domingo, 30 de setembro de 2012


SÃO JERONIMO

Neste último dia do mês da Bíblia, celebramos a memória do grande "tradutor e exegeta das Sagradas Escrituras": São Jerônimo, presbítero e doutor da Igreja. Ele nasceu na Dalmácia em 340, e ficou conhecido como escritor, filósofo, teólogo, retórico, gramático, dialético, historiador, exegeta e doutor da Igreja. É de São Jerônimo a célebre frase: "Ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo".

Com posse da herança dos pais, foi realizar sua vocação de ardoroso estudioso em Roma. Estando na "Cidade Eterna", Jerônimo aproveitou para visitar as Catacumbas, onde contemplava as capelas e se esforçava para decifrar os escritos nos túmulos dos mártires. Nessa cidade, ele teve um sonho que foi determinante para sua conversão: neste sonho, ele se apresentava como cristão e era repreendido pelo próprio Cristo por estar faltando com a verdade (pois ainda não havia abraçado as Sagradas Escrituras, mas somente escritos pagãos). No fim da permanência em Roma, ele foi batizado.

Após isso, iniciou os estudos teológicos e decidiu lançar-se numa peregrinação à Terra Santa, mas uma prolongada doença obrigou-o a permanecer em Antioquia. Enfastiado do mundo e desejoso de quietude e penitência, retirou-se para o deserto de Cálcida, com o propósito de seguir na vida eremítica. Ordenado sacerdote em 379, retirou-se para estudar, a fim de responder com a ajuda da literatura às necessidades da época. Tendo estudado as línguas originais para melhor compreender as Escrituras, Jerônimo pôde, a pedido do Papa Dâmaso, traduzir com precisão a Bíblia para o latim (língua oficial da Igreja na época). Esta tradução recebeu o nome deVulgata. Assim, com alegria, dedicação sem igual e prazer se empenhou para enriquecer a Igreja universal. 

Saiu de Roma e foi viver definitivamente em Belém no ano de 386, onde permaneceu como monge penitente e estudioso, continuando as traduções bíblicas, até falecer em 420, aos 30 de setembro com, praticamente, 80 anos de idade. A Igreja declarou-o padroeiro de todos os que se dedicam ao estudo da Bíblia e fixou o "Dia da Bíblia" no mês do seu aniversário de morte, ou ainda, dia da posse da grande promessa bíblica: a Vida Eterna.

São Jerônimo, rogai por nós!

SUBIU AOS CÉUS

Está sentado à direita de Deus

O evangelista São Marcos disse: "O Senhor Jesus, depois de ter-lhes falado, foi arrebatado ao Céu e sentou-se à direita de Deus" (Mc 9). O sentar-se à direita do Pai significa a inauguração do Reino do Messias, a realização daquela visão do profeta Daniel: "A Ele foram outorgados o império, a honra e o reino, e todos os povos, nações e línguas o serviram. Seu império é um império eterno que jamais passará, e seu reino jamais será destruído" (Dn 7,14).
A Ascensão do Senhor marca, assim, a entrada definitiva da humanidade de Jesus no céu, donde voltará, embora até esteja escondido dos homens. Com Ele a humanidade pode agora ser introduzida na comunhão plena com Deus que, por causa do pecado original, o homem perdeu. A Igreja ensina que, a partir desse momento, os apóstolos se tomaram as testemunhas do "Reino que não terá fim".
Durante os quarenta dias, que ainda permaneceu na terra para dar as últimas instruções aos apóstolos, Jesus comeu e bebeu com eles, mostrando-lhes que era Ele mesmo. A sua última aparição a eles foi na  entrada irreversível de sua humanidade na glória divina; isso é simbolizado pela nuvem e pelo céu. O “sentar-se à direita de Deus” significa o lugar de honra no céu.
São João Damasceno (†749), doutor da Igreja de Constantinopla, ensinava que: "Por 'direita do Pai' entendemos a glória e a honra da divindade, no qual Aquele que existia como Filho de Deus antes de todos os séculos como Deus e consubstancial ao Pai, sentou-se corporalmente depois de encarnar-se e de sua carne ser glorificada" (De fide orthodoxa, 4,2,2).

O Corpo de Cristo foi glorificado desde a Sua Ressurreição e adquiriu propriedades novas e sobrenaturais; não está mais sujeito ao  tempo nem ao espaço; pode “atravessar paredes” como ao entrar no Cenáculo onde estavam os discípulos e se mostrar com feições diferentes à Madalena e aos discípulos de Emaús. Depois de ressuscitado, Jesus esteve, de fato, com os discípulos; eles o apalparam e com Ele comeram. Mostrou-lhes, assim, que Ele não é um espírito e que o Seu Corpo ressuscitado é o mesmo que foi martirizado e crucificado, pois traz as marcas da Paixão.


Contudo, este corpo autêntico e real possui, ao mesmo tempo, as propriedades novas de um corpo glorioso. Não está mais situado no espaço ou no tempo, mas pode se tornar presente a seu modo, onde e quando quiser, pois sua humanidade não pode mais ficar presa à terra, mas já pertence ao domínio do Pai. Por esta razão, Jesus Ressuscitado, é livre de aparecer como quiser: sob a aparência de um jardineiro ou "de outra forma" (Mc 16,12)  para fortalecer a fé deles.

Sua glória ainda permaneceu velada aos discípulos como se fosse um homem comum; e isso pode ser notado na palavra misteriosa que Ele disse a Maria Madalena: "Ainda não subi para o Pai, mas vai aos meus irmãos e dizer-lhes 'Eu subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus'” (Jo 20,17). Isso mostra a diferença entre a glória de Cristo ressuscitado e a glória de Cristo exaltado à direita do Pai. 

