Trazida para o Brasil, o termo paço, por não ser da linguagem popular, foi substituído por casa e casa-da-mãe-joana e serviu, por extensão, para indicar o lugar ou situação em que cada um faz o que quer, onde imperam a desordem, a desorganização".
Como veem, a internet pode ser um auxílio necessário à superação de nossa ignorância, até mesmo para curiosidades desse tipo. Espero que a expressão tenha sido entendida pelo meu leitor, mas, se não, vamos instigar nossa massa cinzenta.
Na verdade, eu não sei nem conheço o meu leitor, embora saiba que, vez por outra, alguém me aborde na rua para me dizer que leu e gostou, ou não, de algum texto meu. O fato é que, apesar de ter de falar certas verdades incômodas, minha intenção não é, nunca, ferir a sensibilidade de quem quer que seja, mas, sobretudo, suscitar uma reflexão oportuna sobre comportamentos que não condizem com certas circunstâncias e lugares, no caso específico, refiro-me a atitudes sem propósitos que muitos hereges de plantão querem fazer dentro da Igreja. Nunca aparecem lá, e quando vão, pensam em querer fazer dela a "casa da mãe Joana". Independentemente do que você faça ou realize como profissional, responda-me com sinceridade: "Você gostaria se alguém chegasse a seu lugar de trabalho - seu escritório, seu gabinete, sua casa, sua loja, seu supermercado, seu departamento de vendas, sua cozinha, sua barraca, sua empresa, sua farmácia - e começasse a mudar tudo de lugar, simplesmente, porque não gostou da disposição das coisas?"
Pode até ser que algum desorientado responda de maneira positiva, mas, o normal, é que diga: "Não, não gostaria!". Então, por que na Igreja tudo deve ser permitido? Especialmente em "missas de formatura" - que é um termo inapropriado para a Celebração Eucarística, porque não existe "missa de formatura" - e em casamentos, muitos aborrecimentos chegam pelo fato de que muitas pessoas, não habituadas com a celebração litúrgica, não conseguem distinguir a diferença entre a Igreja, que é o espaço sagrado do louvor e do culto prestado a Deus, cuja presença está no Sacrário, permanentemente, e outro qualquer salão de festas, ou, quando não, um salão de debutantes. Quando digo que não "há missa de formatura", quero dizer que a Liturgia da Igreja é uma só, e já está pronta no Missal Romano para as diversas circunstâncias da vivência cristã. Não somos nós que a reinventamos com as chamadas "adições inoportunas", como bem caracterizou o Papa Bento XVI.
Aí, pensa-se poder cantar de tudo, desde que cada um sinta a pulsação emocionante de seu coração embalado pelo romantismo que, às vezes, é visto na televisão. E, quando as pessoas sérias da Igreja tentam dar uma orientação conforme as exigências próprias da sagrada Liturgia, são taxadas de intransigentes e mal-educadas. Que o digam algumas pessoas entre cerimonialistas, fotógrafos, ornamentadores e cantores que, convidados a receberem formação litúrgica pela Arquidiocese, em 2010, quase em uníssono, manifestaram o desafeto em relação ao Padre da Paróquia "Jesus Ressuscitado". Nesse âmbito, o que eu considero mais engraçado - para não dizer o mais cínica e lamentavelmente deslavado - é que eles vão lá para ganhar dinheiro à custa da Igreja, e ainda querem dizer como o padre deve presidir a Santa Missa ou assistir ao matrimônio.
Torço pelo dia em que a Igreja, de modo sereno e competente, chegue a gerir sua própria casa, também nesses momentos, sem precisar de vândalos interesseiros que muito perturbam o interior da igreja, quando, na verdade, deveriam favorecer o silêncio e a dignidade do ambiente sagrado ou o lugar do culto, onde está o Senhor presente na Eucaristia.
Ora, se a gente vai ao cinema e não pode dar um "pio"; no teatro, exigem educação, silêncio e respeito durante a apresentação. Da mesma forma, quando se mora num apartamento, há um horário limite para determinados barulhos. Assim como, se alguém vai ter um encontro com uma pessoa que a julga importante, não vai com a primeira roupa que encontra pendurada no cabide do guarda-roupa. Certo dia, encontrei um jovem que foi à Missa vestindo uma camiseta regata. Então, perguntei-lhe: "Por que você não veio mais composto?" E ele respondeu: "Deus quer é o coração, não a veste". Sua falsa lógica provocativa não me dispensou imediato acinte: "Se é assim, por que não veio nu?!". Se alguém não sabe, os especialistas em etiqueta afirmam que esse tipo de roupa não combina com nenhum evento social, a não ser com esporte e lazer.
No fundo, o que falta é um pouco de bom senso e respeito pelas pessoas ao redor, e, de modo muito mais especial ainda, pelo Cristo, o Dono da Igreja, presente no Sacrário. Incrível como nossa mediocridade e banalidade encontram justificativas e desculpas para tentar impor nossas razões hipócritas e incoerentes. E o que dizer dos aborrecimentos com os atrasos, considerados por alguns de "chiques"!?. Falta de educação e respeito nunca foram "chiques" em lugar nenhum. Infelizmente, fomos mal-acostumados com o incisivo e provocante rifão do "atrasar é chique!". Entendo que nem tudo poder ser, rigorosamente, vivido na dinâmica respeitosa da pontualidade, mas, atrasar mais de meia hora, deixando o sacerdote esperando como um pateta, já é abuso. Agora, se for o padre quem atrasar, depois que os noivos e convidados tiveram entrado na igreja, coitado dele! Já tivemos sérios problemas por conta disso. Mas, os direitos deveriam ser iguais, quer dizer, direitos e deveres.
Quem não cumpre os deveres, deveria perder todos os direitos se não for capaz de encontrar legítimas e convincentes explicações para o seu atraso. De fato, esse é um problema que está presente na leviandade de muitas pessoas que não prezam por seus compromissos como deveriam, tratando-os com reverência e honradez. No aeroporto de Brasília (DF), presenciei uma confusão instantânea feita por um casal que, chegando depois do tempo previsto para o embarque, não o fizeram e perderam o direito para alguém que já estava na fila de espera havia mais de duas horas. A balbúrdia, a gritaria e o descontrole foram notáveis no balcão de controle do embarque. Eles dançaram o "samba do caboclo doido", mas não viajaram. A orientação é para que se chegue, pelo menos, uma hora antes, em voos nacionais e, duas, em voos internacionais. No caso, da Igreja, que, graças a Deus, não vai decolar para lugar nenhum, o ideal seria que o padre se atrasasse tanto tempo quanto os noivos atrasam, depois do horário marcado e previsto para o início da celebração. Aliás, quando isso acontece por alguns minutos, os ânimos se sublevam e se agitam se o padre não aparecer logo. Sendo que a celebração do Matrimônio é um momento muito importante na vida de todos, dos noivos aos seus familiares e convidados, a exigência do diálogo se faz necessária com todos os envolvidos na esteira da preparação e da realização do evento, a fim de que tudo aconteça na mais absoluta e desejada ordem. Com efeito, o casamento não é apenas um encontro social, em que nos produzimos para sair bem na foto e, consequentemente, no álbum. É mais do que isso, é um Sacramento que os noivos recebem prometendo respeito e fidelidade recíprocos por toda a vida. E, para tal atitude, contam com a graça recebida pelo Sacramento da Igreja.
Os sacerdotes não somos funcionários da arbitrariedade e da incompetência de quem não leva a sério a responsabilidade de seus compromissos, querendo transformar a Igreja "na casa da mãe Joana", onde cada um faz o que quer, quando quer e pensa que pode. Nosso desejo é que a reflexão ajude-nos a rever nossos conceitos e valores quando nos aproximamos das coisas sagradas da Igreja de Cristo, no intento de não entregarmos "pérolas aos porcos" (cf. Mt 7,6). Embora pareça dura, a expressão é de Cristo Jesus, ensinando aos Apóstolos o santo dever da consciência de não profanar as coisas santas de sua própria e amada Igreja.
Padre Gilvan Rodrigues dos Santos
Mestre em Teologia Bíblica- Pontifícia Univ. Gregoriana Roma

