sexta-feira, 30 de novembro de 2012


SANTO ANDRÉ APÓSTOLO

Hoje a Igreja está em festa, pois celebramos a vida de um escolhido do Senhor para pertencer ao número dos Apóstolos. 

Santo André nasceu em Betsaida, no tempo de Jesus, e de início foi discípulo de João Batista até que aproximou-se do Cordeiro de Deus e com São João, começou a segui-lo, por isso André é reconhecido pela Liturgia como o "protocleto", ou seja, o primeiro chamado: "Primeiro a escutar o apelo, ao Mestre, Pedro conduzes; possamos ao céu chegar, guiados por tuas luzes!" 

Santo André se expressa no Evangelho como "ponte do Salvador", porque é ele que se colocou entre seu irmão Simão Pedro e Jesus; entre o menino do milagre da multiplicação dos pães e Cristo; e, por fim, entre os gentios (gregos) e Jesus Cristo. Conta-nos a Tradição que depois do Batismo no Espírito Santo em Pentecostes, Santo André teria ido pregar o Evangelho na região dos mares Cáspio e Negro. 

Apóstolo da coragem e alegria, Santo André foi fundador das igrejas na Acaia, onde testemunhou Jesus com o seu próprio sangue, já que foi martirizado numa cruz em forma de X, a qual recebeu do santo este elogio: "Salve Santa Cruz, tão desejada, tão amada. Tira-me do meio dos homens e entrega-me ao meu Mestre e Senhor, para que eu de ti receba o que por ti me salvou!" 

Santo André Apóstolo, rogai por nós!

DEUS É FIEL


Deus é sempre fiel conosco, mesmo quando somos infiéis. O convite do Senhor, hoje, é para fazermos esta experiência: “Provai e vede como o  Senhor é bom!” (Sl 33,9).
Eu não sei o que você está vivendo hoje, mas, independente do que seja, queira provar a bondade de Deus nesta situação.
Eu o convido a viver comigo esta mensagem no dia de hoje: “Glorificar comigo o Senhor, juntos exaltemos o Seu Nome” (Sl 33,4).
Obrigada, Senhor, porque jamais ficam decepcionados os que provam a Sua bondade.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

IDE AO ENCONTRO DO OUTRO

É preciso romper as barreiras

Pais e filhos, irmãos, amigos e colegas de trabalho ou companheiro de missão podem conviver décadas a fio, podem ter uma relação intensa, podem se divertir ou sofrer juntos… mas persistem o lado avesso, por trás das máscaras, que nunca se expõem e nem se dissipam.

Amor e amizade transitam entre esses dois "eu" que se relacionam em harmonia e conflito: afeto, generosidade, atenção, cuidados, desejo de partilha, vontade de fazer e de ser um bem, de obter do outro o que para gente é um bem, o complicado respeito ao espaço do outro, formam um campo de batalha e uma ponte.

No relacionamento afetivo
, familiar ou amizade, acredito que partilhar a vida com alguém é enriquecê-la; permanecer numa relação desgastada é suicídio emocional, é desperdício de vida.

Cabe a cada um de nós decidirmos, isso, exige auto-exame, avaliação. Vale a pena apostar quando ainda existe afeto e interesse, quando o outro continua sendo desafio em lugar de um tédio, e quando, entre pais e filhos, irmãos e outros, continuam a disposição de descobrir mais e melhor quem é esse outro, o que deseja, de que precisa, o que pede e o que lhe é possível fazer.
O outro é desconhecido para nós. As pessoas podem conviver uma vida inteira e mesmo assim, não se conhecerem totalmente. Muitas vezes o máximo que conhecemos daqueles que estão próximos a nós é somente o olhar, seu jeito de ser e suas misérias. Este é o limite em que chegamos. Mas o seu interior é um mundo desconhecido, seus pensamentos, seus sentimentos… O máximo que conhecemos de algumas pessoas é somente seu exterior. Mas o verdadeiro ser é mais do que aparência, o verdadeiro ser está no interior.

É preciso romper barreiras, devemos ir ao encontro do outro e buscar conhecer verdadeiramente o seu interior. Não podemos viver indiferentes uns para com os outros. Pois somos imagem e semelhança de Deus.

Não é fácil ir ao encontro do outro, pois em nosso interior vive um leão que precisa ser domado a cada dia. Um leão que muitas vezes mata o outro, não com as mãos, mas com a indiferença e ingratidão. É preciso romper barreiras e ir além dos nossos limites, para conhecer e se dar a conhecer.

Quando não busco conhecer o outro ou não me dou a conhecer, vivo apenas na superficialidade. Enquanto você viver haverá partes deste ‘território’ para conhecer. Tantas coisas nos foram entregues, mas se elas não vêm à tona, e nem as investigamos, tudo o que temos dentro de nós fica sem uso. Quanta coisa preciosa temos dentro de nós e por egoísmo não deixamos o outro conhecer, ficamos só na superficialidade do conhecimento de si.
Leandro Couto - Com. Canção Nova

