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Bispo de Palmares (PE), Dom Genival Saraiva de França, e o doutor em Psicologia, Júlio Rique Neto
A Igreja defende sempre o perdão, mesmo quando esse parece uma atitude tão difícil de se concretizar. "A Igreja é Mãe e Mestra. Assim, fiel ao ensinamento e à prática de Jesus, vai ao encontro de seus filhos, para nutri-los e alimentá-los com a graça do Sacramento da Reconciliação. Como é Mestra, ensina que o perdão é a via da humanização e da santificação", explica Dom Genival.
Perdoar é difícil porque a tendência é prevalecer a autoafirmação, o egoísmo e o individualismo, ao passo que o perdão supõe e exige espiritualidade, maturidade e fraternidade.
Nessa perspectiva, a Bíblia presta-se como um catálogo de bons exemplos para o perdão: Davi é um exemplo vivo de quem pede perdão, como o vemos na oração dos salmos 31 (32) e 50 (51); José, do Egito, é um exemplo tocante de quem concede perdão (cf. Gn 42, 1-24); Jesus é o modelo de perdão, no momento crucial de sua vida, ao pedir ao Pai por seus algozes: 'Pai, perdoa-lhes: não sabem o que fazem' (Lc 23,34); Estevão, o primeiro mártir da Igreja, nos instantes finais de seu apedrejamento, rezou: “Senhor, não leves em conta este pecado” (At 7,60). Na história da Igreja, são muitos os santos e santas que encarnam o perdão como experiência de comunhão com Deus e com o próximo.
"Esses exemplos muito contribuem para que a busca humilde do perdão e a concessão generosa do perdão tornem-se uma realidade na vida das pessoas e, particularmente, dos discípulos e discípulas de Jesus Cristo. A cultura do perdão, mais do que prática humana e social, é, antes de tudo, ação da graça de Deus em nossas vidas", ressalta o Bispo de Palmares.
Você só tem a ganhar
– Perdoar é um processo e pode levar tempo!
– Baixa ansiedade, menor depressão, pressão sanguínea e batimentos cardíacos regulares;
– Quem perdoa: não evita encontrar com seus ofensores; não sente medo ou vergonha por ter sido ofendido; melhora a auto-estima;
– No plano das relações interpessoais, pedir desculpa ou perdão por algo que atingiu a natureza da convivência humana é uma atitude de educação doméstica e educação social;
– Crescimento na maturidade como ser humano;
– Pessoas que perdoam conseguem manter relações sociais mais próximas com maior comprometimento, ou seja, as relações com a família e os amigos permanecem com maior grau de satisfação
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