sexta-feira, 31 de maio de 2013

ORAÇÃO DO ABANDONO



Meu Pai, a vós me abandono. Fazei de mim o que quiserdes. O que de mim fizerdes, eu vos agradeço. Estou pronto para tudo, aceito tudo, contanto que a vossa vontade se faça em mim e em todas as vossas criaturas, não quero outra coisa, meu Deus.
Entrego minha alma em vossas mãos, eu vo-la dou, meu Deus, com todo o amor do meu coração, porque eu vos amo e é para mim uma necessidade de amor dar-me, entregar-me em vossas mãos sem medida, com infinita confiança de que sois o meu Pai
Carlos de Foucauld

NOSSA SENHORA, VEM MEU SOCORRO

Todo ser humano que preza viver com dignidade aprende o quanto é necessário renunciar alguns prazeres em objetivo de uma maior qualidade de vida. É obvio que existir. somente guiado pelas vontades e devaneios de nossos prazeres, sentimentos e desejos, irá nos trazer prejuízos cedo ou tarde, sejam eles de ordem física, psicológica ou social.

Também no âmbito espiritual não é diferente. Quando passamos por um processo de conversão e fazemos uma experiência com a pessoa de Jesus Cristo, reconhecemos nossos pecados, nossas atitudes, as quais, antes de desagradar a Deus, prejudicam nosso ser por completo, impedindo a Graça do Senhor, que é derramada constantemente. Portanto, somos os mais beneficiados quando não pecamos! Há, nesse início de caminhada, uma renúncia das alegrias efêmeras. Aprendemos, aí, a perder os bens menores para ganhar os mais elevados.
Contudo, com o passar do tempo, podemos nos acostumar também com essa vida nova em Deus e, então, esfriarmos o relacionamento de amor que temos com Ele.
Relativizamos as coisas. Antes, pensávamos: “Não roubo, não mato, não faço mal a ninguém!”, e parecia que isso bastava para ser bom e salvo. Pois bem, agora corremos o risco de relativizar novamente e dizer a nós mesmos: “Eu rezo, vou à Missa, participo de grupos de oração, sou de uma comunidade, faço caridade e isso tem me bastado!”.

Tenho aprendido, nesse tempo com Nossa Senhora, que é preciso entregar a nossa vontade a Deus. Muitas vezes, renunciar ao “querer próprio”.

Quando o Anjo Gabriel apareceu a Maria, ela tinha seus planos, sua família, seu noivo, seu casamento, sua vida em curso. Mas o convite do Senhor pela boca do anjo veio mudar tudo. Maria, pela intimidade que já tinha com o Altíssimo, desfaz-se de todos os seus projetos. Talvez esse seja o grau mais elevado de entrega: a vontade. Todos os homens e mulheres de Deus passaram pela proposta do sacrifício da vontade. Abraão, Jonas, Jesus.

Com Maria aprendemos que, nem sempre, os impulsos das necessidades e dos nossos pensamentos é o melhor para nós; e que, muitas vezes, é preciso ceder à voz interior do Espírito Santo quando este nos pede para deixarmos algo agradável ou planejado para seguir a intuição ao que Deus está pedindo para Seu Reino.


Dias atrás, vivi uma dessas experiências. Já havia cumprido todas as minhas costumeiras práticas espirituais e fui convidado a participar de uma atividade comunitária em honra a Maria Santíssima. Como antes eu havia planejado todo o meu dia, não fui, e tirei aquele tempo em outra atividade de lazer que havia programado.

Então, Nossa Senhora veio ao meu socorro, com amor, agraciando-me com a iluminação interior de como esse exercício do sacrifício da vontade é agradável a Deus e colabora com nossa íntima união com o Divino.

“Numa relação de namoro ou casamento, não é preciso, por vezes, abrir mão de gostos ou da individualidade para ir em direção do coração do outro? Estes gestos de entrega não são alicerces para que um sinta a cumplicidade do outro? Esquecer um pouquinho de si para fazer pelo outro por amor! Pois também para comigo e com meu Filho Jesus nos é agradável esse tipo de gesto de amor!”
Veja, na maioria das vezes, Deus não nos pede grandes desprendimentos, oblação de uma vida inteira, apenas coisas práticas do cotidiano que sempre testemunhamos depois, como nos ajudou e encaminhou a concretização de nossa vocação e felicidade. O Senhor nos pede o sacrifício da vontade para nos tornarmos mais íntimos d'Ele. 
Que bom! Nossa Senhora me despertou como ir além de mim mesmo, desprendendo-me das minhas vontades para, assim, estar mais íntimo de Deus. Que bom que me senti feliz depois com outra experiência de não fazer aquilo que eu tinha planejado para meu dia, mas abrir mão para ter um momento a mais com o Senhor. Não me senti privado de algo, mas feliz por saber que Jesus e Maria estavam, ali, bem próximos.

Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós!

A PALAVRA DE DEUS NA MENTE E NO CORAÇÃO


Impressiona-me ver como Jesus venceu a tentação: Ele sempre recorreu às Sagradas Escrituras. Devemos fazer o mesmo.
Tenho aprendido que precisamos levar a Palavra de Deus em todas as ocasiões: na bolsa, no trabalho, em casa, enfim, onde quer que estejamos. As Escrituras formam em nós a mente de Cristo.
Se trouxermos a Palavra de Deus na mente e no coração, ao necessitarmos de força, consolo, sabedoria e discernimento, encontraremos, nela, o que buscamos.
Para tomar uma decisão, conversar com alguém ou vencer a tentação, peçamos, nesse momento, que o Espírito Santo faça brotar em nosso interior o versículo bíblico de que necessitamos.
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para ensinar, refutar, corrigir, educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, qualificado para qualquer obra boa” (IITim 3,16-17).
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

RECOMEÇAR SEMPRE


Tememos o futuro desconhecido e, às vezes, resistimos prosseguir adiante.
Por este motivo, reduzimos a marcha e criamos adiamentos. Isto não beneficia você. Não resista e continue caminhando decididamente. Perceba o fluxo natural das coisas e colabore. Deixe o término ser uma coisa natural. E, lembre-se que, depois do fim há sempre um novo começo.

Não tente controlar o futuro.
"Não tente controlar o futuro. Controle, ao contrário, o presente. Assim, você estará, a cada instante, construindo o futuro.
Tudo cresce a partir de uma semente. Você pode plantar inconscientemente ou deliberadamente, mas estará, não obstante, plantando, sempre. A pessoa bem sucedida é aquela que reconhece cada semente antes de planta-la.
Plante aquilo que deseja colher."

