sábado, 19 de abril de 2014




A DESCIDA DEJESUS Á MANSÃO DOS MORTOS

 Sábado Santo (séc IV), de um autor grego desconhecido – Da Liturgia das Horas – II leitura do Sábado Santo.
“Que está acontecendo hoje? Um grande silêncio reina sobre a terra. Um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio porque o Rei está dormindo; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque o Deus feito homem adormeceu e acordou os que dormiam à séculos. Deus morreu na carne e despertou a mansão dos mortos.
Ele vai, antes de tudo, à procura de Adão, nosso primeiro pai, a ovelha perdida. Faz questão de visitar os que estão mergulhados nas trevas e na sombra da morte. Deus e seu Filho vão ao encontro de Adão e Eva cativos, e agora libertos dos sofrimentos.
O Senhor entrou onde eles estavam, levando em suas mãos a arma da cruz vitoriosa. Quando Adão, nosso primeiro pai, o viu, exclamou para todos os demais, batendo no peito e cheio de admiração: “O meu Senhor está no meio de nós”. E Cristo respondeu a Adão: “E com teu espírito”. E tomando-o pela mão, disse: “Acorda, tu que dormes, levante dentre os mortos, e Cristo te iluminará. Eu sou o teu Deus, que por tua causa me tornei teu filho; por ti e por aqueles que nasceram de ti, agora digo, e com todo o meu poder, ordeno aos que estavam na prisão: “Saí!”; e aos que jaziam nas trevas: “Vinde para a luz!”; e aos entorpecidos: “Levantai-vos!”
Eu te ordeno: Acorda, tu que dormes, porque não te criei para permaneceres na mansão dos mortos. Levanta-te, obra de minhas mãos; eu sou a vida dos mortos. Levanta-te, obra das minhas mãos; levanta-te, ó minha imagem, tu que foste criado à minha semelhança. Levanta-te, saiamos daqui; tu em mim e eu em ti, somos uma só e indivisível pessoa.
Por ti, eu, o teu Deus,  me tornei teu filho; por ti, eu, o Senhor, tomei tua condição de escravo. Por ti, eu, que habito no mais alto dos céus, desci à terra, e fui mesmo sepultado abaixo da terra; por ti, feito homem, tornei-me como alguém sem apoio, abandonado entre os mortos. Por ti, que deixaste o jardim do paraíso, ao sair de um jardim fui entregue aos judeus e num jardim, crucificado.
Vê em meu rosto os escarros que por ti recebi; para restituir-te o sopro da vida original. Vê nas minhas faces as bofetadas que levei para restaurar, conforme à minha imagem,  a tua beleza corrompida. Vê em minhas costas as marcas dos açoites que suportei por ti para retirar dos teus ombros os pesos dos pecados. Vê minhas mãos fortemente pregadas à árvore da cruz, por causa de ti, como outrora estendeste levianamente tuas mãos para a árvore do paraíso. Adormeci na cruz e por tua causa a lança penetrou no meu lado, como Eva surgiu do teu, ao adormeceres no paraíso. Meu lado curou a dor do teu lado. Meu sono vai arrancar-te do sono da morte. Minha lança deteve a lança que estava voltada contra ti.
Levanta-te, vamos daqui. O inimigo te expulsou da terra do paraíso; eu, porém, já não te coloco no paraíso mas num trono celeste. O inimigo afastou de ti a árvore, símbolo da vida; eu, porém, que sou a vida, estou agora junto de ti. Constituí anjos que, como servos, te guardassem; ordeno agora que eles te adorem como Deus, embora não sejas Deus. Está preparado o trono dos querubins, prontos e a postos os mensageiros, constituído o leito nupcial, preparado o  banquete, as mansões e os tabernáculos eternos adornados, abertos os tesouros de todos os bens e o reino dos céus preparado para ti desde toda a eternidade.”
O Catecismo da Igreja nos ensina que:
CRISTO DESCEU AOS INFERNOS
§632 – As frequentes afirmações do Novo Testamento segundo as quais Jesus “ressuscitou dentre os mortos” (1Cor 15,20) pressupõem, anteriormente à ressurreição, que este tenha ficado na Morada dos Mortos. Este é o sentido primeiro que a pregação apostólica deu à descida de Jesus aos Infernos: Jesus conheceu a morte como todos os seres humanos e com sua alma esteve com eles na Morada dos Mortos. Mas para lá  foi como Salvador, proclamando a boa notícia aos espíritos que ali estavam aprisionados.
§633 – A Escritura denomina a Morada dos Mortos, para a qual Cristo morto desceu, de os Infernos, o Sheol ou o Hades. Visto que os que lá se encontram estão privados da visão de Deus. Este é, com efeito, o estado de todos os mortos, maus ou justos, à espera do Redentor que não significa que a sorte deles seja idêntica, como mostra Jesus na parábola do pobre Lázaro recebido no “seio de Abraão”. “São precisamente essas almas santas, que esperavam seu Libertador no seio de Abraão, que Jesus libertou ao descer aos Infernos”. Jesus não desceu aos Infernos para ali libertar os condenados nem para destruir o Inferno da condenação, mas para libertar os justos que o haviam precedido.
§634 – “A Boa Nova foi igualmente anunciada aos mortos…” (1Pd 4,6). A descida aos Infernos é o cumprimento, até sua plenitude, do anúncio evangélico da salvação. É a fase última da missão messiânica de Jesus, fase condensada no tempo, mas imensamente vasta em sua significação real de extensão da obra redentora a todos os homens de todos os tempos e de todos os lugares, pois todos os que são salvos se tomaram participantes da Redenção.
§635 – Cristo desceu, portanto, no seio da terra, a fim de que “os mortos ouçam a voz do Filho de Deus e os que a ouvirem vivam” (Jo 5,25). Jesus, “o Príncipe da vida”, “destruiu pela morte o dominador da morte, isto é, O Diabo, e libertou os que passaram toda a vida em estado de servidão, pelo temor da morte” (Hb 2,5). A partir de agora, Cristo ressuscitado “detém a chave da morte e do Hades” (Ap 1,18), e “ao nome de Jesus todo joelho se dobra no Céu, na Terra e nos Infernos” (Fl 2,10).
Felipe Aquino

