Vamos à Nazaré aprender...
'Et venit Nazareth et erat subditus illis'. Estas palavras, escritas com a frieza e objetividade de um analista fiel, encerram a narração dos mistérios da Infância de Jesus Cristo. Durante 30 anos ficará Jesus na risonha cidadezinha da Galiléia na companhia de sua mãe, Maria e de José, obedecendo-lhes e prestando-lhes serviços. A piedade cristã santificou a memória da família nazaretana com a festa da Sagrada Família, no primeiro Domingo após Reis.
A vida em Nazaré era laboriosa. Casa pobre, cuja manutenção exigia a colaboração de todos. José em sua pequena oficina de carpinteiro, mãos calejadas no manejo dos instrumentos, ainda muito primitivos, de sua arte. Maria, com os arranjos de dona de casa modesta. Diariamente descia à fonte – a mesma que hoje é conhecida como fonte da Virgem – e entre as mulheres do povo, como uma delas, enchia cântaros com que abastecer a casa. Aqui, distribuía seu tempo entre o fuso e a cozinha, sem esquecer as orações e o estudo da lei e dos Profetas. Jesus, primeiro em casa, à Mãe, depois na oficina, à José, aliviava aos pais o peso do trabalho jornaleiro.
Não obstante, era uma vida feliz. Não faltava a paz, a harmonia, a paciência, a resignação. Todos constituíam um todo coerente solidamente alicerçado na obediência e respeito à hierarquia familiar: erat subditus illi. Jesus à Maria e José, como filho que é sujeito aos pais. Maria à José como conselheira prudente, mas submissa e atenciosa à autoridade do esposo. Relações todas tomadas normalmente como condição da natureza social do homem; desejadas, portanto de Deus, e ordenadas ao bem estar comum. Isso, era uma família feliz. Assim fosse todas e a vida social, feita das células familiares, gozaria da paz e prosperidade que lhe dariam os cidadãos mais, muito mais, de seus deveres do que eu de seus direitos. Antes, só se julgando com autoridade ao reconhecimento destes, depois de uma fidelidade integral no cumprimento daqueles.
Vamos à Nazaré aprender. Os pais em José a vigilância, o trabalho, a providência do lar. As mães em Maria, Virgem Deipara, o amor, o recato, a brancura do espírito, a firmeza e perfeita fidelidade. Os filhos famílias, em Jesus, o exemplo divino da obediência ao superior legítimo, ainda que inferior em virtude, ciência e demais dotes naturais. Aprendam os nobres na família da régia estirpe, como agir com moderação no esplendor da fortuna, e conservar a dignidade na pobreza e penúria; pois que as virtudes é que fazem a glória e não as riquezas. Os operários e todos os mais que se irritam enormemente com as dificuldades da vida e a condição modesta, em Nazaré acharão seu título de orgulho, pois sua classe foi a escolhida pelo Senhor do Universo, quando se dignou visitar a terra, como nosso irmão. Tem eles de comum com a Sagrada Família, os trabalhos, as preocupações com o pão de cada dia, a necessidade de empregar o esforço muscular para manter a existência.
Tudo isto resume o evangelista na simples frase, cheia de salvação: “erat subditus illis”. O que falta ao homem é a obediência. Obediência a Deus, às suas disposições providenciais, aos seus prepostos. Por isso é ele infeliz.
A vida em Nazaré era laboriosa. Casa pobre, cuja manutenção exigia a colaboração de todos. José em sua pequena oficina de carpinteiro, mãos calejadas no manejo dos instrumentos, ainda muito primitivos, de sua arte. Maria, com os arranjos de dona de casa modesta. Diariamente descia à fonte – a mesma que hoje é conhecida como fonte da Virgem – e entre as mulheres do povo, como uma delas, enchia cântaros com que abastecer a casa. Aqui, distribuía seu tempo entre o fuso e a cozinha, sem esquecer as orações e o estudo da lei e dos Profetas. Jesus, primeiro em casa, à Mãe, depois na oficina, à José, aliviava aos pais o peso do trabalho jornaleiro.
Não obstante, era uma vida feliz. Não faltava a paz, a harmonia, a paciência, a resignação. Todos constituíam um todo coerente solidamente alicerçado na obediência e respeito à hierarquia familiar: erat subditus illi. Jesus à Maria e José, como filho que é sujeito aos pais. Maria à José como conselheira prudente, mas submissa e atenciosa à autoridade do esposo. Relações todas tomadas normalmente como condição da natureza social do homem; desejadas, portanto de Deus, e ordenadas ao bem estar comum. Isso, era uma família feliz. Assim fosse todas e a vida social, feita das células familiares, gozaria da paz e prosperidade que lhe dariam os cidadãos mais, muito mais, de seus deveres do que eu de seus direitos. Antes, só se julgando com autoridade ao reconhecimento destes, depois de uma fidelidade integral no cumprimento daqueles.
Vamos à Nazaré aprender. Os pais em José a vigilância, o trabalho, a providência do lar. As mães em Maria, Virgem Deipara, o amor, o recato, a brancura do espírito, a firmeza e perfeita fidelidade. Os filhos famílias, em Jesus, o exemplo divino da obediência ao superior legítimo, ainda que inferior em virtude, ciência e demais dotes naturais. Aprendam os nobres na família da régia estirpe, como agir com moderação no esplendor da fortuna, e conservar a dignidade na pobreza e penúria; pois que as virtudes é que fazem a glória e não as riquezas. Os operários e todos os mais que se irritam enormemente com as dificuldades da vida e a condição modesta, em Nazaré acharão seu título de orgulho, pois sua classe foi a escolhida pelo Senhor do Universo, quando se dignou visitar a terra, como nosso irmão. Tem eles de comum com a Sagrada Família, os trabalhos, as preocupações com o pão de cada dia, a necessidade de empregar o esforço muscular para manter a existência.
Tudo isto resume o evangelista na simples frase, cheia de salvação: “erat subditus illis”. O que falta ao homem é a obediência. Obediência a Deus, às suas disposições providenciais, aos seus prepostos. Por isso é ele infeliz.
Dom Antonio de Castro Mayer
SA
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