O SILÊNCIO É O PORTEIRO DA VIDA INTERIOR

Fazemos barulho para não escutar os gritos do nosso interior
Muito me incomoda em nossos tempos modernos o barulho generalizado, ou seja, a falta de silêncio interior e exterior também, para podermos rezar, tomar decisões, escutar a Deus, a si mesmo e aos outros. Outro dia, fui ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida e li numa das colunas internas do local o apelo: Silêncio é também oração! Parece que diante de tudo que a gente vive é necessário falar o tempo todo, pouco se faz silêncio, um dos motivos, penso eu, é que, na verdade, nós temos medo do que vamos ouvir, por isso, o silêncio nos incomoda tanto. E também porque, nos tempos de hoje, não educamos as pessoas para ouvir, vivemos em meio à muita informação e pouca comunicação.
Antes mesmo de entrar no tema da ORAÇÃO nos exercícios espirituais de conversão, percebo o quão necessário é silenciar. Mesmo porque, se oração é dialogo, é fundamental que ela seja intercalada por profundos momentos de silêncio. Este tem a função de abrir espaço para a Palavra do Senhor, Sua direção e Suas moções, mas também abre espaço para que ouçamos a nós mesmos e aos irmãos.
É verdade que o silêncio é imprescindível para rezar, mas não só para isso. Para qualquer diálogo é preciso escutar, calar e ouvir o outro. Nós aprendemos a falar porque escutamos nossos pais e irmãos falando e começamos a dizer as primeiras palavras. É necessário escutar bem para falar bem e na hora certa. É necessário ouvir para aprender. Silenciar para se ter coragem para reconhecer o homem interior. É uma viagem tão pequena a que é feita da mente ao coração, mas nós temos um medo muito grande de realizá-la, porque não sabemos o que vamos encontrar. Por outras vezes, porque o sabemos, não temos coragem de nos recolher no coração e deparar com alguns monstros bem conhecidos.
Existem alguns níveis de silêncio que fogem, muitas vezes, do padrão, pois silêncio não é somente ausência de barulho.
É verdade que o primeiro nível do silêncio é o exterior, que pode incomodar muito e interferir em nossa vida e em nossa saúde. "Sem recolhimento não há profundidade", e vivemos na superficialidade, fazendo muito barulho para não escutar os gritos do nosso interior. O barulho das grandes cidades hoje é um problema até de saúde pública, vemos muitas famílias procurando residências afastadas dos grandes centros, em sítios e cidades menores. Há necessidade de silêncio para descansar o corpo e a alma.
O silêncio interior é, antes de tudo, o mais necessário e imprescindível para o ser humano, para o seu equilíbrio, para discernir e tomar decisões, para ouvir a sua consciência. Mesmo porque haverá momentos em que, mesmo em meio a muitas pessoas conversando, trabalhando, ou até se divertindo, isso não vai nos incomodar pelo nível do barulho feito pelo silêncio interior  existente em nosso interior.  Por isso, a ausência de barulho interior, agitação, nervosismo e distração são essenciais para a vida de todo ser humano.Esse estado de espírito se desenvolve em nós quando construímos e temos a PAZ. Esta paz não é somente ausência de guerra, de confusão, de brigas; ela provém de um caminho de maturidade e equilíbrio que vamos fazendo em nossa vida, de escolhas, de pessoas que caminham conosco, pois o grupo ao qual nos associamos pode nos tirar ou nos dar a paz. E isso influencia diretamente no nosso interior, no silêncio ou no barulho e confusão que transmitimos.  Daí nós nos tornamos promotores da paz ou da confusão, do silêncio ou do barulho."Shalom" é o nome da paz do Ressuscitado, uma PAZ completa que atinge o corpo e a alma de cada homem e mulher,  ultrapassa as condições externas e nasce de uma experiência interior, de uma coragem de encarar a vida e de escutar as vozes de dentro e de fora. Jesus disse para os discípulos, com medo e escondidos no cenáculo, depois da experiência traumatizante da cruz: “Deixo-vos a Paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração” (Cf. João14, 27). Quando Deus visita o interior de nosso coração nasce a Paz, o SILÊNCIO e a Coragem.Por isso, silêncio não é somente uma questão de "PSIU"! E como é chato ter a necessidade de fazer ou ver e ouvir alguém colocando o dedo indicador na boca e fazendo esse barulho [PSIU], que mais irrita do que resolve. O que resolve, na verdade, é a Paz, o "Shalom" que é a mãe do silêncio interior, que transborda para nossa vida exterior. Desejo para você a Paz, para que possa ter o silêncio e as condições de decidir e viver melhor a sua vida! Se o silêncio é o porteiro da vida interior, façamos com coragem essa viagem preciosa da mente ao coração. Ao mundo desconhecido de nossa alma, de nossa consciência sem medo do que vamos encontrar: dos monstros e das situações do passado e do presente, sentimento de inferioridade e tantas outras coisas que guardamos dentro de nosso interior e que o barulho sufoca essas situações de se manifestar e ser resolvidas.
Sem recolhimento não há profundidade; sem silêncio não se ultrapassa a porta deste mundo interior que está em nosso coração e precisa vir para fora. E você verá que, o conhecendo, encontrará mais surpresas agradáveis.
Queremos amar nosso silêncio para evitar a calúnia, o ódio e o pecado, as decisões sem pensar e calando dar testemunho de nossa fé. Queremos oferecer-te o silêncio no qual vivemos para que todos te chamemos de Mãe e sejamos verdadeiros irmãos, sem ódios, nem rancores, como filhos teus. Pedimos que traduza nosso arrependimento, nossas palavras quando não conseguimos expressar diante do teu Filho, na hora das decisões, das escolhas e na hora de nossa morte, para que na outra vida, possamos ouvir e falar cantando tua louvação por toda a eternidade. Amém.
“Sua mãe guardava todas estas coisas no coração” (Lucas 2,51).
Padre Luizinho