A Igreja ensina que a Ascensão de Jesus ao céu é, ao mesmo tempo, um fato histórico e transcendente. Daí para frente, Jesus não mais se apresentará aos apóstolos. Um caso excepcional é quando Ele se apresenta a São Paulo no caminho de Damasco, como ele disse: "como a um abortivo" (1 Cor 15,8), em uma última aparição que o constitui apóstolo.
A subida de Jesus ao céu está unida à Sua descida do céu na encarnação. Ele disse que só aquele que "saiu do Pai" pode "retomar ao Pai" (cf.Jo 16,28). "Ninguém jamais subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem" (Jo 3,13). “Quando subiu ao alto, levou muitos cativos, cumulou de dons os homens" (Sl 67,19). Ora, que quer dizer "ele subiu", senão que antes havia descido a esta terra? Aquele que desceu é também o que subiu acima de todos os céus para encher todas as coisas” (Ef 4,8-10).
Por si mesma a humanidade não consegue chegar à "Casa do Pai", à vida e à felicidade de Deus. Só Cristo pôde abrir esta porta ao homem. Ele disse que: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar. Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e tomar-vos-ei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais” (Jo 14,2). O prefácio da Missa da Ascensão reza: "de sorte que nós, seus membros, tenhamos a esperança de encontrá-lo lá onde Ele, nossa cabeça e nosso princípio, nos precedeu". Jesus Cristo é a Cabeça da Igreja, por isso nos precede no Reino glorioso do Pai, para que nós, membros de Seu Corpo, vivamos na esperança de estarmos com Ele na eternidade.
A Igreja também nos ensina que a elevação de Jesus na Cruz significa e anuncia a elevação da ascensão ao céu. "E, quando eu for elevado da terra, atrairei todos os homens a mim" (Jo 12,32). É o começo da ascensão. Jesus é o Único Sacerdote da nova e eterna Aliança que entrou no céu. “Eis por que Cristo entrou, não em santuário feito por mãos de homens, que fosse apenas figura do santuário verdadeiro, mas no próprio céu, para agora se apresentar intercessor nosso ante a face de Deus”. (Hb 9,24)
O nosso Catecismo ensina (§665-667) que, no céu, Cristo exerce Seu sacerdócio, como diz a Carta aos Hebreus:"por isso é capaz de salvar totalmente aqueles que, por meio dele, se aproximam de Deus, visto que ele vive eternamente para interceder por eles" (Hb 7,25). Jesus intercede, sem cessar, por nós como mediador que nos garante a efusão do Espírito Santo. E, como "sumo sacerdote dos bens vindouros" (Hb 9,11), ele é o centro e o ator principal da liturgia que honra o Pai nos Céus.  Por isso São João pode escrever: “Filhinhos meus, isto vos escrevo para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo”. (I Jo 2,1)
Felipe Aquinos

CUIDADO COM A RECLAMAÇÃO

A multidão levantou-se contra Paulo e Silas; e os magistrados, depois de lhes rasgarem as vestes, mandaram açoitar os dois com varas. Depois de açoitá-los bastante, lançaram-nos na prisão e ordenaram ao carcereiro que os guardasse com toda a segurança. Ao receber essa ordem, o carcereiro empurrou-os para o fundo da prisão e prendeu os pés deles no tronco. À meia noite, Paulo e Silas estavam orando e cantando hinos a Deus. Os outros prisioneiros os escutavam. De repente, houve um terremoto tão violento que sacudiu os alicerces do cárcere. Todas as portas se abriram e as correntes de todos se soltaram. O carcereiro acordou e viu as portas da prisão abertas. Pensando que os prisioneiros tivessem fugido, puxou da espada e estava para matar-se. Mas Paulo gritou com voz forte: 'Não te faças mal algum! Estamos todos aqui'. Então o carcereiro pediu tochas, correu para dentro e, tremendo, caiu aos pés de Paulo e Silas. Conduzindo-os para fora, perguntou: 'Senhores, que devo fazer para ser salvo?' Paulo e Silas responderam: 'Crê no Senhor Jesus, e serás salvo, como também todos os de tua casa'. Então Paulo e Silas anunciaram a palavra do Senhor ao carcereiro e a todos os da sua casa. Na mesma hora da noite, o carcereiro levou-os consigo para lavar as feridas causadas pelos açoites. E, imediatamente, foi batizado, junto com todos os seus familiares. Depois, fez Paulo e Silas subir até sua casa, preparou-lhes um jantar e, com toda a casa, fizeram festa porque passaram a crer em Deus" (At 16,22-34).
Jesus fala a respeito do sofrimento de seus apóstolos, de seus evangelizadores, na Sagrada Escritura. Não que o Senhor nos mande sofrimentos, mas é que nós entramos em luta com o inimigo quando assumimos o nosso Cristianismo e o nosso apostolado.
O mesmo acontece com Paulo e Silas (já não é mais Timóteo quem acompanha Paulo, mas Silas). Os dois foram presos e açoitados.
Eles estavam indo tão bem em seu trabalho na Europa, mas entraram no território do inimigo. Na hora em que eles [Paulo e Silas] entraram no campo do inimigo, este colocou no caminho desses apóstolos uma moça possuída por um espírito de adivinhação. Diante de Paulo, ela disse que eles eram homens enviados por Deus.
Na verdade, era o inimigo que estava fazendo isso para atrapalhar os planos dos apóstolos. Paulo percebeu o que estava acontecendo e expulsou o espírito de adivinhação que estava nela (cf. At 16,16). Então, os donos dessa escrava armaram um motim e fizeram com que Paulo e Silas passassem pela situação do cárcere. 
O bonito é que, à meia-noite, estavam eles cantando e louvando a Deus com tanta força que os outros prisioneiros escutavam os cantos de adoração que eles estavam realizando naquele lugar.
Meus irmãos, o Senhor tem para nós um grande ensinamento com isso. Quando passamos por problemas, infelizmente, a nossa linguagem é negativa, de aborrecimento, mal-estar e revolta, porque a boca fala daquilo de que está cheio o coração. Infelizmente, não assumimos a dor, o sofrimento. Nós não precisamos procurar pelos problemas, mas eles acontecem. Nessa hora, um espírito de revolta vem até nós e a nossa linguagem corresponde a ele. Mas a Palavra de Deus está nos dizendo que nossos problemas, nossas dores e nossa linguagem devem ser de amor, de adoração [nos momentos de dor e sofrimento]. 
Pode parecer absurdo, mas é a realidade do Evangelho. É uma situação na qual o Evangelho contrasta com aquilo que é humano em nós.Muitos de nós já estamos acostumados a uma linguagem de reclamação, de crítica, de mal-estar; parece que temos de mostrar que estamos com problemas, passando por uma situação difícil. Não, meu irmão; não, minha irmã! Precisamos de palavras de louvor. Essa linguagem de reclamação, não podemos e não queremos ter.
Ore comigo: "Espírito Santo, eu não quero continuar com esse mau hábito de reclamar. Eu quero aprender uma linguagem de louvor, continuar bendizendo. Quero uma linguagem nova, um coração novo. Vem, Espírito Santo, e faz isso em mim".
Meus irmãos, o Espírito de Deus liberta. De repente, todas as portas se abriram e as correntes se soltaram. Por isso que o carcereiro, quando veio verificar o que estava acontecendo, viu que todos estavam lá. A linguagem e o canto dos apóstolos tocaram o coração de todos os prisioneiros, principalmente, o coração dos carcereiros. Ele [carcereiro] colocou-se diante dos apóstolos, de joelhos, e lhes perguntou:“Senhores, que devo fazer para ser salvo? Paulo e Silas responderam: 'Crê no Senhor Jesus, e serás salvo, como também todos os de tua casa'" (At 16,31).
Hoje é o dia de assumirmos que cremos no Senhor Jesus. Precisamos assumir a nossa vida cristã e vivê-la com radicalidade. Se você aguentar firme, meu filho, aquilo que está prometido por Deus acontecerá na sua vida. Assuma isso, porque muitos ficam preocupados pela salvação dos seus, mas a grande garantia para que eles, e também nós, sejamos salvos é a nossa vida cristã assumida para valer. Quanto mais você lutar para viver a santidade, mais estará garantindo a salvação para você e para toda a sua família. 
Naquela mesma noite, Paulo e Silas batizaram a família do carcereiro e fizeram um jantar, uma grande festa, pois a salvação entrou naquela casa. Hoje é o dia que o Senhor fez para que a salvação entre em sua casa. Depende muito de você, da qualidade da sua vida cristã.
Diga para o Senhor do fundo do seu coração: "Primeiro, Senhor, eu creio nisso. Segundo, eu assumo essa verdade. Terceiro, Senhor, eu assumo essa responsabilidade. Sei que a minha salvação e a salvação da minha família dependem da qualidade da minha vida cristã. Senhor, eu quero e preciso ser salvo e comigo toda a minha família".
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