quinta-feira, 29 de novembro de 2012


QUEM COMEÇOU A ESCREVER A BIBÍLIA


Como foram escritos os primeiros livros da Bíblia?
Os textos da Bíblia começaram a ser escritos desde os tempos anteriores a Moisés (1200 a.C.). Escrever era uma arte rara e cara, pois se escrevia em tábuas de madeira, papiro, pergaminho (couro de carneiro). Moisés foi o primeiro codificador das leis e tradições orais e escritas de Israel. Essas tradições foram crescendo aos poucos por outros escritores no decorrer dos séculos, sem que houvesse uma catalogação rigorosa das mesmas. Assim foi se formando a literatura sagrada de Israel. Até o século XVIII d.C., admitia-se que Moisés tinha escrito o Pentateuco (Gen, Ex, Lev, Nm, Dt); mas, nos últimos séculos, os estudos mais apurados mostraram que não deve ter sido Moisés o autor de toda esta obra.A teoria que a Igreja Católica aceita é a seguinte: O povo de Israel, desde que Deus chamou Abrão de Ur na Caldéia, foi formando a sua tradição histórica e jurídica. Moisés deve ter sido quem fez a primeira codificação das Leis de Israel, por ordem de Deus, no séc. XIII a.C.. Após Moisés, o bloco de tradições foi enriquecido com novas leis devido às mudanças históricas e sociais de Israel. A partir de Salomão (972 – 932), passou a existir na corte dos reis, tanto de Judá quanto da Samaria (reino cismático desde 930 a.C.) um grupo de escritores que zelavam pelas tradições de Israel, eram os escribas e sacerdotes. Do seu trabalho surgiram quatro coleções de narrativas históricas que deram origem ao Pentateuco:
1. Coleção ou código Javista (J), onde predomina o nome Javé. Tem estilo simbolista, dramático e vivo; mostra Deus muito perto do homem. Teve origem no reino de Judá com Salomão (972 – 932).
2. O código Eloista (E), predomina o nome Elohim (=Deus). Foi redigido entre 850 e 750 a.C., no reino cismático da Samaria. Não usa tanto o antropomorfismo (representa Deus à semelhança do homem) do código Javista. Quando houve a queda do reino da Samaria, em 722 para os Assírios, o código E foi levado para o reino de Judá, onde ouve a fusão com o código J, dando origem a um có3. O código (D) Deuteronômio (= repetição da Lei, em grego). Acredita-se que teve origem nos santuários do reino cismático da Samaria (Siquém, Betel, Dã,…) repetindo a lei que se obedecia antes da separação das tribos. Após a queda da Samaria (722) este código deve ter sido levado para o reino de Judá, e tudo indica que tenha ficado guardado no Templo até o reinado de Josias (640 – 609 a.C.), como se vê em 2Rs 22. O código D sofreu modificações e a sua redação final é do século V a.C., quando, então, na íntegra, foi anexado à Torá. No Deuteronômio se observa cinco “deuteronômios” (repetição da lei). A característica forte do Deuteronômio é o estilo forte que lembra as exortações e pregações dos sacerdotes ao povo.
4. O código Sacerdotal (P) – provavelmente os sacerdotes judeus durante o exílio da Babilônia (587 – 537a.C.) tenham redigido as tradições de Israel para animar o povo no exílio. Este código contém dados cronológicos e tabelas genealógicas, ligando o povo do exílio aos Patriarcas, para mostrar-lhes que fora o próprio Deus quem escolheu Israel para ser uma nação sacerdotal (Ex 19,5s). O código P enfatiza o Templo, a Arca, o Tabernáculo, o ritual, a Aliança. Tudo indica que no século V a.C., um sacerdote, talvez Esdras, tenha fundido os códigos JE e P, colocando como apêndice o código D, formando assim o Pentateuco ou a Torá, como a temos hoje. Se não fosse a Igreja Católica, não existiria a Bíblia como a temos hoje, com os 73 livros canônicos, isto é, inspirados pelo Espírito Santo.digo JE.
Foi num longo processo de discernimento que a Igreja, desde o tempo dos Apóstolos, foi “berçando” a Bíblia, e descobrindo os livros inspirados. Se você acredita no dogma da infalibilidade de Igreja, então pode acreditar na Bíblia como a Palavra de Deus. Mas se você não acredita, então a Bíblia perde a sua inerrância, isto é, ausência de erro.
Demorou alguns séculos para que a Igreja chegasse à forma final da Bíblia. Em vários Concílios, alguns regionais outros universais, a Igreja estudou o cânon da Bíblia; isto é, o seu índice.
Garante-nos o Catecismo da Igreja e o Concílio Vaticano II que: “Foi a Tradição apostólica que fez a Igreja discernir que escritos deviam ser enumerados na lista dos Livros Sagrados” (DV 8; CIC,120).
Portanto, sem a Tradição da Igreja não teríamos a Bíblia. Santo Agostinho dizia: “Eu não acreditaria no Evangelho, se a isso não me levasse a autoridade da Igreja Católica” (CIC,119).
Prof. Felipe de Aquino




NOSSO DEUS NÃO É UM DEUS CASTIGADOR



Preciso lhe explicar que a ligação entre pecado e doença não é aquela que a nossa cabeça nos mostra. Quantas pessoas pensam que estão doentes porque Deus as castigou. Quem nunca pensou que as doenças e males da sua vida e do mundo são frutos do castigo divino?

O nosso Deus não é um Deus castigador! O que acontece é que infelizmente os nossos pecados, muitas vezes, diretamente já nos causam doenças e problemas. Por exemplo, a pessoa que nutre raiva e rancor acaba com seu fígado, seu estômago, seu sistema circulatório. É uma ligação direta, porque não fomos feitos para odiar.

Você entendeu? Não é Deus que nos castigou, mas nós que, ao vivermos sentimentos e atitudes negativas, damos brecha para o inimigo entrar.

Por isso, vamos nos decidir: Pecado na minha vida, nunca mais! Se eu pecar, não vou ficar nenhum dia em pecado. Vou reconhecer logo a minha culpa e vou me apresentar ao Senhor. Vou me apresentar ao meu Deus, meu Senhor, que é amor, misericórdia e perdão. E na hora em que eu reconhecer isso e me apresentar a Ele eu serei perdoado. É claro que se for um pecado grave, será preciso passar pelo sacramento da confissão. Dessa forma, eu tenho não somente o perdão de Deus, mas um "documento" que prova que Deus me perdoou. A confissão garante o perdão que você adquire ao reconhecer seu pecado. 

Não perca tempo. Reconheça-o o mais rápido possível e receba do Senhor a plena purificação dos seus pecados. Apresente-se ao Senhor para viver uma vida nova.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

SEJA MELHOR PARA O OUTRO

Assim também vós: quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer" (Lucas 17,10)

Hoje, Deus me diz que eu não fiz mais do que a minha obrigação. Alguns me chamam de “Jonas da Bíblia” e esse contato com a Palavra me faz entender que nenhum servo é insubstituível; é uma tendência nossa achar que somos insubstituíveis. Porque nós somos substituíveis, temos de fazer bem o que o Senhor quer. Se eu não realizo com perfeição aquilo que nos é pedido o Senhor vai me substituir. E isso Deus diz também a você. Seja em que área for você é mais do que um profissional, você é um servo. Você não precisa ser melhor que os outros, mas melhor para os outros.
As famílias precisam de esposos que sejam fiéis. Nas nossas televisões as novelas somente mostram infidelidade e os casais se sentam diante delas para aprender essas lições que nunca são vontade de Deus. O povo começa a torcer pelas tramas da novela sem se preocupar com a família. E hoje é preciso reverter isso. Eu sei que as palavras ajudam, mas o exemplo é que arrasta.

Pelo sacerdócio que me foi confiado por Deus, eu peço ao Senhor que os esposos sejam fiéis. Especialmente, peço a graça e a coragem da fidelidade.

