sábado, 31 de março de 2012

ONDE HÁ FÉ O MEDO MUDA DE COR

Viver da fé é o que faz a diferença em nossa vida. Com ela, conseguimos enxergar a vida, de fato, como ela é, e com um belo colorido.
O medo jamais pode ter a palavra final nas circunstâncias de nossa existência! Diferentemente disso, levantamos a bandeira da fé, da alegria e da coragem e lutemos com essas armas do Alto, que fazem o temor mudar de cor e fugir. Pela fé, cada vez mais nos tornamos agradáveis a Deus
Luzia Santiago


ULTIMOS DIAS DE JESUS

Seguir Jesus é estar disposto a transformar o mundo

Cada um de nós tem lá suas ideias a respeito de como deve se apresentar e como deve ser tratada uma pessoa importante. Acabamos projetando em Jesus essas concepções. É natural! Faz parte da nossa maneira de entender a vida. Por isso, quando se faz um filme da vida de Cristo, tudo é muito bonito e respeitoso. Até a crucificação é filmada com certa grandiosidade, colorido e iluminação adequada, para solenizar o momento sagrado.
Será que já nos demos conta de que os últimos dias da vida de Jesus não foram exatamente assim? Conseguimos imaginar o Senhor sendo torturado numa delegacia de hoje, sem cenário solene, tratado como “Zé-ninguém”, na crueza do dia a dia da violência humana? Entre a entrada festiva como rei em Jerusalém e o deboche da flagelação e da coroação de espinhos e da inscrição na cruz (Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus), somos levados a pensar: Que tipo de rei o povo queria? E que tipo de rei Jesus, de fato, foi?
O povo ansiava por um Messias, mas cada um o imaginava de um jeito: poderia ser um rei, um guerreiro forte que expulsasse os romanos, um “ungido de Deus”, capaz de resolver tudo com grandes milagres. É verdade que havia também textos que falavam do Messias sofredor, que iria carregar os pecados do povo. Mas essa ideia tão estranha não tinha assim muito apelo. Talvez o povo pensasse como muita gente de hoje: “De sofredor já basta eu! Quero alguém que saiba vencer”.
Deus, como de costume, exagera na surpresa. O Messias, além de não vir alardeando poder, entra na fila dos condenados. Para quem não olhasse a história com os olhos de hoje, não haveria muita diferença entre as três cruzes no alto do Monte Calvário.O processo, a condenação e a execução de Nosso Senhor Jesus Cristo foram uma grande coleção de desrespeitos aos direitos humanos. O julgamento foi rápido, sem provas suficientes, sem direito de defesa. A tortura precede a morte, e a humilhação faz parte da pena.
Como logo depois vem a ressurreição, ascensão, glória etc... esquecemos depressa a imagem de Jesus como servo indefeso, como um judeu sem importância a quem as autoridades mandaram para a morte com aquele pouco caso com que costumam, tantas vezes, ser tratados até hoje os direitos dos pobres, especialmente, quando estes são acusados de algum delito, falso ou verdadeiro. “Este homem era realmente o Filho de Deus”. Esta é a conclusão do centurião que comandou a crucificação. Isso sabemos nós hoje, à distância de mais de dois mil anos, acostumados a honrar Jesus de todas as formas.
Que estranho rei e Filho de Deus é esse que se submete à tortura, que se deixa confundir com os dois ladrões que morrem a Seu lado? Percebemos que Deus está assumindo aí todos os nossos pecados e todas as nossas tragédias? Que está participando do destino de todos os que sofrem, inocentes e culpados? Quem está tomando posição diante da dor humana?
Não basta trazer flores para o crucifixo, louvar a Cristo com ramos bentos, fazer questão de ser chamado de cristão. Será que Jesus se contenta com isso tudo se não tivermos solidariedade com aqueles que hoje são companheiros de cruz de Nosso Senhor e nossos ritos não traduzirem nossa fé?
Estamos já no século XXI. São dois milênios em que nos acostumamos com o Cristo aclamado, nos habituamos com o símbolo da cruz, oramos ao Cristo poderoso nas necessidades. Será que não está na hora de perceber e viver melhor o apelo que nos vem do Filho de Deus, que aceitou ser um judeu sem defesa, a quem os poderosos trataram como um malfeitor?
Precisamos ser, como Jesus, uma Igreja servidora, missionária, evangelizadora e solidária com os que sofrem, compassiva com os caídos, disposta a transformar a injustiça do mundo, confiando mais na força do amor do que no poder
Dom Eurico dos Santos Veloso

ABRA AS PORTAS PARA SENHOR ENTRAR

Maranatha! Vem, Senhor Jesus!