A VIDA É UM APRENDIZADO CONSTANTE

A vida é um aprendizado constante; nunca podemos perder a oportunidade de aprender com as pessoas, com os erros, com os acertos e em todas as ocasiões que a vida nos propuser. É sabedoria e humildade querer sempre aprender algo novo; jamais podemos nos fechar a essa realidade, pois oportunidades não nos faltam.
É essencial para a nossa vida aprendermos a praticar o bem, fazendo dessa prática um verdadeiro programa de vida. Nós colhemos o que plantamos. Hoje o Senhor nos dá uma palavra de ordem para viveremos ao longo de toda a nossa existência: “Deixai de fazer o mal! Aprendei a fazer o bem!” (Is 1,16-17).
Senhor, ensina-nos a escolher sempre pelo bem, mesmo quando os nossos sentimentos estiverem revoltos, enganados e confusos.
Jesus manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao vosso.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

domingo, 27 de março de 2011

RETIRO POPULAR - TERCEIRO DOMINGO DA QUARESMA

Cristo, fonte de água viva
O caminho quaresmal em direção à Páscoa nos oferece a mensagem de três encontros com Cristo, correspondentes ao itinerário batismal de todas as pessoas de fé: a mulher samaritana, o cego de nascença e Lázaro, o amigo de Jesus. Nestes encontros, está também a nossa humanidade, a revelação de Jesus nos aspectos de nosso batismo a ser renovado na Páscoa.
Acolhamos estas três figuras do Evangelho como companhia na estrada que vai ao monte da Páscoa. A esta altura da Quaresma, todos nós estamos em ritmo de revisão de vida, animados pela leitura orante da Palavra de Deus, conscientes de que os exercícios penitenciais nos estimulam a um novo impulso de vivência da fé.
A samaritana encontra Jesus junto ao poço de Jacó (Jo 4,5-42). Uma mulher na rotina monótona de sua vida. Descobre a existência do pecado, a própria fraqueza e a exploração de que é vítima. No fundo, uma grande insatisfação e a sede de felicidade e de paz, o desejo de uma nova vida, na qual a mulher se sinta restaurada em sua dignidade. Chama-se Salvação esta novidade! Nessa mulher estão todos os nossos sonhos, todo o nosso desejo de graça e salvação.Só a presença e a pessoa de Jesus a fazem descobrir algo novo e melhor. No coração da samaritana e em sua situação de amargura, na qual se encontrava mais ou menos acomodada, o Mestre escava para descobrir uma fonte de água, fazendo-a descobrir a si mesma a partir de sua própria humanidade; e se realiza o encontro da salvação.
Jesus se revela fonte de água viva que jorra para a vida eterna, fonte do Espírito Santo. Ele é o novo Moisés que toca com a força de sua palavra a rocha do coração da mulher. Jesus perdoa o pecado e dá um novo sentido à existência. Ele muda, converte e é fonte de felicidade para a samaritana e para cada cristão.
O passo de Retiro no terceiro domingo da Quaresma é a participação na Santa Missa, bem preparada pela leitura e meditação dos textos da Sagrada Escritura propostos pela Igreja. Em muitas paróquias, realizam-se neste período os escrutínios de jovens e adultos que receberão os sacramentos da iniciação cristã na Vigília Pascal. Para quem faz o Retiro Popular, este pode ser também o tempo adequado para conhecer pessoas que ainda não foram batizadas e apresentá-las à Igreja. Elas poderão se inscrever no catecumenato de adultos. Você pode ser instrumento de Deus para tais pessoas!
Jesus se serve várias vezes da água para conduzir seus interlocutores às realidades espirituais.
Em Caná, transformou a água em vinho (Jo 2,8-10). No encontro com Nicodemos, convida a nascer da água e do Espírito (Jo3,4-5).
Hoje, com a samaritana, partindo da água do poço de Jacó, fala da água que jorra para a vida eterna. Vamos ao poço!
“Hoje não fecheis o vosso coração, mas ouvi a voz do Senhor”.
Ex 17,3-7
Sl 94 (95),1-2.6-7.8-9 (R/. 8)
Rm 5,1-2.5-8
Jo 4,5-42
Dom Alberto Taveiras