Melhore o seu interior.
É no interior que você elabora as formulas de paz ou intranqüilidade, coragem ou medo, sucesso ou insucesso, como um verdadeiro laboratório.
Leve só o que é bom para o seu intimo e tome a decisão de alcançar a paz, de chegar ao sucesso pelos pensamentos otimistas e ações de concreta valia.
Não jogue para dentro os pensamentos negativos, levando-o a não aceitar os acontecimentos, a julgar-se uma vitima, um incapaz ou a crer que vive num
mundo inimigo.
No laboratório interior, o cientista responsável é VOCÊ."

Padre Wagner Baia

A OBEDIENCIA

A obediência é a resposta livre dada a Deus; no ser e no fazer cotidiano é que mostramos a submissão ao que o Senhor deseja. Isso significa a “imolação da vontade própria” para aderir ao que Deus quer. Por isso, é importante pelo dom do discernimento, entender e fazer a vontade de Deus. Jesus é o caminho desta conduta diária; Ele nos deixou com sua vida e suas palavras o exemplo de como fazer a vontade de Deus. Ele sabia que por causa de sua fidelidade ao Pai, seria um dia crucificado; mas não deixou de cumpri-la.

O cristão precisa aprender o que significa renúncia, não se revoltar contra as provações que, na sua sabedoria, Deus sabe serem necessárias para purificar a nossa alma. O Evangelho é uma escola de mortificação, ensina a “tomar a cruz a cada dia” e seguir Jesus.
Felipe Aquino

quinta-feira, 30 de maio de 2013

A ORIGEM DA FESTA CORPUS CHRISTI

A celebração do amor e união
História: A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula "Transiturus" de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes. 
O Papa Urbano IV foi o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon, as quais exigiam uma festa da Eucaristia no Ano Litúrgico. 
Juliana nasceu em Liège em 1192 e participava da paróquia Saint Martin. Com 14 anos, em 1206, entrou para o convento das agostinianas em Mont Cornillon, na periferia de Liège. Com 17 anos, em 1209, começou a ter 'visões', exigindo da Igreja uma festa anual para agradecer o sacramento da Eucaristia. Com 38 anos, em 1230, confidenciou esse segredo ao arcediago de Liège, que 31 anos depois, por três anos, se tornaria o Papa Urbano IV (1261-1264), tornando mundial a Festa de Corpus Christi, pouco antes de morrer. 

A "Fête Dieu" começou na paróquia de Saint Martin em Liège, em 1230, com autorização do arcediago para procissão Eucarística só dentro da igreja, a fim de proclamar a gratidão a Deus pelo benefício da Eucaristia. Em 1247, aconteceu a primeira Procissão Eucarística pelas ruas de Liège, já como festa da diocese. Depois se tornou festa nacional na Bélgica. A festa mundial de Corpus Christi foi decretada em 1264, 6 anos após a morte de irmã Juliana em 1258, com 66 anos. 

Santa Juliana de Mont Cornillon foi canonizada em 1599 pelo Papa Clemente VIII. 

Celebração: O decreto do Papa Urbano IV teve pouca repercussão, porque ele morreu em seguida. Mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese de Colônia na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada antes de 1270. O ofício divino, seus hinos, a sequência 'Lauda Sion Salvatorem' são de Santo Tomás de Aquino (1223-1274), que estudou em Colônia com Santo Alberto Magno. Essa festa [Corpus Christi] tomou seu caráter universal definitivo, 50 anos depois de Urbano IV, a partir do século XIV, quando o Papa Clemente V, em 1313, confirmou a Bula de Urbano IV nas Constituições Clementinas do Corpus Júris, tornando a Festa da Eucaristia um dever canônico mundial. 

Em 1317, o Papa João XXII publicou esse Corpus Júris com o dever de levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas. O Concílio de Trento (1545-1563), por causa dos protestantes, da Reforma de Lutero, dos que negavam a presença real de Cristo na Eucaristia, fortaleceu o decreto da instituição da Festa de Corpus Christi, obrigando o clero a realizar a Procissão Eucarística pelas ruas da cidade, como ação de graças pelo dom supremo da Eucaristia e como manifestação pública da fé na presença real de Cristo na Eucaristia. 

Em 1983, o novo Código de Direito Canônico – cânon 944 – mantém a obrigação de se manifestar "o testemunho público de veneração para com a Santíssima Eucaristia" e "onde for possível, haja procissão pelas vias públicas", mas os bispos escolham a melhor maneira de fazer isso, garantindo a participação do povo e a dignidade da manifestação. 

Sacramento: A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse: "Este é o meu corpo...isto é o meu sangue... fazei isto em memória de mim". Porque a Eucaristia foi celebrada pela primeira vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira após o domingo depois de Pentecostes. 
Na véspera da Sexta-Feira Santa, a morte na cruz impede uma festa solene e digna de gratidão e doutrinação. Porque a Última Ceia está no Novo Testamento, os evangélicos lhe têm grande consideração, mas com interpretação diferente. 

Para os luteranos e metodistas, a Eucaristia é sacramento, mas Cristo está presente no pão e no vinho apenas durante a celebração, como permanência e não transubstanciação. Outras igrejas cristãs celebram a Ceia como lembrança, memorial, rememoração, sinal, mas não reconhecem a presença real de Cristo nela. Mas alguma coisa existe em comum que, por intermédio da Eucaristia, une algumas Igrejas cristãs na Eucaristia, ensina o Concílio Vaticano II, no decreto "Unitatis Redintegratio". 

A Eucaristia é também celebração do amor e união, da comum-união com Cristo e com os irmãos. 
Ela [Eucaristia], que é a renovação do sacrifício de Cristo na cruz, significa também reunião em torno da mesa, da vida e da unidade para repartir o pão e o amor. E é o centro da vida dos cristãos: "Eu sou o Pão da Vida, que desceu do céu para a vida do mundo, por meio da vida de comum-união dos cristãos". 

Ornamentação: A decoração das ruas para a Procissão de Corpus Christi é uma herança de Portugal e tradição brasileira. Muitas cidades enfeitam suas ruas centrais com quilômetros de tapetes, feitos de serragem colorida, areia, tampinhas de garrafa, cascas de ovos, pó de café, farinha, flores, roupas e outros ingredientes.
Monsenhor Arnaldo Beltrami

IGREJA SE PREPARA PARA FESTA CORPUS CHRISTI


Na próxima quinta-feira, dia 30 de maio, celebramos a festa do Corpo e Sangue de Cristo, também conhecida como festa de Corpus Christi. É uma festa típica da Igreja Católica e tem por motivação promover a fé na presença do Cristo Ressuscitado nas espécies do pão e do vinho consagrados.

