quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O QUE É FESTA DO HALOWEEN ?


O Halloween é uma festa muito comum nos EUA e na Europa, celebrada no dia 31 de outubro. A comemoração veio dos antigos povos bárbaros  celtas, os quais habitavam a Grã-Bretanha há mais de 2 mil anos.
Os celtas realizavam a colheita nessa época do ano, e, segundo um antigo ritual, para eles os espíritos das pessoas mortas voltariam à Terra durante a noite e queriam, entre outras coisas, alimentar-se e assustar as pessoas. Então, os bárbaros costumavam se vestir com máscaras assustadoras para afastar esses espíritos.
O episódio era conhecido como o “Samhaim”. Com o passar do tempo, os cristãos chegaram à Grã-Bretanha, converteram os celtas e outros povos da ilha, especialmente pela intercessão de São Patrício, no século IV e V, e com o grande São Columbano no século VI.
Assim, a Igreja Católica transformou este ritual pagão em uma festa religiosa. Esta estratégia  da Igreja foi ensinada por São Leão Magno e São Gregório Magno, passando a ser celebrada nesta mesma época, mas em vez de honrar espíritos e forças ocultas, o povo recém-catequizado deveria honrar os santos. Daí veio o “All Hallows Day”: o ‘Dia de todos os santos’.
A tradição, entretanto, continuou entre estes povos. Além de celebrarem o  ’Dia de todos os santos’, os não convertidos ao Cristianismo celebravam também a noite da véspera do ‘Dia de todos os santos’ com as máscaras assustadoras e com a comida. A noite era chamada de “All Hallows Evening”, abreviando-se, veio o Halloween.
Vemos assim que a tradição de comemorar as bruxas ou outros espíritos não é cristã e deve ser evitada, ainda que tenha apenas uma conotação folclórica. Devemos, sim, celebrar o dia de todos os santos.  Esses são reais e verdadeiros, são modelos de vida para nós e, diante de Deus, intercedem por nós sem cessar.
É bom lembrar a recomendação de São Paulo: “As coisas que os pagãos sacrificam, sacrificam-nas a demônios e não a Deus. E eu não quero que tenhais comunhão com os demônios. Não podeis beber ao mesmo tempo o cálice do Senhor e o cálice dos demônios. Não podeis participar ao mesmo tempo da mesa do Senhor e da mesa dos demônios.  Ou queremos provocar a ira do Senhor? Acaso somos mais fortes do que ele?” (1 Cor 10,19-22)
Felipe Aquino

PORTA ESTREITA

As portas estão abertas. Jesus já cumpriu sua parte no Plano de Salvação. No entanto, Ele nos alerta que não é fácil o acesso, pois o caminho é penoso e a porta é estreita. Em compensação, os caminhos que o mundo recomenda, não têm obstáculos, são asfaltados e levam a portas amplas e largas.

O caminho que Jesus nos aponta pode ser comparado a uma ponte estreita e sem proteções laterais. Um pequeno desvio, um ligeiro "escorregão", levam ao abismo. Essa ponte chama-se Caridade Fraterna. Caminhar confiante sobre ela é a única maneira de se aproximar de Deus.

Ninguém consegue vencer o trajeto e atravessar a porta sozinho. Não basta dizer "Senhor, Senhor!" Não bastam orações fervorosas se não forem acompanhadas de ações concretas. Só ganha a Vida Eterna quem arrastar alguém atrás de si. O empenho é o passaporte para atravessar a porta estreita

A ORAÇÃO E SUPLICAS

Precisamos nos convencer de uma só coisa: nada pode nos dispensar da oração. Nem as enfermidades, nem os trabalhos, nem as mil ocupações que preenchem nossas agendas. A oração, como já vimos em outro momento, é uma questão de fidelidade e de amor. Sem o amor nos sentimos perdidos, inseguros, sem saber para onde vamos. O amor humano às vezes nos falha; nem sempre podemos contar com a presença dos que consideramos amigos, muitos se afastam de nós e nos encontramos sozinhos no deserto da vida. Nesses momentos devemos reforçar nossa oração e permanecermos bem unidos a Deus. Rezemos para que a dor, os sofrimentos e doenças nunca cheguem. Mas, se um dia eles baterem à nossa porta peçamos a graça para reagir com a força da fé, conforme Flp 4,6: “Não vos inquieteis com nada! 
Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graças."

Jesus misericordioso,
ensina-me a rezar como ensinastes aos
 discípulos.
Quero aprender todos os dias
a ser fiel a este encontro contigo.
Dai-me fome e sede da Tua presença.
Pela oração confirma os Teus milagres. Amém.


Padre Alberto Gambarini

FRUTOS DA EUCARISTIA


  • Ao receber a Eucaristia, ficamos intimamente aderidos a Cristo Jesus, que nos transmite sua graça.
  • A comunhão nos aparta do pecado, é este o grande mistério da redenção, pois seu Corpo e seu Sangue são derramados pelo perdão dos pecados.
  • A Eucaristia fortalece a caridade, que na vida cotidiana tende a debilitar-se; e esta caridade vivificada apaga os pecados veniais.
  • A Eucaristia nos preserva de futuros pecados mortais, pois quanto mais participamos da vida de Cristo e mais progredimos em sua amizade, tanto mais difícil será romper noso vínculo de amor com ele.
  • A Eucaristia é o Sacramento da unidade, pois quem recebe o Corpo de Cristo se une entre si em um só corpo: A Igreja. A comunhão renova, fortifica, aprofunda esta incorporação com a Igreja realizada já no Batismo.
  • A Eucaristia nos compromete a favor dos pobres; poi o receber o Corpo e o Sangue de Cristo que são a Caridade mesma no torna caritativos.

DIVORCIADOS DE SEGUNDA UNIÃO PODEM COMUNGAR SOMENTE ESPIRITUALMENTE


O Prefeito para a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Cardeal Antonio Cañizares
Llovera, considerou que a Eucaristia é o pilar fundamental da Nova Evangelização, e recordou que os divorciados em nova união, podem participar Dela de maneira espiritual.

O Cardeal Cañizares explicou que a Eucaristia é imprescindível porque “quando se vive em sua realidade de mistério, suscita o envio, o comunicar que se participou da Eucaristia no mundo”.

“A Eucaristia sempre suscita homens novos, mulheres novas, e uma realidade nova onde se viva o amor e haja testemunhas do Deus vivo, como o único e necessário. Por isso, a Eucaristia é imprescindível para a Nova Evangelização. Não haverá Nova Evangelização se não centrarmos muito mais a Eucaristia em nossa vida, dos sacerdotes e de todos os fiéis cristãos”.

Quanto à administração deste Sacramento aos divorciados que voltaram a casar, o purpurado afirmou que as pessoas em situação irregular “podem participar da celebração da Eucaristia, mas não podem aproximar-se plenamente, porque não vivem a comunhão plena com a Igreja”.

A autoridade vaticana recordou que a comunhão na Eucaristia “significa e realiza precisamente essa comunhão plena na Igreja”, e nestes casos em que as situações são sempre dolorosas, a Igreja se aproxima destas pessoas e propõe “a comunhão espiritual, que é o desejo de comunhão”.

O Sacramento da Eucaristia passa em primeiro lugar pela Comunhão espiritual, que é a forma em que a pessoa se une pessoalmente a Cristo no momento da redenção do Santo Sacrifício, para depois receber a Comunhão Eucarística, na boca. Segundo a Exortação Apostólica Familiaris Consortio do beato João Paulo II, sem a primeira, não pode existir a segunda.

