O desafio de não se deixar tornar apenas mais uma peça
A depressão é o mal do século, como muitos dizem. Ela tem várias causas, mas a principal delas pode ser a rapidez e transitoriedade das relações humanas a que estamos sujeitos desde o surgimento de tantos mecanismos que pretendem fazer as coisas por nós. O robô, o carro, a máquina. O objetivo é deixar o ser humano em segundo plano, talvez em terceiro. Com tudo isso, estamos cada vez mais concentrados na tecnologia, no computador, no relacionamento virtual,e nos esquecemos de abrir nosso coração diante de um amigo verdadeiro, uma pessoa confiável, quando temos um problema. E, principalmente, nos esquecemos de nos abrir diante de Deus. Deus não é virtual. Ele nos espera todos os dias na Santa Missa, no Santíssimo Sacramento. Nos espera em tantos grupos de oração a que temos fácil acesso. Então, por que não o procuramos no lugar certo? Estamos acostumados a tentar encontrar respostas no lugar errado. Estamos acostumados a não conseguir esperar cinco minutos quando nosso computador trava, porque temos processadores cada vez mais rápidos. O mundo nos criou impaciência, e essa impaciência foi transferida para nosso relacionamento com Deus. Jesus quer nos pedir para termos calma. Quer que vivamos devagar, saboreando as coisas verdadeiras que eles tem para nos dar: uma boa conversa, uma boa amizade, um simples contemplar da natureza, que passa desapercebida durante a correria do nosso dia a dia. É preciso parar, sair um pouco da loucura do mundo contemporâneo para que possamos observar os detalhes de Deus em nossa vida. Se não o fizermos, corremos o risco de nos tornarmos apenas mais uma peça na engrenagem, um robô, um pensamento condicionado e previsível. Jesus não quer isso; Ele quer que você seja uma pessoa, viva, e que viva com qualidade e felicidade, buscando a Ele sempre.
Fernando Bianchi
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