“Levantai, ó portas, os vossos frontões, erguei-vos, portas antigas, para que entre o rei da glória. Quem é este rei da glória? É o Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso no combate. Levantai, ó portas, os vossos frontões, erguei-vos, portas antigas, para que entre o rei da glória. Quem é este rei da glória? O Senhor dos exércitos – é ele o rei da glória” (Sl 23, 7-10).
Nós Te oferecemos, Senhor Jesus Cristo, Redentor do mundo, as chaves de nossa cidade e de nossos corações. Não fazemos mais do que Te retribuir, pois as chaves da inteligência e da vontade nos foram outorgadas pela benevolência com que fomos criados. Feitos para Deus e para olhar para o alto e para frente, queremos recuperar hoje nossa dignidade e dizer-Te que és bem-vindo. Bendito o que vem em nome do Senhor!
Vem falar em nossas praças, Senhor Jesus Cristo,proclamando presente o Reino de Deus. Faze-nos entender Teus mistérios, pois ele chega como luz, sal, fermento, semente que morre para se multiplicar! Ajuda-nos a vê-Lo, cidade construída num lugar alto! Ensina-nos de novo que o Reino está no meio de nós. Grita de novo, Senhor Jesus, o apelo à conversão. Muda nossa mentalidade, Senhor, para Te acolhermos de coração sincero.
Vem entre nós, Jesus Salvador, novo Moisés, proclamar a carta do Reino, o Sermão da Montanha. Vence nossas resistências para acolher a novidade que trazes. Vem fazer-nos pobres em espírito,para acolhermos o Reino. Vem fazer-nos chorar com os que choram. Vence nossas agitações com Tua mansidão, que faz vir a terra em herança para Teus amados. Dá-nos fome e sede de justiça. Dá-nos pureza de coração para ver a Deus! Faze-nos promover a paz, pois nos chamaste a sermos filhos de Deus.
Recebe, Senhor Jesus, as cândidas aclamações de nossas crianças. Dá-nos preservar nelas a simplicidade e a pureza. Faze com que se transformem em multidão de hosanas. Venha qual rio em tempo de cheia a torrente esperançosa de nossos jovens inquietos. Que eles Te busquem e Te recebam, Senhor! Vem ao encontro do desejo do bem que existe em seus corações. Faze-os superar a avalanche da maldade e do egoísmo que pretende engolir suas boas intenções!
Entra em nossas casas, Senhor, como entraste na casa de Simão Pedro para levar a cura! Vem tomar refeição em nossa casa, para pôr às claras nossos julgamentos, como fizeste na casa de outro Simão. Deixa-nos abrir os telhados para que Te encontrem os paralíticos de todas as doenças do corpo e da alma. Vem para a mesa da amizade, na Betânia de nossas famílias, e faze-nos Marta e Maria para achegar-nos a Ti. Vem transformar, em nossas famílias, a água no vinho novo da festa do Reino de Deus, como em Caná!
Vem encontrar, Senhor Jesus Cristo, as pessoas inquietas que a portas entreabertas Te querem conhecer e suplicam que alguém as conduza a saudar-Te e ouvir-Te dizer: “Ninguém te condenou? Nem eu te condeno! Vai e não peques mais!” Seja-lhes concedido superar a vergonha pelos pecados cometidos, para a festa do abraço da misericórdia.
Vem, Senhor, percorrer nossas ruas, para encontrar os andarilhos e aqueles que dormem às portas de nossas casas comerciais. Ensina-nos a dizer-Te com eles que somos cegos à beira do caminho e queremos ver-Te. Convence-nos, Jesus de bondade, a deixar-nos lavar da sujidade de nossas misérias na piscina de Tua bondade infinita, que nos leva a tomar nas mãos, um dia depois do outro, os leitos em que jazemos. Lava todas as maldades de nossa terra, Senhor Jesus!
Vem, ó Filho de Davi, realizar as esperanças dos séculos que Te aguardaram e preparam Teus caminhos. Glória, louvor e honra a Ti, Cristo Rei, Redentor. Sobe a Ti nosso piedoso Hosana e o clamor dos pequenos. Veio a Ti o povo hebreu, com seus ramos e suas palmas. Avance pelas nossas ruas o cortejo daqueles que Te celebram, trazendo os hinos e aclamações (Cf. Liturgia do Domingo de Ramos).
Vem tomar posse de nossa terra para que Te pertençam o povo e as casas, os palácios e os casebres! Sejam iluminados os meandros mais escuros de nossas almas para que tudo seja dia, como naquela Jerusalém celeste, onde Tu serás a luz verdadeira. Nela não entrará nada de impuro, nem alguém que pratique a mentira, mas somente os que estão inscritos no livro do Cordeiro (Cf. Ap 21,22-27).
Vem, Senhor Jesus! Vem, Jerusalém do alto, esposa do Cordeiro! Venha o que é novo, Venha o Senhor, Salvador e Redentor! Bendito o que vem em nome do Senhor!
Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PAor

O ORVALHO VIVIFICANTE DO ESPÍRITO AGIRÁ EM SUA VIDA



Orar no Espírito parece-nos algo tão insignificante. No entanto, lembremo-nos do orvalho, que também passa despercebido aos nossos olhos. Orar em línguas não satisfaz a nossa inteligência nem os nossos sentimentos. Mas preste atenção: perguntaram a Irmã Lúcia, uma das videntes de Fátima, qual era o gosto da comunhão que recebera do anjo. Com simplicidade, ela respondeu: “Tinha gosto de pão”.
Igualmente quando cantamos ou oramos em línguas, não sentimos nada. Não acontece nada de especial em nosso intelecto. Pelo contrário, esse dom humilha a nossa inteligência. Mas que maravilha! Quando oramos assim, somos instrumentos de Deus para derramar sobre a Terra esse orvalho vivificante, capaz de produzir tanta vida a ponto de ressuscitar os mortos!
“Teus mortos, porém, reviverão! Seus cadáveres vão se levantar! Acordai para cantar, vós que dormis debaixo da terra! Pois teu orvalho é orvalho de luz e a terra restituirá à luz seus mortos” (Is 26,19).
É preciso fazer cair esse "orvalho" sobre a face da Terra, sobre as famílias. É preciso orar e cantar em línguas. Se você sofre com a infidelidade no casamento, ore e cante em línguas no seu leito nupcial em vez de chorar pela dor da situação. Tenha certeza de que o orvalho vivificante do Espírito Santo será derramado para ressuscitar seu matrimonio
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

sexta-feira, 30 de março de 2012

O QUE FAZER DIANTE DE TANTO DESAMOR NO MUNDO ?

Deus nos pôs neste mundo para amar. Ele nos colocou aqui para implantar nesta terra a civilização do amor. Por todos os lados vemos as marcas de um cruel desamor que nos escandaliza, por isso pensamos: “Afinal de contas, Deus não é amor? Então, por que a humanidade está nesta terrível situação de desamor?”
A grande resposta é esta: Jesus já fez Sua parte. Antes de voltar ao Pai, Ele nos deu uma missão muito concreta: “Toda a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra. Ide, pois; de todas as nações fazei discípulos, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a guardar tudo o que vos ordenei. Quanto a mim, eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos tempos” (Mateus 28,18-20). 