PARA TE ADORAR FOI QUE EU NASCI

Jesus foi mesmo uma pessoa diferente. Muitas pessoas visam serem importantes e alguns ao longo da história, até se intitulam deuses, Jesus sempre fez questão de ser o Filho de Deus. 

Paulo nos revela isto, na carta aos Filipenses: Esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens.
Mas, quem é Jesus? Esta é sem dúvida uma pergunta fascinante. Ao tentarmos responder a esta pergunta podemos nos lembrar das muitas histórias registradas na bíblia e da qual nós já ouvimos falar sobre Ele.

Jesus foi humano em tudo, menos no pecado, em todos os seus ensinamentos deixou claro ao mundo que não veio com a finalidade de ser um reformador, mas que o seu propósito maior era produzir novos seres através do amor.

Por isto, Ele sempre pregou a conversão, uma mudança de dentro para fora, um novo nascimento.

O apóstolo Paulo não só entendeu como experimentou essa transformação e registrou isto em 2 Coríntios 5,17: Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo!

Tínhamos e temos muitos pecados, não perdoamos como deveríamos perdoar, não amamos como deveríamos amar, mas nós encontramos a solução para nossas faltas, nos desfazendo do homem e mulher velhos, sendo novas criaturas. Jesus nos ensina ainda com estas palavra: (Jo 15,5b) “Sem mim nada podeis fazer”.

Devemos aproveitar estas palavras do Cristo para mostrar-lhe as nossa dificuldades, pedindo-lhe que nos ajude a eliminá-las, pois Ele nos prometeu ajuda. E Deus é realmente fiel, Ele cumpre o que diz.

Não vamos apenas transferir nossos problemas para Jesus, mas dividi-los com Ele, e com esta ajuda tão magnífica a vitória é certa.

Jesus é mesmo surpreendente e sua doutrina é toda voltada para o amor e para o perdão! Por isto devemos ter a firme confiança de que a chave para a verdadeira vida é Jesus, Ele veio e ensinou que só o amor conduz a uma vida plena e feliz.

Meu Jesus amigo,
tu dissestes que sem ti nada podemos fazer.
Estamos sentindo na pele essa verdade.
Conforme prometeste, vem em nosso socorro,
sê-nos favorável e dá-nos forças para a caminhada.
Amém!

Padre Alberto Gamabarini
punhal que transpassava de dor seu coração materno, Ela, a Tua mãe, nos acolhe junto a Ti - como seus filhos e filhas.
E nós, aos pés da Tua cruz, a recebemos em nosso coração trazendo-a para nossa vida.

A EUCARISTIA COMO CENTRALIDADE DA FAMILÍA

Que eu ressuscite no dia final! O que adiantará eu ter corrido, ter lutado, se eu não ressuscitar? Se eu acreditar em Deus, ressuscitarei no dia final. 

Essa é a nossa fé! Acreditamos na Ressurreição de Jesus Cristo. Embora tenhamos de passar pela Sexta-feira Santa, nós acreditamos na Ressurreição. Aquilo que você está vivendo, talvez, seja apenas uma passagem de dores, de trevas. Talvez, o seu ano inteiro esteja sendo de lutas, trevas e dores. Pode ser que você esteja enfermo, no presídio ou, quem sabe, sua família esteja desmoronando ou algum ente querido esteja nas drogas. Mas eu lhe digo: Olhe para a sexta-feria de trevas, de escuridão e morte e saiba que o Domingo da Ressurreição não tardará a vir! 