AMAR É QUERER O BEM AO OUTRO

 
“Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos. Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim? Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus. ” (Mateus 5, 43 – 46)
Odiar é desejar, é querer o mal ao próximo. Por isso amar o inimigo, essa é a ordem de Jesus. O que significa inimigo alguém que tenho aversão. Quando Pedro pergunta a Jesus quantas vezes devemos perdoar? E Jesus responde quantas vezes for necessário. È como se dois automóveis que se choca, e amassa a sua lataria, e precisa consertar, assim são os nossos desencontros.
É uma revolução a medida que eu desejo entrar no torno de Deus, porque assim vou ficando como Deus criou. Assim como perguntaram ao Michelangelo como você consegue fazer estas esculturas maravilhosas? E ele respondeu, elas já existem, só tiro o excesso que estão nela.
Rezar pelos inimigos e perdoar é passar pelo torno de Deus. As nossas feridas nos impedem de sermos filhos de Deus, são machucaduras causada por homens. E hoje Jesus ensina um terapia, que é amar os inimigos.
Três pontos para amar o inimigo, primeiro pedi a Deus mostrar as pessoas que te feriram, e sabendo quem é, peça ao Espírito Santo auxilio, e ai você começa amar as pessoas que te machucaram. É uma decisão amar esta pessoa. Amar é querer o bem do outro. Perdoar é dá uma resposta de amor. E o terceiro ponto está em Lucas 6, 38 : “Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitarão no vosso regaço; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo.”você é filho de Deus, queira o bem do outro. Esteja disposto a ajudar os irmãos. O perdão faz bem até para beleza, é melhor que plástica. Quem ama os inimigos se torna filho de Deus.
Quantas doenças emocionais por causa da falta de perdão. Se você praticar o perdão que maravilha você vai viver.
'Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus. ' Jesus nos deu a terapia para nos assemelharmos ao pai.
Padre Alir

O SENHOR É INDULGENTE E FAVORÁVEL




Os atalhos da infidelidade são sempre estreitos e sem saída! A distância da casa paterna cria uma desolação que incomoda mais do que a fome.
Justamente por isso, pode transformar-se numa “feliz culpa”, na qual a pessoa se deixa finalmente tocar e comover pela voz do Pai, que continua pronunciando nosso nome, sem se cansar.
A nós cabe apenas a tarefa de deixar-nos abraçar pelo amor misericordioso!
“O Senhor é indulgente e favorável”.
Mq 7,14-15.18-20
Sl 102 (103),1-2.3-4.9-10.11-12 (R/. 8a)
Lc 15,1-3.11-32
Roteiro diário
Oração: Reze esta oração, composta pelo papa Paulo VI. Pouco a pouco, você saberá repeti-la com calma e ser acompanhado por ela muitas vezes durante o ano.
Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora, fechado a todas as ambições mesquinhas, alheio a qualquer desprezível competição humana, compenetrado do sentido da santa Igreja! Um coração grande, desejoso de se tornar semelhante ao coração do Senhor Jesus! Um coração grande e forte para amar a todos, para servir a todos, para sofrer por todos! Um coração grande e forte, para superar todas as provações, todo tédio, todo cansaço, toda desilusão, toda ofensa! Um coração grande e forte, constante até o sacrifício, quando for necessário! Um coração cuja felicidade é palpitar com o coração de Cristo e cumprir, humilde, fiel e firmemente a vontade do Pai. Amém.
Leitura orante da Palavra de Deus: Leia o texto indicado para cada dia, escolhendo o Evangelho do dia ou uma das leituras indicadas pela Igreja.
Gestos penitenciais: Três práticas acompanham nossa Quaresma: a oração, a penitência ou jejum e a caridade. Acolha nossas propostas e exercite a criatividade, descobrindo e atualizando estas práticas em sua vida diária
Dom Alberto Taveiras Correa

AS PESSOAS ERRAM POR QUE QUEREM ?

 
Para quem nunca recebeu amor, a experiência de amar é um esforço
Quanto mais faço a experiência de conhecer as pessoas, tanto mais acredito no ser humano. À medida que vou me descobrindo e descobrindo os outros, mais se torna forte em mim a certeza de que as pessoas – essencialmente – são boas.
Acredito que ninguém erra porque quer e ninguém é infeliz querendo sê-lo, com consciência disso. Todos querem ser felizes, e é impossível que alguém goste de ser frustrado, entretanto, nem todos sabem realmente qual caminho trilhar para alcançar a felicidade.
A mentalidade vigente (paganizada e hedonista) ilude por demais as pessoas: há pessoas vivendo o adultério, perversões sexuais, vícios, etc., acreditando cegamente que estão certas e que esse é o caminho para a felicidade. Isso porque aprenderam a vida toda que o que importa é somente o prazer "a todo custo" e que é somente este que vai lhes trazer a verdadeira alegria.
Em tal busca, muitos acabaram errando e encontrando a infelicidade como recompensa, contudo, no fundo de seus corações sempre existiu um autêntico desejo de felicidade.
Neste anseio de compreender os erros e contradições do ser humano, também é necessário avaliar a formação familiar de cada indivíduo. É difícil para um pai, educado à base de pancadas, entender que é, com amor, que se educa um filho; e mesmo quando entende, é necessário um esforço enorme para que consiga expressar esse amor. Para quem nunca recebeu amor, amar e deixar-se amar acaba tornando-se uma "violência", ainda mais se essa pessoa não tem uma concreta experiência do amor de Deus.
Pessoas que tiveram histórias duras e de desamor, muitas vezes, até tentam amar, mas não o conseguem. Tentam externar o amor, mas acabam por encontrar-se encarceradas no território da própria limitação.
Pessoas assim amam como sabem, como hoje são capazes. Mas amam.
Muitos dos que hoje são considerados maus acabaram ficando assim em virtude das influências que sofreram. Outros também, se sentiram como que "obrigados" a ser maus, por medo (sentimento de inferioridade) de ser massacrados pela vida e pela sociedade.
Há quem acorde de madrugada, trabalhe o dia inteiro, depois enfrente o trânsito estressante de uma grande cidade e quando chega em casa, à noite, não consegue ser gentil com os seus, como, muitas vezes, gostaria de ser. Entenda-se bem: nossos problemas não podem se tornar justificativas para nossos erros, mas não se pode negar que estes são uma realidade que influencia nosso comportamento.
Isso nos leva a uma compressão do ser humano mais encarnada e misericordiosa, levando-nos a entender o coração antes de condenar a atitude.
Viver bem o Cristianismo é lutar cotidianamente para entender as pessoas sem se fixar na superfície, na aparência, procurando compreender o porquê de cada atitude e reação.Mais uma vez ouso dizer: Muitos não são ruins porque querem. Inúmeras vezes existem fatores condicionantes que levam as pessoas a agir como agem, fatores estes que podem ser desmistificados e até mesmo extirpados com um pouco de paciência e compreensão.
Todos são – em sua essência – bons, mas nem todos sabem disso…
Eis aí uma bela forma de ser cristão: levar às pessoas a consciência do valor que possuem, fazendo-as acreditar na vida e nas próprias potencialidades (à luz da Graça).
Assim daremos à esperança o direito de se estabelecer vitoriosa, dando à vida a oportunidade de ser mais compreendida e amada no seu real.
Diácono Adriano Zandoná