Em outras palavras, Cristo passou o bastão para nós. Agora é nossa vez de ir e fazer discípulos em toda a parte “ensinando-os a guardar tudo o que vos ordenei”.
E o que Jesus ordenou? "Um mandamento novo eu vos dou: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, vós também amai-vos uns aos outros. Nisto todos reconhecerão que sois meus discípulos: no amor que tiverdes uns para com os outros" (João 13,34-35). 
O Senhor viveu com os discípulos durante todo aquele tempo, treinando-os no “amai-vos uns aos outros”. Jesus os amou primeiro e os foi formando para se amarem uns aos outros com todas as diferenças e com todas as durezas existentes entre eles:“Como eu vos amei, vós também, amai-vos uns aos outros”.
Conosco agora é a mesma coisa. Jesus precisa nos treinar no amor efetivo uns para com os outros para irmos e formarmos discípulos, ensinando-os - com nossa vida - a amar como Cristo nos amou.
A partir disso, você vê que o mundo "está como está" porque nós não amamos, assim como não assumimos o bastão que Jesus pôs em nossas mãos, porque não formamos discípulos. A civilização do amor acontecerá somente quando pusermos o amor em prática em nossa vida.
Em outras palavras: O mundo novo depende de nós, se amamos ou não amamos; se formamos discípulos ou continuamos “na nossa”.
Diante de todo o desamor do mundo, amar será o nosso bom combate. O Senhor não desiste: Ele, que formou Seus apóstolos - e não foi fácil! - quer formar-nos combatentes no amor.
Monsenhor Jonas Abib

PROCLAME QUE JESUS CRISTO É O SENHOR



Espero que você tenha compreendido por que o Filho de Deus disse: “Eu aceito, Pai!”. Jesus veio e morreu humilhado. A máxima humilhação que uma pessoa poderia suportar, Ele, que é o Filho de Deus, o Rei dos reis, o Senhor dos senhores, passou a ser considerado um malfeitor. Mas o Pai O ressuscitou e Ele está nos Céus, aguardando o segundo momento, a hora da Sua segunda vinda gloriosa, quando virá para reinar sobre a terra.

E entre o primeiro e o segundo momento, Cristo colocou a Igreja. Somos essa Igreja e estamos vivendo entre o primeiro e o segundo tempo: o primeiro tempo já aconteceu – Jesus foi humilhado, mas venceu pela ressurreição; e atualmente estamos no segundo tempo – e Jesus virá e reinará neste mundo com toda a Sua glória. Por isso, nosso principal papel como intercessores é proclamar: “Jesus Cristo é o Senhor!”. Sempre o foi: Ele veio a primeira vez, humilhou-se e aceitou ser humilhado. Ofereceu-se em sacrifício das almas pecadoras e morreu na cruz. Mas agora Ele virá para ser Senhor. Ele virá para ser Jesus, o Deus que salva; para ser o Cristo, o Messias, o Esperado.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

LIBERTOS DAS AMARRAS DO PASSADO

Você é um homem de Deus, você é uma mulher de Deus. Quando estamos em Deus queremos descobrir o que Deus tem para nós. Se você busca a Deus, você nunca ficará perdido. Você pode dizer que houve momentos na sua vida que você ficou perdido, mas Deus te encontrou. 
“Desde o princípio Deus criou o ser humano e o entregou às mãos do seu arbítrio, * { e o deixou em poder da sua concupiscência. }15.Acrescentou-lhe seus mandamentos e preceitos e a inteligência, para fazer o que lhe é agradável.16.Se quiseres observar os mandamentos, eles te guardarão; se confias em Deus, tu também viverás.17.Diante de ti, ele colocou o fogo e a água; para o que quiseres, tu podes estender a mão.18.Diante do ser humano estão a vida e a morte, o bem e o mal; ele receberá aquilo que preferir.19.A Sabedoria do Senhor é imensa, Ele é forte e poderoso e tudo vê * { continuamente. }20.Os olhos do Senhor estão voltados para os que o temem; Ele conhece todas as obras do ser humano.21.Não mandou ninguém agir como ímpio e a ninguém deu licença para pecar” (Eclesiástico 15, 14-21).
Toda transformação na vida da gente tem que partir da verdade. A verdade é o ponto de partida para a transformação, para a vida nova. Quando você busca o Senhor Ele ilumina seu caminho, e a sabedoria passa a te visitar de maneira nova. Quem busca o Senhor nunca fica perdido, Deus mostra por onde caminhar.
Existe um caminho infalível para a felicidade. Quando a pessoa coloca em prática a Palavra de Deus, a pessoa é resguardada pela Palavra. O caminho infalível para a felicidade, é colocar em prática a Palavra de Deus. Não adianta saber, é preciso querer fazer a coisa certa. A pergunta que deve acompanhar você que veio até aqui é: “Estou fazendo a coisa certa? Nesta minha vida tão curta eu estou sendo agradável àquele que me criou?”
Peça a Deus o que você quiser, mas saiba que quem manda na sua vida é Deus, pelo contrário, você será o deus e não Ele. É Deus quem governa a nossa vida, basta nos lembrarmos disso para que nossos fardos se tornem mais leves.
Você já parou para pensar que talvez você seja o grande meio para salvar as pessoas que convivem com você? É nossa missão. Imagine se você estivesse nesse mundo só para se realizar e ser feliz, sua vida seria um fracasso. Quanta coisa difícil você já experimentou e teve que superar, quem quer só se realizar, diminui muito o que é a vida. Os grandes homens descobriram que o sentido da vida é servir a Deus e por causa de Deus servir aos outros. Quantas pessoas você conhece que se tornaram infelizes porque a vida delas era se preocupar consigo. Quanta gente você conhece que se tornaram infelizes porque se fecharam em seu passado, vivem dos restos que não voltam mais, estão presas nas lembranças e não conseguem avançar. 
São João da Cruz diz: “não importa se o passarinho está amarrado com uma corrente de aço ou um barbante, ele nunca vai voar”. Essas coisas que no seu passado foram românticas e bonitas, e quando você se lembra te prende ao passado, não irão voltar. As vezes as pessoas fazem de tudo para avançar, mas a vida delas não deslancha. Por que que não deslancha? Porque o coração está amarrado a um fato que ela não se liberta, não avança. Você precisa se desamarrar do passado que te prende na tristeza.
Deus não te fez triste, a tua tristeza não é agradável a Deus. Existe um remédio para a tristeza, ela precisa ser lavada com o perdão. Você não é, nunca foi e nunca será uma pessoa triste porque Deus não te fez triste, você pode está triste, mas se você lavar o seu passado com o perdão você ficará livre da tristeza. 
Você não pode deixar que a paixão vivida no passado te impeça de viver um novo amor. Quantas mulheres não se realizaram afetivamente porque ficaram presas a um amor ilusório. Quantos homens casaram com uma mulher, com o coração preso a outra; não deixe que uma paixão do passado continue destruindo seu relacionamento. 
Márcio Mendes