Com os olhos da fé nós acreditamos que o Senhor venceu e que Ele ressuscitou no fim! Jesus reconstruirá aquilo que foi perdido, porque fez isso com o Seu próprio Corpo, pois estava moído de tanto pagar pelos nossos pecados. Ele fez isso com Seu Corpo no sepulcro. Estava perfurado por pregos e por lanças, mas foi reconstruído pelo Espírito Santo e se levantou glorioso. Jesus fará também isso com cada um de nós! Você crê que Ele pode restaurar a sua casa e a sua família? Ele pode. Creia nisso!

Hoje, estamos celebrando a Quinta-feira Santa, quando Jesus instituiu a Santa Eucaristia. Deus curva-se sobre a humanidade para nos salvar. É Ele quem nos resgata, pois somos homens decaídos, e o Pai nos leva no colo. Neste tempo, vemos que nosso Deus se rebaixa e vai até o chão para nos salvar. O Criador do universo vem lavar os pés dos homens. 

Em João, há um discurso falando sobre o Pão da vida, o Pão descido do céu. Alguns diziam: “Esse homem é louco!”, outros pensaram em ir embora. Se você quiser ter vida, é preciso comer esse Pão, que é a vida. 

"Disseram-lhe, pois: 'Que faremos para executarmos as obras de Deus?' Jesus respondeu, e disse-lhes: 'A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou'. Disseram-lhe, pois: 'Que sinal, pois, fazes tu, para que o vejamos, e creiamos em ti? Que operas tu? Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Deu-lhes a comer o pão do céu'. Disse-lhes, pois, Jesus: 'Na verdade, na verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu; mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu. Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo'. Disseram-lhe, pois: 'Senhor, dá-nos sempre desse pão'. E Jesus lhes disse: 'Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede. Mas já vos disse que também vós me vistes, e contudo não credes. Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora. Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E a vontade do Pai que me enviou é esta: Que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia. Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia'." (João 6,28-40)

Que graça maravilhosa! É de nos emocionar! O nosso coração se enche de uma santa alegria! Essa é a beleza da Igreja Católica Apostólica Romana. Nas celebrações da nossa Igreja, cada tempo, cada mistério da Paixão, Morte e Ressurreição, já começa nesta Quinta-feira Santa. Dá vontade de chorar, porque entramos nesse mistério lindo da Igreja, mas não somos dignos de participar dele.

Jesus se faz Pão para dar-se em alimento. Que grande mistério é esse da Eucaristia, pois nos abre portas e janelas para entrarmos no Coração do Senhor. Aqueles que não conseguem entrar pela porta, Deus lhes abre as janelas; aqueles que também não conseguem entrar pelas janelas, o Senhor lhes abre os telhados e lhes diz: “Entre, meu filho (a), entre pelas portas da Igreja, entre no Coração de Deus! Eu abri as portas e as janelas, arranquei os telhados para você entrar!"

Deus, na Palavra, faz alusão ao maná, o qual Ele fez chover no deserto quando o povo tinha fome (cf. Êxodo 16). O Senhor estava lá com eles como está ao nosso lado hoje. O povo comeu daquele pão e sobreviveu à travessia. Contudo, eles não podiam guardá-lo, precisavam confiar em Deus, porque o maná era só para aquele dia. Se este fosse guardado, apodreceria. Então, a cada dia, era preciso esperar cair esse maná do céu. O povo precisava ser adestrado na confiança em Deus. 

A Eucaristia é o sacrifício atualizado. Lembro-me de que, quando eu era o responsável pelo Departamento de Audiovisuais da Canção Nova (DAVI), o fundador da comunidade, monsenhor Jonas Abib, um dia, disse-me: "Ir à Missa é fazer a atualização da Sexta-feira Santa, do Calvário. Cada Celebração Eucarística é como se estivéssemos no Calvário, é a atualização do sacrifício de Jesus". Até o dia em que o Senhor voltar, vamos celebrar a Eucaristia; é por meio dela que recebemos o Cristo. A alma de todos aqueles que comungam se enchem de graça.

Por que temos de voltar, todos os dias, se possível, à Santa Missa? Porque somos desatentos e temos a necessidade de guardar a nossa vida, de permanecermos no Senhor. Também por causa de nós, todos os dias, a Santa Igreja repete o sacrifício da Celebração da Eucaristia. Jesus quis assim, porque Ele conhece a nossa fraqueza.
O que representa a Eucaristia na vida da Igreja? "Ela é a fonte, é o ápice de toda a vida da Igreja, onde tudo se encontra e onde tudo se encerra.” É por meio dela que vivemos tudo, é ali que entregamos tudo e agradecemos ao Senhor. Ao mesmo tempo, quando estamos no fundo do poço, tudo encontra sentido na Eucaristia. Ela é o centro de todas as coisas. Todas as nossas lutas e dificuldades encontram sentido na Eucaristia. 