sábado, 26 de março de 2011

O VALOR DE UM SACERDOTE

Quando se pensa compreende-se...
Quando se pensa que nem a Santíssima Virgem pode fazer o que um sacerdote faz;
Quando se pensa que nem os anjos, nem os arcanjos, nem Miguel nem Rafael, nem príncipe algum daqueles que venceram lúcifer podem fazer o que um sacerdote faz;
Quando se pensa que nosso Senhor Jesus Cristo, na ultima Ceia, realizou um milagre maior do que a criação do Universo com todos os seus esplendores, e transformou o pão e o vinho em seu Corpo e seu Sangue, para alimentar o pecador, e que este prodígio, diante do qual se ajoelham os anjos e os homens, o sacerdote pode repeti-lo todos os dias;
Quando se pensa no outro milagre que somente um sacerdote pode realizar: perdoar os pecados, e que o que ele liga no fundo do seu humilde confessionário, DEUS, obrigado por sua própria palavra, o liga no Céu, e o que ele desliga, no mesmo instante o desliga DEUS;
Quando se pensa que o mundo morreria da pior fome se chegasse a lhe faltar esse pouquinho de “Pão” e esse pouquinho de “Vinho”;
Quando se pensa que isso possa acontecer, porque estão faltando as vocações sacerdotais; e que quando isso acontecer se estremecerão os céus e se romperá a Terra, como se a mão de DEUS, tivesse deixado de sustentá-la; e as pessoas gritarão de fome e de angustia, e pedirão esse “Pão”, e não haverá quem lhes dê; e pedirão a absolvição de suas culpas, e não haverá quem os absolva, e morrerão com os olhos abertos pelo maior dos espantos...
Quando se pensa que um sacerdote é mais necessário que um presidente, mais que um militar, mais do que um banqueiro, mais do que um médico, mais que um professor, porque ele pode substituir a todos e ninguém pode substituí-lo;
Quando se pensa que um sacerdote, quando celebra no altar tem uma dignidade maior que de um rei; e que não é um símbolo, sem sequer um embaixador de CRISTO, mas é CRISTO mesmo que está ali, repetindo o maior milagre de DEUS...
Quando se pensa tudo isso...
Compreende-se a imensa necessidade de fomentar as vocações sacerdotais;
Compreende-se o afã com que, nos tempos antigos, cada família ansiava que do seu seio brotasse, como um ramo de perfume, uma vocação sacerdotal;
Compreende-se o imenso respeito que os povos tinham pelos sacerdotes, o que se refletia em suas leis;
Compreende-se que, se um pai ou uma mãe obstruem a vocação sacerdotal de um filho, é como se renunciassem a um título de honra incomparável;
Compreende-se que mais do que uma igreja, mais que uma escola e mais do que um hospital, é um seminário ou um noviciado;
Compreende-se que ajudar a construir ou manter um seminário ou um noviciado é multiplicar os nascimentos do Redentor;
Compreende-se que ajudar a custear os estudos de um jovem seminarista ou de um noviço é aplainar o caminho por onde chegará ao altar um homem que, durante um hora, todos os dias, será muito mais que todas as celebridades da Terra e que todos os santos do Céu, pois será CRISTO mesmo, sacrificando o Seu Corpo e o Seu Sangue, para alimentar o Mundo.
Se pararmos realmente para pensar compreenderemos, o verdadeiro valor de nossos sacerdote e seminaristas, e que grande tesouro trazem consigo, sua vocação . Rezemos pelos Sacerdotes

CURA ESPIRITUAL

“Levantar-me- ei e irei à casa de meu Pai”.
O filho pródigo experimentou problemas físicos, psicológicos e espirituais. Ele não tinha para onde ir e ninguém a quem dirigir. Ele sequer podia fartar-se das vagens que os porcos comiam. Era o momento de olhar para seu pai e voltar para ele. “Levantar- me-ei”- esta é a decisão. “Eu irei”- esta é a direção. E o Pai acolheu-0 e perdoou-0. Embora o perdão seja de grande importância, ele ainda é apenas o início da cura. Ele ainda não é a plena recuperação. Muitas vezes, após a confissão, sentimos o peso das conseqüências do pecado. E assim, além do perdão, nós também necessitamos da recuperação. Todo pecado deixa em nós conseqüências psicológicas. Entre outras, há o perigo da perda da esperança. Quando caímos novamente em pecado, facilmente nos sentimos desanimados e perdemos a esperança. Uma mentalidade criminosa é criada em nós, para usar a linguagem do destacado psiquiatra Karl Menninger. A mentalidade criminosa acontece quando alguém reconhece seu pecado, mas está convencido de que é impossível mudar para melhor. O criminoso sabe que ele não é inocente. Ele menospreza a si próprio. Consequentemente, ele tem medo de mudar. Ele pensa que por sua consciência e seu caráter estarem sujos, ele pode facilmente continuar a sujar. É isto o que acontece com pessoas que possuem hábitos viciados. Há então pessoas que têm a mentalmente doente e desequilibrados, não ela! É isto o que acontece com o pecador; ele aponta seu dedo aos outros. Ao invés de tentar emendar-se, ele agride os outros e espera que os outros mudem. Se está sempre com raiva? É por causa da esposa e dos filhos. Está bebendo demais? É tudo por culpa dos colegas. E assim por diante. Ao não se sentir responsável por seus pecados, é óbvio que nada será feito para mudar e para tornar-se melhor. Estas situações são muito sérias e deixam o pecador doente. Quem poderá mudar a sua mentalidade? Se dúvida alguma, a psicologia pode fazer muito, mas esta também tem seus próprios limites. Somente Deus quem pode mudar por completo a mente e o coração. O padre deve ajudar, por meio das orações de cura, a estas pessoas, para que, além do perdão, elas recebam a cura necessária. Enquanto você não aceitar a responsabilidade por seus atos e acreditar que você pode mudar, você permanecerá espiritualmente doente. Não tenha medo. Jesus está pronto para lhe curar, desde que você se volte para Ele.
Irmã Maria Eunice