A Igreja Católica explicou através da Congregação da Doutrina para a Fé em sua carta a todos os bispos do mundo de 1994, que os divorciados que voltaram a casar não podem participar da Comunhão, porque o matrimônio "é a imagem da relação entre Cristo e sua Igreja".

Dentro deste marco, para aproximar-se dos Sacramentos da Penitência e da Eucaristia, devem buscar sanar a irregularidade matrimonial pelo Tribunal dos Processos Matrimoniais.

João Paulo II também havia assinalado que a Igreja espera destes casais que participem da vida eclesial até onde seja possível: a participação da Missa, na adoração Eucarística, nas devoções piedosas e na Eucaristia de maneira espiritual. 

SEDE IMITADORES DE CRISTO


Hoje, o convite do Senhor a cada um de nós é: “Sede imitadores de Deus, como filhos que Ele ama” (Ef 4,32).
Talvez você tenha se perguntado: Como imitar o Senhor ? É muito simples. Tudo o que formos fazer, façamo-nos esta pergunta: Se fosse Jesus, como Ele agiria nesta situação? Façamos este exercício constantemente e colheremos maravilhosos frutos em todas as áreas da nossa vida, e mais ainda, faremos a profunda experiência de sermos amigos íntimos de Jesus. Seremos um com Ele e Ele um conosco.
Jesus, dá-nos a graça de sermos Teus verdadeiros imitadores.
Luzia Santigo

SANTOS ANJOS DA GUARDA

Neste dia em que fazemos memória do nosso protetor, a Igreja termina assim o hino e oração da manhã: "Salvai por vosso filho a nós, no amor; ungidos sejamos pelos anjos; por Deus trino, protegidos!"

A palavra anjo significa, "enviado, mensageiro divino", muitas vezes encontramos as manifestações dos anjos como missionários de Deus, e por isso, com clareza lemos no salmo 91: "Pois Ele encarregará seus anjos de guardar-te em todos os teus caminhos". 

Quando nos deparamos com a Anunciação e outros Mistérios da vida de Jesus, conseguimos perceber que este salmo profetiza a presença dos anjos na vida do Senhor. Ora, Cristo é o primogênito de todas as criaturas, nosso irmão e modelo. Se portanto sua humanidade, apesar de unida com a Divindade, era continuamente protegida por anjos, logo quanto mais devemos ser nós, seus membros tão frágeis. Tanto o Pai quer isto que revelou a Jesus:"Guardai-vos de desprezar algum desses pequeninos, pois eu vos digo, nos céus os seus anjos se mantêm sem cessar na presença do meu Pai que está nos céus." (Mt 18,10)

Nos Atos dos Apóstolos e nos escritos de São Bernardo, Santo Tomás de Aquino e outros Doutores da Igreja, encontramos testemunhos que nos motivam a confiarmos nos Santos Anjos protetores de cada um, pois atesta a Sagrada Escritura: "Não são todos (os anjos) eles espíritos cumpridores de funções e enviados a serviço, em proveito daqueles que devem receber a salvação como herança?" (Hb 1,14)

Na Inglaterra desde o ano 800 acontecia uma festa dedicada aos Anjos da Guarda e a partir do ano 1111 surgiu uma linda oração (apresentada a seguir). Da Inglaterra esta festa se estendeu de maneira universal depois do ano 1608 por iniciativa do Sumo Pontífice da época. Aprendamos e rezemos esta quase milenar prece: "Anjo do Senhor - que por ordem da piedosa providência Divina, sois meu guardião - guardai-me neste dia (tarde ou noite); iluminai meu entendimento; dirigi meus afetos; governai meus sentimentos para que eu jamais ofenda ao Deus e Senhor. Amém."

Santos Anjos da Guarda, rogai por nós! 

´É NECESSÁRIO QUE VOCE PERSEVERE NA FÉ

A fé é tudo. Quem crê progride, ama, amadurece. É isso que Deus lhe dá quando o chama pela primeira vez. Ele não o chama para testá-lo. Ele lhe dá tudo de que necessita. E você fica com uma armadura espiritual muito forte. No seu coração o Espírito Santo de Deus começa a trabalhar e você aguenta qualquer sobrecarga, pois para suportá-la tem de ter fé. 
É preciso que perseveremos, que não percamos a convicção. Para isso, temos de ter fibra para segurar a nossa fé; de lutar por ela. “Eu creio, mas aumentai a minha fé”. Isso saiu da boca do discípulo de menos fé. 
“De fato, é preciso que perseveres para cumprir a vontade de Deus e alcançar o que Ele prometeu” (Hebreus 10,36).
Não podemos nos “desligar” de Deus. A nossa fé é o “fio” que vai entre o nosso coração e Deus. Tudo o que nos alimenta vem d’Ele. Mas se nos desligamos, acaba a Providência. O cristão que vive pela fé, deixa-se levar para o que é perfeito. Mas o cristão, que vive da aparência, retrocede para a perdição. Se você está ligado em Deus, você está buscando a perfeição e a santidade. Um cristão que não anda pela fé, volta aos antigos caminhos e desperdiça sua vida. Andar pela fé significa obedecer a Palavra de Deus e viver para Jesus Cristo, buscando a salvação. É buscar o dia inteiro, dia após dia, ano após ano, a vida inteira. 
Temos de ter fé, ter meta, querer o céu, mesmo que não compreendamos o sentido das provações, pois por trás das aparências há a Providência Divina. Por trás da aparência dos sofrimentos há providência. Deus está com você, deixe-O trabalhar em você. Não tema! A graça lhe será dada à medida que dela precisar. Não tema, mesmo que a aspereza do caminho lhe faça perder o fôlego. O essencial é que esse caminho seja uma subida, uma ascensão. Não tema, mesmo quando não perceber mais a doçura da confiança. É melhor morrer da verdade criada por Deus do que viver da mentira que nós mesmos fabricamos.
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

terça-feira, 30 de outubro de 2012

O AMOR É A RESPOSTA QUE DEVEMOS DAR

Aprendei a fazer o bem! Procurai o direito, corrigi o opressor. Julgai a causa do órfão, defendei a viúva" (Is 1,17).

Temos de ser irmãos: advogados uns dos outros. Todos temos falhas e misérias; como sempre digo: "Desculpem-nos o transtorno, estamos em construção". Somos irmãos, todos estamos em processo de recuperação. O amor precisa ser maior que qualquer briga, desentendimento e diferenças de opinião. Não podemos perder ninguém. Nossa palavra pode causar vida ou morte – nós é que a escolhemos. Por isso, quando o irmão errar com você, a palavra de ordem é: "Vai ter com ele (...) se ele te ouvir, terás ganho o teu irmão".

O amor nos cura, nos liberta e nos transforma. Deus é amor! Por isso, só o amor; sempre o amor é a resposta que devemos dar.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

NINGUÉM PODE SER FELIZ SE NÃO FOR AMADO


Amar é construir alguém querido
O amor gera a vida; o egoísmo produz a morte. A psicologia mostra hoje com toda clareza que as graves perversões morais têm quase sempre como causa principal uma ‘frustração de amor’. Os jovens se encaminham para as drogas, para o sexo vazio, para o alcoolismo e para tantas violências, porque são carentes de amor, ‘desnutridos’ de amor. A pior anemia é a do amor. Leva à morte do espírito. Ninguém pode ser feliz se não for amado; se não fizer uma experiência de amor.
Se isso é importante na infância e na adolescência, também na vida conjugal isso é verdade. E esse ‘amor conjugal’ começa a ser aprendido e treinado no namoro. Na longa viagem da vida conjugal, que começa no namoro, você precisa levar a bagagem do amor. Você amará de verdade o seu namorado não só porque ele é simpático, bonito ou porque é um atleta, mas porque você quer o bem dele e quer ajudá-lo a ser ainda melhor com a sua ajuda.
Muitas vezes, você quis e procurou uma namorada perfeita, ou um rapaz ideal, mas saiba que isso não existe. A primeira exigência do amor é aceitar o outro como ele é, com todas as suas qualidades e defeitos. Só assim você poderá ajudá-lo a crescer, amando-o como ele é.
Alguém já disse que o amor é mais forte do que a morte, e capaz de remover montanhas. O amor tem uma força misteriosa; quando você ama o outro gratuitamente, sem cobrar nada em troca, você desperta-o para si mesmo, revela-o a si mesmo, dá-lhe ânimo e vida, ‘ressuscita-o’.
É com a chama de uma vela que você acende outra. É com a doação da sua vida que você faz a vida do outro reviver.
Felipe Aquino

VOCE JÁ TEVE SEU ENCONTRO PESSOAL COM JESUS ?