Em cada Missa, quando o padre toma o pão nas mãos e pronuncia as palavras: “Tomai todos e comei: isto é o meu corpo que será entregue por vós”, e, depois disso, ao tomar o cálice com vinho e proclamar:

“Tomai todos, e bebei! Este é o cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança, que será derramado por vós e por todos para a remissão dos pecados: fazei isto em memória de mim!”, entendemos que se dá o milagre da transubstanciação do pão e do vinho no corpo e no sangue de Cristo.

Como católicos, cremos que, a partir daquele momento Cristo se faz presente no pão e no vinho consagrados. Por isso, nós O podemos adorar na Hóstia Consagrada, sem incorrer em ato de idolatria. Também por isso nós promovemos a adoração ao Santíssimo Sacramento em vários momentos do Ano Litúrgico, particularmente na noite da Quinta-feira Santa e na festa do Corpo e Sangue de Cristo.

Neste ano, a festa de Corpus Christi tem um caráter especial por ocorrer dentro do Ano da Fé, proclamado pelo Papa na comemoração dos 50 anos de início do Concílio Ecumênico Vaticano II. Sem esquecer que o centro da fé cristã é a profissão da fé na Trindade do Deus Pai, Filho e Espírito Santo, a Igreja professa a presença real de Cristo na Eucaristia.

E esta presença permanece fora da celebração, razão pela qual a Igreja conserva “com o máximo cuidado as Hóstias Consagradas, expondo-as aos fiéis para que as venerem com solenidade e levando-as em procissão” (CIC, n° 1379).

João Paulo II ensinou que “Jesus nos espera neste sacramento do amor. Por isso, não regatemos (não pechinchemos) o tempo para ir encontrá-lo na adoração, na contemplação cheia de fé e aberta a reparar as faltas graves e os delitos do mundo. Que nossa adoração nunca cesse” (CIC 1380).

Aproveitemos a festa de Corpus Christi, que acontece na semana que sucede a festa da Santíssima Trindade, para nos unirmos como cristãos e professarmos publicamente a nossa fé na presença de Cristo em nosso meio.

É particularmente significativa a atitude de paróquias e comunidades que se reúnem em uma única e grande celebração nas cidades, para assim testemunharem a comunhão do povo cristão, que é um dos desejos latentes na festa de Corpus Christi.

E é também significativo o povo caminhar em procissão pelas ruas da cidade, seguindo os passos do Cristo Eucarístico que está presente na hóstia consagrada, animado pelo canto: “Eu te adoro Jesus hóstia! Eu te adoro, Deus de Amor”.

Que o Deus Amor, que é a Trindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, anime e fortaleça a todos na fé da presença real de Cristo na Eucaristia, e nos torne mensageiros de um mundo de paz e comunhão!

APRENDENDO SOBRE EUCARISTIA COM SÃO TOMÁS DE AQUINO


Sião, o Salvador, louva o guia e o pastor com hinos e cantares.
Quanto possas, tanto o louva, porque está acima de todo o louvor e nunca o louvarás condignamente.
É-nos hoje proposto um tema especial de louvor: o pão vivo que dá a vida.
O pão que na mesa da sagrada ceia foi distribuído aos doze, como na verdade o cremos.
Ressoem, pois, os louvores, sonoros, cheios de amor. Seja formosa e jovial a alegria das almas.
Porque celebramos o dia solene que nos recorda a instituição deste banquete.
Na mesa do novo rei, a páscoa da Nova Lei põe fim à páscoa antiga.
O rito novo rejeita o velho, a realidade dissipa as sombras como o dia dissipa a noite.
O que o Senhor faz na ceia mandou-no-lo fazer em memória Sua.
E nós, instruídos pelo mandato divino, consagramos o pão e o vinho em hóstia de salvação.
É dogma de fé para os cristãos que o pão se converte na carne e o vinho no sangue do Salvador.
O que não compreendes nem vês, diz-to a fé viva; porque isto se opera fora das leis naturais.
Debaixo de espécies diferentes, que são apenas sinais exteriores, ocultam-se realidades sublimes.
O pão é a carne e o vinho é o sangue; todavia debaixo de cada uma das espécies Cristo está totalmente.
E quem o recebe não o parte nem divide, mas recebe-o todo inteiro.
Quer o recebam mil, que um só, todos recebem o mesmo, nem recebendo-o podem consumi-lo.
Recebem-no os bons e os maus igualmente, porém com efeitos diversos: os bons para vida e os maus para a morte.
Morte para os maus e vida para os bons! Oh! Consideremos como são diferentes os efeitos que produz o mesmo alimento.
Não vacile a tua fé quando a hóstia é dividida; porque o Senhor encontra-se sempre todo, debaixo do pequenino fragmento ou da hóstia inteira.
Nenhum corte pode violar a substância: apenas os sinais do pão, que vês com os olhos da carne, foram divididos sem a menor alteração da realidade divina que esses mesmos sinais significam.
Eis pois que o pão de que se alimentam os Anjos foi dado em viático aos homens: pão verdadeiramente dos filhos, que não deve dar-se aos cães.
Foi já prefigurado nos ritos e nos acontecimentos do Testamento Antigo, na imolação de Isaac, no cordeiro pascal e no maná do deserto.
Ó bom Pastor e alimento verdadeiro dos que apascentas, ó Jesus, tende piedade de nós. Alimentai-nos e defendei-nos e fazei que mereçamos fruir da vossa glória na Terra dos vivos.
Vós que tudo conheceis e tudo podeis fazer, e nos alimentais aqui, na Terra, da mortalidade, admiti-nos, Senhor, lá no Céu, à vossa mesa e dai-nos parte na herança e na companhia dos que moram na cidade santa. Amém. Aleluia".

EUCARISTIA NOSSO ALIMENTO

Quem recebe a Eucaristia recebe o corpo de Senhor. É Ele permanecendo em nós e nós n'Ele. Quando comungamos é a pessoa inteira de Jesus que recebemos.

Os judeus discutiam entre si: "Como é que ele pode dar a sua carne a comer?" (Jo 6,25). Jesus sabia das dúvidas que viriam e do que haveriam de dizer, por isso tornou a afirmar: "Pois a minha carne é verdadeira comida e meu sange é verdadeira bebida. Quem se alimenta com a minha carne e meu sangue, permanece em mim e eu nele".