CELEBREMOS HOJE A MISERICÓRDIA DE DEUS

Às vezes, caminhamos de um lado para o outro, em busca de alguma coisa que nem sabemos o que é; em muitos momentos sentimos saudade ou algo parecido, mas também não conseguimos traduzir em palavras o que se passa em nosso interior. Esse sentimento tem um nome: saudade de Deus.
Cada dia que o Senhor nos concede é para que caminhemos ao Seu encontro e nos deixemos alcançar pela Sua misericórdia. Hoje, não pode ser mais um dia na nossa vida. Abramos, hoje, o nosso coração e deixemos Jesus entrar e pôr a nossa vida em ordem. É interessante que o Senhor não cansa de bater à porta do nosso coração, porque quer conviver conosco; quer encontrar espaço na nossa vida, nos nossos sonhos, nos nossos projetos e nos ensinar como devemos caminhar. Deixemos Deus ser Deus na nossa vida; tratando-O como um Deus que tudo pode, tudo realiza e não se deixa vencer em misericórdia.
Uma gota da graça de Deus é bastante para transformar toda a nossa vida, como Jesus transformou Levi, que até então era um ladrão, no evangelista Mateus, um grande apóstolo, apaixonado pelo Senhor. De pecador para santo, basta a graça de Deus.
Luzia Santiago

O ANJO NOS CONDUZ A DEUS

Enviarei um anjo adiante de ti para te guardar no caminho e te fazer entrar no lugar que eu preparei. Presta-lhe atenção e ouve a sua voz. Não deves contrariá-lo. Ele não suportaria a vossa revolta, pois nele está o meu nome. Se ouvires a sua voz e fizeres o que eu digo, serei o inimigo dos teus inimigos e o adversário dos teus adversários. (Ex 23,20-22)

É Deus quem fala: “Enviarei um anjo adiante a ti para te guardar no caminho e te fazer entrar no lugar que eu preparei”. Não nos resta nenhuma dúvida: Deus nos preparou o Céu. O caminho, então, não é uma estrada para o sucesso. É muito mais! O anjo está ao nosso lado para nos proteger, amparar e nos conduzir para o lugar que o Senhor preparou, e este lugar é o Céu; é o próprio Deus.

Seu anjo sabe de todas essas dificuldades pelas quais você passa, conhece todas as tentações que você enfrenta; por isso, ele está aí; porque você precisa dele. Quando Deus Pai diz: “Presta-lhe atenção e ouve a sua voz. Não deves contrariá-lo. Ele não suportaria a vossa revolta, pois nele está o Meu nome”, quer dizer que a essência do próprio Deus está em seu anjo da guarda. O que Deus é e o que Ele quer para você está nesse companheiro colocado a seu lado, portanto: “se ouvires a sua voz e fizeres o que eu digo, serei o inimigo dos teus inimigos e o adversário dos teus adversários”. Ele sempre estará com você e o conduzirá.
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

sexta-feira, 25 de março de 2011

NOVENA EM HONRA GESTAÇÃO DA VIRGEM MARIA

Convido você a rezá-la junto comigo. Faremos a oração abaixo todos os dias 25 - iniciando no dia de hoje - durante os noves meses de ‘gestação’ da Virgem Maria.
Oh! Virgem Santa Imaculada, sem mancha, vós preparastes em vosso seio virginal a morada do Filho de Deus. Eu me envergonho de aparecer diante de vós. Desejo que o Filho de Deus, o qual quis nascer de vós, renasça espiritualmente em mim e me conceda esta graça de que tanto necessito (dizer a graça).
Prostro-me a vossos pés, oh,  Santa Mãe de Deus, e debaixo do vosso olhar terno, doce e puro, das vossas mãos benditas e de vosso manto sagrado, eu vos louvo e bendigo, e entrego a minha vida. Reverencio-vos por todas as horas dizendo: Bendita seja, oh, Imaculada Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria, Santa Mãe de Deus. Amém!
Rezam-se 23 Ave-Maria e 24 jaculatórias como esta:
Bendita seja, oh, a Santa Imaculada Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria, Santa Mãe de de Deus. Amém!

Luzia Santiago

SOLENIDADE DA ANUCIAÇÃO DO SENHOR

 
A Solenidade da Anunciação nos orienta para o mistério da Páscoa. O “sim” do Filho que, entrando no mundo, disse: “Eis que venho fazer a vossa vontade, Senhor” (Sl 39 [40]; Hb 10,4-10) recebe a resposta do Pai que, depois da oferta dolorosa da Paixão, selará com a Ressurreição, no Espírito, a salvação apresentada a todos através da Igreja.
Para tanto, entra a colaboração responsável e generosa de Maria na salvação recebida como dom.
“Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor”
Is 7,10-14;8,10
Sl 39 (40)7-8a.8b-9.10.11 (R/. 8a e 9a)
Hb 10,4-10
Lc 1,26-38 
Roteiro diário
Oração: Reze esta oração, composta pelo papa Paulo VI. Pouco a pouco, você saberá repeti-la com calma e ser acompanhado por ela muitas vezes durante o ano.
Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora, fechado a todas as ambições mesquinhas, alheio a qualquer desprezível competição humana, compenetrado do sentido da santa Igreja! Um coração grande, desejoso de se tornar semelhante ao coração do Senhor Jesus! Um coração grande e forte para amar a todos, para servir a todos, para sofrer por todos! Um coração grande e forte, para superar todas as provações, todo tédio, todo cansaço, toda desilusão, toda ofensa! Um coração grande e forte, constante até o sacrifício, quando for necessário! Um coração cuja felicidade é palpitar com o coração de Cristo e cumprir, humilde, fiel e firmemente a vontade do Pai. Amém.
Leitura orante da Palavra de Deus: Leia o texto indicado para cada dia, escolhendo o Evangelho do dia ou uma das leituras indicadas pela Igreja.
Gestos penitenciais: Três práticas acompanham nossa Quaresma: a oração, a penitência ou jejum e a caridade. Acolha nossas propostas e exercite a criatividade, descobrindo e atualizando estas práticas em sua vida diária.

O VENTRE DE MARIA FOI O PRIMEIRO SACRÁRIO DA FASE DA TERRA !