Ver Jesus é uma necessidade urgente para este tempo. Somente quem consegue vê-Lo, ou seja, ter uma experiência profunda com Sua presença, consegue chegar às últimas consequências sem desanimar pelo caminho.

Não basta seguir aqueles que tiveram a graça de um encontro pessoal com Jesus. É preciso encontrá-Lo também, fazer nossa própria experiência. É pessoal, o próprio nome já diz tudo: eu preciso ter a minha própria experiência pessoal com Jesus. 

Certamente que as experiências dos outros nos edificam, mas é preciso que cada um receba a graça do seu encontro pessoal com Jesus. E esse encontro é único, acontece para cada um de maneira diferente. A experiência não se repete, é totalmente pessoal.

Veja a importância desse encontro pessoal com o Senhor, o Cristo Vivo, e fazendo essa experiência, que você possa com a sua vida transmitir as maravilhas dessa grande graça aos demais, de maneira que ao virem a transformação da sua vida, possam clamar: "Queremos ver Jesus"!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

POR QUE ESTA VIDA É TÃO PRECÁRIA ?

Da flor que se abre logo estará murcha, todo dia que nasce logo termina
Uma das reflexões mais profundas que podemos fazer é sobre a efemeridade de todas as coisas que envolvem nossa existência. Deus dispôs tudo de modo que nada fosse sem fim aqui nesta vida. Qual seria o desígnio de Deus nisso? Cada dia de nossa vida temos de renovar uma série de procedimentos: dormir, tomar banho, alimentar-nos, etc. Tudo é precário, nada é duradouro; tudo deve ser repetido todos os dias. A própria manutenção da vida depende do bater interminável do cora­ção e do respirar contínuo dos pulmões. Todo o organismo repete sem cessar suas operações para a vida se manter. Tudo é transitório… Nada permanente. Toda criança se tornará um dia adulta e, depois, idosa. Toda flor que se abre logo estará murcha, todo dia que nasce logo termina… E assim tudo passa, tudo é transi­tório, Por que será? Porque tudo nesta vida é passaheiro? Com­pra-se uma camisa nova, e logo já está surrada; compra-se um carro novo, e logo ele estará bastante rodado e vencido por novos modelos, e assim por diante.A razão inexorável dessa precariedade das coisas também está nos planos de Deus. A razão profunda dessa realidade tão transitória é a lição cotidiana que Deus nos quer dar de que esta vida é apenas uma passagem, um aperfeiçoamento, em busca de uma vida duradoura, eterna, perene.
Em cada flor que murcha e em cada homem que falece, é como se Deus nos dissesse: “Não se prendam a esta vida transitória. Preparem-se para aquela que é eterna, quando tudo será duradouro, e nada precisará ser renovado dia a dia. “Isto mostra-nos também que a vida está em nós, mas não é nossa. Quando vemos uma bela rosa murchar, é como se ela estivesse nos dizendo que a beleza está nela, mas  não lhe pertence. Quando vemos uma bela artista envelhecer, é como se ela nos dissesse: “a beleza está em mim, mas não me pertence”.
Com a precariedade da vida e de tudo o que nos cerca, Deus nos ensina, diária e constantemente, que tudo passa e que não adianta querermos construir o céu aqui nesta terra. Ainda assim, mesmo 
com essa lição permanente que Deus nos dá, muitos de nós somos levados a viver como aquele homem rico da parábola narrada por Jesus. Ele abarrotou seus celeiros de víveres e disse à sua alma: “Descansa, come, bebe e regala-te” (Lc 12,19); ao que Deus lhe disse: “Insensato! Nesta noite ainda exigirão de ti a tua alma” (Lc 12,20).
A efemeridade das coisas é a maneira mais prática e cons­tante que Deus encontrou para nos dizer a cada momento que aquilo que não passa, que não se esvai, que não morre, é aquilo de bom que fazemos para nós mesmos e, principalmente, para os outros. Os talentos multiplicados no dia-a-dia, a perfei­ção da alma buscada na longa caminhada de uma vida de me­ditação, de oração, de piedade, essas são as coisas que não passam, que o vento do tempo não leva e que, finalmente, nos abrirão as portas da vida eterna e definitiva, quando “Deus será tudo em todos” (cf. I Cor 15,28).
A transitoriedade de tudo o que está sob os nossos olhos deve nos convencer de que só viveremos bem esta vida, se a vivermos para os outros e para Deus, de acordo com Sua Vontade e suas Leis. São João Bosco dizia que “Deus nos fez para os outros”. Só o amor; a caridade, o oposto do egoísmo, pode nos levar a compreender a verdadeira di­mensão da vida e a necessidade da efemeridade terrena.
Se a vida na terra fosse incorruptível, muitos de nós jamais pensarí­amos em Deus e no céu. Acontece que Ele tem para nós “algo mais excelente”, aquela vida que levou São Paulo a exclamar: “Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (Is 64,4), tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1 Cor 2,9).
A corruptibilidade das coisas da vida deve nos convencer de que Deus quer para nós uma vida muito melhor do que esta – uma vida junto d´Ele. E, para tal, Ele não quer que nos acostu­memos com esta, mas que busquemos a outra, onde não have­rá mais sol porque o próprio Deus será a luz, e não haverá mais choro nem lágrimas, porque Ele mesmo as enxugará.
Aqueles que não crêem na eternidade jamais se confor­marão com a precariedade desta vida terrena, pois sempre so­nharão com a construção do céu nesta terra. São os seguidores dos filósofos ou pensadores ateus como Voltaire, Nietzsche, Fuerbach, Marx, Saramago, Freud, Sartre, Kierkegaard e tantos outros que se incumbiram de fomentar o desespero nas almas e até o suicídio, por não crerem em Deus. Esses não se conformaram com a precariedade da vida e a achavam lamentável. Mas, para os que crêem, para aqueles que a Luz de Cristo iluminou a sua vida, já que “Ele é a luz que vindo a este mundo ilumina todo homem” (João 1, 9), a efemeridade tem sentido: pois canta a Liturgia que “a vida não será tirada, mas transformada”; o “corpo corruptível se revestirá da incorrupti­bilidade” (1Cor 15,54) em Jesus Cristo.
São Paulo, falando aos filipenses, explicou tudo em poucas palavras: “Nós, porém, somos cidadãos dos céus. É de lá que ansiosamente esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará nosso mísero corpo, tornando-o semelhante ao seu corpo glorioso, em virtude do poder que tem de sujeitar a si toda criatura.” (Fil 3, 20-21). E disse aos corintios: “Semeado na corrupção, o corpo ressuscita incorruptível; semeado no desprezo, ressuscita glorioso; semeado na fraqueza, ressuscita vigoroso; semeado corpo animal, ressuscita corpo espiritual”. (1Cor 15, 42-43) E ainda: “Se é só para essa vida que temos colocado a nossa esperança em Cristo, somos, de todos os homens, os mais dignos de lástima” (1 Cor 15,19).
Enquanto essas verdades não caírem no fundo de nossa alma, e ali produzirem os seus frutos, não seremos verdadeiramente felizes e realizados neste mundo. Mas também isso é graça de Deus.
Prof. Felipe Aquino

