É hora de transformar as lamentações em confiança
E muitas vezes nos escandalizamos com o aparente silêncio de Deus, enquanto Jesus Cristo, Deus verdadeiro e Homem verdadeiro, faz notar que o Pai trabalha sempre! Deus Pai age em silêncio, mas age sempre. E em Sua misericórdia, enviou o Filho amado, que percorreu as estradas de nosso mundo, sentindo tudo com um coração humano. E concedeu-nos o Espírito de Amor, para que tenhamos entranhas de misericórdia e, em nome de Cristo, testemunhemos a ternura de Deus por Seu povo e sejamos Seus instrumentos até os confins da terra, pois o que esperamos, de acordo com a Sua promessa, são os novos céus e uma nova terra, nos quais habitará a justiça (cf. 1 Pd 3, 13).
Jesus percorria a Galileia e se aproximou da pequena cidade de Naim (cf. Lc 7, 11-17). A narrativa é dramática: parecia castigada por Deus a mulher que perdera prematuramente o marido e o filho único. Uma cena de dor e um enterro! E dois cortejos se encontram à porta de Naim: o cortejo da vida e o cortejo da morte. O primeiro é formado por Jesus e pelos discípulos d'Ele, o segundo era constituído pela pobre viúva e muita gente da cidade.
Também nossa existência é frequentemente atravessada por dois movimentos, a vida que se afirma em nós, como um instinto que parece invencível, e a cada dia a dolorosa experiência da morte e que ronda, bem perto de nós, sabendo que um dia nos tocará de perto. E em nosso tempo, muitas vezes, é a morte que vem mais em relevo, tornando-se mais divulgada com seus rasgos de violência, corrupção e maldade em todos os recantos. E acabamos esquecendo-nos da vida presente e da vida prometida no futuro por Deus, em quem cremos.
A emoção de Jesus, que sente compaixão da mulher, toma conta de todo o Seu ser! O Filho de Deus anuncia e vive a ternura profunda do Pai pelos sofredores, aos quais anuncia o Evangelho da salvação: "Não chores!" Seu gesto é de aproximação: "Tocou o caixão". E sua palavra forte é "Jovem, eu te ordeno, levanta-te"!
"O que estava morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe. Todos ficaram tomados de temor e glorificavam a Deus dizendo: 'Um grande profeta surgiu entre nós', e: 'Deus veio visitar o seu povo'. Esta notícia se espalhou por toda a Judéia e pela redondeza inteira". Terminou a procissão da morte! A vida venceu!
As atitudes de Cristo são para nós sinais de esperança e consolação, pois dizem que Ele olha para a nossa condição e que Suas entranhas de misericórdia não ficam indiferentes diante do sofrimento humano. Ele pode transformar nossos cortejos fúnebres em danças de louvor a Ele, Autor da vida. Por isso, pode pedir-nos que não choremos. E se Ele restitui a vida ao jovem, a esperança se transforma em certeza.
Tudo isso, em realidade, já nos aconteceu. Quantas vezes, Deus nos visitou! E continuamos a transformar a vida em procissões fúnebres, sem prestar atenção ao bem que se faz presente e ao bem que podemos fazer. É hora de transformar as lamentações em confiança, na certeza da vitória da vida! É hora de ouvir as canções entoadas pela fé e ritmadas pela esperança!
E o Evangelho poderá fazer-se vida em nós, quando superarmos a indiferença diante de tudo o que acontece em nosso tempo, pondo mãos à obra na construção de um mundo diferente. Com a graça de Deus, que nos acompanha, seremos instrumentos d'Ele para que a festa da vida se celebre no dia a dia, onde quer que passemos.
Jesus percorria a Galileia e se aproximou da pequena cidade de Naim (cf. Lc 7, 11-17). A narrativa é dramática: parecia castigada por Deus a mulher que perdera prematuramente o marido e o filho único. Uma cena de dor e um enterro! E dois cortejos se encontram à porta de Naim: o cortejo da vida e o cortejo da morte. O primeiro é formado por Jesus e pelos discípulos d'Ele, o segundo era constituído pela pobre viúva e muita gente da cidade.
Também nossa existência é frequentemente atravessada por dois movimentos, a vida que se afirma em nós, como um instinto que parece invencível, e a cada dia a dolorosa experiência da morte e que ronda, bem perto de nós, sabendo que um dia nos tocará de perto. E em nosso tempo, muitas vezes, é a morte que vem mais em relevo, tornando-se mais divulgada com seus rasgos de violência, corrupção e maldade em todos os recantos. E acabamos esquecendo-nos da vida presente e da vida prometida no futuro por Deus, em quem cremos.
A emoção de Jesus, que sente compaixão da mulher, toma conta de todo o Seu ser! O Filho de Deus anuncia e vive a ternura profunda do Pai pelos sofredores, aos quais anuncia o Evangelho da salvação: "Não chores!" Seu gesto é de aproximação: "Tocou o caixão". E sua palavra forte é "Jovem, eu te ordeno, levanta-te"!
"O que estava morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe. Todos ficaram tomados de temor e glorificavam a Deus dizendo: 'Um grande profeta surgiu entre nós', e: 'Deus veio visitar o seu povo'. Esta notícia se espalhou por toda a Judéia e pela redondeza inteira". Terminou a procissão da morte! A vida venceu!
As atitudes de Cristo são para nós sinais de esperança e consolação, pois dizem que Ele olha para a nossa condição e que Suas entranhas de misericórdia não ficam indiferentes diante do sofrimento humano. Ele pode transformar nossos cortejos fúnebres em danças de louvor a Ele, Autor da vida. Por isso, pode pedir-nos que não choremos. E se Ele restitui a vida ao jovem, a esperança se transforma em certeza.
Tudo isso, em realidade, já nos aconteceu. Quantas vezes, Deus nos visitou! E continuamos a transformar a vida em procissões fúnebres, sem prestar atenção ao bem que se faz presente e ao bem que podemos fazer. É hora de transformar as lamentações em confiança, na certeza da vitória da vida! É hora de ouvir as canções entoadas pela fé e ritmadas pela esperança!
E o Evangelho poderá fazer-se vida em nós, quando superarmos a indiferença diante de tudo o que acontece em nosso tempo, pondo mãos à obra na construção de um mundo diferente. Com a graça de Deus, que nos acompanha, seremos instrumentos d'Ele para que a festa da vida se celebre no dia a dia, onde quer que passemos.
Dom Alberto Taveira Corrêa
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