ORE POR TODA A SUA CASA



"Estando Pedro ainda a falar, o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a (santa) palavra. Os fiéis da circuncisão, que tinham vindo com Pedro, profundamente se admiraram, vendo que o dom do Espírito Santo era derramado também sobre os pagãos; pois eles os ouviam falar em outras línguas e glorificar a Deus" (At 10,44-46).
Ore por toda a sua casa e deixe o Espírito Santo que habita em você fluir. Sua oração será como a oração de Moisés no alto do monte, sustentado por Aarão e Hur, e a vitória de Deus será conquistada.
Não permita que o inimigo de Deus leve seus filhos, seu marido, sua família. Não perca aquilo que você construiu com tanta lágrima, suor, sangue. Não perca os seus tesouros para o maligno, porque são seus e de Deus.
Você resgatará o que é de Deus pela oração, pela intercessão no Espírito. Da mesma forma, não perca os membros do seu grupo de oração, as pessoas que vieram buscar a Deus! Não perca os jovens do grupo.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

quinta-feira, 29 de março de 2012

JEJUM


"Este é o Meu copo que será entregue por vós, o verdadeiro Alimento"

Chamamos “jejum” (latim “ieunium”) à privação voluntária de comida durante algum tempo por motivo religioso, como ato de culto perante Deus.

Na Bíblia no jejum pode ser sinal de penitênica, expiação dos pecados, oração intensa ou vontade firme de conseguir algo.

Outras vezes, como nos quarenta dias de Moisés no monte ou de Elias no deserto ou de Jesus antes de começar sua missão, marca a preparação intensa para um acontecimento importante.

O jejum Eucarístico tem uma tradição milenar; como preparação para este sacramento, o cristão se abstém antes de outros alimentos. E é na Quaresma que sempre teve mais sentido aos cristãos o jejum como privação voluntária

O jejum junto com a oração e a caridade, tem sido desde muito tempo uma “prática quaresmal” como sinal de conversão interior aos valores fundamentais do evangelho de Cristo. Atualmente é costume abster-se de carne todas as sextas-feiras de Quaresma que não coincidem com alguma solenidade; fazer abstinência e jejum (uma só refeição ao dia) na quarta-feira de Cinzas e a Sexta-feira Santa.

OREMOS NO ESPÍRITO



Na oração em línguas, quem ora em nós é o Espírito Santo. Não sabemos orar, então colocamo-nos na presença de Deus e realizamos a nossa parte, que é emitir os sons e abrir o coração. Quem ora em nós é o Espírito Santo. Quem se põe diante de Deus por nós, como nosso Advogado, é o Espírito Santo. Assim como o advogado sabe falar com o juiz, o Espírito Santo Paráclito sabe falar com o Pai e com Jesus. Assim como o advogado, conhecendo bem os riscos de sua situação, emprega os termos corretos para defendê-lo, o Espírito Santo apresenta os anseios do seu coração e, com as corretas palavras, o defende diante de Deus. Essa é a atitude fundamental do intercessor.
Somos intercessores, mas o principal Intercessor é o Espírito Santo de Deus. Oremos no Espírito e oremos também com a inteligência. Nossa oração é essencial na intercessão, mas a oração em línguas torna-se fundamental, porque é o próprio Espírito orando em nós, com os termos certos para a intercessão.
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

A RESSURREIÇÃO : PROJETO DE DEUS PARA VOCE

“Cantai, cristãos, afinal: ‘Salve, ó vítima pascal!’ ” Cordeiro inocente, o Cristo abriu-nos do Pai o aprisco.
Cristo foi à nossa frente. Experimentou o peso de nossos pecados, sofreu a Paixão por amor a nós. Enfim, naquele Domingo Santo, mais uma vez Cristo vai à nossa frente, agora como Cristo Ressuscitado!
Toda a nossa vida de cristãos só tem verdadeiro sentido se estivermos seguindo os passos de Nosso Senhor, um Senhor Ressuscitado. Assim, precisamos assumir como projeto de Deus para nós a ressurreição. Foi o Senhor quem abriu para nós essa linda realidade, somos herdeiros da ressurreição. Toda tristeza foi sanada diante da realidade da ressurreição. O testemunho do túmulo vazio nos provoca a uma caminhada de fé, assumindo que nossas dores e sofrimentos são passageiros e que somente a ressurreição é definitiva e eterna. Quem vive assim, não escolhe morar na cruz e colecionar dores e sofrimentos, sabe que esta realidade é temporária, pois a promessa de eternidade é para a ressurreição.
Assumir a ressurreição como projeto de vida faz toda a diferença. A homens e mulheres que passam pelos sofrimentos e dores com a firme esperança de que somente a ressurreição tem caráter definitivo em nossas vidas. Quem enxerga sua vida hoje por essa ótica, não cultiva sofrimentos, mas, ao passar por eles, lança-se em uma linda caminhada rumo à ressurreição. Qualquer cristão que se coloque à parte dessa realidade, desespera-se em meio a dores, acreditando que elas nunca vão passar, como se a morte fosse o derradeiro fim.
Entretanto, somos vocacionados, pelo batismo, a seguir o Cristo da ressurreição: “Vi Cristo ressuscitado, o túmulo abandonado. Os anjos da cor do sol dobrando ao chão o lençol [...]”. O túmulo vazio faz de nós homens e mulheres cheios de Deus, um Deus que cumpre Suas promessas e que quer ressuscitar todos os seus filhos.
Desejar uma Feliz Páscoa para alguém não é uma mera demonstração de carinho e atenção, é muito mais! É desejar que o plano de um Deus-Amor seja realizado plenamente na existência dessa pessoa. É assim que quero chegar até você: desejando-lhe uma Feliz Páscoa. Que o projeto de salvação de Deus encontre acolhida e espaço de realização em sua vida. Que, juntos com toda a Igreja, possamos celebrar esse mistério central de nossa fé, assumindo-o a cada dia em nossas vidas como uma realidade sonhada por Deus para cada um de nós.
Nossa evangelização quer ser um caminho de preparação ainda aqui nesta vida para a realidade definitiva da vida eterna. Dessa forma, cada um daqueles que se lança nesse compromisso de evangelização se torna “apóstolo da ressurreição”. Que você seja o primeiro a acolher a verdade da ressurreição, vivendo de forma renovada a própria vida. Aceite conosco o lindo desafio de levarmos a tantos irmãos o conhecimento e a experiência real dessa nossa vocação para a vida etena.
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