Talvez você se pergunte: “Por que eu nasci? Por que estou aqui?" Tudo está na Eucaristia! O Senhor usa dela para nos santificar. E quando vamos à Santa Missa, nós prestamos um culto a Deus, o maior louvor a Ele. Não é só cantar e levantar os braços, isso também é participar, mas o maior culto é ter um coração voltado para a Eucaristia com piedade. 

Todo o mistério se encerra na Eucaristia. Mediante a Celebração Eucarística, nós nos unimos à liturgia do céu e antecipamos a vida eterna. 

Você quer saber o que é vida eterna? Participe piedosamente da Eucaristia e verá, por uma janela, a antecipação do céu. “Pelo meu Corpo e pelo meu Sangue, eu o ressuscitarei no último dia", diz-nos o Senhor Jesus

Eugênio Jorge

Músico e pregador da Missão Mensagem Brasil

A DESCIDA DO SENHOR AS MANSÃO DOS MORTOS

Que está acontecendo hoje? Um grande silêncio reina sobre a Terra. Um grande silêncio e uma grande solidão, porque o Rei está dormindo. A Terra estremeceu e ficou silenciosa, porque o Deus feito Homem adormeceu e acordou os que dormiam há séculos. Deus morreu na carne e despertou na mansão dos mortos.

Ele vai, antes de tudo, à procura de Adão, nosso primeiro pai, a ovelha perdida. Faz questão de visitar os que estão mergulhados nas trevas e na sombra da morte. Deus e Seu Filho vão ao encontro de Adão e Eva cativos, agora libertos dos sofrimentos.

O Senhor entrou onde eles estavam, levando em suas mãos a arma da cruz vitoriosa. Quando Adão, nosso primeiro pai, O viu, exclamou para todos os demais, batendo no peito e cheio de admiração: “O meu Senhor está no meio de nós!”. E Cristo respondeu a Adão: “E com teu espírito”. E tomando-o pela mão, disse: “Acorda, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará.

Eu sou o teu Deus, que por tua causa me tornei teu filho; por ti e por aqueles que nasceram de ti, agora digo, e com todo o meu poder, ordeno aos que estavam na prisão: ‘Saí!’; e aos que jaziam nas trevas: ‘Vinde para a luz!’; e aos entorpecidos: ‘Levantai-vos!’

Eu te ordeno: Acorda, tu que dormes, porque não te criei para permaneceres na mansão dos mortos. Levanta-te dentre os mortos; eu sou a vida dos mortos. Levanta-te, obra das minhas mãos; levanta-te, ó minha imagem, tu que foste criado à minha semelhança. Levanta-te, saiamos daqui; tu em mim e eu em ti, somos uma só e indivisível pessoa.

Por ti, eu, o teu Deus, me tornei teu filho; por ti, eu, o Senhor, tomei tua condição de escravo. Por ti, eu, que habito no mais alto dos céus, desci à terra e fui até mesmo sepultado debaixo da terra; por ti, feito homem, tornei-me como alguém sem apoio, abandonado entre os mortos. Por ti, que deixaste o jardim do paraíso, ao sair de um jardim fui entregue aos judeus e num jardim, crucificado.

Vê em meu rosto os escarros que por ti recebi, para restituir-te o sopro da vida original. Vê na minha face as bofetadas que levei para restaurar, conforme à minha imagem, tua beleza corrompida.

Vê em minhas costas as marcas dos açoites que suportei por ti para retirar de teus ombros o peso dos pecados. Vê minhas mãos fortemente pregadas à árvore da cruz, por causa de ti, como outrora estendeste levianamente as tuas mãos para a árvore do paraíso.

Adormeci na cruz e por tua causa a lança penetrou no meu lado, como Eva surgiu do teu, ao adormeceres no paraíso. Meu lado curou a dor do teu lado. Meu sono vai arrancar-te do sono da morte. Minha lança deteve a lança que estava dirigida contra ti.

Levanta-te, vamos daqui. O inimigo te expulsou da terra do paraíso; eu, porém, já não te coloco no paraíso mas num trono celeste. O inimigo afastou de ti a árvore, símbolo da vida; eu, porém, que sou a vida, estou agora junto de ti. Constituí anjos que, como servos, te
guardassem; ordeno agora que eles te adorem como Deus, embora não sejas Deus.

Está preparado o trono dos querubins, prontos e a postos os mensageiros, construído o leito nupcial, preparado o banquete, as mansões e os tabernáculos eternos adornados, abertos os tesouros de todos os bens e o reino dos céus preparado para ti desde toda a eternidade”.