A Igreja dá uma pausa na Quaresma para celebrar a solenidade da Anunciação do Senhor, pois Cristo é o de todo o mistério litúrgico que estamos nos preparando para viver na Páscoa através dos Exercícios quaresmais de conversão que é a Oração, Jejum e a Esmola. Meditando hoje a Sua Encarnação no ventre precioso de Maria, Deus entra em nossa historia para salvar todo o ser humano. Por causa desta solenidade nesta sexta-feira não é dia de jejum, mas na segunda você encontrará aqui uma formação sobre o exercício espiritual do jejum e sua ligação com a virtude teologal da Esperança.
A humildade foi assumida pela majestade, a fraqueza, pela força, a mortalidade, pela eternidade. Para saldar a dívida de nossa condição humana, a natureza impassível uniu-se à natureza passível. Deste modo, como convinha à nossa recuperação, o único mediador entre Deus e os homens, o homem Jesus Cristo, podia submeter-se à morte através de sua natureza humana e permanecer imune em sua natureza divina.
Por conseguinte, numa natureza perfeita e integral de verdadeiro homem, nasceu o verdadeiro Deus, perfeito na sua divindade, perfeito na nossa humanidade. Por “nossa humanidade” queremos significar a natureza que o Criador desde o inicio formou em nós, e que assumiu para renová-la. Mas daquelas coisas que o Sedutor trouxe, e o homem enganado aceitou, não há nenhum vestígio no Salvador; nem pelo fato de se ter irmanado na comunhão da fragilidade humana, tornou-se participante dos nossos delitos.
Assumiu a condição de escravo, sem mancha de pecado, engrandecendo o humano, sem diminuir o divino. Porque o aniquilamento, pelo qual o invisível se tornou visível, e o Criador de tudo quis ser um dos mortais, foi uma condescendência da sua misericórdia, não uma falha do seu poder. Por conseguinte, aquele que, na sua condição divina se fez homem, assumindo a condição de escravo, se fez homem.
Entrou, portanto, o Filho de Deus neste mundo tão pequeno, descendo do trono celeste, mas sem deixar a glória do Pai; é gerado e nasce de modo totalmente novo. De modo novo porque, sendo invisível em si mesmo, torna-se visível como nós; incompreensível, quis ser compreendido; existindo antes dos tempos, começou a existir no tempo. O Senhor do universo assume a condição de escravo, envolvendo em sombra a imensidão de sua majestade; o Deus impassível não recusou ser homem passível, o imortal submeteu-se às leis da morte.
Aquele que é verdadeiro Deus é também verdadeiro homem; e nesta unidade nada há de falso, porque nele é perfeita respectivamente tanto a humanidade do homem como a grandeza de Deus. Nem Deus sofre mudança com esta condescendência da sua misericórdia nem o homem é destruído com sua elevação a tão alta dignidade. Cada natureza realiza, em comunhão com a outra, aquilo que lhe é próprio: o Verbo realiza aquilo que é próprio do Verbo, e a carne realiza o que é próprio da carne.
A natureza divina resplandece nos milagres, a humana, sucumbe aos sofrimentos. E como o Verbo não renuncia à igualdade da glória do Pai, também a carne não deixa a natureza de nossa raça.
É um só e o mesmo – não nos cansaremos de repetir – verdadeiro Filho de Deus e verdadeiro Filho do homem. É Deus, porque no principio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus: e o Verbo era Deus. É homem porque o Verbo se fez carne e habitou entre nós (cf. Jo 1,1. 14).
Das Cartas de São Leão Magno, papa
(Epist. 28, ad Flavianum, 3-4: PL 54,763-767 Séc. V).
Meditando neste magnífico mistério da Encarnação do Senhor pensamos: então o ventre de Maria realmente foi o primeiro Sacrário da fase da terra, ela foi quem primeiro adorou Jesus Cristo salvador. O sim de Maria a salvou em primeiro lugar e esse é o seu grande mérito. Ela é a primeira adoradora em espírito e verdade, por isso, mestra e modelo de todo adorador. O mesmo Jesus pequeno, gerado pelo Espírito Santo, ainda embrião no seio de Nossa Senhora é o mesmo Jesus crucificado por amor e Ressuscitado para a nossa vitória. Logo depois que soube que estava grávida e com ela também sua prima Isabel, mãe de João Batista, carregou consigo Jesus e o Espírito Santo pelas montanhas para confirmar João e exercer o serviço do amor. Foi o primeiro grande Pentecostes, ou seja, batismo no Espírito Santo na história.
“Ele será grande diante do Senhor. Não beberá vinho nem bebida fermentada; e, desde o ventre da mãe, ficará cheio do Espírito Santo. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou de alegria em seu ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo” (cf. Lc 1, 15.41).
O nosso desejo é acolher Jesus e aprender com Maria nesta escola a adorar, a viver a experiência da Eucaristia, do batismo no Espírito Santo e a ser grandes intercessores pela salvação do mundo. Contra o aborto, anunciar a salvação a tantas mães e crianças que morrem vitimas desta crueldade. Mãe ensina-nos a mar, adorar e acolher o mistério de nossa vocação.

Oração A Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento

Virgem imaculada, Mãe do Salvador, cuja carne e sangue tomados em vosso castíssimo seio nos alimentam na divina Eucaristia, nós vos saudamos sob o título de Nossa Senhora do SS. Sacramento, porque fostes a primeira a praticar os deveres da vida eucarística, ensinando-nos, com o vosso exemplo, a assistir ao santo sacrifício da missa, a comungar menos indignamente e a visitar frequentemente e com devoção o augustíssimo sacramento do altar.
Ó Maria fazei que, seguindo os vossos passos, possamos cumprir sempre mais perfeitamente nossos sagrados deveres e mereçamos assim a eterna recompensa. Assim seja

quinta-feira, 24 de março de 2011

O QUE É VIA SACRA?