sábado, 29 de setembro de 2012


CONSAGRAÇÃO DA FAMÍLIA A SÃO MIGUEL ARCANJ



"Ó grande Arcanjo São Miguel, Príncipe e Chefe das Legiões Angélicas, penetrados do sentimento de vossa grandeza, de vossa bondade e vosso poder, em presença da adorável Santíssima Trindade, da Virgem Maria e toda Corte Celeste, eu (diga seu nome) e minha família, vimos hoje nos consagrar a vós. Queremos vos honrar e invocar fielmente. Recebei-nos sob vossa especial proteção e dignai-vos desde então velar sobre os nossos interesses espirituais e temporais.
Conservai entre nós a perfeita união do espírito, dos corações e do amor familiar.
Defendei-nos contra o ataque do inimigo, preservai-nos de todo mal e particularmente da desgraça de ofender a Deus gravemente.
Que por nossos cuidados, devotados e vigilantes, cheguemos todos à felicidade eterna.
Dignai-vos, grande São Miguel, reunir todos os membros de nossa família. Amém".

"Ó grande Arcanjo São Miguel, Príncipe e Chefe das Legiões Angélicas, penetrados do sentimento de vossa grandeza, de vossa bondade e vosso poder, em presença da adorável Santíssima Trindade, da Virgem Maria e toda Corte Celeste, eu (diga seu nome) e minha família, vimos hoje nos consagrar a vós. Queremos vos honrar e invocar fielmente. Recebei-nos sob vossa especial proteção e dignai-vos desde então velar sobre os nossos interesses espirituais e temporais.
Conservai entre nós a perfeita união do espírito, dos corações e do amor familiar.
Defendei-nos contra o ataque do inimigo, preservai-nos de todo mal e particularmente da desgraça de ofender a Deus gravemente.
Que por nossos cuidados, devotados e vigilantes, cheguemos todos à felicidade eterna.
Dignai-vos, grande São Miguel, reunir todos os membros de nossa família. Amém".

ORAÇÃO PARA ESCOLHER SÃO MIGUEL COMO PROTETOR ESPECIAL



"Ó grande príncipe do céu, fidelíssimo guardião da Igreja, São Miguel Arcanjo, eu (diga seu nome), embora muito indigno de apresentar-me perante vós, fiado contudo na vossa especial bondade, comovido pela excelência de vossa admirável intercessão e da riqueza de vossos benefícios, apresento-me a vós, acompanhado por meu Anjo da Guarda e, em presença de todos os anjos do céu, que tomo testemunhas da minha devoção para convosco, escolho-vos hoje para meu protetor e meu advogado particular, e proponho firmemente vos honrar com todas as minhas forças.
Assisti-me durante toda a minha vida, a fim de que jamais ofenda os olhos puríssimos de Deus, em obras, em palavras e em pensamentos.
Defendei-nos contra as tentações do demônio, especialmente contra a fé e a pureza!
Na hora da morte, alcançai a paz à minha alma e introduzi-a na pátria eterna! Amém".

SANTOS ARCANJOS, MIGUEL, GABRIEL, RAFAEL

Com alegria, comemoramos a festa de três Arcanjos neste dia: Miguel, Gabriel e Rafael. A Igreja Católica, guiada pelo Espírito Santo, herdou do Antigo Testamento a devoção a estes amigos, protetores e intercessores que do Céu vêm em nosso socorro pois, como São Paulo, vivemos num constante bom combate. A palavra "Arcanjo" significa "Anjo principal". E a palavra"Anjo", por sua vez, significa "mensageiro".

