sexta-feira, 31 de agosto de 2012

SEJAMOS HOMENS E MULHERES DE MISÉRICORDIA

Muitas coisas, nesta vida, são importantes, mas o essencial é que “sejamos homens de misericórdia, porque nossos gestos de bondade não serão esquecidos” (Eclo 44,10).
É isso que conta diante de Deus. Façamos o bem não para mostrar às pessoas, mas para agradar a Deus, na certeza de que, um dia, O contemplaremos face a face.
Um homem e uma mulher de misericórdia, antes de fazer qualquer coisa, deve se perguntar: “Eu gostaria de ser tratado(a) desta forma? Este deve ser um critério para nós, porque ‘tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles’” (Mt 7,12).
Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao vosso.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

ACOLHIMENTO UMA FORMA CONCRETA DE AMAR

Como Dom Bosco, precisamos ser sal e luz no mundo

O Sal é bom. Mas se este perde o sabor, com que se há de salgar? Não serve nem pra jogar na terra, nem para o esterco, mas só para ser jogado fora. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (Lc 14,34-35).

Somos criados por Deus para uma finalidade: sermos Seus filhos e adorá-Lo, por isso o nosso primeiro chamado é a santidade. (cf. Ef 1,4). Se nossa vida perde este sentido primário [a santidade], não serve para mais nada, pois fica sem sabor. Então, seremos apenas seres ambulantes num espaço chamado Terra.

Como consagrados pelo batismo
, escolhidos e separados por Deus e para Ele, recebemos do Senhor uma missão. Porém, cada pessoa chamada recebe dons diferentes para que a missão aconteça com a contribuição de cada um. No entanto, os dons recebidos de Deus precisam ser instrumentos eficazes para nossa vida e para a vida dos outros. O dom se torna "graça" quando colocado à disposição da vida daqueles que nos rodeiam.
Dom Bosco tinha virtudes espetaculares: a bondade e o acolhimento. A Família Salesiana tem um pouco dessa essência de Dom Bosco, mas para não perdê-la, precisamos renová-la a cada dia.

O acolhimento é, antes de tudo,
 ver no outro aquilo que ele é sem colocar-lhe máscaras. Na Canção Nova – um ramo da videira Salesiana –, experimentamos, por meio dos testemunhos dos peregrinos que nos visitam, a eficácia do acolhimento. As pessoas, ao se encontrarem com um membro da Canção Nova, não têm receio de abrir seu coração e partilhar de suas vidas, pois se sentem acolhidas como se fosse pelo próprio Cristo.

Esta é nossa missão: comunicar ao mundo a vida nova que Cristo nos trouxe. Precisamos ser “sal” e dar sabor, com nossa vida de consagrados, à vida dos nossos irmãos. Para que isto aconteça é necessário assumir nossa identidade de consagrados. 

Seja qual for o lugar - na escola, no trabalho, na paróquia, no ônibus, em todo tempo e lugar -, sejamos acolhedores. O mundo está carente de amor e nós podemos dar a ele o amor puro e gratuito que recebemos de Deus.

Que o Senhor nos dê esta graça!
Adailton Batista

ENTREGUE SUA VIDA A DEUS


Deixe-me dizer-lhes, sem falsa modéstia, que a Canção Nova é uma ótima escolha. Deus foi generoso conosco. Claro, é preciso ser chamado por Ele, ser vocacionado. Não é pela nossa vontade que isso acontece, nós temos de provar nossas vocações; é por isso que temos os encontros dos candidatos. 
O que Deus queria de nós ao suscitar em nosso interior o desejo pela vida comunitária? Ele queria atender a esta grande e urgente necessidade, dos tempos de hoje, que é a evangelização. A insistência do Santo Padre, o Papa Bento XVI, e de nossos bispos durante a “V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe” - realizada em 2007 no Santuário Nacional de Aparecida (SP) - foi justamente para que nós da América Latina evangelizássemos com novo ardor, com novos métodos, com tudo aquilo que Deus está suscitando para nós.
Esta é uma maneira nova, linda, de consagrar a própria vida a Deus. Minha vida mudou muito porque o Senhor me pôs na Comunidade Canção Nova. Sou grato a Ele e agradeço à imensa família Canção Nova, que faz com que essa vocação continue na Igreja e há mais de 30 anos. 
Só posso dizer: "Obrigado, Senhor, por tudo aquilo que fez, especialmente pelas pessoas que o Senhor mandou. O Senhor é quem dirige esta obra e ainda vai mandar muitas outras pessoas. Muitas pessoas vão ser tocadas para que assumam a própria vocação. Obrigado, porque a Canção Nova é verdadeiramente uma obra de Deus". 

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

PADECEU SOB PÔNCIO PILATOS

Padeceu sob Pôncio Pilatos


Na Profissão de Fé do Papa Paulo VI, ele disse: "Cremos que Nosso Senhor Jesus Cristo, pelo sacrifício da cruz, nos remiu do pecado original e de todos os pecados pessoais cometidos por cada um de nós; de sorte que se impõe como verdadeira a sentença do apóstolo: 'onde abundou o delito, superabundou a graça'" (cf. Rm 5,20) (n.17).

Os apóstolos deixaram claras as razões da morte de Jesus: "Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras" (cf. 1Cor 15,3). "Foi Ele quem nos amou e enviou Seu Filho como vítima de expiação por nossos pecados" (cf. 1Jo 4,10). "Foi Deus que, em Cristo, reconciliou o mundo consigo" (cf. 2 Cor 5,19). Ele significou isso e o antecipou durante a Última Ceia: "Isto é meu corpo, que será dado por vós" (Lc 22,19). João Batista viu e mostrou, em Jesus, o "Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo" (Jo 1,29). O Senhor é o Servo Sofredor que se deixa levar, silencioso, ao matadouro e carrega o pecado das multidões, é o verdadeiro Cordeiro Pascal.