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

SUPERANDO OS DESAFIOS DO DESERTO

Gostaria de explanar sobre as tentações que Jesus sofreu relatadas em Mt 4,1-13. Certamente esta reflexão não servirá apenas para este momento de quaresma, mas para durante toda a nossa trajetória de vida, 
e assim estarmos atentos as astúcias do demônio e de que forma vencê-las.
O cenário desta vez é o deserto. Deserto é lugar de desafios. Diz a palavra de Deus que Jesus foi levado pelo Espírito para ser tentado pelo diabo. O deserto expõe os limites do Senhor Jesus como pessoa humana. Durante toda a história do povo de Israel o deserto tem sido o local onde o povo teria que passar; este deserto aqui no antigo testamento em que o povo caminhou rumo à terra prometida é uma prefiguração do caminho percorrido para a crucificação, a via-sacra. O maior deserto de Jesus não é desta narrativa de 40 dias, mas o caminho percorrido do sinédrio até o calvário, este sem duvida um desafio de sobrevivência.
Nesta narrativa o demônio se aproxima de Jesus, justamente por ele estar no deserto; aprendi que o momento em mais somos tentados é quando estamos sós. O deserto traz solidão; esta é uma das lutas enfrentadas aqui neste cenário. O demônio não perderia esta oportunidade de estar diante de um Deus “aparentemente fragilizado” por causa da solidão do deserto. A mortificação trazida no corpo de Jesus, o desafio de jejuar durante todos estes dias era apenas uma pequena amostra daquilo que o Senhor iria suportar na sua paixão.
Três tentações apresentadas. O aspecto negativo, tríplice, ameaçador diante de um homem em solidão no deserto. Então o demônio solta o seu primeiro veneno: Se és filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pão (Mt 4,4). O desafio de saciar a fome, ou ao menos amenizá-la. O demônio sabia que essa poderia ser uma possível fraqueza do filho de Deus. É evidente que o diabo se apresenta depois de ter observado Jesus. Viu o aspecto já um tanto frágil de um “Jesus-humano” chegando ao próprio limite. Por isso apresenta algo que de fato Jesus precisava naquele momento, para desviá-lo da vontade de Deus. Aqui alerto você para observar algo: O demônio sabe da sua fraqueza, então ele te dará coisas, aparentemente de forma oportuna, para desviar você da vontade de Deus. Jesus de fato estava com fome, mas não se rendeu ao desejo do diabo. Cuidado! Coisas certas em horas erradas podem trazer um estrago em sua vida. Depois de ouvir ao Senhor, persevere diante dos desertos para que se realize a soberana vontade de Deus.

Na segunda tentação, o diabo desafia Jesus a se jogar afirmando o que está no salmo 90, que os seus anjos o sustentariam em suas mãos. Parece-me que o diabo queria ver um espetáculo naquela que seria a próxima cena. E desta vez ele mostrou de fato que conhecia a palavra de Deus. Note aqui que ele usa a própria palavra de Deus para tentar desviar Jesus das escrituras. É esta a forma que ele age muitas vezes. Ele sabia de fato que se Jesus se jogasse, iria ter um espetáculo dos anjos o segurando. Essa é a tática mais vista de forma clara hoje. “os espetáculos da fé”, “shows da fé”. O diabo tem afastado muitas pessoas da doutrina do Senhor utilizando a palavra de Deus; muitos tem se desviado utilizando a seguinte expressão: “agora encontrei a verdade”. Cuidado! Esta tentação tem o real intuito de desviar você da palavra de Deus. O nosso Deus não quer espetáculos da fé acontecendo. Ele quer que vivamos de acordo com a sua palavra, observando a sã doutrina da salvação.
Vamos agora à última tentação: “te darei todos os reinos do mundo se ajoelhado se prostar e me adorar” (Mt 4,9). Aqui o diabo revela a maior das suas intenções através de uma mentira. Apresenta-se como dono das riquezas. Veja o caminho percorrido: primeiro tenta levar Jesus para desviar da vontade do pai, depois a se desviar da palavra de Deus e por último desviar Jesus da cruz. O diabo deduzia que por meio da cruz a salvação chegaria até nós, e com isso ele teria mais trabalho para matar, roubar e destruir. Aqui ele revela o maior de todos os seus desejos. Quer ser adorado, revela aqui o que o profeta Isaias diz: “Escalarei o céus e erigirei meu trono acima da estrelas, me tornarei igual ao altíssimo (Is 14, 13-14). Tudo o que o diabo queria é ocupar o trono de Deus, mas isso nunca será possível.
Se prepare para entrar no deserto. Ali será o lugar do silêncio, da solidão, da reflexão, da tentação e da oração. Durante a caminhada passamos por muitos desertos. Quando recebemos a efusão no espírito vivemos momentos de alegria, paz, mas dificilmente se permanece na caminhada apenas estando bem. Quem nunca em um determinado momento questionou Deus, mesmo depois de experimentá-lo? Quem nunca sentiu vazio, aridez espiritual, falta de vontade orar? Pois é, isso faz parte do deserto. Quem nunca foi tentado a se desviar da vontade de Deus ou quem nunca se desviou da palavra de Deus? Enquanto caminharmos como igreja militante, saiba que passaremos não apenas por um deserto, mas por vários. Permaneçam firmes diante dos desertos, e não se deixem abater pelas tentações. O deserto é transitório. O Senhor não quer que você morra no deserto. Faça do deserto uma armadilha para o diabo. Aproveite este tempo oportuno  para refletir, orar e voltar ao Senhor. Não esqueça: Só os fortes sobrevivem ao deserto.

Deus te abençoe em Cristo Jesus!

DEIXE SUA VIDA SER TRANSFORMADA POR DEUS

A maioria das pessoas considera estar feliz quando tudo esta correndo bem. Quando perdem isso ou aquilo, e surgem as contrariedades, sentem-se perdidos. A mudança somente acontece na vida de quem se deixa transformar pelo Espírito Santo. Por quê? Em Gl 5,22 esta escrito: “O fruto do Espírito é: alegria...” A alegria é fruto do Espírito Santo recebido na graça do nosso batismo. É uma realidade divi
na dentro de nós. A felicidade pode desaparecer, enquanto a alegria permanece. As pessoas animadas, que parecem estar sempre sorrindo e se divertindo, nem sempre tem a verdadeira alegria. Quem possui a alegria fruto do Espírito, sabe ser feliz na abundância, e também encontra força para reagir nas dificuldades. Esta graça esta em você, peça, todos os dias, ao Espírito Santo esta alegria.

Jesus misericordioso,
ensina-me a viver bem cada dia,
para que em tudo eu possa encontrar
a Tua presença.
Quero aprender a realizar as minhas atividades
com alegria para a Tua glória e o bem de todos. Amém

Padre Alberto Gambarini

É DEUS QUEM NOS PURIFICA

Deus não castiga, Deus purifica! Ele não tem prezar de castigar as pessoas. No evangelho de hoje, Jesus nos contou a parábola da figueira, onde o homem foi buscar figo na figueira e não encontrou, para ilustrar isto: todas as coisas que acontecem conosco não são castigos de Deus.
Eis a parábola:
“Disse-lhes também esta comparação: Um homem havia plantado uma figueira na sua vinha, e, indo buscar fruto, não o achou. Disse ao viticultor: - Eis que três anos há que venho procurando fruto nesta figueira e não o acho. Corta-a; para que ainda ocupa inutilmente o terreno? Mas o viticultor respondeu: - Senhor, deixa-a ainda este ano; eu lhe cavarei em redor e lhe deitarei adubo. Talvez depois disto dê frutos. Caso contrário, cortá-la-ás.” Lc 13, 6-9 Jesus sabendo que tem muitas pessoas que foram criadas para amar e não dá amor, Ele mesmo suscitou as pastorais, como a Pastoral da Sobriedade, que tem como missão não só retirar as pessoas das dependências, mas levá-las ao encontro de Deus.