São Miguel
O nome do Arcanjo Miguel possui um revelador significado em hebraico:"Quem como Deus". Segundo a Bíblia, ele é um dos sete espíritos assistentes ao Trono do Altíssimo, portanto, um dos grandes príncipes do Céu e ministro de Deus. No Antigo Testamento o profeta Daniel chama São Miguel de príncipe protetor dos judeus, enquanto que, no Novo Testamento ele é o protetor dos filhos de Deus e de sua Igreja, já que até a segunda vinda do Senhor estaremos em luta espiritual contra os vencidos, que querem nos fazer perdedores também. "Houve então um combate no Céu: Miguel e seus anjos combateram contra o dragão. Também o dragão combateu, junto com seus anjos, mas não conseguiu vencer e não se encontrou mais lugar para eles no Céu". (Apocalipse 12,7-8)

São Gabriel
O nome deste Arcanjo, citado duas vezes nas profecias de Daniel, significa"Força de Deus" ou "Deus é a minha proteção". É muito conhecido devido a sua singular missão de mensageiro, uma vez que foi ele quem anunciou o nascimento de João Batista e, principalmente, anunciou o maior fato histórico:"No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré... O anjo veio à presença de Maria e disse-lhe: 'Alegra-te, ó tu que tens o favor de Deus'..." a partir daí, São Lucas narra no primeiro capítulo do seu Evangelho como se deu a Encarnação.

São Rafael
Um dos sete espíritos que assistem ao Trono de Deus. Rafael aparece no Antigo Testamento no livro de Tobit. Este arcanjo de nome "Deus curou" ou "Medicina de Deus", restituiu à vista do piedoso Tobit e nos demonstra que a sua presença, bem como a de Miguel e Gabriel, é discreta, porém, amiga e importante. "Tobias foi à procura de alguém que o pudesse acompanhar e conhecesse bem o caminho. Ao sair, encontrou o anjo Rafael, em pé diante dele, mas não suspeitou que fosse um anjo de Deus" (Tob 5,4). 

São Miguel, São Gabriel e São Rafael, rogai por nós!

FALANDO DE FÉ

Deus age na nossa história, mas precisamos responder a essa ação

Fala-se muito de fé e sobre a fé em nosso meio, mas, afinal, o que é mesmo fé? O que precisamos conhecer de verdade sobre ela? Quando falamos sobre isso, é necessário considerar dois aspectos diferentes que estão interligados e não podem ser separados entre si. 

De fato, se formos levar em conta a teologia na Idade Média, essa reflexão é confirmada. Tal teologia dizia que a fé indica as verdades em que se creem; e que, por sua vez, se professam pela fé; ao mesmo tempo, para indicar a atitude pessoal em que ela consiste, isto é, o abandono total e a confiança da pessoa no encontro e na comunhão com Deus. Esse último aspecto é o verdadeiro fundamento e a substância daquilo que chamamos de fé. 

O primeiro aspecto é, em certo sentido, a consequência disso. Agora, como entender melhor tudo isso? Imagino o povo continuamente distraído pelas sequências de vida da sociedade. Como esse povo pode fazer uma experiência de vida diferente, concentrada em um abandono total a Deus? Como fazer o encontro e a relação com Ele no dia a dia do nosso cotidiano? Como entender melhor tudo isso?

A comunicação nos ensina que a melhor recepção das mensagens tem de partir da realidade e do contexto dos envolvidos. Nesse caso, dos fiéis. O Mestre Jesus nos ensinou muito bem, por meio dos Evangelhos, a opção do gênero literário mediado pelos exemplos, isto é, as parábolas. Eu também quero desfrutar essa linguagem da realidade para poder penetrar no grande mistério da fé na nossa vida. 
Um jovem casal, com dois filhinhos, profissionalmente afirmado e com futuro mais promissor ainda, conduzia a vida normalmente, conforme os parâmetros de sucesso da nossa sociedade. Ah, sim, para melhor definir esse perfil, o casal, às vezes, tinha ainda um tempinho para ir à igreja, sobretudo por certas ocasiões sociais. Uma vida normal, conforme os dias de hoje. De repente, aconteceu aquilo que nunca se espera. Eles, acidentalmente, sem culpa nenhuma, perderam a filha menor. Uma desgraça que foi além da própria família. Parentes, amigos, conhecidos e colegas de profissão se sentiram todos abalados. Todos, por sua vez, tentavam mostrar a sua solidariedade, dando até conselhos mais impensáveis. Alguns, inclusive, chegaram a pensar coisas mais tristes, porque perder uma filhinha assim pode gerar somente desespero. Um túnel sem saída. 

No entanto, o jovem casal enfrentou a dura realidade e se deixou questionar pelo dramático evento da vida que aconteceu com ele, isto é, não soube somente chorar, mas soube se interpelar. A linda filhinha, sim, morreu, mas ela se tornou mais viva nos dois, conduzindo-os para profundas reflexões; uma delas foi constatar como ele, casal, por exemplo, nunca tinha tempo para ir à igreja nem para rezar um pouquinho mais ou aprofundar mais sobre a própria conduta religiosa e familiar. 

A partir do trágico episódio, o jovem casal começou a se colocar em questão. Daí em diante, com grande e resoluta firmeza, eles se engajaram mais na vida da igreja para promover a pessoa da fé. De fato, o casal não perde mais uma missa aos domingos, participa toda semana do estudo bíblico e é solidário com aqueles que mais necessitam. 

O trágico evento provocou o casal a fazer uma experiência diferente, de confiança total na busca de Deus, porque viu que esta vida foge do nosso controle. Por isso, pude ver, nesse caso, como a fé se tornou operante, como esse casal soube reconhecer que não somos nós que garantimos a vida, embora possamos ter todo o poder e riqueza desse mundo.


Assim, começou no casal uma relação de confiança em Deus, mediado pelo encontro com Jesus. Tudo isso mudou o olhar deles sobre a realidade, a concepção dos valores, o mundo dos desejos e nada ficou como antes; a vida interior desse casal e mesmo o comportamento são submetidos a um processo de conversão. Portanto, esse processo de fé começou com o evento da vida (a história) e lhe permitiu favorecer o encontro com Deus por meio de Jesus, e de fazê-lo amadurecer numa relação mais profunda e continuada na vida do jovem casal. Essa experiência de fé, com certeza, abriu-lhe novos horizontes de vida, os quais, dificilmente, se podem entender sem essa ótica de conversão. 