O corpo de Jesus, presente na Eucaristia, vem atingir plenamente nosso ser. As dificuldades que temos experimentado, na área da sexualidade, seja qual for o problema, é o jogo sujo do inimigo. Ele quer nos atingir naquilo que somos mais frágeis: a nossa sexualidade.

O demônio se aproveita de nossa fragilidade e nos tenta constantemente para que usemos nossa sexualidade de forma totalmente desvirtuada.
Somos carentes de amor, de afeto; logo, quando começamos a nos despertar para a vida afetiva, o que costumam nos oferecer é sexo, não amor. Muitos rapazes e moças, meninos e meninas já passaram por essa experiência, que é a origem de todo estrago.

Para vencermos essa batalha em que o próprio tentador quer acabar conosco, destruindo-nos pela parte mais fraca, precisamos da Eucaristia. A nossa força, o nosso alimento, o nosso remédio será a Eucaristia. Ela é o próprio Corpo do Senhor dado ao nosso corpo ferido pelo pecado.

Jesus, pessoalmente, vem até nós para nos curar e libertar. Passar algumas horas com Ele, no sacrário, é o melhor remédio, a melhor terapia. Não imaginamos o efeito que isso produzirá em nossa vida, em nossa mente, em nosso coração. Deus realizará até mesmo as curas físicas das quais precisamos. É necessário expor a Deus tudo o que marcou a nossa sexualidade e afetividade.

Diante de Jesus Eucarístico, permita que Ele realize toda a obra de restauração em sua afetividade e sexualidade. (do livro 'Eucaristia nosso tesouro', p. 17,18,19).
Padre Jonas Abib

POR QUE JESUS SE ESCONDE NA EUCARISTIA ?

O Sacrário é a nossa escola
Muitos ficam angustiados, porque Jesus esconde a Sua glória na Eucaristia, mas Ele precisa fazer isso para que o brilho de Sua majestade, como o rosto brilhante de Moisés, não ofusque a nossa vista, impedindo-nos de chegar a Ele.

Ele esconde também as Suas virtudes, porque, se a víssemos, ficaríamos humilhados e, quem sabe, desesperados por jamais poder atingir tal perfeição. Tudo para podermos nos achegar a Ele sem medo.

Jesus desce até o nada, na hóstia consagrada, para que desçamos com Ele e sintamos profundamente o que Ele disse: “Vinde a mim. Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”.

Por isso, podemos chegar a Jesus com toda confiança, porque Ele já retirou todos os obstáculos para chegarmos a Ele; e espera que não sejamos nós a colocar esses empecilhos com os nossos medos e escrúpulos.
Jesus nos ama tão radicalmente, na Eucaristia, que se submete a nós em tudo. Ele desce do Céu tão logo o sacerdote pronuncia as palavras da consagração. Ele obedeceu silencioso aos Seus carrascos e está pronto novamente para receber o beijo dos novos Judas por amor a nós.
Na Eucaristia, perpetua-se a Paixão do Senhor. Ali, Ele a vê renovada diariamente. Muitas vezes, Ele é traído pela apostasia, crucificado pelo vício, flagelado pelas ingratidões e pecados; e, muitas vezes, Jesus renova o Seu Calvário nos corações que O recebem em pecado mortal ou com indiferença.

Escondido no sacrário, Ele continua a dar combate ao velho orgulho com as armas da humildade. O sacrário é a nossa escola. Dali, Jesus nos diz: “Aprendei a esconder as suas boas obras, as suas virtudes e sofrimentos como eu”. O Rei da Glória se rebaixa ao mais baixo grau da humildade para deixar-nos o Seu exemplo.

Este estado humilde e escondido de Jesus anima a nossa fraqueza, dá-nos coragem de falar-Lhe sem receio e contemplá-Lo. Se nem mesmo conseguimos olhar para o sol do meio-dia, quanto mais poderíamos contemplar a Glória do Rei do Universo! "Deus é um fogo consumidor", disse Moisés. Não é possível contemplar Sua glória e continuar vivo. A nossa natureza humana não está preparada para vê-la. Os apóstolos não puderam suportar o brilho de apenas um raio de Sua glória na transfiguração do Monte Tabor. E tem mais, não foi o Tabor que converteu o mundo, foi o Calvário. O amor se manifesta e opera não pela glória, mas na bondade e humildade.

O véu eucarístico foi colocado também para fortalecer a nossa fé. Crer no Senhor, ali presente, é um ato do espírito desprendido dos sentidos.

O escondimento de Jesus sob o véu eucarístico é um bom incentivo para penetrarmos na Verdade escondida e descobrir os tesouros ali escondidos. Assim, neste exercício espiritual, dilatam-se os desejos de nossa alma, os quais vão descobrindo, sem se cansar, uma beleza sempre antiga e sempre nova. E Jesus vai se manifestando gradualmente à nossa alma, na medida da nossa fé e do amor para com Ele.

A Eucaristia é um verdadeiro Céu escondido, um Céu Eucarístico.

Ao subir ao Céu na Ascensão, Jesus tomou posse de Sua glória e foi preparar-nos um lugar. Mas para nos ajudar a esperar com paciência e perseverança o Céu da glória, Ele deixou entre nós esse Céu antecipado. Ora, o Céu é onde está Deus, e Ele está na Eucaristia; com Ele todos os anjos e santos. Assim, Ele baixou o Céu à Terra. Ao comungar, recebemos não só Jesus na alma, mas também o Reino de Deus. Somos os súditos que têm a honra de hospedar Sua Majestade e toda a Sua corte.

O amor se manifesta em bondade e humilhação, escondendo-se, aniquilando-se; rejeita a glória e os aplausos, oculta-se e desce. Assim fez Jesus ao encarnar-se; assim Ele fez na gruta de Belém, no silêncio de Nazaré, na tentação do deserto, no Calvário; e, por fim, na Eucaristia.