Peço também pelas mulheres o dom, a graça e a coragem da fidelidade. Porque, muitas vezes, hoje, elas é quem têm sido infiéis.

O Senhor quer pessoas fiéis, a nossa sociedade está precisando de esposas e de mães fiéis. Que você queira e não tenha medo de ser melhor para os outros.

Também os políticos, médicos, juízes, advogados, em todas as áreas, no campo da educação, você precisa ser o melhor para Deus e para a sociedade.

Meu avô Pacheco tinha uma oficina de ferreiro e ele não era só bom, mas ótimo. Também minha avó Benedita Fogaça era uma excelente dona-de-casa. Todas as profissões são necessárias para a sociedade e que você seja o melhor. Não é com palavras e com discursos que o Brasil vai se transformar. É com pessoas. Com homens e mulheres fiéis.

Repita comigo: "Eu me comprometo diante de Deus a ser uma pessoa honesta. Muito honesta

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

UNAMO-NOS A MARIA SANTISSÍMA

Por mais trabalho que uma pessoa dê a você, Jesus quer recuperá-la. Ele, o Filho de Deus, deixou o céu e se fez criatura humana, indo até a morte de cruz, para salvar também as pessoas a quem você ama. Mesmo que seu marido ou sua esposa se perca em bebida; mesmo que seu filho, seu amigo se percam nas drogas; mesmo que seus pais se percam no adultério, o Senhor, – mais do que você –, está olhando por eles, e não há caso sem solução.

O Senhor, sobretudo nos últimos tempos, está nos dando uma grande "arma": sua própria Mãe, a Santíssima Virgem Maria. Não é à toa que Nossa Senhora está aparecendo continuamente. Em Medjugorje, por exemplo, já são vários anos de aparição. Ela está vindo para esmagar a cabeça da serpente; para tocar o coração endurecido de seus filhos; para cortar as amarras que prendem as mãos e os pés de seus filhos ao fundo do rio de lama.

Una-se a Maria Santíssima, e reze principalmente o terço, que – diferentemente do que às vezes se pensa – não é uma oração ingênua, mas de poder. É uma aliança que você faz com aquela que nos trouxe a salvação: Jesus Cristo. Amém

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

quarta-feira, 28 de novembro de 2012


PARA QUE SOFRER SOZINHO ?

“Naquele dia em que gritei , vós me escutastes, ó Senhor” (Sl 137).
Como o salmista, ao longo de todo este dia, lancemos um grito ao Senhor, em todas as circunstâncias. Talvez até achemos que somos capazes de resolver todas as coisas sozinhos, mas é um engano pensarmos assim. Precisamos e dependemos do auxílio do Senhor.
“Naqueles dias, a Rainha Ester, temendo o perigo de morte que se aproximava, buscou refúgio no Senhor. Prostrou-se por terra, desde a manhã até o anoitecer, juntamente com suas servas, e disse: Deus de Abrãao, Deus de Isaac e Deus de Jacó, tu és bendito. Vem em meu socorro, pois estou só e não tenho outro defensor fora de ti, Senhor” (Ester 4,17).
A nossa atitude precisa ser também como a da Rainha Ester que, em meio ao perigo, buscou refúgio no Senhor e não nas coisas, nas pessoas e nos bens que possuía, muito menos nas suas próprias forças, porque o único auxílio eficaz para a nossa vida é o que vem do Senhor.
Aconteça o que acontecer, neste dia de hoje, lancemos um grito ao céu: “Senhor, salva-me, livra-me do mal”.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago



ORAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO


Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra. 

Oremos 

Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém

SÓ O SENHOR PODE MUDAR NOSSAS VIDAS

Às vezes pensamos que as pessoas precisam deixar de fazer coisas más para só depois se aproximarem de Deus, mas o que ocorre é o contrário: primeiro é preciso encontrar-se com Deus para então abandonar o pecado. Foi o que aconteceu com Paulo. Ele perseguia os cristãos e os odiava. Então Jesus apareceu diante dele no caminho de Damasco; depois disso, o ódio desapareceu e de perseguidor passou a ser o grande pregador de Cristo, indo às sinagogas – e a muitos outros lugares – para falar do Senhor e desafiar os doutores da lei. 

Seja você quem for, seja qual for o seu problema, se Jesus entrar em sua vida, ela será totalmente transformada. Por isso, deixe-O entrar em seu coração, assim como fez com Paulo.

Reze comigo:

"Jesus, entre, tome conta da minha vida e a mude. Eu me entrego, retiro as minhas resistências; eu não vou resistir mais. Eis-me de volta, Senhor: sujo, esfarrapado. Obrigado, Jesus, porque me recebe como o pai recebeu o filho pródigo: com alegria, com abraço, com festa. O Seu filho voltou. Eu estava morto e o Senhor me ressuscitou. Muito obrigado"

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

PEÇA A GRAÇA DE UM CORAÇÃO ORANTE

Cada um de nós tem um coração de oração que precisa ser trabalhado, desenvolvido para crescer no dom da oração. Este trabalho consiste num acolhimento da graça de Deus.

O coração de oração não é algo que vamos comprar com os nossos esforços, mas que vamos acolher com a nossa liberdade. Este coração orante vai se realizando na nossa história. É um exercício contínuo e assíduo. É um trato de fidelidade e sinceridade com Deus.

Quanto mais buscamos a Deus, mais nos relacionamos com Ele na nossa liberdade, na nossa fragilidade, nos deixando ser seduzidos por Seu amor e, mais nosso coração abre espaço para uma linda intimidade com Ele.

Essa intimidade com o Senhor vai acontecendo no decorrer da nossa caminhada de amor e fidelidade. É vontade d'Ele que essa graça aconteça, a graça de um coração repleto do amor de Deus!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

TOMAR DECISÕES


Quem já não sentiu alguma dúvida a seu próprio respeito, em relação a determinadas decisões? Quantas vêzes nestas horas perguntamos: "E se eu tivesse feito de outra maneira?" Com isso somos inundados pela sensação de fracasso. Neste momento existe o risco de imaginar que somos incapazes de reagir. Não deixe estes e outros sentimentos de inferioridade neutralizarem a sua capacidade para lidar com a
 situação. Deus colocou em você todas as possibilidades de que você necessita para não se deixar abater. Aprenda a acreditar em você, como Deus acredita. Ontem, talvez as coisas não correram como você esperava. Hoje é um novo dia, cheio das oportunidades de Deus. Guarde em seu coração as palavras de 2Tim 1,7: "Pois Deus, não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de amor e de sabedoria."