Enfim, Deus age na nossa história, nas nossas realidades, mas, ao mesmo tempo, também nós precisamos agir respondendo a essa ação. Sem essa colaboração, é difícil fazer uma experiência de fé, porque Deus pode agir, mas se nós não respondermos, tudo se torna em vão. 
Padre Cláudio Pighin
Doutor em teologia, mestrado em missiologia e comunicação

sexta-feira, 28 de setembro de 2012




TEMPOS DIFICEIS FORTIFICARÃO A FÉ



O futuro virá da força daqueles que têm raízes profundas

Durante o encerramento do Ano Sacerdotal, em Roma (2010), num momento de testemunhos de sacerdotes de todo o mundo, o cardeal secretário de Estado do Vaticano, Tarcisio Bertone, disse algo que traduz o tempo em que vivem os cristãos: “Parece-me que a Igreja está adentrando num tempo obscuro da fé”. Claro que o cardeal não se referia à fé da Igreja – esta é inabalável –, mas à apostasia que paira sobre os homens do nosso tempo.

Há 40 anos, um padre professor da Universidadet de Tubinga, na Alemanha, também falava sobre os tempos difíceis que a Igreja atravessaria. Num discurso transmitido pela rádio, o padre alemão Joseph Ratzinger – você o conhece? – pronunciava estas palavras proféticas:

“Para mim, parece-me certo que à Igreja lhe esperam tempos muito difíceis. Sua verdadeira crise apenas começou. Há de contar com fortes sacudidas, no entanto, eu estou também totalmente certo do que permanecerá ao final: não a Igreja do culto político, que fracassou já em Gobel, mas a Igreja da fé. Certamente, já não será nunca mais a força dominante na sociedade, na medida em que o era até pouco tempo atrás. A Igreja florirá de novo e será visível aos seres humanos como a pátria que lhes dá vida e esperança mais além da morte.”
Acredito, piamente, que a Igreja (e aqui estamos nós) vai enfrentar uma das piores crises da humanidade. Não é a crise econômica, ecológica ou política, mas a mais terrível de todas: a crise da fé.
A apostasia se espalha pelo mundo como algo “legal”, “bacana” e “moderno”. Em vários países, há pessoas solicitando que retirem seus nomes dos livros de batismo, renagando o sacramento recebido ainda quando crianças (se isto não é apostasia…). Somos o grupo religioso mais perseguido do planeta. Em várias partes do mundo, os cristãos estão sendo perseguidos até a morte pelo simples fato de crerem. Comunidades cristãs inteiras estão sendo dizimadas ou expulsas de seus países, como é o caso da Igreja do Iraque, Nigéria e Egito.

Em outros lugares, a perseguição acontece em forma de zombarias, chacotas e difamações. Basta você dizer que é cristão (e católico) para logo o chamarem de retrógrado, homofóbico, medieval e outros adjetivos mais. Como se não bastasse os ataques externos à nossa fé, o pior inimigo acaba vindo de dentro da Igreja, com escândalos que surgem como uma chaga exposta que parece querer não cicatrizar.

Em meio a tudo isto, a Igreja, na pessoa e na autoridade de Bento XVI, proclama que viveremos o Ano da Fé (2012 a 2013). Mais uma vez, a Igreja levanta uma tocha em meio à escuridão e proclama para o homem do nosso tempo: “Eis a luz de Cristo”. Acredite e se prepare: no Ano da Fé não teremos “flores e chocolates” para os cristãos. Os que quiserem viver e defender a verdadeira fé deixada por Cristo e guardada pelos apóstolos, deverão enfrentar – e muitos já estão enfrentando – as fortes sacudidas de um mundo cada vez mais secularizado.

Acredite, você será xingado, humilhado e ridicularizado pelo simples fato de crer; e essa é uma boa oportunidade para se configurar a Jesus Cristo.

Se nós estamos entrando num tempo obscuro, no qual os homens e as culturas estão cada vez mais negando a sua fé, Bento XVI recorda que "o futuro da Igreja pode vir e virá, também hoje, somente da força daqueles que têm raízes profundas e vivem da plenitude pura de sua fé".

Quando o padre Joseph Ratzinger fazia este discurso, há 40 anos, ele o estava fazendo para a nossa geração. Tomemos posse, então, do tempo que Deus preparou para nós.
Daniel Machado

QUEM É JESUS CRISTO PARA VOCE

Hoje, o Senhor lhe faz esta pergunta

Em certo momento da nossa vida cristã, nos será revelada a resposta a esta questão. Deus se revela a nós para que O conheçamos e, conhecendo-O, possamos Lhe responder como Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16). Naquele momento, Deus-Pai revelou ao discípulo a identidade de Jesus Cristo e isso determinou a vida e a missão do apóstolo, pois o Senhor se revela ao homem para que este seja participante de Sua vida e de Sua ação neste mundo.

Na profissão de fé de Pedro, revela-se o desígnio de Deus a seu respeito. Como primeiro entre os apóstolos, ele é chamado a confirmar, na fé, os seus irmãos. Porém, a sua vocação não se realizou por suas próprias forças. Temos uma prova disso logo depois de Jesus dizer que sobre Pedro edificaria a Sua Igreja e lhe entregaria as chaves do Reino dos Céus (cf. Mt 16, 18-19). O Mestre disse aos discípulos que deveria ir a Jerusalém, sofrer muito da parte dos anciãos, do sumo sacerdote e dos mestres da Lei, seria morto e ressuscitaria ao terceiro dia (cf. Mt 16,21).