São Pedro explicou o projeto divino de salvação: "Fostes resgatados da vida fútil que herdastes de vossos pais, pelo sangue precioso de Cristo, como de um cordeiro sem defeitos e sem mácula, conhecido antes da fundação do mundo, mas manifestado, no fim dos tempos, por causa de vós" (1Pd 1,18-20).
A Igreja ensina que "os pecados dos homens, depois do pecado original, são punidos com a morte" (cf. Rom 5,12; §602); então, por meio de Jesus, Seu Filho amado, Deus supre essa exigência: "Aquele que não conhecera o pecado, Deus o fez pecado por causa de nós, a fim de que, por ele, nos tornemos justiça de Deus" (2Cor 5,21).
O Catecismo ensina que "nenhum homem, ainda que o mais santo, tinha condições de tomar sobre si os pecados de todos os homens e de se oferecer em sacrifício por todos. A existência em Cristo da Pessoa Divina do Filho, que supera e, ao mesmo tempo, abraça todas as pessoas humanas, e que o constitui a cabeça de toda a humanidade, torna possível seu sacrifício redentor por todos" (§616).
Jesus assumiu livremente, morreu por nós, agiu de maneira soberana: "Ninguém me tira a vida, mas eu a dou livremente" (Jo 10,18). É "o amor até o fim" (cf. Jo 13,1) que confere o valor de redenção e reparação, de expiação e de satisfação ao sacrifício de Cristo. Ele mesmo vai ao encontro da morte; Seu desejo era fazer a vontade do Pai. “'Eis-me aqui... eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade'. Graças a esta vontade é que somos santificados pela oferenda do Corpo de Jesus Cristo, realizada uma vez por todas" (cf. Hb 10,5-10). "Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e consumar sua obra" (Jo 4,34). O sacrifício de Jesus "pelos pecados do mundo inteiro" (cf. 1Jo 2,2) é a expressão de sua comunhão de amor ao Pai: "O Pai me ama, porque dou a minha vida" (Jo 10,17). "O mundo saberá que amo o Pai e faço como Ele me ordenou" (cf. Jo 14,31).

A morte de Jesus faz parte do mistério do projeto de Deus, como explica São Pedro em Pentecostes: "Ele foi entregue segundo o desígnio determinado e a presciência de Deus" (At 2,23); mas isto não quer dizer que os traidores de Jesus cumpriram, “na marra”, uma decisão de Deus. Não, todos agiram livremente e foram culpados. O Senhor estabelece Seu projeto eterno de salvação da humanidade, incluindo nele a resposta livre de cada homem à sua graça. (cf. §600)

Cristo foi obediente ao Pai "até a morte de cruz" (Fl 2,8); assim realizou sua missão expiadora do Servo Sofredor que "justificará a muitos a levar sobre si as suas transgressões", como profetizou Isaías. Mas, por que as autoridades crucificaram Jesus? Muitos atos e palavras d'Ele foram um sinal de contradição para as autoridades religiosas de Jerusalém, como tinha dito o velho Simeão (Lc 2, 34). Aos olhos de muitos parece que Jesus agia contra as instituições essenciais do povo judeu: a Lei de Moisés, o Templo e a fé no único Deus, Javé. 
A morte de Jesus foi verdadeira. Como disse o profeta Isaias: "Ele foi eliminado da terra dos vivos" (Is 53,8) e "Minha carne repousará na esperança, porque não abandonarás minha alma no Hades, nem permitirás que teu Santo veja a corrupção" (At 2,26-27).

A Igreja ensina que, durante a permanência de Cristo no túmulo, “Sua Pessoa Divina continuou a assumir tanto a Sua alma como o Seu corpo, embora separados entre si pela morte. Por isso o Corpo de Cristo morto "não viu a corrupção" (At 2,27) (Cat. §630). A Ressurreição de Jesus "no terceiro dia" (1 Cor 15,4; Lc 24,46) foi a prova disso, pois os judeus acreditavam que a corrupção do corpo começava a partir do quarto dia. 
Felipe Aquino

TENHAMOS A HUMILDADE DE APRENDER SEMPRE

A vida é um aprendizado constante, por isso nunca podemos perder a oportunidade de aprender. Ninguém sabe tudo. Como é bom termos a humildade de perguntar alguma coisa quando não sabemos ou de acolher uma novidade quando alguém nos fala algo que não sabíamos! Isso deve ser motivo para nos alegrarmos, porque significa que estamos dentro do dinamismo da vida: aprender sempre. Há um ditado que diz: “Ninguém é tão pobre que não tenha o que dar, e ninguém é tão rico que não tenha o que receber”. Podemos traduzi-lo assim: “Ninguém é tão limitado que não tenha o que ensinar, e ninguém é tão sábio que não tenha o que aprender”.
Nós aprendemos com os fatos, com a natureza, com as pessoas, de maneira especial com as crianças . Fiquemos atentos para não perdermos nenhuma oportunidade de sempre  enriquecer a nossa vida com um novo aprendizado.
“Meu filho, aceita a instrução desde teus jovens anos; ganharás uma sabedoria que durará até a velhice” (Eclo 6,18).
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

APRENDA A VIVER COM JESUS

Ser discípulo é aprender com Jesus. Ele nos ensina como ensinou a Seus discípulos. Com Ele, vamos aprendendo um modo novo de viver e de ver a vida. Os seus problemas não podem ser o centro da sua vida. Você não pode centralizá-la nas suas dificuldades, nas doenças, nas pessoas. 

Hoje é um dia para se fazer um balanço: fazermos a melhor escolha. Se eu estou centrando a minha vida em qualquer outra coisa, eu não ando, não caminho, não me desenvolvo, não deixo que Jesus a transforme para que eu me torne cada vez mais parecido com Ele. 

Jesus se fez Homem para nos ensinar a viver como criaturas humanas. É certo que Ele encontre em você, – como encontrou naquele jovem rico (cf. Mateus 19,16-29) –, disposição. Ele aposta em você, e além da disposição, Ele precisa encontrar em você um profundo desejo de segui-Lo e de mudar de vida. 

Talvez você já estivesse no caminho, mas parou na “mediocridade”, ou seja, no mais ou menos, satisfeito no ponto em que chegou. Mas hoje é dia de deixar a mediocridade e decidir-se por Jesus, ser discípulo d'Ele, querer ser semelhante a Ele. Viver como Ele viveu, amar como Ele amou, enfim, ser como o Senhor. Peça essa graça ao Espírito Santo. Reze, lute, não desanime!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