AS DINÂMICAS DA CULTURA

A estrutura da cultura no âmbito da sociedade é um tecido sustentador e definidor de práticas, de dinâmicas, funcionamentos, escolhas pessoais e coletivas. É o conjunto de tudo o que configura a vida de um povo, com força para definir modos, escolhas, estilo de vida, e, particularmente, a mentalidade que emoldura o jeito de ser.
Assim, quando se pensa o futuro de uma sociedade não se pode negligenciar um bom entendimento sobre a cultura.  Essa compreensão propiciará a necessária manutenção de valores e indicará, por sua vez, a oportunidade de correções em dinâmicas e funcionamentos. Permite, dessa forma, a superação de conservações obsoletas. Mas, também, garante o cuidado para não se assumir o que, por onda ou moda, pode ser fator de deterioração de elementos indispensáveis para a unidade do sistema. O desafio de zelar e ajustar a própria cultura é tarefa de todos, missão de cidadania e, particularmente, de instituições como a família, os governos, a Igreja e outros centros educativos.
Voltando, então, ao conceito de cultura, para acentuar sua importância como capítulo central na vida cidadã, vale ter presente, numa compreensão mais ampla, que ela [cultura] representa o modo particular com que o homem cultiva sua relação com a natureza, com seu semelhante, consigo mesmo e com Deus. É ela quem determina, pois, a humanização ou a desumanização da existência.
Por isso mesmo, é preciso considerar a cultura como uma preciosidade. Um patrimônio de todos, em cada contexto específico, que define o modo de ser de um povo, com seus desafios, pobrezas e demandas a serem adequadamente respondidas. Mas não se trata apenas de defender qualquer cultura, algo possível na atualidade, quando se pensa na força e na rapidez envolvente do mundo cibernético. A força da internet, junto com outras forças, frequentemente atua como um “tsunami” na vida social, provocando derrocadas de valores e perda das práticas agregadoras.
A recuperação dessas perdas não é tão simples. Demanda um longo processo até configurar, de novo, ou pela primeira vez, uma cultura da vida e da paz no sistema da sociedade. É preciso refletir, permanentemente, a cultura no contexto em que estamos inseridos, atuamos e temos responsabilidades. Assim, será possível constatar que há muito a ser corrigido e substituído, mas que também é importante a conservação, o cultivo e o crescimento do que é valor no tecido social.
Na lista interminável de raciocínios e reflexões a serem arquitetadas, é interessante pensar que a economia brasileira, atualmente em posição de destaque no ranking mundial, precisa garantir o desenvolvimento que deve ser almejado no horizonte cidadão. O dinheiro disponível mexe com os interesses políticos, a ganância que envenena corações, a burocratização por incompetência, as morosidades inexplicáveis e a falta de sentido corporativo, que macula e esvazia a verdadeira cidadania.
Sabe-se, em tantos casos, da existência de verba para urgentíssimas obras de infraestrutura. No entanto, muitos parecem dormir sobre as urgências. Acostuma-se com o menos e, assim, não se busca a indispensável rapidez nas ações e não se exercita a inteligência.
Há muito no cotidiano de todos que precisa ser refletido. Nesse caminho, o importante é avaliar o que deve ser conservado e o que, urgentemente, em hábitos e práticas, deve ser substituído. Para citar um exemplo recente de mudança cultural em processo, o uso da violência, até pouco tempo, era aceito como recurso para fazer uma criança aprender o bem. Hoje, a própria legislação coíbe a educação baseada nas palmadas, enquadrando-a como violência familiar e, assim, estimula a revisão de hábitos culturais. Essa mudança é impulsionada por muitas forças, como o desenvolvimento científico. Pesquisa da neurociência mostra que cada idade tem o seu estímulo certo, indicando que até os oito anos cabem somente elogios, jamais pancadas. Apenas depois dos 12 anos é que vem a sensibilidade a críticas e a aprendizagem com erros.
Ao refletir sobre o lugar da fé cristã católica, enraizada em nosso substrato cultural, somos alertados de cuidar deste grande bem. A fé cristã católica tem a força de definir o jeito de ser, englobando práticas religiosas, o lugar primeiro de Deus em tudo, as devoções, a marca da solidariedade e outros valores. A fé é nosso mais precioso tesouro.
Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte

quarta-feira, 28 de março de 2012

NOSSA PRIMEIRA VOCAÇÃO É O AMOR

"De um só Deus, fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, fixando os tempos anteriormente determinados e os limites do seu habitat. Tudo isto, para que procurassem a divindade e , mesmo se ŕs apalpadelas, se esforçassem por encontrá-la, embora Ele năo esteja longe de cada um de nós. Pois nele vivemos, movemos e existimos" (Atos 17,26-28). A nossa primeira vocaçăo – năo pode ser outra – a năo ser amar a Deus de todo coraçăo, buscando uma sublime comunhăo com o Senhor. Hoje, nós existimos graças a este verdadeiro amor de Deus por nós, e nossa felicidade somente será plena quando as nossas vontades passarem a ser a vontade do Senhor. Nós precisamos buscar o Senhor em todas as circunstâncias possíveis para que possamos dizer como Săo Paulo: "Já năo sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim" (Gal 2,20). Nossa vida, nossa família, amigos, alegrias e dores, năo pertencem a nós, mas sim, a Deus. O Senhor quer ser o único a ser adorado e o primeiro a ser amado por nós, pois Ele o merece. Ele quer todo o nosso amor, porque nos ama muito. Desse modo, ao amarmos o Senhor, aprendemos também a amar aos que estăo ŕ nossa volta de uma forma inteiramente gratuita. Que durante este dia, nós possamos fazer a experięncia de deixar com que este amor puro de Jesus consuma o nosso ser. Certos de que este amor nos sustentará em todos os momentos.
Jesus eu confio em vós
Luzia Santiago

O QUE PROVA O PODER INTERCESSOR DE MARIA ?