Pedro, sem pensar muito, disse: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!” (Mt 16,22). Tendo ouvido isso, Jesus repreende-o: “Vai para longe, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens!” (Mt 16,23). Depois da linda confissão de fé de Simão Pedro: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (Mt 16, 16), ele demonstra que não havia entendido nada do desígnio de Deus a respeito do sacrifício de Jesus, muito menos a respIsso fica, claro, quando Jesus é preso no Monte das Oliveiras. Pedro, tentando defender o Mestre, toma a espada e corta a orelha de um dos servos dos sumo sacerdote (cf. Jo 18,10). Novamente, Simão é repreendido por Jesus que diz: “Guarda a tua espada na bainha. Será que não vou beber o cálice que o Pai me deu?” (Jo 18,11). Logo depois, Pedro seguiu Jesus e foi interrogado, por três vezes, se ele não era um dos discípulos de Cristo. Ele negou Jesus nessas três vezes e, como havia sido dito pelo Mestre, imediatamente o galo cantou (cf. Jo 18, 13-27).

Mesmo depois de tudo isso, Jesus aparece para os discípulos e confirma a missão de Pedro, perguntando-lhe, por três vezes se ele O amava. Pedro, por sua vez, repete também por três vezes que O ama. Em resposta, por três vezes, Jesus confirma-o dizendo: “Apascenta as minhas ovelhas”. Depois, Ele continuou dizendo com que tipo de morte Pedro glorificaria a Deus (cf. Jo 21,15-20).

Como compreender que Pedro, depois de tudo o que fez, decepcionado consigo mesmo, ainda poderia realizar a missão que Jesus lhe confiou? Para responder esta questão, nos voltamos para o acontecimento do Pentecostes. Depois, da morte, ressurreição e ascensão de Jesus, em obediência a Ele, os apóstolos e discípulos estavam reunidos em Jerusalém, juntamente com a Virgem Maria (cf. At 1, 14). Eles estavam unidos em oração quando receberam o Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas (cf. At 2, 4).

Depois de receber o dom do Espírito, Pedro começou a pregar e, de uma só vez, mais de três mil pessoas se converteram. O segredo do êxito de Pedro foi a fidelidade na oração em comum, juntamente com Maria, a Mãe de Jesus. Se queremos ser fiéis à vocação que o Senhor nos confiou, perseveremos na oração na Igreja, em comunidade, junto com Nossa Senhora. Maria, que é cheia do Espírito Santo, nos dá a docilidade necessária para a ação do Espírito em nós. Pelo mesmo Espírito, professamos a nossa fé em Jesus Cristo e podemos ser fiéis à vocação que Ele nos confiou.eito dele.
Natalino Ueda - Comunidade Canção Nova

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

SÃO VICENTE DE PAULO

Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e espírito e amarás ao teu próximo como a ti mesmo" (Mat 22,37.39). 

Se não foi o lema da vida deste santo, viveu como se fosse. O santo de hoje, São Vicente de Paulo, nasceu na Aquitânia (França) em 1581. No seu tempo a França era uma potência, porém convivia com as crianças abandonadas, prostitutas, pobreza e ruínas causadas pelas revoluções e guerras. 

Grande sacerdote, gerado numa família pobre e religiosa, ele não ficou de braços cruzados mas se deixou mover pelo espírito de amor. Como padre, trabalhou numa paróquia onde conviveu com as misérias materiais e morais; esta experiência lhe abriu para as obras da fé. Numa viagem foi preso e, com grande humildade, viveu na escravidão até converter seu patrão e conseguiu depois de dois anos sua liberdade.

A partir disso, São Vicente de Paulo iniciou a reforma do clero, obras assistenciais, luta contra o jansenismo que esfriava a fé do povo e estragava com seu rigorismo irracional. Fundou também a "Congregação da Missão" (lazaristas) e unido a Santa Luísa de Marillac, edificou as "Filhas da Caridade" (irmãs vicentinas). 

Sabia muito bem tirar dos ricos para dar aos pobres, sem usar as forças dos braços, mas a força do coração. Morreu quase octogenário, a 27 de setembro de 1660. 

São Vicente de Paulo, rogai por nós!

VIDA EM PLENITUDE


“Tenho escrito a todas as Igrejas e a todas elas faço saber que morro por Deus com alegria, desde que vós não me impeçais. Suplico-vos: não demonstreis por mim uma benevolência inoportuna. Deixai-me ser alimento das feras; por elas pode-se alcançar a Deus. Sou trigo de Deus, serei triturado pelos dentes das feras para tornar-me o puro pão de Cristo. Rogai a Cristo por mim, para que por este meio me torne sacrifício para Deus.
Nem as delícias do mundo nem os reinos terrestres são vantagens para mim. Mais me aproveita morrer em Cristo Jesus, do que imperar até os confins da terra. Procuro-O, a Ele que morreu por nós; quero-O, a Ele que por nossa causa ressuscitou. Que não me entregueis ao mundo nem me fascineis com o que é material. Concedei-me, ser imitador da paixão de meu Deus”! (Santo Inácio de Antioquia).
O nosso conceito  vida é muito limitado. Quando aceitamos Jesus como Senhor de nossas vidas, experimentamos, de fato, a vida em plenitude, e a alegria passa ser a nossa companheira inseparável. De forma que descobrimos o verdadeiro tesouro, que é Jesus, e tudo ganha um novo sentido e um novo brilho.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

PORQUE AS COISAS VÃO DE MAL A PIOR

Se as coisas vão de mal a pior é porque nossas vidas e nossas casas não têm sido um lugar de oração; pelo contrário: têm sido local de insultos, pornografia, adultério, falta de perdão. Infelizmente, são lugares onde não se reza. Chegamos ao ponto de ver pais com vergonha de abençoar seus filhos e, lógico, filhos que não sabem pedir a bênção dos pais. 

As pessoas têm vergonha de fazer o sinal da cruz antes de comer e de expressar sua fé. Adoram a televisão: passam horas diante dela, assistindo e adorando as novelas e outros programas, cujos conteúdos entram pelos olhos, ouvidos e coração – de forma que elas vão se tornando cada vez mais tristes, decaídas, com sentimentos ruins. E não se consegue tempo para rezar um Terço, para unir a família em oração, para ler a Bíblia. Tem-se vergonha de Deus! Tem-se tempo para tudo – menos para o Senhor. Por isso as coisas vão de mal a pior. 

Muitas vezes, tudo vai depender somente de você. Se os outros não querem rezar, disponha-se a fazê-lo: reze você! E saiba: além dos anjos de Deus, a Palavra nos diz que, infelizmente, existe uma multidão de espíritos malignos, de anjos decaídos – por serem desobedientes e rebeldes – que estão também ao nosso derredor tentando nos destruir, tirar nossa fé e esperança. 