Senhor Deus, neste novo dia,
ensina-me a reconhecer a Tua presença,
e as oportunidades para eu ser feliz.
Quero aprender a reconhecer as Tuas maravilhas,
e não permitir que nenhum sentimento de derrota me domine. Amém!!

Padre Alberto Gambarini

terça-feira, 27 de novembro de 2012



NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS


Em uma tarde de sábado, no dia 27 de novembro de 1830, na capela das Irmãs Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, Santa Catarina Labouré teve uma visão de Nossa Senhora. A Virgem Santíssima estava de pé sobre um globo, segurando com as duas mãos um outro globo menor, sobre o qual aparecia uma cruzinha de ouro. Dos dedos das suas mãos, que de repente encheram-se de anéis com pedras preciosas, partiam raios luminosos em todas as direções e, num gesto de súplica, Nossa Senhora oferecia o globo ao Senhor.

Santa Catarina Labouré relatou assim sua visão: "A Virgem Santíssima baixou para mim os olhos e me disse no íntimo de meu coração: 'Este globo que vês representa o mundo inteiro (...) e cada pessoa em particular. Eis o símbolo das graças que derramo sobre as pessoas que as pedem.' Desapareceu, então, o globo que tinha nas mãos e, como se estas não pudessem já com o peso das graças, inclinaram-se para a terra em atitude amorosa.

Formou-se em volta da Santíssima Virgem um quadro oval, no qual em letras de ouro se liam estas palavras que cercavam a mesma Senhora: Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós. Ouvi, então, uma voz que me dizia: 'Faça cunhar uma medalha por este modelo; todas as pessoas que a trouxerem receberão grandes graças, sobretudo se a trouxerem no pescoço; as graças serão abundantes, especialmente para aqueles que a usarem com confiança.'"

Então o quadro se virou, e no verso apareceu a letra M, monograma de Maria, com uma cruz em cima, tendo um terço na base; por baixo da letra M estavam os corações de Jesus e sua Mãe Santíssima. O primeiro cercado por uma coroa de espinhos, e o segundo atravessado por uma espada. Contornando o quadro havia uma coroa de doze estrelas.

A mesma visão se repetiu várias vezes, sobre o sacrário do altar-mor; ali aparecia Nossa Senhora, sempre com as mãos cheias de graças, estendidas para a terra, e a invocação já referida a envolvê-la.

O Arcebispo de Paris, Dom Quelen, autorizou a cunhagem da medalha e instaurou um inquérito oficial sobre a origem e os efeitos da medalha, a que a piedade do povo deu o nome de Medalha Milagrosa, ou Medalha de Nossa Senhora das Graças. A conclusão do inquérito foi a seguinte: "A rápida propagação, o grande número de medalhas cunhadas e distribuídas, os admiráveis benefícios e graças singulares obtidos, parecem sinais do céu que confirmam a realidade das aparições, a verdade das narrativas da vidente e a difusão da Medalha".

Nossa Senhora da Medalha Milagrosa é a mesma Nossa Senhora das Graças, por ter Santa Catarina Labouré ouvido, no princípio da visão, as palavras: "Estes raios são o símbolo das Graças que Maria Santíssima alcança para os homens."
ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS

Ó Imaculada Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe, ao contemplar-vos de braços abertos derramando graças sobre os que vo-las pedem, cheios de confiança na vossa poderosa intercessão, inúmeras vezes manifestada pela Medalha Milagrosa, embora reconhecendo a nossa indignidade por causa de nossas inúmeras culpas, acercamo-nos de vossos pés para vos expôr, durante esta oração, as nossas mais prementes necessidades (momento de silêncio e de pedir a graça desejada).

Concedei, pois, ó Virgem da Medalha Milagrosa, este favor que confiantes vos solicitamos, para maior Glória de Deus, engrandecimento do vosso nome, e o bem de nossas almas. E para melhor servirmos ao vosso Divino Filho, inspirai-nos profundo ódio ao pecado e dai-nos coragem de nos afirmar sempre como verdadeiros cristãos. Amém.

Rezar 3 Ave-Marias. Depois: "Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós."

A LUZ CRISTO ESTÁ DENTRO DE VOCE

É preciso ser luz. Mesmo com sua fragilidade, uma vela, que se consome e se desgasta, ilumina. E a luz está dentro de você. A luz de Cristo está dentro de você. Faça-a vir para fora, peça a Deus que essa luz venha à tona. A Palavra de Deus nos diz que estamos na última hora e os fatos são evidentes, tantos os físicos como os sociais. 

No colégio em que eu estudava havia um relógio antigo e nós escutávamos todo o mecanismo que ele fazia antes de começar a bater na hora do recreio. E o "mecanismo do relógio de Deus" está berrando e há pessoas que não estão ouvindo e que não estão vendo. Você que é pai e você que é mãe precisa deixar vir à tona a luz de Deus. Você, mulher, as trevas estão querendo tomar conta de você, por isso seja luz. Não permita que elas [trevas] tomem conta dos seus lares. 

A Santíssima Virgem Maria é a portadora da fé, porque acreditou nas promessas de Deus. E nós, como família Canção Nova, precisamos ter fé como Ela, para que quando Jesus voltar haja fé sobre a terra. 

Infelizmente, em muitos lares o amor se esgotou. E diante da sua presença, Mãe, nós queremos nos comprometer publicamente a amar e a perdoar, fazendo-nos tudo para todos, até a vinda do Filho do homem [Nosso Senhor Jesus Cristo]. 

Maria tem a capacidade de acender a vela que nós mesmos apagamos. E nós precisamos tomar cuidado para que a luz não se apague em nós. Eu vou me gastar como Jesus se gastou, como o Beato João Paulo II se gastou, para que haja luz no mundo na segunda vinda de Cristo.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

VOCE PODE SER SANTO


Somente Deus é santo! A Ele toda a glória e adoração! É isso que dizemos em cada celebração eucarística: Santo, Santo, Santo! Desta maneira, nós celebramos a transcendência do Senhor que está acima de tudo e do qual tudo depende. Diante do Deus Santo e, neste sentido, do Totalmente Outro, a nossa proclamação acaba por emudecer-se, pois diante d'Ele cessam as palavras humanas: “à medida que nos aproximamos do cimo, as nossas palavras diminuirão e, no final da subida a essa montanha, nós estaremos totalmente mudos e plenamente unidos ao Inefável” (Pseudo-Dionísio Areopagita, Teologia Mística, c.3).

Não obstante, Deus quis fazer-nos participantes da Sua santidade. Por Seu desígnio salvador, nós fomos consagrados no momento do nosso batismo e nos aproximamos da montanha da santidade. A partir daquele momento, a santidade para nós pode ser descrita como um processo no qual confluem a graça de Deus e a generosa correspondência humana. Neste processo tem lugar uma luta constante na qual um filho de Deus vai se parecendo, cada vez mais, com o seu Pai-Deus à espera de que um dia se manifeste a plena semelhança com a divindade no próprio ser da criatura.

A santidade é acessível a todos, porque Deus quer que todos os homens e mulheres sejam santos, isto é, participem da Sua vida e de Seu amor. O Pai deseja que, por meio da ação do Espírito Santo em nós, nos pareçamos cada vez mais com Seu Filho Jesus Cristo. Em resumo, a santidade é o desenvolvimento da nossa filiação divina: “desde agora somos filhos de Deus, mas não se manifestou ainda o que havemos de ser. Sabemos que quando isto se manifestar, seremos semelhantes a Deus,porquanto O veremos como Ele é” (1 Jo 3,2).

Como se pode observar, a serpente astuta que aparece no livro do Gênesis, enganando os nossos primeiros pais, não estava tão equivocada: podemos ser como deuses, ou seja, podemos ser divinizados pela graça de Deus e nos parecermos com Ele já aqui nesta terra, e depois, eternamente no céu. O erro da serpente não estava nesta afirmação – sereis como deuses –, mas no método para alcançar esse objetivo. A serpente demoníaca propôs o orgulho e a desobediência para alcançar a divinização. Nada mais contraditório! O caminho é justamente outro: a humildade e a obediência acompanhadas da mais nobre de todas as virtudes: a caridade.
“Deus é amor” (1 Jo 4,8.16) e nós podemos amar, “mas amamos, porque Deus nos amou primeiro” (1Jo 4,19). A santidade se mede pelo amor: quem mais ama é mais santo; quem menos ama é menos santo; quem não ama nada, não é santo. De tudo isso é fácil concluir que a santidade não é algo exterior, caricaturesca, rígida, sombria ou até mesmo triste. Não! O santo é uma pessoa com uma profunda vida interior, com uma grande unidade de vida, uma pessoa coerente, flexível, cheia de luz e de alegria. Uma pessoa santa é um ser humano bem normal no seu dia a dia, mas os outros intuem que leva dentro de si algo diferente: o amor de Deus atuante e atualizador. Se o Senhor, o Totalmente Outro, quis fazer-se um de nós, quanto mais nós, sendo o que somos, devemos ser nós mesmos! Que sejamos cada vez mais simples, amemos de verdade, façamo-nos próximos aos outros seres humanos. Nós estamos, efetivamente, inseridos na grande massa humana, nós somos como os outros. E, no entanto, Deus nos conhece pelo nome, nos fez Seus filhos e quer ver-nos um dia com Ele no céu.

Santidade! Esse é o segredo que o cristão deve ter para aproximar muitas pessoas de Deus. Mas, por favor, não vamos mostrar a santidade como uma coisa esquisita, rara, estranha. Vamos ser bem normaizinhos: comemos, bebemos, trabalhamos, saímos com os amigos e… até tomamos uma cervejinha (com moderação!). Na verdade, nós somos as pessoas verdadeiramente normais, porque a vivência das virtudes humanas (prudência, justiça, fortaleza, temperança etc.) e sobrenaturais (fé, esperança e caridade) vai não somente nos divinizar, mas também nos humanizar cada vez mais. Quem quer ser uma pessoa humana verdadeiramente realizada tem mais que olhar para aquele que é Perfeito Homem, Jesus Cristo, e unir-se a Ele para ser divinizado por Ele, que é Perfeito Deus.

Quem são os santos? Uns bem-aventurados, os felizes desta terra. Quem pode ser santo? Todos. Como ser santo? Basta se unir a Deus pelos sacramentos da oração e duma luta contínua para dar gosto ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Qual é a finalidade de uma pessoa santa? Unir-se ao Santo dos santos e arrastar livremente muitas outras pessoas que lutaram para alcançar a santidade, a felicidade, a plenitude da vida.
Padre Françoá Costa

SEJA ATENTO E PERMANECE FIRME NA FÉ


. Essa Palavra é um bem querer e um tesouro que Ele nos deixou para começarmos a semana com um direcionamento. O Espírito Santo no diz: “Sede vigilantes, permanecei firmes na fé, sede corajosos, sede fortes; e o vosso proceder seja todo inspirado no amor.”

Diante de todos os desafios que você for enfrentar, das situações do coração, dos seus projetos e, sobretudo, diante das situações confusas e obscuras onde você se pergunta qual é a vontade de Deus para sua vida, ouça Jesus dizendo: seja atento e permanece firme na sua fé. Nesse momento de fraqueza, seja corajoso e forte, e que todas as suas atitudes sejam inspiradas pelo amor.

Descubra o que Deus tem para você e fique firme, seja corajoso e vá em frente, pois essa coragem vai lhe dar a força necessária para que todas as suas escolhas sejam feitas pelo amor.

Perceba que as palavras força e coragem estão juntas na Palavra, sabe por quê? Porque a força de uma pessoa está no coração. A verdadeira força do ser humano não está nos músculos, está no coração e é por isso que a palavra coragem é um desdobramento de coração.

Coragem é a habilidade de agir com o coração apesar de qualquer medo. Quando vemos uma mãe colocar a sua vida em risco por causa de um filho, é a habilidade que Deus deu a ela de agir com o coração e pelo amor, porque dentro do nosso coração ecoa a voz do Senhor. Deus fala ao coração das pessoas de bem e quando reconhecemos que Ele fala conosco, do coração começam a brotar a força e a coragem necessária para seguir em frente.

Deus fala conosco de muitas maneiras, mas as principais são pela Sagrada Escritura e pelo nosso coração. E, quando dizemos coração é porque Ele fala na nossa consciência, por isso que a Palavra pede que sejamos vigilantes, para que possamos descobrir o que o Senhor vem nos falar.