'A figura, a pessoa, o papel de Nossa senhora é inseparável da redenção de Jesus', diz padre Antônio
Não são raras as manifestações da devoção a Nossa Senhora. No Brasil e em todo o mundo, fiéis recorrem a Santa Mãe de Deus, em especial quando precisam alcançar alguma graça, pedindo sua intercessão junto a Cristo. Essa intercessão da Virgem Maria será tema do VI Congresso Mariológico, que começa nesta sexta-feira, 23, em Aparecida (SP).
Mas até que ponto vai a intercessão de Maria? O diretor da Academia Marial, padre Antônio Clayton Sant’Anna, explicou que Jesus é o único mediador e Nossa Senhora exerce um papel maternal subordinado.
“Ela não é a intercessora essencial, ela o é enquanto essa figura, esse papel. Essa função de Nossa Senhora, na obra de Cristo, foi conhecida e, aos poucos, sendo adotada, assimilada, compreendida pelas comunidades cristãs do início da Igreja. Ela [Maria] não tem poder nenhum por si mesma, ela tem poder subordinado conforme a missão que Deus lhe pediu e ela se dispôs a aceitar”, explicou.
Padre Antônio ressaltou, no entanto, que a figura de Nossa Senhora é inseparável da redenção de Jesus.  “Esses fundamentos teológicos e pastorais da intercessão de Nossa Senhora estão presentes no Evangelho, portanto, têm uma fonte bíblica, eles estão presentes também na tradição”.
O sacerdote destacou que existe um grupo interessado no diálogo ecumênico e, com isso, a Santíssima Virgem está sendo mais reconhecida. De acordo com ele, Maria, além de ser honrada  como a Mãe do Filho de Deus,  também é modelo de discípula e de mulher de fé. “O que foi Abraão para o povo eleito, Maria o é para o novo povo, para a Igreja”, exemplificou.
A intercessão de Maria, de fato, existe?
Quando indagado sobre as provas que ratificam o poder intercessor de Nossa Senhora junto a Jesus Cristo, O diretor da Academia Marial enfatizou que não existem provas concretas, mas sim fontes elucidativas e interpretações.
“Não existe prova por ‘A+B’. A intercessão de Maria não é um dogma, como a presença de Cristo na Eucaristia, ela não precisou ser definida como dogma, ela entrou na vivência da fé cristã". Na crença católica, o sacerdote citou quatro aspectos que provam essa intercessão. São eles:
- Passagem bíblica que retrata o episódio das Bodas de Caná (cf. Jo 2, 1-11). “Para nossa interpretação, é uma prova. Maria intercedeu a Jesus e Ele adiantou a sua hora. Então, por que isso está lá no Evangelho?”, disse o padre.
- Ave Maria. “O anjo que diz ‘Ave Maria’ (cf. Lc 1, 28), extasiado com a graça de Nossa Senhora. Para nós é uma prova”, comentou.
- A narrativa da encarnação (cf. Lc 1, 26-38).
- A passagem bíblica que retrata Nossa Senhora junto à cruz. "'Mulher, eis aí teu filho. Filho, eis aí Tua mãe'. Ele a levou para casa (cf. Jo 19, 26-27). Essa é uma prova escriturística para nós no pensamento católico, cristão, do papel de Maria", destacou o sacerdote. 

A CONVERSÃO TRAZ O PERDÃO DE DEUS



O pecado é uma palavra, um ato ou um desejo contrários à lei eterna. "É uma falta contra a razão, a verdade, a consciência reta; é uma falta ao amor verdadeiro para com Deus e para com o próximo, por causa de um apego perverso a certos bens. Fere a natureza do homem e ofende a solidariedade humana." (Catecismo da Igreja Católica, n. 1849).

Por este motivo, a conversão traz ao mesmo tempo o perdão de Deus e a reconciliação com a Igreja, e é isso que o sacramento da penitência e da reconciliação exprime e realiza liturgicamente.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

O VERDADEIRO AMOR É CAPAZ DE TUDO SUPORTAR !


A razão de nossa existência é amar a Deus com um empenho total e nos relacionarmos com nossos irmãos de forma sincera e amorosa, inspirada no amor do próprio Deus. No entanto, se o nosso amor não participar do amor do Altíssimo e não se expressar na pessoa que está ao nosso lado, isso será mera ilusão.
Como vemos, a primeira conversão é fácil, mas o difícil é a conversão do não buscar o próprio interesse. Renunciar pelo bem do outro àquilo que gostaríamos de possuir. É o amor que “…nada faz de inconveniente, não procura o próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor, não se regozija com a injustiça, mas encontra sua alegria na verdade. Ele tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (I Cor 13, 5-7).
Mas para o amor não passar em sua vida como uma chuva de verão, você precisará ser humilde. Para isso será preciso perdoar muitas vezes e pedir perdão todos os dias e todas as horas em que isso for necessário, vencendo todas as barreiras que fecham nosso coração em nós mesmos. Há tantas formas diferentes e eficazes de exercitar a humildade para amar incondicionalmente.
O amor é capaz de tudo suportar!
O amor transforma a vida!
O amor jamais passará!
Ame sempre, seja um vencedor no amor!
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago


JESUS , O BOM PASTOR


Não importa a situação em que você hoje está, acredite no que Deus falou a nosso respeito: “Eu vos amo com amor eterno”. E no momento que você está vivendo hoje, acolha essa Palavra.
Nós precisamos acreditar nas criações de Deus, pois mais do que filhos d'Ele, devemos ser testemunhas das Suas realizações.
Nossa existência foi desejada pelo Altíssimo, a criação do homem e da mulher foi essencial para que a obra do mundo fizesse sentido. E com isso, o Senhor nos deu uma identidade para que pudéssemos nos diferenciar uns dos outros.
O Senhor não é um pai ou uma mãe irresponsável, pois Ele dá sustento a tudo o que cria. E, desde o início, nos deu a liberdade, assim como a que Ele possui. A diferença é que, com Sua liberdade, jamais usou de mentiras, traições ou falsas identidades.
O homem, em sua liberdade, um dia tomou a decisão errada, se distraiu e caiu na tentação sobre a qual Deus já o havia advertido. E assim, como é nas nossas vidas, o mal se utilizou de sutileza e astúcia, e, pela ambição do homem, fez com que nós caíssemos em pecado.
Mesmo assim, Deus não se acomoda e vai ao encontro do homem, dando a garantia de que nós não iremos nos perder. Ele faz a aliança com Seu povo, dando-nos a possibilidade de pisar na tentação e renunciar ao pecado.
Assim como o pastor, que se preocupa em cuidar das suas ovelhas, o Pai tem o cuidado de acompanhar Seus filhos, levando-nos para águas limpas, fornecendo nosso sustento e nos orientando com relação aos perigos que vamos enfrentar.
O objetivo de Deus não é outro senão salvar o homem. E essa salvação não se dá pela metade, mas sim por inteiro. Prova disso foi ter enviado Seu Filho único e amado para viver entre nós, não se contentando apenas em falar conosco por visões e palavras de profetas.
Precisamos retomar a comunicação com Deus ao nos aproximar de Jesus, o Bom Pastor, deixando todas as coisas e pessoas que nos afastam d'Ele. Busque conhecer a Sua Igreja, a Palavra e os ensinamentos de Deus, não fique no superficialismo, vivendo em águas rasas.
Decida-se pelo caminho reto, fazendo com que sua intimidade com Deus fale mais alto do que os sentimentos mundanos, caso contrário, terá o mesmo destino da ovelha que se perdeu do seu rebanho.
Hoje você é convidado a ser pastor onde quer que esteja. Você que é pai ou mãe tem a obrigação de conduzir seus filhos pelo caminho de Deus. Será que hoje você tem cuidado bem dos seus rebanhos?
Devemos nos voltar para a finalidade para o qual fomos criados. A restauração do original em nossa vida precisa ser nossa luta diária, não podemos mais viver de momentos vazios.
Deus tem um desígnio para cada um de nós, por isso, seja uma ovelha honesta, e sempre que for necessário, tenha coragem de conduzir o rebanho para boas pastagens. Seja como o Bom Pastor, que sempre foi manso e humilde de coração, aliviando o fardo daqueles que estão cansados pelas feridas causadas pelos próprios erros.
Padre João Gualberto 

terça-feira, 27 de março de 2012

A VIRGEM MARIA NOS PREPARA PARA RESSURREIÇÃO



Várias pessoas, muito machucadas no coração por causa do autoritarismo do pai, por causa de maus-tratos, rudeza, rejeição, não conseguem sentir o amor de Deus, não conseguem sentir o amor do Pai. E a Santíssima Virgem toca nesses corações com sua mão, curando e os tornando capazes de amar. E diz: “Eu não estou apenas consertando seu coração, mas lhe dando um coração novo. Receba-o. É com ele que eu quero que você caminhe”.

Nossa Senhora o chama pecador não por você ter cometido um ou outro pecado, mas porque existe um mal habitando em seu coração; o demônio colocou um veneno dentro de você. Este é o pecado original. O diabo, como serpente, o mordeu, espalhou em você o veneno da rebeldia, da desobediência, da oposição a Deus.

Há, portanto, em seu interior duas inclinações, e você sente isso: uma o leva a sentir-se impulsionado para o bem, para ser de Deus e viver n'Ele, e foi o próprio Deus quem a pôs em você; mas, ao mesmo tempo, você sente uma outra inclinação empurrando-o para o mal, para o pecado, colocando-o contra Deus e Suas ordens.

A Santíssima Virgem Maria o está preparando para a ressurreição: “Foi por isso que meu Filho veio. O Pai enviou Seu Filho, e meu Filho, para salvar você. Foi por isso que Jesus foi até a morte, e morte de cruz; foi por isso que derramou todo Seu Sangue para salvá-lo de uma doença incurável que se chama pecado. A única salvação para essa doença é Jesus, é a redenção, o Sangue de Cristo”.
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