Vejamos o que está escrito na Carta de São Paulo aos Efésios: ''Para terminar, armai-vos de força no Senhor, da sua força onipotente. Revesti-vos da armadura de Deus para estardes em condições de enfrentar as manobras do diabo. Pois não é o homem que afrontamos, mas as Autoridades, os Poderes, os Dominadores deste mundo de trevas, os espíritos do mal que estão nos céus. Lançai mão, portanto, da armadura de Deus, a fim de que no dia mau possais resistir e permanecer de pé, tendo recorrido a tudo'' (Efésios 6,10-13). 

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

SÃO COSME E SÃO DAMIÃO

Hoje, lembramos dois dos santos mais citados na Igreja: Cosme e Damião. Eram irmãos gêmeos, médicos de profissão e santos na vocação da vida. Viveram no Oriente e, desde jovens, eram habilidosos médicos. Com a conversão passaram a ser também missionários, ou seja, aproveitando a ciência com a confiança no poder da oração levavam a muitos a saúde do corpo e da alma.

Viveram na Ásia Menor, até que diante da perseguição de Diocleciano, no ano 300 da era cristã, foram presos pois eram considerados inimigos dos deuses e acusados de usar feitiçarias e meios diabólicos para disfarçar as curas. Tendo em vista esta acusação, a resposta deles era sempre: 

"Nós curamos as doenças, em nome de Jesus Cristo e pelo Seu poder!"

Diante da insistência, quanto à adoração aos deuses, responderam: "Teus deuses não têm poder algum, nós adoramos o Criador do céu e da terra!"

Jamais abandonaram a fé e foram decapitados em 303. São considerados os padroeiros dos farmacêuticos, médicos e das faculdades de medicina. 


São Cosme e São Damião, rogai por nós!

BASTA-SE A GRAÇA DE DEUS


Precisamos da graça de Deus em tudo na vida. Santa Teresa d’Ávila, com muita propriedade, concluiu ao longo da sua vida que: “A quem tem Deus nada falta. Só Deus basta”!
Há situações na nossa vida que tentamos resolver e superar as dificuldades com as nossas forças, mas sem grandes resultados. A partir do momento em que, corajosamente, as colocamos sob a luz de Cristo e, pedimos o Seu auxílio, a solução surge, a ponto de nos surpreender.
Dirijamos hoje ao Nosso Senhor a nossa oração confiantemente: “Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Porque sois a minha força e meu amparo, o meu refúgio, proteção e segurança! (Sl 70).
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

O SINAL DA SANTA CRUZ

Com a Virgem Maria aos pés da cruz

A Igreja oferece, na liturgia, a melodia da palavra e da oração para ritmar os passos da vida humana. Como na música, o tempo forte da dança da vida é dado pelo domingo, o Dia do Senhor, no qual se fazem presentes, de forma excepcional, os grandes mistérios do Cristo, em Sua Morte e Ressurreição. Os mistérios como a Encarnação do Verbo de Deus e Seu nascimento em Belém, a vida em Nazaré, no maravilhoso recôndito da família, a pregação do Evangelho, o chamado dos discípulos, os milagres, a entrada na vida cotidiana das pessoas, a prática do seguimento de Jesus na experiência dos santos, tudo isso é apresentado durante o ano para que as leis da oração e da fé iluminem os passos dos cristãos e contribuam para chamar outras pessoas à mais digna aventura humana, acolher Jesus Cristo, n'Ele acreditar e fazer-se discípulo.
Neste final de semana, a delicadeza da providência nos põe diante dos olhos a festa da Exaltação da Santa Cruz, a festa de Nossa Senhora das Dores e o diálogo de Jesus com Seus discípulos, quando da profissão de fé feita por Simão Pedro (Mc 8,27-35). É tempo privilegiado para discípulos de ontem e de hoje se decidirem.
A cruz, terrível instrumento de suplício, quando o Corpo Santo do Senhor a tocou, tornou-se sinal de salvação, causa de glória e honra para todos os seres humanos. Olhar na fé para o Senhor, que foi elevado da terra, é estrada de graça e de vida (Cf. Nm 21,4-9; Jo 3,13-17). O apóstolo São Paulo, que não conhece outra coisa senão Jesus Cristo, e Jesus Cristo crucificado (Cf. I Cor 2,2), identificou-se de tal modo com este mistério que pôde dizer: "Com Cristo, eu fui pregado na cruz. Eu vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim. Minha vida atual na carne, eu a vivo na fé, crendo no Filho de Deus que me amou e se entregou por mim” (Gl 2,19-20). Para ele, a escolha foi feita e caíram todos os laços com o passado: “Quanto a mim, que eu me glorie somente da cruz do nosso Senhor, Jesus Cristo. Por Ele o mundo está cruciA Igreja canta com alegria e não esmagada pelo peso da cruz: “Quanto a nós, devemos gloriar-nos na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, que é nossa salvação, nossa vida, nossa esperança de ressurreição, e pelo qual fomos salvos e libertos”. Ao iniciar a Páscoa, na Quinta-feira Santa, proclama sua convicção, retomando a proclamação da glória da cruz: “Esta é a noite da ceia pascal, a ceia em que nosso Cordeiro se imolou. Esta é a noite da ceia do amor, a ceia em que Jesus por nós se entregou.