MARTÍRIO DE SÃO JOÃO BATISTA

Com satisfação lembramos a santidade de São João Batista que, pela sua vida e missão, foi consagrado por Jesus como o último e maior dos profetas: "Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João, o Batista...De fato , todos os profetas, bem como a lei, profetizaram até João. Se quiserdes compreender-me, ele é o Elias que deve voltar." (Mt 11,11-14)
Filho de Zacarias e Isabel, João era primo de Jesus Cristo, a quem "precedeu" como um mensageiro de vida austera, segundo as regras dos nazarenos.
São João Batista, de altas virtudes e rigorosas penitências, anunciou o advento do Cristo e ao denunciar os vícios e injustiças deixou Deus conduzí-lo ao cumprimento da profecia do Anjo a seu respeito: "Pois ele será grande perante o Senhor; não beberá nem vinho, nem bebida fermentada, e será repleto do Espírito Santo desde o seio de sua mãe. Ele reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus: e ele mesmo caminhará à sua frente..." ( Lc 1, 15)
São João Batista desejava que todos estivessem prontos para acolher o Mais Forte por isso, impelido pela missão profética, denunciou o pecado do governador da Galileia: Herodes, que escandalosamente tinha raptado Herodíades - sua cunhada - e com ela vivia como esposo. 
Preso por Herodes Antipas em Maqueronte, na margem oriental do Mar Morto, aconteceu que a filha de Herodíades (Salomé) encantou o rei e recebeu o direito de pedir o que desejasse, sendo assim, proporcionou o martírio do santo, pois realizou a vontade de sua vingativa mãe: "Quero que me dês imediatamente num prato, a cabeça de João, o Batista" (Mc 6,25)
Desta forma, através do martírio, o Santo Precursor deu sua vida e recebeu em recompensa a Vida Eterna reservada àqueles que vivem com amor e fidelidade os mandamentos de Deus.

São João Batista, rogai por nós!

NÃO E DEIXE ABATER PELO DESANIMO

Paulo e Timóteo atravessaram a Frígia e a região da Galácia, pois o Espírito Santo os proibira de pregar a Palavra de Deus na Ásia. Chegando perto da Mísia, eles tentaram entrar na Bitínia, mas o Espírito de Jesus os impediu. Então atravessaram a Mísia e desceram para Trôade. Durante a noite, Paulo teve uma visão: na sua frente, estava de pé um macedônio que lhe suplicava: 'Vem à Macedônia e ajuda-nos!'" (At 16,6-9). 
Para chegar até lá [Macedônia], eles tinham de atravessar o mar. Então, depois da visão que teve, Paulo partiu para anunciar a Boa Nova àquele povo.
Meus irmãos, isso vem nos dizer o quanto precisamos ser cheios do Espírito Santo. Paulo e Timóteo perceberam que Deus estava lhes indicando o caminho, porque eram pessoas cheias do Espírito Santo, eram pessoas de oração, decididas a fazer a vontade do Senhor. Então, o Espírito os conduziu para Filipos e, para lá eles foram sem conhecer nada, pois nunca tinham ido para aqueles lados.
Uma coisa muito bonita é que Paulo, num dia de sábado, viu um lugar de oração à beira de um rio. Lá, ele encontrou um grupo de mulheres e ficou em oração com elas. Elas, certamente, estranharam a presença de homens naquele lugar. Mas foi ali que eles, a partir das Escrituras, falaram-lhes de Jesus. Entre aquelas mulheres estava Lídia, muito atenta e de coração aberto para receber a Palavra. Ela foi batizada e insistiu para que Paulo ficasse em sua casa. Tendo ela muita influência sobre as outras pessoas do lugar, Paulo teve a oportunidade de fazer a evangelização de muitos. O apóstolo estava na Ásia Menor e o Senhor o levou para a Europa, depois para o outro lado, na Grécia.
Estamos vindo de uma situação em que Paulo foi apedrejado pelos próprios judeus, de tal maneira que ele parecia estar morto. Mas as perseguições não o seguraram. 
Deus não quer que desanimemos, e não podemos, realmente, desanimar. Quando assumimos nossa vida cristã, vivemos o Cristianismo radicalmente e, assim, começamos a trabalhar pelo Senhor – seja qual trabalho for – e nos tornamos "inimigos do inimigo". Então, ele [o inimigo] começa a nos perseguir. Mas não podemos desanimar, não podemos esperar que o demônio nos deixe à vontade, porque é uma luta e ele vai armar ciladas contra nós. 
O demônio é covarde, ele é um vilão que "dá um tapa e esconde a mão", faz-nos pensar que é o Senhor quem está fazendo isso em nós. 
Quantas vezes somos injustos com Deus e nos revoltamos contra Ele, pensando que é Ele quem nos está fazendo sofrer? Quando deixamos de ser radicais e voltamos atrás por causa dos sofrimentos, também deixamos de servir o Senhor. A partir daí, aquele que é ladino ataca a nossa saúde e a de nossos familiares; ele ataca nossas finanças, causa-nos desemprego, nos faz entrar em dívidas. Ele é covarde e faz tudo isso. Existe, meus irmãos, minhas irmãs, este tipo de perseguição. O inimigo quer nos derrotar. Tolos somos quando sedemos ao ataque dele. 
Quantos de nós desanima na vida cristã por causa do sofrimento, das dores! São Paulo, na Carta aos Efésios, capítulo 6, nos diz:"Não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares" (Ef 6,12). Eles estão por aí em enorme quantidade e sabem onde nos atingir. Aquilo que mais nos atinge – pode ser filho, marido, esposa, mãe, pessoas que amamos muito – o inimigo usa para nos tirar do Senhor. 
Hoje é um dia em que o Senhor está falando forte para mim e para você: "Meu filho, ser cristão para valer, como todos precisamos ser, e entrar na evangelização vai nos ocasionar perseguições, dores, sofrimentos".
Ore comigo: "Senhor, dá-nos a Sua graça. Se desanimamos, se largamos tudo, obrigado porque tens misericórdia e estás de braços abertos para nos acolher e perdoar os nossos pecados. Senhor, tem piedade de nossas fraquezas, principalmente se desanimamos. Obrigado, Senhor, porque me recebes. Eu estou voltando. São desencontros no serviço, injustiças que me desanimam. Senhor Deus, perdoa-me. Eu quero ser cristão, quero viver a vida cristã, quero trabalhar por Ti, sem voltar atrás. Obrigado, porque voltei! Obrigado, porque me acolhes, abraças-me. Eu recebo este abraço e lhe digo: Eis-me aqui, o Teu filho, a Tua filha, vou reassumir o meu serviço por Ti". 

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

ONDE ESTÁ SEU CORAÇÃO

Por que aquele jovem rico precisava deixar tudo? [confira “O jovem rico” – Mateus 19,16-29]. Porque Jesus percebeu que ele estava apegado a seus bens e que isso o condenaria. Não há mal em se ter posses, o problema está no valor que se dá a esses bens. O Senhor sabia que esse rapaz precisava deixar tudo, pois assim encontraria um tesouro no Paraíso. Jesus o estava convidando para ser discípulo, para segui-Lo de perto, pois viu nele sinceridade e muitas qualidades importantes e o amou.

No decorrer do Evangelho, vemos que essa narração se aplica a cada um de nós: “Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração” (Mateus 6,21). O tesouro daquele jovem estava nos seus bens, por esta razão não conseguiu optar pelo Senhor. Preferiu ficar como estava.

Meus irmãos, o melhor que temos a fazer é ser discípulos de Jesus; esse é o nosso tesouro aqui na terra e para o céu. O Senhor precisa ser o primeiro em nossa vida. Todos os fiéis, batizados, precisam tê-Lo como o Senhor de suas vidas.

E eu lhe pergunto: “Jesus é o seu único Senhor?” Porque, muitas vezes, quem está sentado no “trono de nossa vida” não é Jesus, mas sim, nós mesmos, nossos sonhos, nossos projetos para o futuro, nossas ambições, nossos afetos.

É preciso amar, e os casados precisam amar-se mutuamente, aos filhos, à família a aos demais, mas Jesus precisa ter o primeiro lugar, n'Ele precisa estar nosso coração. Precisamos nos perguntar: "Quem ou o que está sendo o primeiro na minha vida?" Quem é o centro dela? Nada nem ninguém pode ocupar o lugar do Senhor em nossas vidas, nem pessoas, nem bens, tampouco nossos problemas e enfermidades.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

terça-feira, 28 de agosto de 2012

SANTO AGOSTINHO

Celebramos neste dia a memória do grande Bispo e Doutor da Igreja que nos enche de alegria, pois com a Graça de Deus tornou-se modelo de cristão para todos. Agostinho nasceu em Tagaste, no norte da África, em 354, filho de Patrício (convertido) e da cristã Santa Mônica, a qual rezou durante 33 anos para que o filho fosse de Deus.
Aconteceu que Agostinho era de grande capacidade intelectual, profundo, porém, preferiu saciar seu coração e procurar suas respostas existentes tanto nas paixões, como nas diversas correntes filosóficas, por isso tornou-se membro da seita dos maniqueus.
Com a morte do pai, Agostinho procurou se aprofundar nos estudos, principalmente na arte da retórica. Sendo assim, depois de passar em Roma, tornou-se professor em Milão, onde envolvido pela intercessão de Santa Mônica, acabou frequentando, por causa da oratória, os profundos e famosos Sermões de Santo Ambrósio. Até que por meio da Palavra anunciada, a Verdade começou a mudar sua vida.
O seu processo de conversão recebeu um "empurrão" quando, na luta contra os desejos da carne, acolheu o convite: "Toma e lê", e assim encontrou na Palavra de Deus (Romanos 13, 13ss) a força para a decisão por Jesus:"...revesti-vos do Senhor Jesus Cristo...não vos abandoneis às preocupações da carne para lhe satisfazerdes as concupiscências". 
Santo Agostinho, que entrou no Céu com 76 anos de idade (no ano 430), converteu-se com 33 anos, quando foi catequizado e batizado por Santo Ambrósio. Depois de "perder" sua mãe, voltou para a África, onde fundou uma comunidade cristã ocupada na oração, estudo da Palavra e caridade. Isto, até ser ordenado Sacerdote e Bispo de Hipona, santo, sábio, apologista e fecundo filósofo e teólogo da Graça e da Verdade. 
Santo Agostinho, rogai por nós! 

PREPARANDO PARA UM BOM COMBATE

Um bom combatente, quando se prepara para o combate, além de treinar muito bem, precisa estar equipado com as armas que lhe serão úteis. O combate espiritual é semelhante, porém as armas usadas são outras.


Faz-se essencial também, neste período, o jejum como forma de intercessão para que tudo corra bem, para que todos os fiéis participantes, os pregadores, músicos, animadores e a equipe de suporte seja abençoada com a graça de Deus em todos os momentos.

Por isso, convidamos você, que está se preparando para este encontro, a fazer esta prática de jejum. O escolhido foi o 'jejum de Daniel'.

Como fazer
 

Jejuar, sem propósito definido, é como vagar num túnel escuro, sem saber para onde ele nos levará. Por isso, tenha claramente seu propósito definido. Esse é o primeiro passo.

Por três semanas somos convocados ao jejum parcial – compreende a abstinência de determinados alimentos, assim como fez Daniel e seus companheiros (Dn 1, 8-15). Será um tempo de maior oração e dedicação ao Senhor.

Deve-se evitar alimentos que mais saciar nosso gosto do que as necessidades reais do nosso organismo, como doces, refrigerantes, excesso de frituras ou outros alimentos que constituem hábitos alimentares com os quais estamos apegados. Pessoas que não podem fazer nenhum tipo de restrição na alimentação poderão fazer "jejum" de determinadas atividades ou costumes, como televisão, conversas ou outras coisas.

Lembre-se: jejum consta de algum sacrifício na alimentação. No primeiro dia, faz-se a consagração do jejum num momento de louvor e adoração. Neste dia, fale para Deus sobre suas intenções, para que vai oferecer seu sacrifício (peça que o Espírito Santo lhe revele o que será a motivação do seu tempo de penitência).

VOCAÇÃO EM DESAFIO UMA CONQUISTA

Descubra a sua e, certamente, encontrará prazer em realizá-la

Conhecemos muitas pessoas que dizem amar sua profissão, seu trabalho e que, até mesmo, o faria sem remuneração. O prazer no cumprimento daquilo que nos identifica sobrepuja qualquer outra necessidade aparente.

Certamente, muitos de nós já ouvimos perguntas como: “O que você vai ser quando crescer?”, “O que você fará após o colegial?”, “Que profissão você seguirá?”. Numa pergunta simples está contido, implicitamente, o desafio de perceber, por meio das nossas habilidades, as leves indicações que demonstrarão nossa simpatia por determinada atividade. Embalados por esta simpatia, somos atraídos em assumir o que, possivelmente, deveremos abraçar como vocação. 
Qual seria a incógnita que decifraria os resultados da certeza de nossa vocação? Se esta fosse um organismo vivo, qual seria o código genético que a comporia?  A partir desse momento, assumimos atitudes que auxiliarão na concretização da vivência daquilo que acreditamos ser nosso chamado, ainda que em estágio embrionário.
O contato com pessoas que já têm definidas suas vocações é muito importante para aqueles que ainda vivem seu estado de discernimento. Ao contrário do que poderíamos pensar, uma pessoa que se diz realizada em sua vocação não está isenta de dificuldades e provações; contudo, sente-se investida de uma força que sempre a impulsionará a continuar com alegria na sua caminhada para as novas descobertas.
Para cada um há um chamado que ressoa desde o princípio em nossa alma, um chamado específico para a realização de uma missão também específica. Interessante considerarmos que para determinada missão ninguém poderá nos substituir para o seu cumprimento plenamente, pois, da mesma maneira que eu não teria o zelo de um jardineiro vocacionado ao seu jardim, outros não teriam o mesmo zelo para com aquilo que a você foi reservado como missão. 
Incrustada na rocha dos nossos desafios, está a joia da nossa vocação. A cada novo desafio, a cada conquista, fundamenta-se em nosso ser a certeza de que, realmente, estamos lapidando uma pedra de valor ímpar. A dedicação e a persistência, no desejo de levar a cabo o que sentimos, revigora nossas forças. 
Dado Moura

VOCE JÁ ERROU NA VIDA ?

Reconheça a queda e levante a cabeça

Quero lhe falar sobre uma história real. Trata-se da vida de um jovem que, aos 25 anos de idade, não tinha mais nenhuma perspectiva, não conseguia ver esperança, apenas um vazio existencial. 
Os dias iam passando e o desespero aumentava no coração dele por não avistar uma saída. A entrada para o mercado de trabalho lhe parecia muito difícil. Sem faculdade e sem currículo, quem o contrataria? Quanto ganharia? Quem ganha bem é quem tem um excelente currículo e uma boa formação acadêmica. Casar-se e formar família também era complexo, já que não conseguia administrar sua própria vida. Então, não conseguia mirar uma vida de fidelidade a uma única mulher; e outro ponto se tornava ainda mais distante de sua vida: ter filhos e dar a eles educação moral e cristã. 
Situações que resultavam numa conclusão: não havia perspectiva profissional, não havia esperança de ser um bom esposo e um bom pai. Além desses fatos, ele havia jogado fora todas as oportunidades que estiveram em suas mãos, uma delas foi a carreira profissional de futebol de salão. O mais complicado para este jovem era pensar que não havia mais jeito de dar a volta por cima. Não existia esperança para sair do caos.Não sei a sua idade nem o quais são suas perdas; só sei de uma coisa: em meio a uma situação de desesperança, é hora de tomar cuidado para não perder dois valores: a alegria e a esperança. 
A letra de uma música diz: "reconhece a queda e não desanima. Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima". Jovem, é preciso reconhecer a queda, reconhecer a perda, reconhecer-se pequeno, mas não desanimar. 
Consciente de que para levantar e dar a volta por cima é preciso o auxílio do Alto, do Céu, levante a cabeça e acredite, pois é possível começar um tempo novo. Levantar-se, porque sem Deus é arriscado. Levantar-se com Deus é humildade. 
"A alegria do coração é a vida da pessoa, tesouro inesgotável de santidade; a alegria da pessoa prolonga-lhe a vida. Tem compreensão contigo mesmo e consola teu coração; afugenta para longe de ti a tristeza. A tristeza matou a muitos e não traz proveito algum" (Eclo 30,23-25). Essa passagem bíblica nos apresenta um valor que deve ser cultivado: a alegria. 
Jesus é o seu amigo e está junto de você nestes momentos tão difíceis. Ele é o único que não pode estar presente na Sua lista de perdas. “Eu vos chamo amigos” (Jo 15, 15). O lindo desafio para este dia é virar a folha e começar a escrever um tempo novo. Coloque, no início dessa folha, a frase "Jesus é meu amigo"; isso é o bastante para você dar a volta por cima. 
Este jovem, hoje, tem 43 anos de idade, é casado há 15 anos e tem três filhos. Este jovem sou eu! Hoje, sou “semeador de alegria e esperança” e aprendiz na descoberta de valores em meio às perdas. Não  canso de repetir: "Com Deus tem jeito!
Cleto Coelho

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

EUCARISTIA NOSSO TESOURO

A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue verdadeira bebida. Aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e Eu nele" (João 6,55-56). 
Quem recebe a Eucaristia recebe o Corpo do Senhor. É o Senhor que permanece em nós e nós, n’Ele. Diante de tantas dificuldades e tribulações, o nosso auxílio está em Jesus vivo e presente na Eucaristia. Este é o nosso tesouro! 
Ore comigo: 
"Senhor, te adoro pela Tua humildade em te fazeres presente simplesmente numa hóstia consagrada. Tu és Deus, Rei e Senhor, e toda a minha existência está em Tuas mãos. Tu estás no controle de todas as coisas e de todos os acontecimentos da minha vida. Hoje a minha adoração é esta: colocar a minha vida no controle das Tuas mãos. Não quero mais ficar controlando e dirigindo a minha vida, mas sim, saber que tudo está sendo controlado e regido por Tua autoridade. Essa é a maior graça e segurança para a minha vida. Obrigado porque estás presente na Eucaristia, e dali levanta a Tua súplica ao Pai, por mim. Obrigado, porque pedes por todas as minhas necessidades e colocas em meu coração amor ardente pela Tua presença real no Santíssimo Sacramento. Ofereço a minha vida. É tudo o que tenho, em troca do grande presente: Tu se dás a mim na Eucaristia. Amém!"
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

SANTA MÔNICA

Neste dia, celebramos a memória desta grande santa, que nos provou com sua vida que realmente "tudo pode ser mudado pela força da oração."Santa Mônica nasceu no norte da África, em Tagaste, no ano 332, numa família cristã que lhe entregou – segundo o costume da época e local – como esposa de um jovem chamado Patrício.
Como cristã exemplar que era, Mônica preocupava-se com a conversão de sua família, por isso se consumiu na oração pelo esposo violento, rude, pagão e, principalmente, pelo filho mais velho, Agostinho, que vivia nos vícios e pecado. A história nos testemunha as inúmeras preces, ultrajes e sofrimentos por que Santa Mônica passou para ver a conversão e o batismo, tanto de seu esposo, quanto daquele que lhe mereceu o conselho: "Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas". 
Santa Mônica tinha três filhos. E passou a interceder, de forma especial, por Agostinho, dotado de muita inteligência e uma inquieta busca da verdade, o que fez com que resolvesse procurar as respostas e a felicidade fora da Igreja de Cristo. Por isso se envolveu em meias verdades e muitas mentiras. Contudo, a mãe, fervorosa e fiel, nunca deixou de interceder com amor e ardor, durante 33 anos, e antes de morrer, em 387, ela mesma disse ao filho, já convertido e cristão: "Uma única coisa me fazia desejar viver ainda um pouco, ver-te cristão antes de morrer". 
Por esta razão, o filho Santo Agostinho, que se tornara Bispo e doutor da Igreja, pôde escrever: "Ela me gerou seja na sua carne para que eu viesse à luz do tempo, seja com o seu coração para que eu nascesse à luz da eternidade". 
Santa Mônica, rogai por nós!

ESCUDO DA FÉ

Efésios 6,16: “Em todas as circunstâncias, empunhai o escudo da fé, com o qual podereis apagar todas as flechas incendiadas do Maligno.” Durante todo este acampamento, estaremos trabalhando o capítulo seis da Carta de São Paulo aos Efésios, na certeza de que o justo vive pela fé!
Para servir ao Senhor, precisamos ser obedientes Deus. Não adianta, fazermos ou falarmos muitas coisas, se você não entender que a fé só será vivida através da obediência. 
Quem vive na obediência, Deus age na providência.
Acompanhe comigo estas citações e perceba a importância da fé para o combatente:
Efésios 6,16: “Em todas as circunstâncias, empunhai o escudo da fé, com o qual podereis apagar todas as flechas incendiadas do Maligno.”
Romanos 1,5: “Por ele recebemos a graça da vocação para o apostolado, a fim de trazermos à obediência da fé, para a glória de seu nome, todas as nações;”
Precisamos viver a obediência a Deus, inteiramente a Ele.
Precisamos buscar o conhecimento, o discernimento e a sabedoria que vem de Deus para combatermos pela fé:
Êxodo 24, 7 : “Tomou depois o livro da aliança e o leu em voz alta ao povo, que respondeu: “Faremos tudo o que o SENHOR falou e obedeceremos”.
Notem que povo do antigo testamento não tinha medo de obedecer a Deus.
Para vencermos as tribulações, precisamos acreditar em Deus.
 Josué 24,24: ”O povo disse a Josué: “Serviremos ao SENHOR, nosso Deus, e obedeceremos à sua voz”. A obediência sempre foi e sempre será a garantia da fidelidade.
Muitos de nós perdemos a fé e a alegria de se lançar do querer de Deus. Como você quer vencer o combate se você não acredita mais? Precisamos urgentemente colocar a nossa sua fé em prática e acreditar nas promessas de Deus.
Precisamos ter a coragem de recomeçar, começar novamente, fazer de maneira nova todas as coisas. O verdadeiro combatente é aquele que vive com Cristo por Cristo e em Cristo.

Outra passagem que quero convidar você para ler comigo está em Hebreus 10,32-39: “Lembrai-vos dos primeiros dias, quando, apenas iluminados, suportastes longas e dolorosas lutas, ora apresentados em espetáculo, debaixo de injúrias e tribulações, ora solidários com os que assim eram tratados. De fato, compartilhastes os sofrimentos dos prisioneiros e aceitastes com alegria o confisco dos vossos bens, na certeza de possuir uma riqueza melhor e mais durável. Não abandoneis, pois, a vossa coragem, que merece grande recompensa”.
De fato, é preciso que persevereis, para cumprir a vontade de Deus e alcançar o que Ele prometeu.
Porque ainda bem pouco tempo, e aquele que deve vir, virá e não tardará. O meu justo viverá por causa de sua fidelidade, mas, se esmorecer, não me agradarei mais nele. Nós não somos desertores, para nossa perdição. Perseveramos na fé, para a nossa salvação”. 

É tempo de constância de perseverança, chega de moleza. Você quer ir para o céu então lute. Todo dia é dia de recomeçar. É preciso fé, porque a fé é a esperança daquilo que não se vê. Precisamos empunhar o escudo da fé, porque, este é o escudo dos combatentes. Coragem tenha fé, não abandoneis pois a vossa coragem, é preciso que perseverar até o fim. 
O bom combatente é aquele que permanece firme até o fim! 
Renove a sua fé, sua esperança, volte a sonhar, é preciso ser audacioso! 
A fé é o único alimento insubstituível em sua vida! Ela é o único alimento que te fará um guerreiro verdadeiramente, por isso busque, lute e peça a graça de Deus para conquistá-la.
A cada dia precisamos viver a nossa fé de uma maneira concreta, precisamos ter atitudes de fé. 
Não basta apenas acreditar, é preciso viver como quem sabem em Quem acredita!
Para você vencer o bom combate você precisa se lançar em Deus, através do conhecimento e da obediência à Palavra de Deus. 
É a fé que fará você lutar pela santidade, é ela que te dará a coragem de lutar e se preciso for dar a sua vida pelo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo! 
É preciso obedecer, é preciso ter fé, porque assim a graça vai chegar! Não desista tenha fé, atua graça vai chegar, porque eu creio em um Deus que sonha os meus sonhos e as suas promessas vão se cumprir! 
Padre Bruno

QUE ESPÍRITO SANTO NOS TRANSFORME PROFUNDAMENTE

Ao longo da nossa caminhada, passamos por muitas situações difíceis e guardamos, no coração, as emoções reprimidas, os medos, as críticas… Isso faz de nós pessoas desconfiadas. Para tudo nós já temos uma resposta pronta e ficamos sempre na defensiva.
Quantas vezes repreendemos as pessoas em nosso íntimo? Imaginamos situações, por meio das quais humilhamos os demais, tentando mostrar para nós mesmos que estamos certos, que somos melhores. Precisamos nos abrir ao amor de Deus para que a vida nova brote dentro de nós.
Jesus está insistindo conosco: “Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor” (João 15,9-10).
Permita que o Espírito Santo remexa no mais profundo do seu ser e o transforme por dentro e por fora.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

domingo, 26 de agosto de 2012


PROCURANDO A TAL FELICIDADE

Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo, para sempre seja louvado! 
Querido povo de Deus, o encontro com o Senhor é a própria felicidade. Mas eu lhe pergunto: o que é felicidade? 
Para responder esta pergunta, convido você a pegar comigo o Evangelho de São João (Jo 4,1-26), para refletirmos sobre a felicidade a partir do encontro da Samaritana com o Senhor. Esta mulher foi até o poço para buscar água, mas não esperava que fosse encontrar Aquele que saciaria toda a sede de sua alma. 
A Samaritana, a princípio, não reconheceu o Senhor, ficou espantada com Seu pedido, porém, no diálogo, reconheceu que Aquele que pedia água era Ele mesmo o poço, a fonte que mataria toda a sede de sua alma, era o Senhor a fonte de sua felicidade. 
A felicidade é uma construção. Inúmeras vezes, a confundimos com euforia; mutos a querem encontrar em forma de “pílulas”, acham que é possível comprá-la. Para o mundo, ser feliz é ter bens, dinheiro, riqueza; nós, muitas vezes, nos envolvemos também nesta dinâmica, nos colocamos à “caça de um tesouro”, mas perdemos nesta busca quando tiramos os olhos do verdadeiro Tesouro que é o Senhor, consequentemente, em vez de sermos felizes, caímos na decepção e na angústia. 
A felicidade somente se realiza plenamente no encontro com o Senhor, por isso, quando estivermos tristes, abatidos, derrotados, sem esperança, precisamos fazer como a Samaritana,e corrermos ao poço para beber da Água Viva que Jesus pode dar.
Quando vivemos em prol de saciar apenas os instintos da nossa carne, não encontramos a felicidade, pois ela está na confiança em Deus a partir de uma vida de santidade. Já afirmava o salmista: “Para mim, um dia nos teus átrios vale mais que mil em outro lugar; estar na porta da casa do meu Deus é melhor que morar nas tendas dos ímpios” (Sl 84,11).
Meus irmãos, um modelo de pessoa feliz é a Virgem Maria. Quando olhamos para sua vida, entendemos o que é ser feliz. Muito mais do que euforia ou momentos de alegria, ela, humana como nós, nos deixou o exemplo de que a felicidade pode ser construída a partir das contrariedades humanas, desde que fundamentada na vontade de Deus. Ela sofreu muito; entre as dores, estavam a dureza de se colocar a caminho, grávida, para ajudar sua prima Isabel e, depois, o sofrimento do deserto, o calvário com seu Filho Jesus, tudo isso para fazer cumprir a vontade do Senhor. Assim ela foi feliz.
Gostaria que, neste momento, você pudesse refletir sobre seus desesperos, angústias, suas dores e contrariedades. Que, desta forma, a partir do modelo da Samaritana, da Virgem Maria, você possa se encontrar com o Senhor. 
Todos nós buscamos a felicidade, queremos alcançá-la, e para isso deixo como direção a Palavra de Deus. Na primeira carta de São Pedro, encontramos alguns ensinamentos para sermos felizes: 
“Sede todos unânimes, compassivos, fraternos, misericordiosos e humildes. Não pagueis o mal com o mal, nem ofensa com ofensa. Ao contrário, abençoai, porque para isto fostes chamados: para serdes herdeiros da bênção. De fato, quem quer amar a vida e ver dias felizes, guarde a sua língua do mal e seus lábios de falar mentiras. Afaste-se do mal e faça o bem, busque a paz e vá ao seu encalço. Pois os olhos do Senhor estão sobre os justos e seus ouvidos estão atentos à sua prece, mas o rosto do Senhor volta-se contra os malfeitores”. (1 Pd 3, 8-12)
Portanto, se queres ser felizes, não tenha medo de ir até o poço e encontrar-se com Jesus; desta forma, confiar a Ele toda a sua vida e toda a sua família. Coloque-se a caminho da vontade de Deus, mesmo que esta lhe traga muitas contrariedades, mas, certamente, com o Senhor, encontrando-se com Ele, você será feliz na vontade de Deus. 
Que Deus nos abençoe! E como a Virgem Maria possamos ser felizes. 
Padre Reginaldo Manzotti 



O VERDADEIRO BEM DOS FILHOS

O que de melhor posso deixar para os meus filhos?

Um dos maiores amores do mundo é aquele que - com algumas tristes exceções - os pais têm pelos filhos. Sai-lhes da mais entranhada fibra da alma querer bem a seus filhos e desejar o melhor para eles. Mas são poucos os que entendem qual é o maior bem para eles.Muitos dirão que o maior bem é a saúde, porque é um pressuposto básico de quase todos os outros bens: "Tendo saúde, tudo se pode superar, tudo se pode conseguir!". Será preciso, como é lógico, acrescentar uma boa educação(procurar - como costumam dizer muitos pais orgulhosos dos filhos - que “não fumem, não bebam, não caiam na droga”) e proporcionar-lhes um preparo profissional de excelência, o qual lhes permita ter segurança e bom nível material de vida pessoal e familiar.Será que isso é o “maior bem”, o “melhor” para os filhos? Tudo o que acabamos de mencionar é excelente, sem dúvida, mas não é o mais “essencial”; em vários aspectos, nem sequer é “imprescindível” (há, por exemplo, pessoas com sérias deficiências físicas ou com carência de bens materiais que são fantásticas, realizadas e felizes).
Seria um contrassenso que o bem mais "essencial" fosse desprezado, deixado de lado pelos pais. Faltando o essencial, todas as coisas “boas” dos filhos ficam como os materiais excelentes de uma ótima casa, a qual não tem alicerces nem pilares sólidos. É bom lembrar o que Cristo diz da casa construída sobre a areia: "Caiu a chuva (das dificuldades e provações), vieram as enchentes (momentos de crise e tormenta familiar, profissional ou social), os ventos sopraram e se abateram contra aquela casa (injustiças, perseguições, inimizades, falência, dívidas, etc.) e ela desabou. Sua ruína foi grande (cf. Mt 7,27).Daí a grande importância de não perdermos nunca de vista qual é o verdadeiro bem do homem, o único bem imprescindível, sem o qual nenhum dos outros se sustenta. A resposta a essa questão já foi dada por Cristo: "Que aproveita o homem ao ganhar o mundo inteiro se vier a perder a sua alma? Ou que poderá dar o homem em troca da sua alma? (Mt 16,26).São palavras que brilham como um farol no meio do nevoeiro. Nenhum “bem” vale a pena se a alma estiver privada da Vida divina, da Verdade e da graça de Deus. Com efeito, sem a graça divina, uma alma está “morta” e, então, as melhores qualidades e “bens” de que possa dispor não passam de flores vistosas enfeitando um corpo sem vida. Estando ausente a vida, “de que aproveitam” as flores?Os pais deveriam pensar mais nisso, todos os pais cristãos deveriam ser capazes de compreender o que significa Cristo, o único Caminho, Verdade e Vida (Jo 14,6), e o valor de uma eternidade feliz. Uma e outra vez deveríamos repetir-nos que “querer bem” outra coisa não é senão “querer o bem” dos filhos, e que não pode haver “bens” autênticos quando falta Deus. "A quem tem Deus - dizia Santa Teresa de Ávila - nada lhe falta". A quem não O tem - poderíamos acrescentar - falta-lhe o suporte, impedindo que as melhores coisas (família, amor, alegria, sentido da vida) se esfarelem.
É excelente, sem dúvida, o empenho dos pais para que os filhos tenham saúde, cultura, bem-estar, capacitação profissional que lhes permita enfrentar, com segurança, o futuro. Mas é um empenho muito mais excelente e vital - por ser decisivo nesta terra e na eternidade - esforçarem-se com a sua oração, o seu exemplo e uma orientação prudente e contínua, para que os filhos conheçam as verdades da fé cristã - a doutrina salvadora de Cristo - e aprendam a amá-las e praticá-las.
Podem ter a certeza de que as virtudes cristãs de um filho vão lhe fazer, ao longo da vida, um bem infinitamente maior do que todos os diplomas ou contas bancárias que lhes possam proporcionar. Mil vezes mais vale a fé do que a saúde, a união com Deus do que o sucesso. Só as virtudes cristãs são os tesouros verdadeiros de que Cristo falava (Mt 6,19-20). Somente esses tesouros proporcionam, àqueles que amamos, a “realização”, o bem pleno, quer nesta terra, quer na eternidade. Sem esta convicção, todos os carinhos cheios de boa vontade podem vir a desfazer-se como um sonho ilusório. Por isso, sempre deveria ecoar em nossos ouvidos, como um norte para a vida e, especificamente, para a família, o segredo que Cristo confidenciou a Marta: Tu te inquietas e te perturbas por muitas coisas; no entanto, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada (Lc 10, 41-42). A “melhor parte” é estarmos junto de Cristo, segui-Lo atentos às Suas palavras, fazer do amor de Deus e da Sua santa vontade a estrela que guia nossa vida. Aí está o verdadeiro bem do homem.
Padre Francisco Faus

TODO CRISTÃO É PROFETA

A Igreja continua a missão de Cristo na Terra
O mundo de hoje, cada vez mais, vai se dividindo entre os que amam e servem a Deus e aqueles que vivem “como se Ele não existisse”, como disse o Papa João Paulo II. Para o mundo – “que jaz no maligno” -  já não há lugar para Deus e para a vivência de suas leis. A imoralidade cresce avassaladoramente, derrubando os pilares da civilização cristã do Ocidente. A moral católica é desprezada, a dignidade divina do homem é pisoteada, o desrespeito a Deus é acintoso. O homem moderno quer o lugar de Deus, quer ser o seu próprio Deus, e vai construindo uma nova Babel onde impera a confusão, o desentendimento e a angústia moderna.
Por outro lado, o maligno vai espalhando as mãos cheias de joio no meio do bom trigo do Senhor; cada vez mais, falsas doutrinas e falsas religiões afastam o povo da verdadeira Redenção; e, dentro da Igreja floresce também o secularismo e o relativismo moral, contestando abertamente ao Papa e ao Magistério sagrado da Igreja. João Paulo II disse que os falsos profetas fizeram escola no século XX.
São Paulo alertou a São Timóteo, o seu bispo primeiro, de Éfeso,  sobre essa ousadia dos “iluminados”: “O Espírito diz expressamente que nos tempos vindouros, alguns apostatarão da fé, dando ouvidos aos espíritos sedutores e doutrinas diabólicas” (1 Tim 4,1). “Porque virá o tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Tendo nos ouvidos o desejo de ouvir novidades, escolherão para si, ao capricho de suas paixões, uma multidão de mestres. Afastarão os ouvidos da verdade e se atirarão às fábulas?” (2 Tim 4,3-4). É o que vemos hoje: “falsos profetas”, “doutrinas diabólicas”, “multidão de mestres”, milhares de “fábulas”… povo enganado. O profeta Oséias anunciou bem: “O meu povo perece por falta de doutrina” (Os 4,6).
O Plano de Deus para salvar a humanidade é este: o Pai enviou o Filho, e o Filho enviou a Igreja; isto é, os Apóstolos e seus sucessores (cf. Mt 10, 16ss; Jo 20,21-23), com a missão de pregar o Evangelho em toda a terra e lhes prometeu: “Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mateus 28,20).
A Igreja continua a missão de Cristo na Terra. Cristo veio para “tirar o pecado do mundo” (Jo 1, 29) como um Cordeiro imolado. A missão da Igreja é a mesma em todos os tempos, denunciar o pecado do mundo, para que este possa se converter e ser salvo; pois, como disse São Paulo: “o salário do pecado é a morte” (Rm 6,23).
Se a Igreja não denunciar o pecado do mundo ela estará traindo o seu Senhor, deixando de cumprir sua missão. O profeta Ezequiel destaca isso: “Se digo ao malévolo que ele vai morrer, e tu não o prevines e não lhe falas para pô-lo de sobreaviso devido ao seu péssimo proceder, de modo que ele possa viver, ele há de perecer por causa de seu delito, mas é a ti que pedirei conta do seu sangue. Contudo, se depois de advertido por ti, não se corrigir da malícia e perversidade, ele perecerá por causa de seu pecado, enquanto tu hás de salvar a tua vida” (Ez 3,18-19).
Se a Igreja não denunciar hoje os pecados dos homens, como João Batista fez com Herodes Antipas, ela será culpada diante do seu Senhor. É claro que isso gera perseguição aos filhos da Igreja; pois Jesus é “sinal de contradição”, como disse o velho Simeão a Maria e a José. Nunca a Igreja deixou de ser caluniada, atacada e perseguida em toda parte; e é isso que a faz semelhança a seu divino autor e redentor, como disse São João: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam…
Nunca vimos tanta imoralidade campear em nosso mundo como hoje: tenta-se legalizar a prostituição, distribui-se a pornografia por todos os meios; a prática homossexual é propagada e incentivada às crianças e aos jovens; defende-se o aborto, a eutanásia, a manipulação de embriões humanos e seu uso criminoso como se não fosse gente, incentivo ao suicídio, distribuição farta e vergonhosa da “camisinha”; propagação da “identidade de gênero” para negar que o ser humano foi criado sexuado por Deus, enfim, nega-se radicalmente a moral cristã, cospe-se no rosto de Cristo.
E a Igreja não pode se calar diante de tanta ofensa a Deus. Se nos calarmos as pedras clamarão. Quando os enviou, Jesus deixou claro que os seus seriam perseguidos: “Eu vos envio como ovelhas no meio de lobos. Sede, pois, prudentes como as serpentes, mas simples como as pombas. Cuidai-vos dos homens. Eles vos levarão aos seus tribunais e açoitar-vos-ão com varas nas suas sinagogas. Sereis por minha causa levados diante dos governadores e dos reis: servireis assim de testemunho para eles e para os pagãos… Sereis odiados de todos por causa de meu nome, mas aquele que perseverar até o fim será salvo.”(Mt 10,16-22. Mas Jesus prometeu uma grande recompensa:
Penso que esteja na hora de meditar seriamente nessas palavras de Jesus: “Portanto, quem der testemunho de mim diante dos homens, também eu darei testemunho dele diante de meu Pai que está nos céus.  Aquele, porém, que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai que está nos céus.” (Mt 10,32-33). Negar a doutrina de Jesus, negar o que ensina a Igreja, é negar Jesus Cristo diante dos homens.
Prof. Felipe Aquino