Eu fico atento para descobrir a vontade de Deus para minha vida e a partir disso, dou fé ao que Ele disse e me revisto com essa inspiração. Depois de revestido dessa certeza, avanço com firmeza e coloco amor na execução da vontade que o Senhor me inspirou.

Por isso, nesse momento de oração, confie no que Deus colocou em seu coração, principalmente se você estiver acostumado a acolher as inspirações d’Ele, pois um coração unido a Deus prevê as coisas mais importantes da vida.

Se você teme que algo aconteça, não espere acontecer, se prepare, tenha coragem e aja com amor para enfrentar o que está por vir, pois só com amor você conseguirá desfazer o mal que está no seu caminho.
Se Deus inspira o seu coração, não O contrarie, fique atento, tenha coragem e siga em frente, porque atento você descobre o que Ele está dizendo e não deixa o que está por vir crescer, podendo vencer enquanto ainda há tempo.

O Espírito Santo não quer que você peça uma vida fácil, Ele quer que você peça força para vencer e fazer o que é certo. Tudo que é bom na vida tem um custo, um esforço e é por isso que a Palavra pede a você para ser uma pessoa atenta, firme na fé, corajosa, forte e inspirada no amor.

A pessoa que é atenta, corajosa, que tem fé e força para levar amor a todos os lugares é um milagre de Deus e talvez hoje você seja esse milagre na vida de muitas pessoas.

Com todas essas ferramentas Jesus conduzirá você a grandes coisas. Quem deseja ser grande e crescer na vida precisa confiar em Deus e se abandonar em tudo o que Ele diz nessa Palavra.

Peça ao Senhor a graça de um coração vigilante, capaz de descobrir as vontades de Deus, que seja firme na fé, corajoso para colocar todas essas vontades em prática, forte para não desanimar e que, sobretudo, faça tudo inspirado pelo amor.

“Senhor, seja a minha força . Contra tudo que é mal, fortalece-me divino Espírito Santo. Ajuda-me a vencer toda tristeza, a superar toda a tentação da desistência. Eu quero sempre buscar as coisas do alto, não quero uma vida fácil, mas forças para sempre lutar. Eu peço a verdadeira força que vem de Deus, dá-me, Senhor, essa força que vem do amor. Vem Espírito Santo.”

Márcio Mendes
Membro da Comunidade Canção Nova

segunda-feira, 26 de novembro de 2012


A FELICIDADE PELA FÉ

Ela nos oferece uma nova forma de ver o mundo

Todos os milagres que Cristo fez, nos corpos ou nos elementos materiais, simbolizam os que Ele faz nas almas mediante a graça do Espírito Santo. Por isso, São João chama sinais os milagres de Jesus.

Dentre eles, as curas dos cegos simbolizam a luz da fé que Cristo traz aos olhos da alma. Assim o lembrava Bento XVI na homilia de encerramento do Sínodo dos Bispos, em 28 de outubro de 2012: «Sabemos que a condição de cegueira tem um significado denso nos Evangelhos. Representa o homem com necessidade da luz de Deus – a luz da fé – para conhecer, verdadeiramente, a realidade e caminhar pela estrada da vida».

Vejamos, brevemente, o “sinal” da cura do cego de Jericó, a que o Papa se referiu nessa homilia. Estava Jesus de passagem pela cidade de Jericó, à porta da cidade achava-se um mendigo cego chamado Bartimeu, pedindo esmola. Ouvindo a multidão que passava – acompanhando Jesus –, perguntou o que havia. Responderam-lhe: “É Jesus de Nazaré que passa”. Ele então exclamou: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim” (Lc 18,36-38).

Quando os olhos da alma estão cegos e não vemos a luz de Deus, somos semelhantes a Bartimeu. Só temos noções imperfeitas das coisas do Senhor, da vida e do mundo: somos cegos, ainda que pensemos enxergar bem; ficamos parados, ainda que creiamos avançar; não conseguimos usufruir os verdadeiros bens da vida, por mais que procuremos espremer os prazeres até a última gota; e não percebemos que, aquilo conquistado, não passa de migalhas de «mendigo do sentido da vida», como diz o Papa.

Podemos dizer que estamos satisfeitos? Não é verdade que, muitas vezes, na solidão e no silêncio, temos vontade de chorar sem saber por que, pois sentimos um estranho vazio, uma pobreza, uma escuridão inexplicável? Santo Agostinho pode projetar luz sobre a nossa cegueira: «Fizeste-nos, Senhor, para ti, e o nosso coração estará inquieto enquanto não descansar em ti».

O Catecismo da Igreja Católica, que Bento XVI aconselha como chave-de-luz para este Ano da Fé, diz uma grande verdade: «O desejo de Deus está inscrito no coração do homem, já que o homem é criado por Deus e para Deus; e Deus não cessa de atrair o homem a si, e somente em Deus o homem há de encontrar a verdade e a felicidade que não cessa de procurar» (n. 27).
O Papa, glosando esse texto do Catecismo, na audiência de 7 de novembro de 2012, comentava que, em inúmeras pessoas, esse desejo é inconsciente, mas a graça de Deus pode se servir dele para que as pessoas percebam que só na fé está a verdadeira resposta para a felicidade que seu coração anseia: «Mesmo quando esse desejo caminha por rumos extraviados – dizia o Papa –, quando segue paraísos artificiais e parece perder a capacidade de ansiar pelo verdadeiro bem, mesmo no abismo do pecado, não se apaga no homem aquela faísca que lhe permite reconhecer o bem autêntico, saboreá-lo e começar assim um percurso de subida, no qual Deus, com o dom da sua graça, não deixa nunca faltar a sua ajuda… 

Não se trata, portanto, de sufocar o desejo que está no coração do homem, mas de libertá-lo para que ele possa alcançar a sua verdadeira altura». O primeiro passo para sairmos da cegueira ou da miopia consiste em termos a humildade de reconhecer a nossa indigência: «Condição essencial – dizia o Papa na homilia citada acima – é reconhecer-se cego, necessitado dessa luz; caso contrário, permanece-se cego para sempre (cf. Jo 9,34-41)».

Bartimeu sentia a dor da sua condição de mendigo e desejava ardentemente ver, por isso pediu, insistiu, e não parou até conseguir que Jesus o atendesse. “Que queres que te faça?” –  Respondeu-lhe: “Senhor, que eu veja”. Jesus lhe disse: “Vê; a tua fé te salvou”. E, imediatamente, ficou vendo, e seguia Jesus, glorificando a Deus (Lc 18,41-43).

Você quer pedir: “Senhor, faz com que eu veja”? Então, creia, pois não há ninguém que O tenha pedido com sinceridade e tenha ficado sem uma resposta. Santo Agostinho, antes da conversão, rezava assim: «A ti, meu Deus, se elevam meus suspiros, e peço-te uma e outra vez asas para subir até ti. Se tu me abandonares, logo a morte se abaterá sobre mim…» (Solilóquios, n.6).

Pedia, porque reconhecia sua necessidade de Deus, ainda que não tivesse a coragem de abraçar a fé e de seguir-lhe o caminho. Da mesma forma, São Clemente de Alexandria, citado pelo Papa, fazia a seguinte oração: «Até agora andei errante na esperança de encontrar Deus, mas porque tu me iluminas, ó Senhor Jesus, encontro Deus por meio de ti, e de ti recebo o Pai, torno-me herdeiro contigo, porque não te envergonhaste de me ter por irmão. Cancelemos, portanto, cancelemos o esquecimento da verdade, a ignorância…» (Protréptico, 113 ss.)

Nos tempos modernos, vale a pena evocar a conversão do Beato Charles de Foucauld. Esse aristocrata ateu foi um devasso esbanjador; estudou a carreira militar na Academia de Saint Cyr, e foi oficial, explorador científico e aventureiro no norte da África. Após anos de vida intensa e de toda a sorte de experiências, o vazio da sua alma revelou-se-lhe de maneira aguda e o derrubou (Deus agia na noite do seu coração). Voltou à França e, estando em Paris, em 1886, sentiu um tremendo puxão interior que o impelia, mesmo descrente, a ir a uma igreja.«Comecei a ir à igreja sem ter fé, Experimentei que só me sentia bem lá, ficando longas horas a repetir essa estranha prece: “Meu Deus, se tu existes, faz com que eu te conheça”».

A graça da fé o invadiu um dia e, com a ajuda do padre Huvelin – o qual teve a coragem de lhe dizer que, para receber o dom da fé, precisava antes confessar-se –, converteu-se e entregou-se totalmente a Deus. Viveu bastantes anos, pobre, paupérrimo, desprendido de tudo, como monge eremita, exercendo a caridade no meio das tribos tuaregs do Saara. Ninguém o acompanhou. Hoje, milhares de cristãos em todo o mundo o têm como mestre e padroeiro.

Agradecido pelo dom recebido, fazia esta oração: «Como és bom, meu Deus, como me guardaste, como me agasalhaste à sombra das tuas asas quando eu nem acreditava na tua existência! … Como estou feliz! Meu Senhor Jesus, tu puseste em mim esse amor por ti, tão terno e crescente, esse gosto pela oração, essa fé na tua Palavra, esse sentimento profundo do dever da caridade, esse desejo de imitar-te, essa sede de oferecer-te em sacrifício o melhor que eu puder dar-te… Como tens sido bom! Como sou feliz! 
Padre Francisco Faus

CUIDADO COM AS ARTIMANHAS DO INIMIGO

'O demônio tem normalmente duas artimanhas principais para afastar da virtude os jovens. A primeira consiste em persuadi-los de que o serviço de Deus exige uma vida triste sem nenhum divertimento nem prazer. Mas isto não é verdade, meus caros jovens. Eu vou lhes indicar um plano de vida cristã que poderá mantê-los alegres e contentes, fazendo-os conhecer ao mesmo tempo quais são os verdadeiros divertimentos e os verdadeiros prazeres, para que vocês possam exclamar com o santo profeta Davi: 'Sirvamos ao Senhor na santa alegria'.

A segunda artimanha do demônio consiste em fazê-los conceber uma falsa esperança duma longa vida que permite converter-se na velhice ou na hora da morte. Prestem atenção, meus caros jovens, muitos se deixaram prender por esta mentira (...)" (Trecho da Carta de Dom Bosco à Juventude).

Irmãos, essas duas coisas, citadas por esse grande santo, são muito perigosas e enganosas. São artimanhas do inimigo (muito utilizadas por ele!), para que deixemos as coisas de Deus de lado ou para mais tarde. 

Um verdadeiro cristão deve manter-se vigilante: rezando, adorando e vivendo à espera da segunda vinda gloriosa de Jesus Cristo!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

A VERDADE E A CARIDADE


A caridade é o vínculo da perfeição, disse São Paulo
A verdade é a caridade são duas virtudes fundamentais para a nossa salvação. Uma não pode ser vivida sem a outra, desprezando a outra, pois uma perde o seu valor se não observar a outra.  Sem verdade não há verdadeira caridade e não pode haver salvação.
São Paulo disse que “a caridade é o vínculo da perfeição” (Col 3, 14); “A ciência incha mas a caridade edifica” (1Cor 8,1); “A caridade não pratica o mal contra o próximo. Portanto, a caridade é o pleno cumprimento da lei” (Rom 13, 10); “Tudo o que fazeis, fazei-o na caridade” (1 Cor 16, 14); “Mas, pela prática sincera da caridade, cresçamos em todos os sentidos, naquele que é a cabeça, Cristo.” (Ef 4, 15)São Paulo mostra a excelência da caridade: “Mesmo que eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, não sou nada.” (1 Cor 13, 2).
Se “Deus é amor”, como disse São João, da mesma foram Ele é a Verdade. “Eu sou a Verdade” (Jo 14,6). O   Antigo Testamento atesta: Deus é fonte de toda verdade (Pr 8,7; 2Rs 7,28). Sua Palavra é verdade. Deus é “veraz” (Rm 3,4). Em Jesus Cristo, a verdade de Deus se manifestou plenamente. “Cheio de graça e verdade” (Jo 1,14), Ele é a “luz do mundo” (Jo 8,12). “Para que aquele que crê em mim não permaneça nas trevas” (Jo 12,46).
São Paulo disse a S. Timóteo que “Deus quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2,4). Deus quer a salvação de todos pelo conhecimento da verdade. O nosso Catecismo afirma com todas as letras: “A salvação está na verdade. Os que obedecem  à moção do Espírito de verdade já estão no caminho da salvação; mas a Igreja, a quem esta verdade foi confiada, deve ir ao encontro do seu anseio levando-lhes a mesma verdade.” (§851)
Felipe Aquino

PRECISAMOS MUDAR DE VIDA ENQUANTO HÁ TEMPO

O Senhor pode enumerar tudo o que fez em nossas vidas, só o fato de existirmos já é uma graça. Também o fato de nos ter feito cristãos é uma prova das maravilhas de Deus Pai. 