Ninguém de nós pode desprezar ninguém, a vida mesmo nos levar a purificação, para que alcancemos a conversão. Precisamos ter paciência em buscar a conversão, já que ela é um processo, que nem sempre acontece de forma instantânea como a de São Paulo. 


A Pastoral da Sobriedade nasceu do Espírito Santo para à Igreja, graças a Deus temos bons frutos de conversão, pois o próprio Senhor nos ensina que é pelos frutos que conheceremos a árvore. 
mansidão, fortaleza. 

Dom Irineu Danelon 
Bispo da Diocese de Lins/SP

SUA CASA É VISITADA PELOS ANJOS

Acredite: sua casa será visitada pelos anjos. Mais ainda: o anjo da guarda estará muito presente. Você não estará sozinho. Muitas vezes estragamos tudo porque queremos fazer as coisas por nós mesmos. É preciso que aconteça radicalmente o contrário. 

Ore, peça, interceda e tenha certeza de que o próprio Senhor vai fazer com que o anjo da guarda de cada pessoa da sua família entre em ação para trazer a paz, a concórdia, a libertação e a saúde de que precisam.

Quanto à educação de seus filhos, confie-os ao anjo da guarda de cada um deles; peça a esse ser celeste que lhe dê sabedoria para educá-los, e ele irá derramá-la em sua mente e em seu coração. E também vai corrigi-lo em coisas que você não deve fazer. Se você ouvir e obedecer, obterá a sabedoria de que precisa para educá-los.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

QUAL É A DIREÇÃO DE SUA VIDA ?

A resposta indica onde está seu coração

Para onde você está indo? Onde quer chegar? O que você já fez da sua vida? O que pretende ainda realizar? Onde está a tua descendência? Estas e tantas outras perguntas o ser humano faz, constantemente, ao longo da sua vida!
Poderíamos dizer que somente um adulto pergunta sobre a própria vida, mas isso é um engano, pois até mesmo a mais simples pergunta de uma criança representa a sua dúvida sobre a vida. Porém, cabe a cada um de nós não parar nas perguntas, mas buscar, constantemente, uma resposta. Por que digo constantemente? Pelo simples fato de que, a cada pergunta respondida, outras surgirão!
Podemos chegar a um estado de desespero, de depressão ou de profunda angústia. Isso é muito provável para aqueles que somente buscam respostas para suas perguntas, sem avaliar a fonte, o lugar de onde estão saindo estas respostas. Demos um passo adiante nesta nossa reflexão. Para responder a simples pergunta “para onde estou indo?”, devemos perguntar primeiramente: “quem sou eu?”. Assim teremos o início de uma resposta coerente e verdadeira.
No Salmo 8, o autor sagrado pergunta “Senhor, quem é o homem para cuidar dele tanto assim?”. A resposta encontramos em Gênesis 1,27: “Façamos o homem a nossa imagem e semelhança”. Aqui, começamos a encontrar a resposta essencial e vital de cada um de nós. Se partirmos desta afirmação do Gênesis, que somos criados à imagem e semelhança de Deus, partimos de uma realidade de vocação, ou seja, de um chamado.
A vocação acima falada é a imagem de Deus que somos, ou seja, o Senhor nos chama a sermos Sua imagem, Imago Dei. Mas não é um chamado passivo que espera uma resposta. Não! A imagem divina que somos é uma vocação ativa de Deus a nós. Antes mesmo de respondermos à pergunta que toda criança faz: "O que vou ser quando crescer?", podemos responder: "quem somos"? Fomos criados à imagem do Pai por amor. Nenhuma outra criatura, no mundo, tem este dom tão grande de ser imagem do Criador; porém, todo chamado exige uma reação.
A resposta é a semelhança à qual Deus nos criou. Ou seja, com o dom da liberdade podemos responder e corresponder a essa semelhança naquilo que escolhemos e fazemos. Na certeza de que não basta apenas um agir moral reto, mas uma profunda adesão total e completa daquilo que é uma resposta decidida e definitiva de cada um de nós ao Criador. Ou seja, uma profunda decisão interior a uma constatação de um dom recebido.
Tendo esta consciência de quem somos, podemos dizer que nenhuma pergunta ficará sem resposta, pois a vida não se faz de perguntas, mas de vocação e respostas dadas, a cada dia, a um amor que ultrapassa as barreiras da nossa ignorância e do nosso tempo, mas respeita, porque o verdadeiro amor é aquele que gera liberdade, por isso nos espera até o último momento. 
Para onde você está indo? Eu espero que seja ao encontro com o nosso Deus Amor!
Padre Anderon Marçal

domingo, 28 de outubro de 2012


SÃO SIMÃO E SÃO JUDAS TADEU

Celebramos na alegria da fé os apóstolos São Simão e São Judas Tadeu. Os apóstolos foram colunas e fundamento da verdade do Reino. 
São Simão:
Simão tinha o cognome de Cananeu, palavra hebraica que significa "zeloso". 
Nicéforo Calisto diz que Simão pregou na África e na Grã-Bretanha. São Fortunato, Bispo de Poitiers no fim do século VI, indica estarem Simão e Judas enterrados na Pérsia. 
Isto vem das histórias apócrifas dos apóstolos; segundo elas, foram martirizados em Suanir, na Pérsia, a mando de sacerdotes pagãos que instigaram as autoridades locais e o povo, tendo sido ambos decapitados. É o que rege o martirológio jeronimita. 
Outros dizem que Simão foi sepultado perto do Mar Negro; na Caucásia foi elevada em sua honra uma igreja entre o VI e o VIII séculos. Beda, pelo ano de 735, colocou os dois santos no martirológio a 28 de outubro; assim ainda hoje os celebramos. 
Na antiga basílica de São Pedro do Vaticano havia uma capela dos dois santos, Simão e Judas, e nela se conservava o Santíssimo Sacramento.
São Judas Tadeu:
Judas, um dos doze, era chamado também Tadeu ou Lebeu, que São Jerônimo interpreta como homem de senso prudente. Judas Tadeu foi quem, na Última Ceia, perguntou ao Senhor: "Senhor, como é possível que tenhas de te manifestar a nós e não ao mundo?" (Jo 14,22). 
Temos uma epístola de Judas "irmão de Tiago", que foi classificada como uma das epístolas católicas. Parece ter em vista convertidos, e combate seitas corrompidas na doutrina e nos costumes. Começa com estas palavras: "Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago, aos chamados e amados por Deus Pai, e conservados para Jesus Cristo: misericórdia, paz e amor vos sejam concedidos abundantemente". Orígenes achava esta epístola "cheia de força e de graça do céu". 
Segundo São Jerônimo, Judas terá pregado em Osroene (região de Edessa), sendo rei Abgar. Terá evangelizado a Mesopotâmia, segundo Nicéforo Calisto. São Paulino de Nola tinha-o como apóstolo da Líbia.
Conta-se que Nosso Senhor, em revelações particulares, teria declarado que atenderá os pedidos daqueles que, nas suas maiores aflições, recorrerem a São Judas Tadeu. 
Santa Brígida refere que Jesus lhe disse que recorresse a este apóstolo, pois ele lhe valeria nas suas necessidades. Tantos e tão extraordinários são os favores que São Judas Tadeu concede aos seus devotos, que se tornou conhecido em todo o mundo com o título de Patrono dos aflitos e Padroeiro das causas desesperadas. 
São Judas é representado segurando um machado, uma clava, uma espada ou uma alabarda, por sua morte ter ocorrido por uma dessas armas.
São Simão e São Judas Tadeu, rogai por nós!