Na verdade, o Sacrário é um novo Tabor, no qual Jesus se transfigura, não diante dos olhos do corpo, mas aos olhos da fé. Nesta montanha, não devemos procurar a felicidade sensível, mas as lições de santidade que Ele nos dá pelo seu aniquilamento.
Felipe Aquino

quarta-feira, 29 de maio de 2013

PORQUE O CATÓLICO NÃO PODE SER ESPÍRITA

a1. O Católico: admite a possibilidade de “mistério” e aceita as verdades sempre que tem certeza que foram reveladas por Deus. O Espírita: proclama que absolutamente não há “mistérios” e tudo o que a mente humana não pode compreender, é falso e deve ser rejeitado.
2. O Católico: instruído  crê  que  Deus pode  e  faz milagres. O Espírita:  rejeita  a  possibilidade  de milagres e ensina que Deus também deve obedecer às “leis” da natureza.
3.  O  Católico:  crê  que  os livros  da  Sagrada  Escritura  foram  inspirados  por  Deus,  portanto  não podem  ter erros em questão de fé  e  moral. O Espírita: declara que  a  Bíblia está cheia  de  erros e contradições e que nunca foi inspirada por Deus.
4.  O  Católico:  crê  que  Jesus  enviou  o  Espírito  Santo  aos  apóstolos  e  seus sucessores para  que pudessem  transmitir fielmente,  sem  erros, a  sua Doutrina.  O Espírita:  declara que  os apóstolos e seus sucessores não entenderam os ensinamentos de Cristo e que tudo o que eles nos transmitiram está errado, é falsificado.
5. O Católico: crê que Jesus instituiu a Igreja para continuar sua obra. O Espírita: declara que até a vinda de Allan Kardec a obra de Cristo estava perdida e inutilizada.
6. O Católico: crê que o Papa, sucessor de Pedro, é infalível em questões de fé e moral. O Espírita: proclama que os Papas só espalharam o erro e a incredulidade.
7. O Católico: crê  que  Jesus nos ensinou  toda  a  Revelação  e nada  mais há  para  ser  revelado.  O Espírita:  proclama  que  o  espiritismo  é  a  terceira  revelação,  destinada  a  retificar  e  substituir  o Evangelho de Cristo.
8. O Católico: crê no Mistério da Santíssima Trindade. O Espírita: nega esse augusto mistério.
9. O Católico: crê que Deus é o Criador de tudo, Ser Pessoal, distinto do mundo. O Espírita: afirma que os homens são partículas de Deus – verdadeiro panteísmo.
10.  O Católico:  crê  que  Deus  criou a  alma  humana  no  momento  de  sua  união  com  o corpo.  O Espírita: afirma que nossa alma é o resultado da lenta e longa evolução, tendo passado pelo reino mineral, vegetal e animal.
11. O Católico: crê que o homem é uma composição substancial de corpo e alma. O Espírita: afirma que  é  um  composto entre  “perispírito” e alma e que o  corpo  é  apenas invólucro  temporário, um “Alambique para purificar o espírito”.
12. O Católico: obedece a Deus que, sob penas severas, proibia a evocação dos mortos. O Espírita: faz dessa evocação uma nova religião.
13. O Católico:  crê  na existência  de anjos e  demônios.  O Espírita:  afirma que não há anjos, mas espíritos  mais  evoluídos  e  que  eram  homens.  Que  não  há  demônios,  mas  apenas  espíritos imperfeitos que alcançarão a perfeição.
14. O Católico:  crê que Jesus é  verdadeiramente  o Filho Unigênito de  Deus, a  segunda pessoa da Santíssima Trindade. O Espírita: nega esta verdade fundamental da fé cristã e afirma que Cristo era apenas um grande “médium” e nada mais.
15.  O Católico:  crê  que  Jesus é  também  verdadeiro  homem,  com  corpo  real  e  alma  humana.  O Espírita: em grande parte, afirma que Cristo tinha apenas um corpo aparente ou fluídico.
16.  O  Católico:  crê  que  Maria  é  Mãe  de  Deus,  imaculada,  assunta  ao  céu.  O  Espírita:  nega  e ridiculariza todos os privilégios de Maria, Mãe de Deus.
17. O Católico: crê que Jesus veio para nos salvar por sua Paixão e Morte. O Espírita: afirma que Jesus não é nosso Redentor, mas apenas veio para ensinar algumas verdades e isso mesmo de um modo obscuro, e que cada pessoa precisa remir-se a si mesmo.
18. O Católico:  crê que Deus  pode perdoar  o pecador  contrito.  O Espírita:  afirma  que  Deus não pode  perdoar  pecados sem que preceda  rigorosa  expiação  e reparação feita pelo próprio pecador, sempre em novas reencarnações.
19. O Católico:  crê  nos sete  sacramentos e  na  graça própria de  cada sacramento. O Espírita: não aceita nenhum sacramento, nem mesmo o poder da graça santificante.
20. O Católico:  crê  que o homem vive sobre a terra  e que  desta  única existência  depende a  vida eterna. O Espírita: afirma que a gente nasce, vive e morre e renasce ainda e progride continuamente.
21.  O  Católico:  crê  que  após  esta  vida,  há  céu  e  inferno.  O  Espírita:  nega  -  crê  em  novas reencarnações.
Por Frei Boaventura Kloppenburg, O.F.M. Bispo da Diocese de Novo Hamburgo (RS)


PELA VIDA DO MUNDO

Tudo seja oferecido como matéria de sacrifício
Há pouco, a Igreja encerrou o Tempo Pascal. Foram cinquenta dias de celebração do mistério central da vida de Jesus, fonte de testemunho da presença do Cristo ressuscitado, de onde os cristãos podem beber as forças necessárias para sua presença no mundo, chamados que foram a transformá-lo a partir de dentro.
Três grandes celebrações desdobram diante do olhar da fé a mesma riqueza da vida cristã, com a qual a Igreja forma a todos nós fiéis, a saber, a Solenidade da Santíssima Trindade, Corpus Christi e a Festa do Sagrado Coração de Jesus. Comunhão de vida na Trindade, Sacrifício de Cristo que se renova e a verdadeira humanidade do Verbo de Deus que se encarnou. A oração litúrgica da Igreja demonstra a fé professada e proporciona a educação para o crescimento da mesma fé. Tudo nos permite aclamar que "esta é a nossa fé, que da Igreja recebemos e sinceramente professamos, razão de nossa alegria, em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Cf. Ritual do Batismo).

Ao celebrar, nestes dias, a Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, a Igreja quer recolher a riqueza de sua vida eucarística e oferecer, com maior abundância, a riqueza do Pão da vida para a vida de todos. "Pela força do Espírito Santo, dais vida e santidade a todas as coisas e não cessais de reunir um povo, para que vos ofereça em toda parte, do nascer ao pôr do sol, um sacrifício perfeito" (Oração Eucarística III). Assim proclama a Igreja numa de suas orações eucarísticas. O único sacrifício de Cristo se faz presente e se renova onde quer que se celebre a Santa Missa, desde a mais solene das liturgias até a mais simples das capelas, onde o mesmo altar testemunha o mistério da fé.
Em toda parte, quando o pão e o vinho apresentados são consagrados no Corpo e no Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, continuamos a aclamar: "Anunciamos, Senhor, a Vossa Morte e proclamamos a Vossa Ressurreição. Vinde, Senhor Jesus"! E o povo fiel se alimenta do próprio Cristo presente, para dali sair com o compromisso de entregar a sua própria vida pela vida verdadeira que só Jesus Cristo Salvador pode oferecer.
Ao celebrar a Eucaristia, a Igreja volta seus olhos para o Céu e, ao mesmo tempo, para o mundo. Calvário e manhã da Ressurreição estão presentes, a vinda de Jesus, no final dos tempos, antecipa-se no sacramento e os discípulos se tornam missionários, saindo da Missa para amar e servir. De forma especial, o domingo, dia da Ressurreição de Cristo, aparece como um dia a ser preparado, celebrado e prolongado na vida. Tem grande sentido um cartaz encontrado à entrada de uma capela: "Entro para orar, saio para amar"!

Ao sair da Missa dominical, brotem em cada cristão as disposições para que se celebre também uma "Missa sobre o mundo", expressão do padre Teilhard de Chardin S.J, de quem trouxemos um pequeno trecho: "Senhor, o sol acaba de iluminar, ao longe, a franja extrema do primeiro oriente. Mais uma vez, sob a toalha móvel de seus fogos, a superfície viva da terra desperta, freme, e recomeça seu espantoso trabalho. Colocarei sobre minha patena, meu Deus, a messe esperada desse novo esforço. Derramarei no meu cálice a seiva de todos os frutos que, hoje, serão esmagados. Meu cálice e minha patena são as profundezas de uma alma largamente aberta a todas as forças que, em um instante, vão elevar-se de todos os pontos do Globo e convergir para o Espírito. Que venham pois, a mim, a lembrança e a mística presença daqueles que a luz desperta para uma nova jornada!... Mais confusamente, mas todos sem exceção, aqueles cuja tropa anônima forma a massa inumerável dos vivos: aqueles que me rodeiam e me sustentam sem que eu os conheça; aqueles que vêm e aqueles que vão; sobretudo, aqueles que, na Verdade ou pormeio do Erro, no seu escritório, laboratório ou fábrica, creem no progresso das coisas e, hoje, perseguirão apaixonadamente a luz. Quero que, nesse momento, meu ser ressoe ao murmúrio profundo dessa multidão agitada, confusa ou distinta, cuja imensidade nos espanta, desse oceano humano cujas lentas e monótonas oscilações lançam a inquietação nos corações que mais acreditam. Tudo aquilo que vai aumentar, no mundo, ao longo deste dia; tudo aquilo que vai diminuir - tudo aquilo que vai morrer também -, eis, Senhor, o que me esforço por reunir em mim para vos oferecer; eis a matéria de meu sacrifício, o único que Vós podeis desejar.. Recebei, Senhor, esta hóstia total que a criação, movida por Vossa atração, apresenta-Vos à nova aurora. Este pão, nosso esforço, não é em si, eu o sei, mais que uma degradação imensa. Este vinho, nossa dor, não é ainda, ai de mim, mais que uma dissolvente poção. Mas, no fundo dessa massa informe, colocastes - disso estou certo, porque o sinto - um irresistível e santificante desejo que nos faz a todos gritar, desde o ímpio ao fiel: "Senhor, fazei-nos um"!

A Missa dominical, bem participada, desperte a sensibilidade para tudo acolher, identificar o que é bom, oferecer a própria contribuição para superar o mal, estabelecer laços, superar conflitos, corrigir com mansidão, buscar mais o que une do que aquilo que separa as pessoas, os problemas encarados como desafios e não como ameaças, valorizar o dia a dia como o nosso tempo e a nossa grande oportunidade para viver no amor de Deus e do próximo. O espírito com que nos dispomos a agir assim seja o mesmo do altar de Cristo. Tudo seja oferecido como matéria de sacrifício. Exercite-se, para que o mundo tenha a vida que nasce do Mistério Pascal de Cristo na entrega pessoal de Sua existência. A lição do altar suscite o amor mútuo nas comunidades cristãs e nas atitudes de cada pessoa de fé. Grandes ideais, dignos da fé que professamos e queremos testemunhar!
Dom Alberto Taveira Corrêa


SEMANA EUCARÍSTICA EM PREPARAÇÃO PARA CORPUS CHRIST


MILAGRE EUCARISTICO  LANCIANO

Em Lanciano (Itália), por volta do ano de 750, Jesus quis dar uma prova da sua presença real na Eucaristia. Os antigos documentos e a contínua tradição, relatam que no mosteiro de São Legonciano, onde habitavam os monges de São Basílio (hoje igreja de São Francisco), vivia um monge não muito firme na fé que, embora letrado nas ciências do mundo, ignorava as de Deus. Dia após dia, andava cada vez mais incerto, se na Hóstia consagrada estava o verdadeiro Corpo de Cristo, assim como no vinho o verdadeiro Sangue de Cristo. Todavia, ele suplicava constantemente a Deus que lhe tirasse do coração aquela chaga que lhe estava envenenando a alma. O Pai de misericórdia comprazeu-se em tirá-lo de tal obscuridade.
Uma manhã, durante a celebração da Missa, depois de ter proferido as santíssimas palavras da consagração, o monge encontrava-se mais do que nunca mergulhado nas dúvidas. De repente, viu o pão transformar-se em Carne e o vinho em Sangue. Aterrorizado e confuso, ficou bastante tempo como que em êxtase e, finalmente, como o rosto cheio de alegria, ainda banhado de lágrimas, virando-se para os circunstantes, disse: ‘O bendito Deus, para confundir minha incredulidade, quis desvelar-Se neste Santíssimo Sacramento e tornar-Se visível aos nossos olhos: Vinde irmãos, e contemplai. Eis a Carne e o Sangue do nosso diletíssimo Cristo!

Graças e Louvores sejam dados a todo momento, ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento.
Apesar das pessoas acharem que dinheiro não traz felicidade, a grande maioria das pessoas vive como se isso fosse verdade. Veja, trabalhamos mais do que devemos, muitas vezes sacrificamos nossas famílias e também nossa saúde. Sem falar que gastamos mais do que recebemos e ainda invejamos aqueles que tem mais que nós.

Mas se o dinheiro não traz felicidade por que somos ainda tão materialistas? Em Eclesiastes 5,9 lemos: “Aquele que ama o dinheiro nunca se fartará, e aquele que ama a riqueza não tira dela proveito. Também isso é vaidade”.

O materialismo é uma tentativa de transformar a felicidade na posse de algo visível e que estará a nossa disposição quando desejarmos. Isto pode até funcionar por algum tempo, mas logo nos sentiremos vazios, em busca de outros bens e nunca nos sentiremos plenamente satisfeitos.

O dinheiro é importante para a sobrevivencia, devemos sim trabalhar com a dignidade de quem tem algo a cumprir mas não somente para ganhar o dinheiro.

Nossa satisfação só será plena quando entendermos que somos um capítulo especial na obra da criação, o dinheiro, a riqueza ou até a falta dela é consequencia das nossas atitudes, é preciso aprender a confiar na generosidade com que Deus nos ampara e nos cumula de bens e acima de tudo como Ele nos ama e é providencial.
Senhor,
Faz-nos conscientes do Vosso amor,
Queremos estar Contigo e para sempre amar-Te.
Vem em nosso socorro,
ilumina o nosso pensamento,
dá-nos equilíbrio e sabedoria.
Amém!

SEJAMOS IMPREGNADOS NO ESPÍRITO

Se pegarmos um lenço e o mergulharmos em uma vasilha com suco de morango, o suco penetrará nas fibras do tecido e ele ficará vermelho. E se o levarmos à boca, sentiremos o gosto de suco. Se o espremermos, o que sairá dele? Suco, é claro, porque o suco penetrou nele. Era isso que Jesus estava dizendo ao usar o verbo batizar: “Porque João batizou na água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo daqui a poucos dias” (Atos dos Apóstolos 1,5).

Não se trata de derramar o Espírito Santo em nós, mas de sermos “mergulhados” no Espírito Santo. É como mergulhar um lençol na água: o lençol acaba ficando impregnado deste líquido, porque todas as fibras do tecido ficam cheias d’água. É preciso que o mesmo aconteça com cada um de nós. “Vós sereis batizados no Espírito Santo”. Para que o Espírito nos impregne totalmente, penetrando em todas as fibras do nosso ser, é preciso que aceitemos ser mergulhados n’Ele.

Ser banhados no Espírito é a grande graça que recebemos, de tal maneira que Ele tome conta de todo o nosso ser. O que levamos aos outros não somos nós, mas o próprio Espírito Santo. A partir disso, conclui-se uma coisa importante: os dons estão intimamente ligados à graça de receber a efusão do Espírito Santo. De modo que quem foi batizado n’Ele não pode ficar sem os dons, pois os dons são a mais legítima expressão d’Ele. 

Deus conta conosco!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

COMO AJUDAR EFIZCAZMENTE QUEM PRECISA DA NOSSA AJUDA ?

Metodologia Terapêutica de Ajuda Emocional
Sempre há alguém precisando de ajuda emocional: uma palavra amiga, uma orientação ou simplesmente alguém que escute os sofrimentos da alma. Contudo, nem sempre sabemos como agir diante de determinadas situações, pois somos extremamente complexos e frágeis. Sempre existe o medo de que nossas palavras sejam mal interpretadas. Como ajudar eficazmente quem precisa de nossa ajuda?
Ajudar é um processo que exige, em primeiro lugar, uma maturidade emocional e espiritual. Uma pessoa imatura dificilmente poderá contribuir com alguém que enfrenta crises pessoais complexas e que exigem um cuidado especial no acolhimento do que será partilhado. Por isso mesmo, é preciso nos questionarmos se temos condições humanas e espirituais de ajudar alguém ou se, no momento, seria mais prudente e oportuno indicar outra pessoa com um nível de maturidade maior para poder auxiliar em determinados contextos enfrentados por quem nos procurou.

Quem nos procura não quer ser tratado como um objeto. Não é uma mercadoria. Não deseja ser analisado, mas necessita de compreensão e empatia. Uma atitude que vê o outro como um problema sem solução não contribui para uma ajuda eficaz. É necessária a disponibilidade interior para compreender os sentimentos do outro sem nos perdermos dos nossos.
O que é revelado sempre deverá conter o caráter confidencial. Talvez, o que ouviremos nunca tenha sido partilhado com outra pessoa. Diante de nós será depositado tudo aquilo que a pessoa vive e sente, e, neste caso, o respeito à dor e ao sofrimento do outro torna-se fundamental. No processo de acolhimento, é necessário ser quem se é, não tendo necessidade de fingimentos. Faz-se necessário abrir mão das máscaras que, supostamente, poderão desejar ocupar um lugar que não lhes pertence.
Diante de determinados relatos, corremos o risco de nos irritarmos com aquilo que nos é apresentado. Talvez, o relato seja longo demais ou não concordemos com determinadas atitudes. Quando a pessoa percebe a irritação expressa na fala ou no semblante do interlocutor, cria-se um bloqueio emocional que rouba a confiança que estava sendo depositada até então.

Somente poderá compreender os sentimentos do outro quem antes estiver consciente dos seus e aceitá-los. Não há como compreender o outro se antes não houver compreensão de si próprio. Atitudes de atenção, afeição, ternura, interesse, respeito nem sempre são fáceis de serem transmitidas, mas são essenciais para quem deseja ser um canal de ajuda.

Na relação de ajuda, corremos o risco de ficarmos deprimidos com a depressão do outro ou angustiado com a angústia que nos é apresentada. É preciso ter em si mesmo uma maturidade humana e espiritual para entrar no mundo do outro, procurando ver como ele vê a vida sem perder-se de si mesmo.

Nem sempre é fácil aceitar o outro como ele é. Diante de nós estão colocadas todas as fragilidades e pecados guardados em um coração sofrido e machucado. Como reagir a tudo isso? Condenar e decretar uma sentença? Não! Será preciso agir com extrema delicadeza para que nosso comportamento não seja interpretado como uma ameaça, criando assim um bloqueio na relação de ajuda.

Enfim, é preciso ver o outro como um ser humano em processo de transformação: uma pessoa amada por Deus e que, muitas vezes, precisa resgatar a sua dignidade diante de si mesmo e da sociedade. Quando quem nos procura é acolhido como uma criança imatura, alguém ignorante ou ainda como um problema sem solução, limitamos a relação de ajuda e não permitimos que a pessoa desenvolva suas possibilidades de crescimento interior, tanto em nível humano quanto espiritual.

A compreensão é um processo de misericórdia e compaixão, o qual se estabelece quando a confiança e o respeito são preservados como algo sagrado na relação interpessoal. Não há ajuda eficaz quando quem nos procura não encontra uma oportunidade de recomeçar a escrever sua história de vida.
Padre Flávio Sobreiro

TEMOS DIREITO Á VIDA

A vida humana é sagrada, pois tem como origem a ação criadora de Deus
A lei brasileira permite o uso, para pesquisa e terapia, de células-tronco obtidas de embriões humanos de até cinco dias, que sejam sobras do processo de fertilização in vitro, inviáveis para implantação ou congelados por mais de três anos com o consentimento dos genitores. Todavia, ainda que a lei aprove, esta prática é um atentado contra a vida humana.

Em primeiro lugar, a destruição do blastocisto, embrião na segunda semana de gestação, para a obtenção de células-tronco, é um atentado contra a vida, porque esta é inviolável, ainda que em sua fase inicial de formação. Esta prática é eticamente incorreta, porque é um desrespeito contra a dignidade humana. Uma vida, ainda que em sua fase inicial, não pode ser usada para pesquisas e/ou terapias. Ainda que o fim dessas pesquisas seja para o bem da humanidade, não se pode dispor de um meio mau para chegar a esse fim. Além da questão ética, há também implicações do ponto de vista religioso a respeito do uso de células tronco embrionárias para pesquisas e terapias

Segundo a Carta Encíclica Evangelium Vitae, do Papa João Paulo II, o quinto mandamento da Lei é lembrado, em primeiro lugar, por Jesus ao jovem rico: “Não matarás; não cometerás adultério; não roubarás...” (Mt 19, 18). Segundo o Pontífice, o mandamento de Deus não pode ser desvinculado do seu amor, que é sempre um dom para a alegria do homem. Este constitui um aspecto essencial e um elemento inalienável do Evangelho, uma boa e feliz notícia.
O Evangelho da vida é um grande dom de Deus e, ao mesmo tempo, uma exigente tarefa para o homem. “Aquele suscita assombro e gratidão na pessoa livre e pede para ser acolhido, guardado e valorizado com vivo sentimento de responsabilidade: dando-lhe a vida, Deus exige do homem que a ame, respeite e promova. Deste modo, o dom faz-se mandamento, e o mandamento é em si mesmo um dom”. O homem tem o dever de amar, respeitar e promover a vida, por isso a destruição do embrião para a obter células-tronco é pecado grave contra Deus e Sua Lei.

João Paulo II afirma que o homem é rei e senhor não apenas das coisas, mas também, e em primeiro lugar, de si mesmo e da vida que lhe é dada. O gênero humano pode transmitir a vida por meio da geração cumprida no amor e no respeito do desígnio de Deus. Porém, o seu domínio não é absoluto, mas um reflexo concreto do domínio único e infinito de Deus. Por isso, o homem deve viver esse domínio com sabedoria e amor, participando da sabedoria e do amor de Deus, o qual é tão grande que não pode ser medido (cf. EV 52). O homem não é senhor absoluto e árbitro incontestável, mas ministro do desígnio de Deus. A vida é confiada ao homem como um tesouro que não pode desprezar, como um talento que deve fazer render, pois dele terá de prestar contas ao seu Senhor (cf. Mt 25, 14-30; Lc 19, 12-27).

A vida humana é sagrada, pois tem como origem a ação criadora de Deus e mantém para sempre uma relação especial com o Criador, seu único fim. “Só Deus é Senhor da vida, desde o princípio até ao fim: ninguém, em circunstância alguma, pode reivindicar o direito de destruir diretamente um ser humano inocente” (EV 53). Somente Deus é o Senhor absoluto da vida do homem, formado à Sua imagem e semelhança (cf. Gn 1, 26-28), por isso, não podemos manipular a vida.

A vida humana possui um caráter sagrado e inviolável, no qual se reflete a própria inviolabilidade do Criador. Por isso, Deus se fará juiz severo de qualquer violação do mandamento “não matarás”, colocado na base de toda a convivência social. Deus é o defensor do inocente (cf. Gn 4, 9-15; Is 41, 14; Jr 50, 34; Sal 19 18, 15), que não Se alegra com a perdição dos vivos (cf. Sb 1, 13). Com a perdição, somente satanás pode se alegrar. Foi pela inveja do homem que a morte entrou no mundo (cf. Sb 2, 24). O demônio é assassino desde o princípio e também mentiroso e pai da mentira (cf. Jo 8, 44).

Enganando o homem, satanás levou-o ao pecado e à morte, que lhe foram apresentados como objetivos e frutos de vida (cf. EV 52). Não nos enganemos, pois tais pesquisas com células-tronco embrionárias podem ser apresentados da mesma forma, como objetivos e frutos de vida, mas na verdade fazem parte da cultura de morte, que se espalha pelo mundo. Protejamos estas vidas contra qualquer tipo de manipulação, pois nos lembra o Beato João Paulo II, o ser humano tem direito à vida desde a concepção até o momento da morte natural (cf. Exortação Apostólica Christifideles laici, 38).
Natalino Ueda - Comunidade Canção Nova

terça-feira, 28 de maio de 2013


VOCE CONHECE ALGUÉM QUE VIVE SOLITÁRIO , NO FUNDO DO POÇO DO DESESPERO E DA DEPRESSÃO ?

 A pessoa que está nessa situação não sente animo algum diante da vida e imagina não ter valor e nem ser importante para ninguém.

Este é um engano terrível, existe alguém que se importa com você, este alguém é Deus.

Em Isaías 49, 15-16, Ele diz: “Pode uma mulher esquecer-se daquele que amamenta? Não ter ternura pelo fruto de suas entranhas? E mesmo que ela o esquecesse, eu não te esqueceria nunca. Eis que estás gravada na palma de minhas mãos, tenho sempre sob os olhos tuas muralhas.”

Deus nos diz que somos importantes, que temos valor. Ele diz que estamos gravados, cada uma de nós, na palma da sua santa mão. O que isto significa? Que estamos sempre juntos Dele. Não fique olhando para o passado, para os erros, fracassos ou sonhos não realizados. Viva o hoje com toda a coragem.

Risque definitivamente da sua vida a frase “Ninguém se importa comigo”, Deus estará sempre com você aconteça o que acontecer.
Se você cair Ele lhe estenderá a mão, se estiver se sentindo cansado, ele aliviará o seu fardo, se precisa ser perdoado, Ele está sempre disposto a te resgatar. Aprenda a enxergar a vida com os olhos da fé e você será capaz de vencer todas as barreiras.

Meu bom Deus, muito obrigado pela tua graça,
não pagamos nada por ela, é tudo dom gratuito de tua bondade.
Perdoa a nossa ingratidão e faz-nos sempre carentes de tua ajuda.
Muda a nossa maneira de ser,
reforma o nosso procedimento,
faz-nos instrumentos de tua paz e dá-nos o dom do equilíbrio.
Amém!
Padre Alberto Gambarini