Peçamos perdão a Deus por nosso relaxamento e mediocridade; não podemos continuar assim, simplesmente pensar que o fato de sermos honestos, trabalhadores e de uma boa família é o suficiente. 

"Perdão, Senhor, por sermos consagrados, participarmos de grupos de oração, mas a nossa vida não corresponder a tudo isso. Eu me arrependo, diante do Senhor, da minha mediocridade e do meu relaxamento". Este também é um ato de misericórdia.

O tempo urge! Precisamos mudar de vida enquanto há tempo!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

A BÍBLIA É A ÂNCORA DA ESPERANÇA



Às vezes nós parecemos com barcos levados pelos ventos sem destino. Nesta trajetória as tempestades e ventos impetuosos ficam a ponto de nos fazer tombar ou naufragar. E, onde está a nossa âncora?A bíblia nos ensina que temos uma âncora, é preciso estar sempre atentos para usá-la na hora certa, esta âncora é a esperança. É a esperança que nos liga a Cristo, que nos faz aportar em segurança na terra firme. Deus colocou no interior de cada um de nós a capacidade de não se deixar abater pelos problemas, e ao mesmo tempo suportá-los. Este poder é o dom da fé, da esperança, que nos faz crer na bondade e auxílio de Deus em todas as situações. Em Romanos 15,13 esta escrito : “O Deus da esperança vos encha de toda a alegria e de toda a paz na vossa fé, para que pela virtude do Espírito Santo transbordeis de esperança!”. A fé nos faz entender que apesar dos problemas existirem, podemos enfrentá-los e acontecerão tempos melhores. A fé desperta a esperança  
e a esperança é um dos principais ingredientes para não se deixar vencer pelas tribulações. É a ancora da alma.

Meu bom Jesus misericordioso, nós vos pedimos,
que atendei as nossas suplicas.
Especialmente que neste momento afaste toda e qualquer angustia que estiver presente em nossa vida,
vem em nosso socorro, apressa-te em nos defender e sê-nos favorável. Abençoa-nos Senhor, e infunde em nós a tua graça. Amém!


Padre Alberto Gambarini

domingo, 25 de novembro de 2012


CRISTO REI

Optar por Cristo é a decisão mais inteligente que qualquer pessoa possa fazer

"Deus eterno e todo-poderoso, que dispusestes restaurar todas as coisas no vosso amado Filho, rei do universo, fazei que todas as criaturas, libertas da escravidão e servindo à vossa majestade, vos glorifiquem eternamente". Assim reza a Igreja na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. 
Há um plano de Deus para o mundo, como o projeto de um artista, que quer elaborar sua obra prima. De fato, nada foi feito para ser destruído ou cancelado, mas tudo para a felicidade de todos os seres humanos. É privilégio para todos nós tomar consciência de que a criação de Deus chegou ao seu ponto mais alto quando, na descrição lindamente poética e verdadeira dos primeiros capítulos do Livro do Gênesis, foi no último dia que Deus fez o homem e a mulher à sua imagem e semelhança: inteligência, vontade e capacidade para amar! Imagem e semelhança da Trindade Santa, Deus que, desde toda a eternidade, é Pai e Filho e Espírito Santo.
Em Cristo, Deus nos escolheu, antes da fundação do mundo, para sermos santos e imaculados diante dele, no amor. Ele nos fez conhecer o mistério de sua vontade, segundo o desígnio benevolente que formou desde sempre em Cristo, para realizá-lo na plenitude dos tempos: restaurar tudo em Cristo, tudo o que existe no céu e na terra. (Cf. Ef 1, 1-14). Todas as realidades humanas encontram em Cristo sua realização e seu aperfeiçoamento. A nós, homens e mulheres cristãos, cabe fazer tudo para que toda a criação se encontre em Cristo e nele se realize plenamente. De fato, toda a criação espera ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus (Cf. Rm 8, 19).
Jesus veio para a Galileia, proclamando a Boa Nova de Deus:"Completou-se o tempo, e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede na Boa-Nova" (Cf. Mc 1, 14-15). Cristo é em primeiro lugar rei dos nossos corações e chama a uma mudança de mentalidade, conversão. Seu poder não se equipara aos de qualquer lugar do mundo ou época da história, mas supera todos eles e lhes dá a possibilidade de se transformarem em instrumento de serviço ao bem comum. 
Chama-se "Reino de Deus" a paixão de Jesus Cristo, que perpassa o Evangelho, ilumina as parábolas "do Reino", contadas por ele, coloca-o diante dos poderes de seu tempo, com a força para dizer que não é do mundo o "seu" Reino (Jo 18, 36). Não é do mundo, mas atua e transforma o mundo! Este Reino não terá fim, e, já presente aqui e agora, chegará à sua plena manifestação quando Deus for tudo em todos! Para lá caminhamos, este é o nosso sonho, é o projeto que catalisa todos os esforços dos cristãos, para que sejam atuantes na história do mundo.
Optar por Cristo é a decisão mais inteligente que qualquer pessoa possa fazer. Quando existem homens e mulheres renovados no Espírito Santo, estes serão agentes de mudança, suscitando crescimento qualitativo no relacionamento ente as pessoas. Esta escolha abre estrada para a libertação das muitas amarras que escravizam as pessoas. Quem segue Jesus Cristo escolhe valores diferentes daqueles que comumente norteiam as ações de muitas pessoas. A Missa da Solenidade de Cristo Rei no-los descreve: "Reino eterno e universal, reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino da justiça, do amor e da paz".
Tais pessoas servem à majestade de Deus. Ainda que as imagens dos palácios de todos os tempos possam influenciar na compreensão da expressão, trata-se, sim, de prostrar-se diante de Deus e servi-lo. E servir a Deus é reinar e transformar o relacionamento entre as pessoas. É sair do círculo vicioso da incansável luta pelo poder de todos os tempos. Só quando nos inclinamos diante do poder de Deus é que descobrimos a estrada da realização plena da humanidade. A glorificação eterna de Deus é meta e caminho. Sem escolher a Deus como Senhor de nossas vidas, os reinos que disputam dentro e em torno de nós continuarão a ganhar as porções de nossa dignidade e de nossa felicidade. 

Venha a nós o vosso Reino! Vinde, Senhor Jesus!