DECIDIR -SE PELO SENHOR !


O Evangelho apresenta uma pessoa que cai de joelhos diante de Jesus e lhe faz uma pergunta: “Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?”. Ele responde com a segurança de quem conhece o coração que está diante Dele, todo o esforço, mas também o que lhe falta: “Jesus, fitando-o, com amor, lhe disse: ‘Só te falta uma coisa: vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me’.”
Quem está ali, diante de Jesus, passou a vida inteira tentando cumprir os mandamentos, fazendo tudo muito bem, mas com o coração longe de Deus. Acabou não cumprindo verdadeiramente os mandamentos, pois não amava a Deus sobre todas as coisas.
Jesus, como que tentando resgatar toda a luta de vida daquele “alguém”, olha-o com amor, tenta seduzir o seu coração com a força do Seu olhar, da Sua Palavra, do Seu chamado, mas não consegue. Na sua liberdade, aquela pessoa vai embora, cheia de tristez
a, sem se deixar atingir, pois não quis deixar, renunciar, não permitiu que o amor de Deus desse sentido a tudo o que já tinha conquistado. Não decidiu pelo Senhor!
Deus está nos convocando a uma revisão de vida! Ele não vai desistir de nós, sempre nos olhando com amor para nos trazer de volta. Deixemo-nos atingir por esse olhar!
Que o Senhor nos dê a graça de sempre decidirmos por Ele!
Deus abençoe!
Renan Félix

PRECISAMOS AGIR DECIDIDAMENTE


Todas as coisas passam pela nossa decisão. Ninguém pode decidir por mim ou por você; as pessoas podem nos auxiliar, mas a respeito da nossa vida nós precisamos decidir.
Vemos sempre nas sagradas escrituras que Jesus subia ao monte, e às vezes passava a noite inteira rezando, e quando descia tomava grandes decisões, como por exemplo, a escolha dos apóstolos.
Ao longo do dia, precisamos fazer escolhas e tomar firmes decisões, e nem sempre temos clareza ou sabemos o que é melhor. A sabedoria consiste em rezarmos, a exemplo de Jesus, e pedirmos ao Espírito Santo que nos conduza.
De forma simples e confiante, a cada nova situação que surgir, peçamos a Jesus a Sua graça e o Seu auxílio oportuno, e o Senhor, que é rico em misericórdia, nos conduzirá em todos os momentos  da nossa vida.
Rezemos hoje ao longo de todo este dia com o salmista: “Venha sobre nós, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos” (Sl 32,22)
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

O QUE É A SANTA MISSA ?


A Santa Missa é a renovação incruenta do Sacrifício do Calvário. É o mesmo e único sacrifício infinito de Cristo na Cruz, que foi solenemente instituído na Última Ceia. Nesta cerimônia ímpar, Cristo é ao mesmo tempo vítima e sacerdote, se oferecendo a Deus para pagamento dos pecados, e aplicando a cada fiel seus méritos infinitos.
 Por que dizemos que a Missa é a renovação incruenta do Sacrifício do Calvário? Porque na Missa Nosso Senhor Jesus Cristo se imola novamente para nossa salvação, como Ele fizera no Calvário, embora na Missa seja sem sofrimento físico.
  Missa é chamada de "Santa"?
 Porque nela é o próprio autor da santidade que se oferece como vítima, num sacrifício perfeito a Deus, e como alimento espiritual aos fiéis na Eucaristia, ou seja, a transubstanciação real do pão e do vinho no corpo e sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo
 Em que momento da Missa se realiza a transubstanciação das espécies de pão e vinho no corpo e sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo?
 A transubstanciação se realiza no momento da consagração, quando o celebrante repete as palavras que Nosso Senhor pronunciou na última Ceia, ao consagrar o pão e o vinho, instituindo, assim, o sacramento da Eucaristia.
 Prática freqüente do Santo Sacrifício da Missa
 Qual é a cerimônia religiosa e solene mais comum entre os católicos?
 É a santa Missa.
 Por que a santa Missa é a cerimônia mais comum entre os católicos?
 Porque, além de ser celebrada nos domingos e dias santos, quando há obrigação rigorosa de assisti-la, ela é celebrada diariamente e fortalece a piedade do cristão zeloso, em especial quando ele tem a graça de comungar.
 Além dos domingos e dias santos, podemos assistir a Missa em outras ocasiões?
 Sim, e é proveitoso à alma também assisti-la em certas ocasiões especiais tais como:
a - nos aniversários de graças importantes recebidas;
b - nos dias da quaresma;
c - na quinzena pascal.
 Que mais é necessário conhecer sobre as orações?
 É preciso, também, conhecer os objetivos da Igreja ao estabelecer as orações, bem como deduzir ao máximo possível as intenções dos santos padres, dos antigos escritos eclesiásticos e da tradição. Para isto torna-se necessária também uma explicação histórica, literal e dogmática de tudo o que constitui a
 Missa. A que se propõe este Catecismo?. Este Catecismo se propõe a colocar em prática os mesmos objetivos da Igreja, de alimentar os mesmos sentimentos que ela quer infundir nos nossos corações para que possamos orar e oferecer com ela, e não perder o fruto produzido pelo reto conhecimento das palavras repletas de sentimento e de mistérios que ela nos coloca nos lábios.
 Regras para a celebração do Santo Sacrifício da Missa
 Por que é necessário conhecermos as ações e as cerimônias da Missa?
 Porque, por meio das ações e das cerimônias expressam-se mais vivamente as idéias do que por palavras. Além disso, elas foram estabelecidas pela Igreja para nos edificar, nos instruir e despertar nossa atenção, bem como Deus lhes atribuiu graças particulares.
 Há exemplos bíblicos de atitudes que Deus atribuiu algum favor especial?
  Por exemplo, a Escritura nos diz que Moisés rogou com as mãos erguidas ao céu, e, nesta cerimônia, o Senhor estabeleceu a vitória dos judeus. (Ex 17, 11)
 Em que se fundamentam as cerimônias da Missa?
 As cerimônias da Missa se fundamentam ora na necessidade, ora na comodidade ou em outros motivos simbólicos e místicos. Na pesquisa de todas elas, precisamos recorrer a uma infinidade de escritos em que se acham espalhados, procurando sempre suas origens.
 Poderia esclarecer com um exemplo?
 Sim. Todos sabemos que lavamos com água as mãos e o corpo, por asseio; mas, a água usada no batismo não é para lavar o corpo pois, como diz S. Paulo: Non carnis depositio sordium (1 Ped 3, 21). A origem da água no batismo é puramente simbólica, ou seja, emprega-se aquele elemento tão próprio para lavar todas as coisas, para mostrar que, por meio do seu contato com o corpo, Deus purifica a alma de todas as manchas.
 Que é preciso fazer para se pesquisar devidamente a origem das cerimônias?
 É preciso investigar também os tempos e os lugares em que elas passaram a ser usadas, verificar seus escritores contemporâneos e, nas orações contidas nos livros eclesiásticos mais antigos, analisar os objetivos da Igreja naquelas cerimônias, porque muitas vezes as próprias orações revelam seu verdadeiro sentido.
 Que mais devemos levar em conta para conhecer os motivos da Igreja no uso de determinadas ações que vemos na Santa Missa?
 Além da pesquisa aludida anteriormente, devemos levar em conta o discernimento e bom senso que a Igreja empregou para estabelecer as razões das ações e das cerimônias da Missa.
 Como se classificam as razões em que a Igreja se baseou para estabelecer as ações e cerimônias da Missa?
 Podemos classificar em seis razões.
.Qual é a primeira razão?
A primeira razão é de conveniência ou comodidade. Há costumes que só podem ter como causa, estes fatores.
Exemplo: o motivo pelo qual se cobre o cálice depois da oblação é por pura precaução, para que nele não caia nada; e se o Micrólogo, que reconhece este motivo, acrescenta outros, é mais por sua conta que da Igreja.
 Qual é a segunda?
 Há usos que se fundamentam em duas causas: comodidade e simbolismo.
Exemplo: A primeira razão do uso do cíngulo sobre a alba é para impedir que esta caia e se arraste pelo chão; e esta razão física não impede a Igreja de determinar aos sacerdotes de cingirem-se como símbolo da pureza, pois S. Pedro nos recomenda a nos cingirmos espiritualmente: Succinti lumbos mentis vestrae (1 Pet 1, 13).
Outro exemplo: a fração da Hóstia se faz também, naturalmente, para imitar a Nosso Senhor Jesus Cristo que partiu o pão, e porque é preciso distribuí-la; mas, algumas Igrejas deram a esta fração um sentido espiritual, dividindo a Hóstia em três partes (Itália e França), em quatro partes (Grécia), e em nove partes (rito moçárabe).
 Qual a terceira causa? Exemplifique.. Às vezes uma causa de necessidade física foi substituída por uma razão mística.
Exemplo: o manípulo, inicialmente, era um paninho utilizado pelos que trabalhavam na igreja para enxugar as mãos. Há seis ou sete séculos que não se o utiliza mais para aquele fim original; no entanto, a Igreja continua a usa-lo para lembrar seus ministros que devem trabalhar e sofrer para merecer a devida recompensa (Ut recipiant mercedem laboris).
 Qual a quarta razão? Exemplifique.
 Às vezes um uso estabelecido anteriormente por uma razão de conveniência foi substituído por razão simbólica.
Exemplo: até o final do século IX, quando o diácono cantava o Evangelho, voltava-se para o Norte, onde se encontravam os homens, porque convinha anunciar-lhes a palavra santa preferivelmente às mulheres, que se achavam no lado oposto. Porém, desde o final daquele século, em algumas igrejas, o diácono voltava-se ao Norte, mesmo sem a presença masculina, por uma razão puramente espiritual, que será exposta mais adiante.
 Qual a quinta razão? Exemplifique.
 As vezes uma razão baseada no asseio fez desaparecer um costume introduzido anteriormente, como um símbolo de pureza interior.
Exemplo: Na Igreja grega o sacerdote lava as mãos no início da Missa, enquanto que na Igreja latina ele as lava também antes da oblação.
"Este uso havia desaparecido, diz S. Cirilo de Jerusalém, não por necessidade, pois os sacerdotes se lavam antes de entrar na Igreja, mas para salientar a pureza interior que convém aos santos mistérios".
Posteriormente, segundo S. Amalrico e a Sexta Ordem Romana, o bispo e o sacerdote lavavam as mãos entre a oferenda dos fiéis e a oblação do altar pois poderiam conter vestígios de pão comum distribuído aos leigos; e, como segundo esta ordem se incensavam as oblações, estabeleceu-se em fim a ablução dos dedos, após esta operação para maior asseio, sem abandonar, porém, a razão espiritual primitiva Qual a sexta razão? Exemplifique.
R. á usos que sempre tiveram razões simbólicas e místicas. Alguns põem em dúvida que elas tenham sido assim desde o princípio; porém será fácil nos persuadirmos disto, se considerarmos que os primeiros cristãos tinham sempre por objetivo elevar suas almas e seu pensamento aos céus, que neles tudo era simbólico, e que, como os sacramentos foram instituídos sob símbolos, eles se acostumaram a espiritualizar todas as coisas, como vemos nas epístolas de S. Paulo, nos escritos de S. Bernardo, de S. Clemente, de Justino, de Tertuliano, de Orígines, etc.
Exemplo: S. Paulo dá razões místicas ao povo, quanto ao costume seguido pelos homens nas igrejas, de rezar com a cabeça descoberta; o mesmo acontece com as explicações dos santos padres sobre as razões de S. Paulo.
Outro exemplo: Por razão simbólica, também, durante muitos séculos os novos batizados se trajavam de branco, indicando a inocência. Assim aconteceu com Constantino que cobriu seu leito e revestiu seu quarto de branco depois de ter recebido o batismo.
Mais um exemplo: quando os primeiros cristãos se voltavam para o Oriente para rezar, era porque viam o Oriente como a figura de Nosso Senhor Jesus Cristo; e, quando rezavam em lugares elevados e bem iluminados, era porque a luz exterior representava o Espírito Santo, como nos diz Tertuliano (Lib. adv. Valent, c. 3).
Ainda: Todas as cerimônias que precedem ao batismo são outros tantos atos simbólicos. S. Ambrósio, que as explica para os que se preparavam para receber o sacramento, diz que se faz com que os catecúmenos se voltem para o Ocidente, para indicar que renunciam as obras de Satanás e as resistem de frente, e que, em seguida, voltam-se ao Oriente para olhar a Jesus Cristo, a verdadeira luz.