Esta é a ceia da nova aliança. A aliança confirmada no Sangue do Senhor”. A cruz de Jesus é estandarte de vida a ser alçado em todos os lugares, como sinal da presença dos homens e mulheres de fé. A vida resplandece onde o Cristo morto e, depois, ressuscitado - “Victor quia victima - Vencedor porque vítima” (Santo Agostinho, em Confissões X, 43) - se faz presente!
Aos pés da cruz de Jesus, estava Sua mãe, Maria, mulher altiva na sua fé (Cf. Jo 19,25-27), fiel até o fim para dizer seu segundo 'sim'; desolada e depois glorificada. Anos antes, havia recebido o anúncio da espada de dor a transpassar seu coração pela palavra de Simeão (Lc 2 34-35). A Igreja celebra a sua “festa”, pois vê, em seu mistério profundo de dor e de entrega, o chamado que se dirige a todos os homens e mulheres. Com ela somos chamados a permanecer de pé, firmes diante de todo o mistério do sofrimento existente na vida.
Os discípulos de Jesus, Pedro à frente, percorreram muitas e exigentes etapas em sua formação (Cf. Mc 8,27-35) para chegarem a vislumbrar o mistério de Cristo. Pareceu-lhes sempre difícil entender que havia uma lógica diferente quando esperavam um messias vitorioso, capaz de destruir todas as forças inimigas do bem. E a trilogia deste final de semana se conclui com a provocação, oferecida pela Igreja, a que, mais uma vez, as pessoas de nosso tempo se decidam a percorrer uma estrada diferente. “A lógica de qualquer projeto humano de conquista do poder é luta-vitória-domínio.
A lógica de Jesus ao invés é: luta-derrota-domínio! Também Jesus lutou - e como lutou! - contra o mal no mundo. Com efeito, o título de Jesus Cristo ressuscitado – “Senhor” – é um título de vitória e de domínio, de modo que chega a criar uma incompatibilidade com o reconhecimento de outro senhor terreno; mas se trata de um domínio não baseado na vitória, mas na cruz” (Cf. Raniero Cantalamessa, “O Verbo se faz Carne”, no prelo, Editora Ave-Maria).
Concretizar esta escolha é apenas decidir-se a sair de si para amar e servir, buscando o que constrói o bem de todos, vencendo primeiro a si mesmo. Magnífica aventura! Vale a pena experimentar!ficado para mim, como eu estou crucificado para o mundo” (Gl 6,14). 
Dom Alberto Taveira Corrêa

terça-feira, 25 de setembro de 2012


A MISERICÓRDIA HUMANA E DIVINA


Bem-aventurados os misericordiosos
 porque alcançarão misericórdia".

Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia”. É suave a palavra “misericórdia”, meus irmãos. E se a palavra assim é, o que não será a realidade?
Apesar de todos a desejarem, não agem de modo a merecer recebê-la; o que é não é bom. De fato, todos querem receber a misericórdia, mas poucos querem dá-la.
Ó homem, com que coragem queres pedir aquilo que finges dar! Deve, portanto, conceder misericórdia aqui na terra quem espera recebê-la no céu. Por isto, irmãos caríssimos, já que todos queremos misericórdia, tenhamo-la por padroeira neste mundo, para que nos liberte no futuro. Há no céu uma misericórdia a que se chega pelas misericórdias terrenas. A escritura assim diz: Senhor, no céu, tua misericórdia.
Qual é a misericórdia humana? Aquela, é claro, que te faz olhar para as misérias dos pobres. E a misericórdia celeste? Certamente a que concede o perdão dos pecados” (São Cesário de Arles, bispo).
Peçamos, hoje, ao Senhor, a graça de sermos misericordiosos, principalmente com os mais pobres e necessitados.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

AJUDA-ME A MUDAR MEUS HÁBITOS

No Evangelho, vemos a luta entre Jesus e os fariseus. O Senhor tentou levar a Boa Nova a eles e aos escribas, mas quando percebeu que não mudaram em nada, defrontou-se com eles. Quando Jesus falou-lhes aquilo que era preciso e os chamou de hipócritas, deu aos fariseus suas razões. 

Os fariseus eram maus? Nenhum deles queria ser mau, ao contrário, eles queriam ser perfeitos, praticar toda a lei com perfeição. Mas, além das leis deixadas por Deus, eles foram criando outras leis e normas; mas era praticamente impossível cumprir tudo aquilo. Posicionando-se diante do povo como perfeitos praticantes da lei, mas não conseguindo cumpri-las eles próprios, foram tornando-se hipócritas. Não existia sintonia entre cara e coração. A partir daí, começaram a se tornar maus. 

Jesus foi a verdade simples. Os fariseus ficaram desapontados e não se abriram para Ele. Por isso começaram a persegui-Lo, pois tinham, diante do povo, o conceito das coisas perfeitas, faziam questão de ser homenageados e chamados de mestres. 

O “vírus do farisaísmo” continua até hoje e pode pegar qualquer um de nós. Este vírus tem uma predileção: ele escolhe aqueles que querem ser mais de Deus, que usam os dons d'Ele, aqueles que estão à frente da Igreja. Todos nós corremos o risco de pegar esse vírus e nos tornar hipócritas. Ele vai nos pegando aos poucos e quando percebemos, já estamos vivendo a hipocrisia de impor aos outros algo que não praticamos, seja como pais, coordenadores ou chefes. Hoje é o dia de nos colocarmos sob a luz de Deus para que Ele nos liberte desse mal.

Rezem comigo: "Senhor, ilumina-me, mostre-me toda a hipocrisia que há em mim. Eu não quero fugir da Sua luz, quero expor-me a ela. Mostre-me o 'vírus do farisaísmo' e onde estou sendo hipócrita. Ajude-me a mudar os meus hábitos, Senhor". 

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

RETORNAR SEMPRE DESISTIR NUNCA


Começar um novo dia é ter a coragem de começar uma vida nova. Concretamente, precisamos nos desvencilhar do passado para vivermos o hoje.
Comecemos pelas coisas mais simples até chegarmos às mais complexas. Inicialmente, se não temos o costume de cumprimentar as pessoas com as quais trabalhamos ou moramos, cumprimentemo-las, ainda que timidamente, até vencermos este mau hábito; respondamos com delicadeza, mesmo quando tivermos vontade de dar uma má resposta; evitemos falar mal das pessoas, mesmo que a língua esteja pedindo e que tenhamos reais motivos, mas se não tivermos nada de bom para falar, silenciemos.
Vamos fazer este exercício ao longo deste dia. Se tropeçarmos, retomemos. Com certeza, muitas outras situações surgirão para nos exercitarmos no caminho do bem, por isso, fiquemos atentos às visitas de Deus.
Um princípio que muito vai nos ajudar é este: “Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles” (Mt 7,12).
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago