sexta-feira, 31 de outubro de 2014

HALLOWEEN, UMA FESTA INOFENSIVA ?

O cristão pode participar dela ou trata-se apenas de uma prática cultural inofensiva?
O Halloween é uma festa comemorada no dia 31 de outubro, véspera do Dia de Todos os Santos. Ela é realizada em grande parte nos países ocidentais, sendo mais forte nos Estados Unidos, para onde foi levada por imigrantes irlandeses em meados do século XIX. Na valorização da cultura americana, especialmente nas escolas de inglês e nos filmes de Hollywood, essa festa tem se espalhado pelo mundo.
A prática do Halloween vem do povo celta, o qual acreditava que, no último dia do verão (31 de outubro), os espíritos saíam dos cemitérios para tomar posse dos corpos dos vivos, visitar as famílias e levar as pessoas ao mundo dos mortos. Sacerdotes druístas (religião celta) atuavam como médiuns evocando os mortos. Parece que, para espantar esses fantasmas, os celtas tinham o costume de colocar objetos assustadores nas casas, como caveiras, ossos decorados, abóboras enfeitadas entre outros. O termo “Halloween” surge mais tarde, no contato da cultura celta com o Cristianismo. Da contração do termo escocês “Allhallow-eve” (véspera do Dia de Todos os Santos), que era a noite das bruxas, surge o “Halloween”.
É aí que surge a dúvida: hoje essa festa tem algum significado espiritual? O cristão pode participar dela ou trata-se apenas de uma prática cultural inofensiva?
São Paulo diz: “Não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares” (Ef 6,12). O apóstolo também exorta: “Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar” (1Pd 5,8). Embora não os vejamos, os espíritos malignos são seres inteligentes que agem tentando perder as almas. Não os vemos, mas sofremos suas investidas. Isso é Doutrina da Igreja Católica.
Será que uma festa pagã, que praticava um ato abominável por Deus – a evocação dos mortos (Dt 18,10-11) –, enculturada hoje, não tem significado espiritual nenhum? É difícil que não tenha! Mas onde está o maligno nessa brincadeira de criança? Nós não o vemos, assim como não vemos o vírus ebola que começa a apavorar o mundo hoje. Você faria uma festa numa região que pode estar contaminada com esse vírus? Uma doença que pode roubar sua vida temporal? Eu não! Da mesma forma, e com muito mais razão, é questionável envolver-se numa festa que possa nos deixar sujeitos a um “vírus” que pode roubar nossa vida eterna. Na dúvida, eu me resguardo. Bem, mas essa é uma reflexão para quem tem fé católica e procura ser coerente com ela.
Outra pergunta que me faço é se o contato e a identificação com imagens horríveis de bruxas e monstros não tem significado algum na formação dos jovens. Desconsiderando a expressão de um satanismo evidente, mas indo para reflexão mais cultural, aí também não acredito que o Halloween seja tão inofensivo.
O ser humano é chamado a contemplar o belo, porque é manifestação da harmonia de tudo que é bom e verdadeiro. Deus é belo, mas o ser humano tem uma estranha atração pelo mórbido, o oculto e suas expressões naquilo que tem de horrível. Não tenha dúvida que educar uma pessoa humana significa, dentre tantas outras coisas, ensinar a apreciar, valorizar e identificar o belo com o bom. Não seria o Halloween mais uma forma, dentre tantas outras hoje em dia, de roubar a referência do belo, do verdadeiro, do bom e do honesto? Será que o mal e o monstruoso, quando viram brincadeira, são tão inofensivos à cultura e aos valores do ser humano?
Até o “doces ou travessuras” não surgiu de forma muito pura. Parece que sua origem está na época em que os países anglo-saxônicos se tornaram protestantes, e as crianças protestantes iam às casas das famílias católicas, oprimidas pelo governo, impor suas exigências. Em um mundo onde os jovens diariamente curtem nas roupas, nos filmes e nas festas o mórbido das caveiras e dos zumbis, o horrível dos monstros e das bruxas, é fácil entender uma sociedade tão pobre em cultura e tão abundante em violência e promiscuidade. Se a expressão do mal é brincadeira e moda, que mal faz torná-lo coisa séria?
Voltando ao lado religioso, é curioso que o Halloween se avizinhe da festa católica de Todos os Santos. Não parece que alguém, tão incomodado com os santos, resolveu festejar os demônios?
Não se trata de supervalorizar do mal em detrimento do bem. Menos ainda de uma visão puritana das coisas deste mundo. O mundo é maravilhoso, a vida é bela. O cristão precisa saber acolher essa maravilha, valorizar a vida do homem e cultivar a alegria da criança e do jovem. Contudo, para semear a vida e colher a alegria é preciso saber: “Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma” (1Cor 6,12)

André Botelho

SENHOR MEU AMIGO

Senhor, meu amigo! Assim, lado a lado, eu caminho confiante, onde fores eu vou!
Senhor, não pergunto, pra onde me levas, se Tu queres, eu quero, se Tu fores eu vou".
Que a vontade do Senhor prevaleça na nossa vida! "Venha o Teu reino, seja feita a Tua vontade, Senhor".
Amém!

A DEUS NADA É IMPOSSÍVEL

A fé é o dom que recebemos no batismo; ela cresce em nós a ponto de se tornar operativa, não intelectual. “Acredito que Jesus pode curar e só”. Não deve ser dessa forma, mas sim: “Estou convencido do poder curador do Senhor, de que minha fé me leva a ser instrumento d’Ele”. Tudo isso depende de estarmos no Espírito Santo e permanecermos n’Ele.
Se eu pegar um copo e nele colocar água, um pouco de azeite, uma rolha e um pavio, farei uma lamparina de azeite. Por sua vez, se eu pegar só o pavio e puser fogo nele, em poucos segundos o pavio se consumirá. Contudo, se eu o deixar embebido no azeite e acendê-lo, ele ficará horas iluminando. Enquanto ele estiver embebido no azeite, produzirá luz e calor. Com cada um de nós ocorre o mesmo, tudo depende de permanecermos “embebidos” no Espírito. Ele, que possui todos os dons, manifesta-se em nós conforme a  nossa necessidade.
“Quando voltaram para junto da multidão, alguém aproximou-se de Jesus, caiu de joelhos e disse: ‘Senhor, tem piedade do meu filho. Ele tem crises de epilepsia e passa mal. Muitas vezes cai no fogo ou na água. Levei-o aos teus discípulos, mas eles não conseguiram curá-lo!’ Jesus tomou a palavra: ‘Raça incrédula e perversa, até quando estarei convosco? Até quando hei de aturar-vos? Trazei aqui o menino’. Jesus ameaçou o demônio e este saiu do menino, que ficou curado na mesma hora. Então os discípulos lhe perguntaram em particular: ‘Por que não pudemos nós expulsar este demônio?’. Jesus respondeu-lhes: ‘Por causa de vossa falta de fé. Em verdade vos digo: se tiverdes fé, como um grão de mostarda, direis a esta montanha: Transporta-te daqui para lá, e ela irá; e nada vos será impossível'” (Mt 17,14-20). 
Segue-se, então, a parte mais importante do Evangelho, no versículo 19: “Então, os discípulos aproximaram-se de Jesus e lhe perguntaram em particular: ‘Por que nós não conseguimos expulsar o demônio?’ Ele respondeu: ‘Por causa da fraqueza de vossa fé!'” (Mt 17, 19b-20a).
Que é isso! Então, os apóstolos não tinha fé? Respondemos: “Claro que tinham!”. Eles acreditavam em Jesus, que Ele era o Filho de Deus. Acreditavam que Jesus curava e expulsava demônios. Os discípulos acreditavam que o poder de Deus estava em Cristo. Prova disso é que foram à frente d’Ele, de aldeia em aldeia, de cidade em cidade, pregando, curando e vendo curas acontecerem.
Eles viram! Portanto, acreditaram. Porém, diante daquela situação, diante do menino naquele estado, não acreditaram. Eles se julgaram muito pequenos para aquilo, mas Jesus foi claro: “Por causa da fraqueza de vossa fé”.
O Senhor continua: “Em verdade vos digo: se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a esta montanha: ‘Vai daqui para lá’, e ela irá. Nada vos será impossível” (Mt 17,20b). Jesus nem exige uma grande fé, da altura de uma montanha. Basta que a tenhamos do tamanho de um grão de mostarda e nos valhamos dela.
Podemos rezar assim: “Vem, Espírito Santo! Sei que o Teu amor já foi derramado sobre mim, mas, hoje, reinflama o carisma de Deus que está em mim. Quero usar o carisma do Senhor de acordo com a minha fé. Amém!”.
Artigo extraído do livro ‘Aspirais os dons espirituais’, de monsenhor Jonas Abib.

CHAMADOS POR DEUS

“O espírito do Senhor repousa sobre mim, porque o Senhor consagrou-me pela unção; enviou-me a levar a boa nova aos humildes, curar os corações doloridos, anunciar aos cativos a redenção, e aos prisioneiros a liberdade” (Is 61,1).
Celebremos com alegria o chamado de Deus a cada um de nós em particular. Para sermos suas testemunhas, somos escolhidos não por sermos perfeitos ou porque já estamos prontos; ao contrário, mesmo com todas as nossas fragilidades o Senhor nos chama por Sua graça para que sejamos sinal de uma vida de santidade.
Doemos a nossa vida na missão para a qual somos chamados, na nossa família, na vida religiosa, no sacerdócio ou como missionário em uma comunidade. O importante é levarmos a Boa Nova a todos os lugares, sendo testemunhas com a nossa vida.
Peçamos a Jesus a graça de sermos cheios do Espírito Santo, para assim conduzirmos a Sua graça.
Jesus, eu confio em Vós! 
Luzia Santiago

SE CONTINUARMOS LUTANDO COM CONFIANÇA TEREMOS A VITÓRIA


Se continuarmos lutando com confiança teremos a vitória. Podemos ser felizes se compreendermos que ainda vivemos uma felicidade limitada por nossas fraquezas e pelos acontecimentos negativos. O cristão não tem motivos para viver triste, pois nós sabemos que Jesus já pagou e apagou os nossos pecados, e isso deve nos deixar alegres. Afastemos de nós a tristeza, pois somos portadores da graça de Deus.

Padre Alberto Gambarini

VIVER BEM CADA MOMENTO



A caridade é paciente, a caridade é bondosa”
 (I Cor 13,4).
Cada momento é único e deve ser vivido da melhor maneira. Mas como lidar com as adversidades com as quais nos deparamos ao longo do caminho? No início de cada dia, é preciso tomar a decisão de agir com amor sendo paciente e bondoso.
“Viver de amor é navegar sem cessar semeando a paz, a alegria em todos os corações. A caridade, eis minha única estrela. A sua luz navego sem rodeio. Meu lema está escrito na minha vela: viver de amor” (Santa Teresinha do Menino Jesus).
Peçamos ao Senhor: “Dá-nos, Senhor, a graça de vivermos bem tudo o que tens reservado para nós neste dia, pois o Senhor sempre tem o melhor.
Luzia Santiago

quinta-feira, 30 de outubro de 2014


EU SOU A RESSURREIÇÃO

Jesus nos enche de esperanças e nos dá certeza de que podemos contar com Ele em todos os momentos, basta crermos na glória que circunda Nosso Senhor ressuscitado, tendo vencido a morte Ele é a nossa esperança e a certeza de quanto mais perto chegamos de Deus mais abundante são os nossos dias.
Padre Alberto Gambarini

O QUE A IGREJA DIZ SOBRE A ESTERILIZAÇÃO NO CONTROLE DA NATALIDADE

Vasectomia no homem e laqueadura ou ligadura de trompas nas mulheres. O que dizer desses procedimentos de esterilização?
A esterilização pode ser entendida como ato ou efeito de tornar-se infértil, infecundo e improdutivo, permanecendo incapaz de procriar de maneira usual. Nos seres humanos, a esterilização consiste no ato de empregar técnicas especiais, cirúrgicas ou não, no homem e na mulher para impedir a fecundação. Esse procedimento pode ser classificado como eugênico, terapêutico, estético e de controle de natalidade. O método é usado para atender às necessidades terapêuticas e contraceptivas dos seres humanos; atualmente, é o contraceptivo mais utilizado no mundo. Importante considerar que esse processo é permanente, irreversível. Nesse caso, temos como métodos esterilizantes a vasectomia no homem e a laqueadura ou ligadura de trompas nas mulheres, que provocam a infecundidade permanente.
O que se deve dizer da moralidade dos procedimentos de esterilização? A Igreja Católica avalia como moralmente inaceitável toda esterilização especificamente direcionada para a contracepção ou o impedimento da gravidez. “A esterilização direta, isto é, aquela que tende a tornar impossível a procriação como fim e como meio, é uma violação grave da lei moral e, por conseguinte, ilícita”1.
A esterilização da faculdade generativa é proibida por um motivo ainda mais grave, pois produz na pessoa um estado de esterilidade quase sempre irreversível. Nem pode ser invocada nenhuma disposição da autoridade pública, que procure impor a esterilização direta como necessária para o bem comum, pois essa destrói a dignidade e a inviolabilidade da pessoa humana. (…) Essa esterilização está absolutamente proibida 2.
“A regulação da natalidade representa um dos aspectos da paternidade e da maternidade responsáveis. A legitimidade das intenções dos esposos não justifica o recurso a meios moralmente inadmissíveis (por exemplo, a esterilização direta ou a contracepção)”3. Portanto, deve-se ainda excluir toda ação que, ou em previsão do ato conjugal ou durante a sua realização, ou também durante o desenvolvimento das suas consequências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a procriação. Deve-se excluir igualmente, como o Magistério da Igreja declarou muitas vezes, a esterilização direta, perpétua ou temporal, tanto do homem como da mulher”4.
Esterilização como meio terapêutico
Entende-se esterilização indireta ou terapêutica as exigidas especificamente para a preservação imediata da saúde ou vida da pessoa que enfrenta uma patologia que, de algum modo, envolve o sistema reprodutor. Por exemplo: ovários, úteros ou testículos cancerosos podem ser removidos.A Igreja, por outro lado, não considera ilícito o recurso aos meios terapêuticos, verdadeiramente necessários para curar doenças do organismo, ainda que daí venha a resultar um impedimento, mesmo previsto, à procriação, desde que tal impedimento não seja, por motivo nenhum, querido diretamente. “Embora o homem tenha direito à integridade física, quando a conservação ou funcionamento de algum órgão ou membro constitui direta ou indiretamente uma séria ameaça para todo o corpo, podem ser amputados ou reduzidos à incapacidade de funcionamento se não se dispõe de outros meios (esterilização terapêutica)”5. E ainda, “(…) fora das indicações médicas de ordem estritamente terapêutica, as amputações, as mutilações ou esterilizações diretamente voluntárias de pessoas inocentes são contrárias à lei moral”6.
Padre Mario Marcelo Coelho

A IMPORTANCIA DO ROSÁRIO EM FAMILÍA

É fundamental que a família cristã reze o rosário todos os dias
Segundo uma tradição, São Domingos de Gusmão, espanhol, recebeu de Nossa Senhora a devoção do santo rosário, que ele rezava continuamente em suas caminhadas pela conversão dos hereges cátaros que agitavam a vida da Igreja na França.
Em suas aparições, em Fátima e Lourdes, Nossa Senhora pediu insistentemente aos videntes para que rezassem o terço sempre. Ela disse aos pastorinhos, em Fátima, que “não há problema de ordem pessoal, familiar, nacional e internacional, que o santo terço não possa ajudar a resolver”. Por isso, o terço e o rosário tornaram-se orações amadas pelo povo de Deus. O Papa João Paulo II disse que essa era “a sua oração predileta”; sempre o víamos rezando-a
Bento XVI o recomendou fortemente. Disse: “O rosário é oração bíblica, toda tecida da Escritura Sagrada. É a oração do coração, em que a repetição da Ave-Maria orienta o pensamento e o afeto para com Cristo, tornando-se súplica confiante na nossa Mãe”.
“O terço, quando rezado de modo autêntico, não mecânico ou superficial, mas profundo, traz paz e reconciliação. Contém em si a potência curadora do nome santíssimo de Jesus, invocado com fé e com amor no centro de cada Ave-Maria” (5 de maio de 2008 -ZENIT.org).
Na sua Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, de 2005, São João Paulo II disse: “Uma oração tão fácil e, ao mesmo tempo, tão rica merece verdadeiramente ser descoberta de novo pela comunidade cristã”.
Muitos Papas recomendaram o rosário: Leão XIII, em 1883, na Encíclica Supremi apostolatus officio, apresentou-o como “um instrumento espiritual eficaz contra os males da sociedade”. São Pio V, em 1571, estabeleceu a invocação a Nossa Senhora do Rosário, como agradecimento à Virgem pela vitória da cristandade, na batalha de Lepanto, contra os turcos otomanos muçulmanos que pretendiam destruir o Cristianismo na Europa.
Além dos inúmeros Papas, também muitos santos se destacaram pelo amor ao rosário: São Luís Maria Grignion de Montfort, Santo Afonso de Ligório, São Pio de Pietrelcina e muitos outros. Essa devoção tem como base o fato de que, do alto da cruz, Jesus Cristo, num ato de amor, nos deu Maria como Mãe (cf. Jo 19,26). Se Jesus no-la deu como Mãe, é porque precisamos dela para nossa vida e salvação. Então, cada cristão e cada família cristã precisa da proteção materna de Nossa Senhora para enfrentar a luta da vida, as tentações, provações etc. A Igreja sempre ensinou que “família que reza unida permanece unida”, sobretudo quando reza o terço.
Na oração do santo rosário, a Virgem Maria nos ensina e nos anima na vida de Cristo, partilhando conosco aquelas coisas que “ela guardava no seu coração” (cf. Lc 2,52). “É uma oração contemplativa, não pode ser apenas uma repetição mecânica de fórmulas”, disse o Papa Paulo VI na Exortação Apostólica Marialis cultus.
Lembro-me, com saudade, de que minha mãe, todos os dias, reunia seus nove filhos, às 18h em ponto, para rezar o terço. Era algo que não falhava. Hoje, vejo todos os meus irmãos na Igreja, todos casados, nenhum separado. Não me lembro de um dia de desespero em nosso lar, embora tivéssemos todos os problemas que toda família tem. O santo terço diário foi sempre a nossa força, o nosso consolo. Nunca o deixei de rezar, mesmo nos meus tempos de cadete do Exército, durante três anos na Academia Militar.
Sobretudo hoje, em que se multiplicam os problemas e os pecados, a ofensa a Deus, e os filhos estão muito mais sujeitos aos maus exemplos, é fundamental que a família cristã reze, todos os dias, o santo terço para se colocar debaixo da poderosa intercessão de Nossa Senhora. Então, terão paz, mesmo neste mundo tão conturbado.

Felipe Aquino

O SENHOR VIRÁ ELE NÃO TARDARÁ

Nós precisamos aguentar firme, porque Deus logo chegará e nós teremos um banquete, que será de céus novos e uma terra nova, e lá o Senhor enxugará todas as nossas lágrimas. Isso o Senhor nos disse e nós exclamaremos: “Esse é o nosso Deus, esperamos n’’Ele até que Ele nos salvou”.
Meu irmão, falar da volta do Senhor é falar de certezas, evidências e esperanças. Sua vinda é uma questão de tempo, e Ele só está demorando, porque está nos dando o tempo da misericórdia.
Quando chegarmos à terra nova, estaremos seguros, porque a mão do Senhor repousará sobre nós. Não será apenas no fim dos tempos que Ele nos guardará. Deus está vindo a cada dia. Você não percebe a presença palpável d’’Ele na sua vida, no seu dia a dia?
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Que o Espírito Santo trabalhe na nossa vida esse arrependimento para experimentarmos o perdão do Senhor! Ele é fiel e justo para nos perdoar! Obrigado Senhor

ENTENDER A VONTADE DE DEUS

A leitura espiritual é o alimento de nossas almas. À medida que deixamos as palavras da Bíblia ou de um bom livro espiritual entrarem em nossa mente e alcançarem nosso coração, nos tornamos pessoas diferentes. 

A Palavra gradualmente se torna carne em nós e transforma todo o nosso ser. Por isso, a leitura espiritual é uma encarnação contínua da Palavra divina em nós. Em e por Jesus, o Cristo, Deus tornou-se carne há muito tempo. Em e por meio da leitura da Palavra de Deus e de nossa reflexão sobre ela, Deus torna-se carne em nós e se faz presente.

Em João 1, 9 lemos: O Verbo (a palavra) era a verdadeira luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem.

Acredito, firmemente, que algo novo acontece em sua vida, a partir desta experiência. Quando você sente e vive essa verdade “tudo muda”! A partir daí, somos novas criaturas, que restauradas pelo Poder do Alto, tornamo-nos discípulos fieis de Jesus, anunciando a salvação: “Descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará forca, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins do mundo” (At. 1,8). São as nossas experiências espirituais com Deus que resultam em ações concretas de fé.

Leia sempre a palavra de Deus com grande amor e reverência.

Meu bom Jesus,
vem em nosso auxílio, aumenta a nossa fé,
e que possamos sentir cada vez mais
a Tua presença em nossa vida.
Amém!

Padre Alberto Gambarini

COMO TRABALHAR AS CARÊNCIAS

Por que, na vida de muitas mulheres, a palavra “carência” as acompanha durante toda a vida adulta e, muitas vezes, até na velhice?
A palavra “carência” é por nós conhecida desde muito cedo, quando começamos a aprender a lidar com nossos sentimentos e emoções.
Por que muitas mulheres chegam ao apogeu da vida sem nunca terem conseguido lidar, de forma eficaz, com suas carências? Será que estas são reflexo da falta de amor dos pais na infância? Seriam elas fruto de algum trauma vivido ou consequência de algum tipo de abandono sofrido? Muitas aqui poderiam ser as respostas.
Temos diversas fontes de afeto que não são reconhecidas, pois nossa cultura quase sempre nos cobra que estejamos namorando ou casados; apesar de esta não ser uma garantia para a plenitude afetiva. Por conta dessa crença, ficamos menos seletivas e acabamos entrando em relacionamentos que, algumas vezes, são transformados em sofrimentos quando acabam os encantos.
Percebemos que muitas mulheres são carentes de carinho, de atenção, envolvimento e reconhecimento; enfim, são carentes de amor. Mas um fato que nos chama à atenção é que em algumas mulheres a carência pode ultrapassar um limite saudável.
Mulheres que exigem atenção o tempo todo, que nunca estão satisfeitas, sempre se queixando e cobrando demais, mulheres que são ciumentas e possessivas podem realmente conseguir afastar muitas pessoas de perto delas e atrair para si aquilo que menos desejam: a indiferença e a frieza. A impressão que passam é que nada do que se faça é o bastante para que se sintam amadas e satisfeitas, vivem envolvidas em carência total, reclamando manifestações carinhosas. Mulheres assim podem acabar sendo tidas por chatas, enfadonhas e inconvenientes.
Para aprendermos a lidar com nossas carências de uma forma equilibrada e saudável, precisamos, antes de tudo, aprender a lidar com nosso psiquismo e amar a nós mesmas com equilíbrio.
Aqui vão algumas dicas que podem nos ajudar:
1) Coloque sua vida diante de Deus, peça a ajuda e a presença d’Ele neste caminho de autoconhecimento. Conte sua história para si mesma e para o Senhor, peça que o Espírito Santo lhe revele as raízes de suas carências.
2) Espere menos das pessoas. Lembre-se de que ninguém é responsável por preencher todas as suas necessidades de afeto e atenção. Portanto, não deposite uma expectativa exagerada sobre os outros, porque eles não podem corresponder. Faça por você mesma o que gostaria que os outros lhe fizessem, em vez de esperar isso delas. Dê-se atenção, presentei-se, gaste um tempo só para si mesma.
3) Cultive sua autoestima. Faça coisas boas para si mesma, procure envolver-se em atividades nas quais você se sinta bem. Valorize esses momentos. Procure ter uma vida saudável e equilibrada. Cuide bem de sua mente com boas leituras, cuide de seu corpo com atividades físicas, alimentação saudável e boas horas de sono.
4) Cultive amizades saudáveis e procure estar perto daqueles que ama, de sua família e de pessoas que você sabe que lhe querem bem. Se você sente que deposita muito sua necessidade de afeto em uma única pessoa, procure alimentar e cultivar outros relacionamentos. Existem muitas outras relações que podem suprir nossas carências além do namoro ou do casamento.
5) Veja os demais setores da sua vida, valorize suas conquistas e suas vitórias, não deixe que sua psique se comprima em apenas um aspecto da realidade, naquilo que lhe falta ou nas perdas vividas. Dê valor às coisas boas que você faz, sobretudo às suas qualidades.
6) Viva o momento presente, viva o aqui e o agora. Você alimenta carências quando fica presa a um passado que não volta mais ou projeta um futuro que ainda é incerto. Lembre-se de que a maior dádiva que você tem é o momento presente, portanto, procure se envolver com aquilo que está fazendo e vivendo hoje.
7) Cultive a esperança, tenha sempre novos projetos em mente, seja na área profissional, no lazer, num novo curso ou num hobbieNão deixe de sonhar e acreditar, mas tenha sempre os pés fincados no chão.
8) Busque ajuda profissional se julgar necessário, antes que a carência possa levá-la à depressão ou à falta de sentido na vida. Aprenda a identificar os vazios e as angústias, falar sobre situações e sentimentos difíceis com a ajuda de um profissional capacitado para ajudá-lo a traçar caminhos para sua recuperação emocional.
9) Não tenha medo da solidão. Aprenda a fazer coisas boas e agradáveis em sua própria companhia, descubra a alegria de estar com si mesma e a solidão deixará de ser tão temida e desagradável. E nunca se esqueça de que Jesus caminha com você em todos os momentos, especialmente naqueles onde se sente mais só.
10) Por fim, alimente e cultive sua vida espiritual, eduque sua vontade, busque o equilíbrio e o autodomínio sobre suas emoções e seus sentimentos. Não permita que suas carências e seus desafetos o dominem. Saiba que sentimentos nem sempre você pode escolher, mas o que vai fazer com eles é você quem decide; experimentar isso é poder experimentar a liberdade de viver guiada pelo Espírito.

Judith Dipp



PAPA FALA REALIDADE VISÍVEL DA IGREJA

Santo Padre destacou que a realidade visível da Igreja é imensurável, já que não se pode medir todo o bem feito por todos que a constituem
Papa Francisco na catequese de hoje com os fiéis na Praça São Pedro / Foto: Reprodução CTV
Papa Francisco na catequese de hoje com os fiéis na Praça São Pedro / Foto: Reprodução CTV
Na catequese desta quarta-feira, 29, o Papa Francisco concentrou-se na realidade da Igreja, formada por um aspecto visível e um espiritual. A parte visível dela é formada por todos os batizados, não só pelo clero, disse. O Santo Padre enfatizou que é preciso olhar para Cristo e colocar a realidade visível a serviço da realidade espiritual
Francisco deu sequência ao ciclo de catequeses sobre a Igreja. Ele destacou que todos os que se fazem próximos aos mais necessitados, procurando levar-lhes um pouco de conforto, e todos os que fazem o que o Senhor lhes mandou são a Igreja.
“Compreendemos, então, que a realidade visível da Igreja não é mensurável, não é conhecida em toda a sua plenitude. Como se faz para conhecer todo o bem que é feito? Tantas obras de amor, tanta fidelidade na família, tanto trabalho para educar os filhos, para transmitir a fé (…) isso é muito grande, não se pode mensurar”.
A realidade visível da Igreja, segundo Francisco, vai além do controle humano e constitui uma realidade misteriosa, porque vem de Deus. Ele explicou que, para entender a relação na Igreja entre sua realidade visível e a espiritual, o caminho é olhar para Cristo, do qual a Igreja é o corpo. Também no caso da Igreja há uma realidade misteriosa, disse o Papa. “Também a Igreja, então, é um mistério, no qual o que não se vê é mais importante do que o que se vê e pode ser reconhecido só com os olhos da fé”
O Pontífice recordou ainda o modo como Jesus utilizou sua humanidade para anunciar e realizar o desígnio divino, o que deve ser feito também pela Igreja. A partir de sua realidade visível, a Igreja é chamada, a cada dia, a se fazer próxima de cada homem, começando pelos mais necessitados.
O Santo Padre reconheceu as experiências de fragilidade e limitações que fazem parte da realidade da Igreja, uma vez que os homens são pecadores, e por isso é preciso rezar a Deus. “Peçamos o dom da fé para que possamos compreender como, não obstante a nossa pequenez e a nossa pobreza, o Senhor nos fez instrumento de graça e sinal visível do seu amor pela humanidade”

terça-feira, 28 de outubro de 2014


SÃO SIMÃO E SÃO JUDAS TADEU

Celebramos na alegria da fé os apóstolos São Simão e São Judas Tadeu. Os apóstolos foram colunas e fundamento da verdade do Reino.
São Simão: Simão tinha o cognome de Cananeu, palavra hebraica que significa “zeloso”. Nicéforo Calisto diz que Simão pregou na África e na Grã-Bretanha. São Fortunato, Bispo de Poitiers no fim do século VI, indica estarem Simão e Judas enterrados na Pérsia. Isto vem das histórias apócrifas dos apóstolos; segundo elas, foram martirizados em Suanir, na Pérsia, a mando de sacerdotes pagãos que instigaram as autoridades locais e o povo, tendo sido ambos decapitados. É o que rege o martirológio jeronimita.
Outros dizem que Simão foi sepultado perto do Mar Negro; na Caucásia foi elevada em sua honra uma igreja entre o VI e o VIII séculos. Beda, pelo ano de 735, colocou os dois santos no martirológio a 28 de outubro; assim ainda hoje os celebramos. Na antiga basílica de São Pedro do Vaticano havia uma capela dos dois santos, Simão e Judas, e nela se conservava o Santíssimo Sacramento.
São Judas Tadeu: Judas, um dos doze, era chamado também Tadeu ou Lebeu, que São Jerônimo interpreta como homem de senso prudente. Judas Tadeu foi quem, na Última Ceia, perguntou ao Senhor: “Senhor, como é possível que tenhas de te manifestar a nós e não ao mundo?” (Jo 14,22).
Temos uma epístola de Judas “irmão de Tiago”, que foi classificada como uma das epístolas católicas. Parece ter em vista convertidos, e combate seitas corrompidas na doutrina e nos costumes. Começa com estas palavras: “Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago, aos chamados e amados por Deus Pai, e conservados para Jesus Cristo: misericórdia, paz e amor vos sejam concedidos abundantemente”. Orígenes achava esta epístola “cheia de força e de graça do céu”.
Segundo São Jerônimo, Judas terá pregado em Osroene (região de Edessa), sendo rei Abgar. Terá evangelizado a Mesopotâmia, segundo Nicéforo Calisto. São Paulino de Nola tinha-o como apóstolo da Líbia. Conta-se que Nosso Senhor, em revelações particulares, teria declarado que atenderá os pedidos daqueles que, nas suas maiores aflições, recorrerem a São Judas Tadeu. Santa Brígida refere que Jesus lhe disse que recorresse a este apóstolo, pois ele lhe valeria nas suas necessidades. Tantos e tão extraordinários são os favores que São Judas Tadeu concede aos seus devotos, que se tornou conhecido em todo o mundo com o título de Patrono dos aflitos e Padroeiro das causas desesperadas.
São Judas é representado segurando um machado, uma clava, uma espada ou uma alabarda, por sua morte ter ocorrido por uma dessas armas.
São Simão e São Judas Tadeu, rogai por nós!

IMITADORES DE CRISTO

Feliz aquele que se compraz no serviço do Senhor e medita sua lei dia e noite” (Salmo 1,2).
Sejamos imitadores de Cristo, pois fomos escolhidos para ser sinal de Seu amor. Ele doou-se primeiro por cada um de nós, por isso temos de doar a nossa vida para o anúncio do Evangelho a todos os povos, sendo exemplos de uma vida de santidade e entrega ao Reino de Deus.
Peçamos ao Senhor que nos capacite em nossa missão, para que produzamos frutos de amor em atos concretos no nosso dia a dia. Como a Palavra nos ensina: “Ele é como a árvore plantada na margem das águas correntes: dá fruto na época própria, sua folhagem não murchará jamais. Tudo o que empreende, prospera” (Salmo 1,3).
O amor é fonte geradora de vida e, por meio dele, transparece em nós a imagem do Filho de Deus.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

APONTA PRA FÉ E REMA

Temos que fazer nossas as palavras de Mc 9,23: “Tudo é possível ao que crê.” Deus pode e quer transformar em realidade a nossa necessidade mais urgente. Não devemos nos dar por vencidos se o que pedimos tarda em acontecer.

Foto: Temos que fazer nossas as palavras de Mc 9,23: “Tudo é possível ao que crê.” Deus pode e quer transformar em realidade a nossa necessidade mais urgente. Não devemos nos dar por vencidos se o que pedimos tarda em acontecer.