 Qual a postura recomendada para a oração na Missa durante os quatro primeiros séculos?
 Recomendava-se a rezar em pé nos domingos e em todo o tempo pascal, e Tertuliano diz que era uma espécie de falta rezar de joelhos e jejuar em tais dias (Die dominico jejunium nefas ducimos vel de geniculis adorare, Tertuliano, Lib. de Cor., c. 3).
 Houve alguma recomendação conciliar sobre tal postura?
 Sim. Sobre tal postura o primeiro Concílio geral estabeleceu até uma lei no cânon 25, e S. Jeronimo e Sto. Agostinho, apesar de ignorarem este cânon, falavam do referido costume sempre com muita veneração. Para S. Jeronimo, tratava-se de tradição com força de lei e Sto. Agostinho somente colocava em dúvida, se ele era seguido em todo o orbe católico.
 Qual a origem desse costume segundo alguns doutores? Sto. Hilário, S. Basílio, Sto. Ambrósio, e muitos outros outores, julgavam que o costume de rezar em pé nos domingos e no tempo pascal provinha dos apóstolos; porém os cânones e os Concílios, e todas as obras antigas que encontramos sobre isso, apresentam razões místicas.
 Que razão mais adequada podemos encontrar naquele costume?
 Segundo S. Jeronimo, os fiéis assim procediam para honrar a ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo pois, eretos, demostravam a esperança que tinham de participar da sua ressurreição e ascensão (Nec curvamur, sed cum Domino coelorum alta sustullimur, S. Jeronimo, Prol. In Ep. Ad Ephes.).
 Por que devemos penetrar nas razões e origens misteriosas dos costumes que envolvem as cerimônias da Missa?
 Porque afastarmo-nos de tais razões e origens seria um afastamento do espírito e dos objetivos da Igreja, que claramente pede aos seus filhos que se apliquem a penetrar nos mistérios que envolvem as cerimônias.
 Há algum exemplo concreto desse desejo da Igreja?
 Sim, como prova a oração que se lê nos antigos sacramentais, repetida todos os anos na cerimônia da benção das palmas: "Fazei, Senhor, que os corações piedosos dos vossos fiéis compreendam com fruto o que significa misteriosamente esta cerimônia".
 Quais são os objetivos deste Catecismo?
 O objetivo deste Catecismo é de formar um conjunto de ensinamentos que conserve o texto da liturgia, que explique suas cerimônias e que auxilie os fiéis a saborear por si próprios o sentido da oração pública, a amar sua majestosa sensibilidade, e fazer brotar dela todos os princípios e sentimentos que ela encerra.
Qual é o esquema geral deste Catecismo para atingir seus objetivos?
R. Para melhor conseguir seus objetivos, este Catecismo seguirá um plano geral dividido em duas partes, como segue:
A - Primeira Parte: Instruções Preliminares sobre o Santo Sacrifício da Missa e as Preparações Prescritas para oferecê-lo.
B - Segunda Parte: Explicação das Orações e Cerimônias da Santa Missa.
Em linhas gerais, de que trata a Primeira Parte deste Catecismo? A Primeira Parte é constituída de onze Capítulos, apresentando:
A sublimidade e a excelência do sacrifício da nova lei e suas relações com todo o culto público;
A necessidade, o valor e os frutos da Santa Missa;
A celebração da santa liturgia através dos séculos, desde Jesus Cristo até a o Novo Ordo Missalis Romani* (imposto por Paulo VI em 1970), verificando tanto a tradição como os documentos oficiais promulgados pela Igreja;
O material utilizado no serviço divino;
A imensa preparação que o precede;
Os sentimentos que a Igreja exige do sacerdote que o celebra e dos fiéis que o acompanham.
 O caráter histórico da obra em que se baseia este Catecismo exime qualquer adaptação ao Novo Ordo de 1970.
 De que trata a Segunda Parte?
 A Segunda Parte deste Catecismo, constituída de seis Capítulos, expõe:
Palavra por palavra e rito por rito de todo o conteúdo do Ordinário da Missa;
Explicação própria para instruir os fiéis bem como para nutrir sua piedade;
A relação palpável entre as orações e as cerimônias do altar com o que aconteceu no Cenáculo e no Calvário, e o que se verifica no sublime altar do Céu.
 Podemos assistir Missa diariamente?
 Sim. Sempre que o fiel tiver a possibilidade e principalmente aqueles que receberam mais bênçãos dos céus e favores terrenos devem entender que seria até uma ingratidão não participar do oferecimento diário da grande vítima de ação de graças.
 Por que é conveniente e salutar assistir a Missa sempre que possível?
 Porque todo o cristão, desejoso de ordenar sábia e piedosamente sua conduta, encontra na Missa o meio de consagrar pela oblação do corpo e do sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo os trabalhos e fadigas de cada dia, sem esquecer as obrigações do próprio estado. Além disto, a assistência freqüente implica em maior aproveitamento dos méritos de Cristo.
 Além da piedade e do fervor, que outros motivos nos levam a assistir a Missa?
. Além da piedade e do fervor os cristãos se reúnem com prazer ao redor do altar do sacrifício por muitos motivos, como:
a - no início de cada ano, para agradecer e renovar os votos desta época;
b - em certas festas religiosas, para estreitar os laços de família e a piedade filial;
c - no dia dos mortos, para resgatar os pecados do passado com as esperanças de melhor porvir;
d - para conseguir êxito em determinado empreendimento;
e - para a saúde de uma pessoa;
f - para que se difunde a graça de Deus na união dos esposos;
g - para oferecer ao Senhor uma criança que acaba de nascer e a mãe que deu a luz;
h - para acompanhar diante dos altares os despojos mortais de nossos irmãos, antes de sepultá-los.
 A Missa, então, é motivo para tudo?
 Sim. Resumindo, podemos dizer que a Missa é a consagração e santificação de todos os momentos graves, solenes e importantes da nossa vida.
3 - Necessidade de se entender as orações e as cerimônias da Santa Missa
 É necessário conhecer profundamente a Missa? Um ato de religião praticado com tanta freqüência, tão precioso em suas graças, e tão consolador em seus frutos, é desejoso que se conheça o mais possível, na medida das nossas capacidades.
 Como podemos conhecer mais profundamente a Santa Missa?
 Podemos conhece-la mais profundamente estudando seus mistérios, seus dogmas, a moral que ela encerra, e até os menores detalhes de suas cerimônias e orações.
 Para que devemos conhecer tudo isto?
Para que a Missa, que é o centro do culto católico, desperte os mais vivos sentimentos de religião e de piedade.
 Que mais devemos conhecer da Missa Devemos conhecer suas palavras sagradas em que encontramos todo o sabor da unção de que estão repletas; cada ação e cada movimento do sacerdote; cada palavra que ele pronuncia para lembrar nossa alma e nosso coração que um Deus se imola para nós, e que nós também devemos nos imolar com Ele e por Ele.
 Com que estado de espírito devemos assistir a Santa Missa?
 Devemos deixar fora do santuário a indiferença e o tédio, a dissipação e o escândalo, e sermos, no templo, adoradores em espírito e verdade. (Ioh 1 - 4)
 Deus exige de todos os fiéis uma instrução profunda e detalhada da Missa?
 Não. Deus supre a sensibilidade da fé ao conhecimento que não foi possível adquirir e jamais irá desprezar o sacrifício de um coração arrependido e humilhado. (Sl 50, 19)
. Quais as disposições essenciais e suficientes para aproveitarmos do santo sacrifício da Missa?
. Devemos assistir a Santa Missa com a alma penetrada de dor pelas faltas cometidas, e nos aproximarmos deste trono da graça, unindo-nos à vítima, Nosso Senhor Jesus Cristo, e à intenção da Igreja, na pessoa do sacerdote, e por seu ministério.
 Que mais é salutar conhecer?
 Devemos saber as grandes vantagens espirituais que um conhecimento mais íntimo da Santa Missa proporciona aos fiéis, com a explicação literal de suas orações e cerimônias.
 A Igreja, acaso, ocultaria aos fiéis algum mistério da Santa Missa?
 Não. Na Igreja nada há de oculto e ela jamais pretendeu ocultar qualquer mistério aos fiéis, seja da Santa Missa, como de qualquer outra cerimônia litúrgica, como será demonstrado neste Catecismo.
 Qual a principal preocupação da Igreja quanto aos mistérios da Missa?
 A Igreja somente teme que o pouco discernimento sobre os mistérios possa causar má interpretação às palavras neles contidas.
 Como a Igreja procura evitar possíveis más interpretações?
 Apresentando sempre explicações claras dos mistérios aos fiéis.
 Há orientação explícita da Igreja para explicar os mistérios da Missa aos fiéis?
 Que outras medidas tomou a Igreja para facilitar o entendimento dos mistérios da Missa?
 A Igreja colocou à disposição de todos os fiéis o ordinário da Missa, e impôs como dever dos sacerdotes a explicação das orações e das cerimônias da Santa Missa.
Além do ordinário da Missa, há outras obras específicas sobre o Santo Sacrifício?
 Sim; há inúmeras obras ao alcance dos fiéis sobre a Santa Missa, publicadas através dos séculos.
A explicação da Missa é dever somente dos sacerdotes?
. Não. Além dos sacerdotes é dever também dos fiéis, e seremos felizes mesmo se, com pouco conhecimento, colocarmos algumas pedras nos muros de Jerusalém, enquanto outros manejam com mão hábil a espada da palavra santa para cuidar da sua defesa.
Qual o melhor método para nos aprofundarmos no conhecimento da Santa Missa?
 Para compreendermos exatamente o verdadeiro sentido das orações da Santa Missa, é necessário conhecermos todas, palavra por palavra, o significado de cada termo, dos dogmas e dos mistérios nelas contidos.