    A Via Sacra é uma oração que tem como objectivo meditar na paixão, morte e ressurreição de Cristo. É o reviver dos últimos momentos da sua vida na Terra. São 15 estações, que nos ajudam a percorrer um caminho espiritual e a compreender melhor a pessoa de Jesus e o amor que teve por nós ao ponto de se deixar matar, sofrendo muito, para que todos nós aprendêssemos o que é verdadeiramente amar.
REALIZAÇÃO DA VIA SACRA
    A pessoa que preside à celebração, lê a frase que está marcada com V/
    Quando são todos a responder, a frase está marcada com R/
    Todos os textos restantes, devem ser distribuídos antes de começar a celebração.
    A celebração da Via Sacra pode ser feita dentro de uma Igreja, e o caminho é percorrido com uma cruz e duas velas que dão a volta à Igreja parando nas cruzes ou ícons que estão nos pilares ou paredes. É habitual haver 14 cruzes, de modo que a 15ª estação, a da Ressurreição, possa ser feita à frente do altar ou do Santíssimo.
    A celebração da Via Sacra pode também ser feita em qualquer outro lugar, rua, montanha, praia, ... os lugares onde se pára, podem estar afastados de metros ou quilómetros (no caso de uma peregrinação a pé). Se possível, devem ser preparados antes, de modo a criar um ambiente de interiorização e evitar distracções durante a realização da via sacra.
    Entre as estações pode rezar-se o Pai Nosso ou até uma dezena ou terço no caso de uma grande peregrinação a pé.
    Também se podem intercalar cânticos em qualquer momento da via sacra.
    Todas as estações têm uma estrutura esquemática semelhante, o que facilita a compreensão da celebração e permite adicionar cânticos ou outras orações.
    À frente segue uma pessoa com a cruz, e duas pessoas cada uma com uma vela acesa ao lado da da cruz. Seguidos da pessoa que preside e depois por todas as outras pessoas.
    Quando se lê a frase no início da estação "Nós vos adoramos e bendizemos ó Jesus", ajoelham-se todos e levantam-se após responderem "Que remistes o mundo pela vossa santa cruz".
    Na estação em que Jesus morre na cruz, ajoelham-se todos no fim da leitura, por uns breves instantes; o que preside deve dar o exemplo.

quarta-feira, 23 de março de 2011

RECEBER UMA PORÇÃO DOBRADA DE ESPÍRITO SANTO

Se entregarmos o que somos e o que temos ao Senhor, Ele toma uma porção dobrada do Espírito Santo e a derrama sobre nós.
A demonstração de que realmente o Espírito de Deus, que atuava em Elias, repousava então sobre Eliseu foi ele ter ousado no poder de Deus, assim como seu mestre, Elias. Começou a usar os carismas, a realizar os prodígios como seu mestre. Se Elias ressuscitou um, Eliseu ressuscitou dois. Tudo o que Elias fez, Eliseu fez em dobro. Confira isso na sua Bíblia. Está no segundo livro de Reis, a partir do capítulo três.
É isso que Jesus quer fazer conosco. Existe uma multidão precisando do Senhor, precisando ser resgatada e salva por Ele. Hoje, o Senhor precisa de cada um de nós, como naquele tempo precisou de Eliseu. Ele precisa de mim e de você cheios do Espírito Santo.
Não queira menos. Assim como Eliseu pediu um porção dobrada do Espírito Santo, queira-a também. O mesmo Espírito, que conduzia os profetas, nos é dado agora. O mesmo Espírito, que estava com Jesus e que n'Ele agia, é o Espírito que nos é dado.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

SOMOS CURADOS PARA AMAR

Eu sou curado para amar, não tem coisa mais linda que a pessoa que se abre a cura para amar. Para sermos curados para amar, vamos olhar dois personagens da Bíblia amigos de Jesus. Vamos ver a vida de Judas Iscariotes e a vida de Pedro, vamos ver porque um deixou-se ser curado para amar, e o outro não. Vamos olhar para eles e buscar nossa cura interior.
Vamos ler o Evangelho de João capítulo 12 para vermos a vida de Judas. Judas diante do milagre de Jesus continuou na mesma vida. Não se deixou ser curado para amar, nem ele e nem os fariseus. Corremos o grande risco de participarmos das cosias de Deus e não deixarmos Jesus curar as nossas feridas. Até quando você vai ficar adiando a sua verdadeira cura que é a conversão? Corremos o grande risco de sermos como Judas que guardava a sua disseminação. Judas não admitia que o amor o currasse, ele tinha outras prioridades. Quando a pessoa não se abre a cura, ela não é capaz de amar.
Mateus 27. Judas deixou o pecado e assumiu o remorso, não admitiu o perdão de Deus. Ele foi o autor de sua condenação. Você não pode se condenar. O que Judas precisava? Voltar a Jesus com seu erro e sua miséria, essa deve ser nossa atitude, pois aí seremos curados para amar. Devemos voltar a Jesus depois do erro, o passado não vai mudar, mas o presente pode ser diferente com a misericórdia de Deus. Judas não quis se deixar amar.Vamos ver a vida de Pedro em Lucas 22,54ss. As lágrimas são palavras que Deus entende. O jeito de Pedro denotava que ele era seguidor de Jesus, pois quando você convive com uma pessoa, você passa a falar como a pessoa com quem você convive. Jesus conseguiu esculpir na face de Pedro a Sua própria face. Pedro viu Jesus transfigurado, Pedro sabia que Aquele homem era verdadeiro Deus, verdadeiro Homem.
Pedro era o escolhido, mas ainda tinha coisas que ele precisava ser curado, ainda não conseguia ser a rocha firme de confiança. Jesus cura Pedro, de tal maneira, que ele passa ser a rocha firme onde Deus colocou sua Igreja. Pedro negou Jesus três vez, mas quando os olhos de Jesus se encontram com os de Pedro, Pedro encontrou olhos de puro amor, ele se viu sendo amado em sua fraqueza, ele não saiu sentindo-se condenado, porque ele não tirou os olhos de Jesus. Pedro chorou e essas lágrimas foram de cura. Ele deixou Jesus olhar seu pecado, suas misérias.
“Tendo eles comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes? Respondeu ele: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta os meus cordeiros. Perguntou-lhe outra vez: Simão, filho de João, amas-me? Respondeu-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta os meus cordeiros. Perguntou-lhe pela terceira vez: Simão, filho de João, amas-me? Pedro entristeceu-se porque lhe perguntou pela terceira vez: Amas-me?, e respondeu-lhe: Senhor, sabes tudo, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas” (João 21, 15-17).
Quando Deus toca na ferida, toca com amor. Jesus vai pedir de Pedro três confissões de amor. Só não é curado quem abandona Jesus. Devemos ser como Pedro que deixou ser curado no amor.
Deus é amoroso, é perdão. O amor cura, gestos de bondade cura. Jesus acolheu Pedro com tanta bondade que ele se deixou curar, mas Judas não aceitou a bondade de Deus. Quando eu sou curado para amar, eu amo.
Pedro deixou-se ser curado pela misericórdia. Faça você também essa experiência.
Roberto Tarrus