DEIXE O QUE É VELHO PARA TRÁS E SIGA EM FRENTE

"Se alguém está em Cristo é uma nova criatura. O mundo do antigo passou, eis que aí está uma realidade nova" (II Cor 5,17). 
Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Nossas palavras são pobres quando dizemos “nova criatura”. Pobres para expressar tudo o que aconteceu conosco. Passou o que era velho. Eis que tudo se fez novo. Somos realmente novas criaturas!
É por isso que o Senhor quer que você viva em novidade de vida, deixando o velho para trás e olhando para frente.Seguindo em frente, para rumos novos, como filho de Deus.
São Paulo teve a grande graça de experimentar isso. Ele escreveu porque experimentou. Ele não falava de teorias, e sim de vida, de algo que estava vivendo. Por essa razão se expressou com tanto vigor na Carta aos Romanos. Desde o início do capítulo seis, o apóstolo dos gentios fala da salvação de Jesus, do que Cristo nos fez e conquistou para nós. 
Quando chega ao versículo onze, Paulo afirma: "Do mesmo modo também vós: considerai que estais mortos para o pecado e vivos para Deus em Jesus Cristo" (Rm 6,11).
Cada palavra que está nesse versículo é preciosa. Este “considerai” não é uma consideração qualquer. Não é considere você, mas sim, se considere, saiba quem é você é e, porque é, considere-se e viva assim. 
Imagine o filho de um rei: ninguém pode mudar essa realidade, mas, infelizmente, ele não está levando isso em consideração, não está vivendo como o filho de um rei. Então dizemos a ele: “Considere-se o filho de um rei. Por favor, viva como o filho de um rei. Deixe de lado esta vida miserável que você vive! Você é filho de um rei, então, considere-se assim”. 
"Portanto, que o pecado não mais reine em vosso corpo mortal para vos fazer obedecer às suas concupiscências" (Rm 6,12).
Não, você não pode mais viver assim. Considere-se morto para o pecado porque o Senhor já o libertou, e ponto final! Agora você está vivo para Deus, em Cristo Jesus. Portanto, considere-se vivo em Cristo Jesus.
São Paulo continua na Carta aos Romanos:
"Não ponhais mais os vossos membros a serviço do pecado como armas da injustiça; mas, como vivos saídos de entre os mortos, fazendo dos vossos membros armas da justiça, ponde-vos a serviço de Deus. Pois o pecado não terá mais domínio sobre vós, visto que já não estais sob a lei, mas sob a graça" (Rm 6,12-14).
Em geral, consideramos o pecado apenas como uma culpa que contraímos diante de Deus, como algo jurídico, e não como o que ele é realmente: uma doença. O pecado é assim. Ele existe: é rebelião contra Deus, é situação de “não” a Deus. Para que esse mal se manifeste, ele precisa reinar em alguém. A Palavra de Deus nos diz isso. 
Não permita que o pecado se abrigue em você. Que esse mal não reine mais em seu corpo mortal! O pecado está por aí, procurando alguém a quem possa subjugar. Não permita isso!
Monsenhor Jonas Abib

SACRAMENTO DA UNÇÃO DOS ENFERMOS

Une intimamente o doente a Cristo
No ritual da unção dos enfermos encontra-se a seguinte petição a Deus: “Por esta santa unção e pela Sua infinita misericórdia, o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo, para que, liberto dos teus pecados, Ele te salve e, na Sua misericórdia, alivie os teus sofrimentos”. Esta oração contém o objeto central desse sacramento, ou seja, confere a ele uma graça especial que une mais intimamente o doente a Cristo.
Jesus veio para revelar o amor de Deus. Frequentemente faz  isso nas áreas e situações em que nos sentimos especialmente ameaçados em função da fragilidade de nossa vida, devido às doenças, morte, etc.. Deus Pai quer que nos tornemos saudáveis no corpo e na alma e reconheçamos nisso a instauração do Reino d'Ele.Por vezes, só com a experiência da enfermidade percebemos que precisamos do Senhor mais do que tudo. Não temos vida, a não ser em Cristo. Por isso os doentes e os pecadores têm um especial instinto para perceber o que é essencial.
No Antigo Testamento, o homem doente experimenta os seus limites e, ao mesmo tempo, percebe que a doença está ligada misteriosamente ao pecado. Os profetas intuíram que a enfermidade poderia ter também um valor redentor em relação aos próprios pecados e aos dos outros. Assim, a doença era vivida diante de Deus, do qual o homem implorava a cura. No Novo Testamento eram os enfermos que procuravam a proximidade de Jesus, procurando “tocá-Lo, pois d'Ele saía uma força que a todos curava” (Lc 6,19). A compaixão de Jesus Cristo pelos doentes e as numerosas curas de enfermos são um claro sinal de que, com Ele, chegou o Reino de Deus e a vitória sobre o pecado, o sofrimento e a morte. Com a Paixão e Morte o Senhor dá um novo sentido ao sofrimento, o qual, se for unido ao d'Ele, pode ser meio de purificação e de salvação para nós e para os outros.
A Igreja, tendo recebido do Senhor a ordem de curar os enfermos, procura pôr isso em prática com os cuidados para com os doentes, acompanhados da oração de intercessão. Ela possui, sobretudo, um sacramento específico em favor dos enfermos, instituído pelo próprio Cristo e atestado por São Tiago: «Quem está doente, chame a si os presbíteros da Igreja e rezem por ele, depois de o ter ungido com óleo no nome do Senhor» (Tg 5,14-15).
Desta forma, o sacramento da unção dos enfermos pode ser recebido pelo fiel que começa a se sentir em perigo de morte por doença ou velhice. O mesmo fiel pode recebê-lo também outras vezes se a doença se agravar ou então no caso doutra enfermidade grave. A celebração desse sacramento, se possível, deve ser precedida pela confissão individual do doente. A celebração deste sacramento consiste essencialmente na unção com óleo benzido, se possível, pelo bispo, na fronte e nas mãos do enfermo (no rito romano, ou também noutras partes do corpo segundo outros ritos), acompanhada da oração do sacerdote, que implora a graça especial desse sacramento. Ele só pode ser administrado pelos sacerdotes (bispos ou presbíteros).
Este sacramento confere uma graça especial que une mais intimamente o doente à Paixão de Cristo, para o seu bem e de toda a Igreja, dando-lhe conforto, paz, coragem, e também o perdão dos pecados, se ele não puder se confessar. E consente, por vezes, se for a vontade de Deus, também a recuperação da saúde física do fiel. Em todo o caso, essa unção prepara o enfermo para a passagem à Casa do Pai. Por isso, concede-lhe consolação, paz, força e une profundamente a Cristo o doente que se encontra em situação precária e em sofrimento. Tendo em vista que Senhor passou pelas nossas angústias e tomou sobre Si as nossas dores.
Muitos doentes têm medo desse sacramento, e adiam-no para o fim, porque pensam se tratar de uma espécie de “sentença de morte”. No entanto, é o contrário disso: a unção dos enfermos é uma espécie de “seguro de vida”. Quem, como cristão, acompanha um enfermo deve libertá-lo desse falso temor. A maior parte das pessoas que está em risco de vida tem a intuição de que nada mais é importante nesse momento do que a confiança imediata e incondicional Àquele que superou a morte e é a própria Vida: Nosso Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador