Por falta de visão o povo vive sem freios
Um líder cristão deve ser, sobretudo, um homem ou uma mulher de visão, assim como toda a congregação religiosa começou com uma pessoa que teve a visão do que Deus queria que ele ou ela fizesse, e que depois atraiu as pessoas a trabalharem juntas para implementarem essa mesma visão, que depois foi realizada por intermédio de uma variedade de obras e de instituições. Infelizmente, tem acontecido hoje que só as obras e as instituições permaneceram, enquanto o espírito da comunidade foi se enfraquecendo gradualmente e aquela visão do início se tornou há muito tempo uma relíquia do passado.
Um líder precisa ter, obviamente, o poder de liderar, de atrair outros para acompanhá–lo, tanto pelo que diz e faz como pelo que ele é, como os fundadores de nossas congregações religiosas. Mas, isso por si só não é o suficiente, porque o poder pode corromper e um líder pode tornar–se como nossos ditadores modernos ou chefes de seitas, que levam os seus seguidores à destruição em massa e até mesmo ao suicídio em massa. Mas, um líder deve ter também a humildade de um seguidor, suficientemente gentil para reunir pessoas ao redor dele, fazendo–as sentir seu valor e motivando–as a trabalhar juntas, delegando–lhes seu poder.
Isso é bem diferente de muitos grupos cristãos que continuam se multiplicando feito cogumelos, por causa de uma luta interior de poder e da falta de coerência interior. Acima de tudo, um líder precisa ser uma pessoa de visão e de discernimento, que não apenas tem seus "seguidores" atrás dele e com ele, mas que também os conduza confiante e alegremente para o que está à frente dele: o Reino de Deus e Sua Glória, pois "por falta de visão o povo vive sem freios" (Prov 29,18).
Portanto, o que torna autêntica a visão de um líder para o trabalho de seu grupo de oração ou de seu ministério para a liderança de seu núcleo e para ele mesmo em sua posição como líder principal é o carisma de discernimento. Este é um dom do Espírito Santo pelo qual a pessoa tem a capacidade de discernir se as mensagens e as visões, as decisões e as ações que afetam o trabalho do grupo ou do ministério, e as vidas pessoais de seus membros, estão de acordo com a vontade de Deus, embora pareçam muito santas e religiosas. É preciso se questionar: São verdadeiramente inspiradas pelo Espírito Santo ou são resultados de preconceitos pessoais, gostos ou desprezos, trazendo à tona o que é apenas do espírito humano, ou até da influência do espírito malígno sob o disfarce de um anjo de luz? O próprio apóstolo Paulo não se surpreendeu que mesmo satanás coloque a máscara de um anjo de luz (cf. II Cor 11, 14).
Para se abrir ao carisma do discernimento e para crescer nele, o líder deve ser um homem ou uma mulher da Palavra. Como o Mestre, a Palavra feito carne, o líder deve de certa forma encarnar a Palavra de Deus em seus ensinamentos e decisões, pois, talvez a única Bíblia que muitos lerão ou ouvirão seja a "Bíblia aberta" que eles veem nele. Como líderes devemos nos comprometer em ler a Sagrada Escritura diariamente e, como a Santíssima Virgem Maria, guardá–la, meditá-la e deixá–la produzir frutos em nossa vida, tornando–nos sal da terra e luz no alqueire.
Padre Rufus Pereira
Um líder precisa ter, obviamente, o poder de liderar, de atrair outros para acompanhá–lo, tanto pelo que diz e faz como pelo que ele é, como os fundadores de nossas congregações religiosas. Mas, isso por si só não é o suficiente, porque o poder pode corromper e um líder pode tornar–se como nossos ditadores modernos ou chefes de seitas, que levam os seus seguidores à destruição em massa e até mesmo ao suicídio em massa. Mas, um líder deve ter também a humildade de um seguidor, suficientemente gentil para reunir pessoas ao redor dele, fazendo–as sentir seu valor e motivando–as a trabalhar juntas, delegando–lhes seu poder.
Isso é bem diferente de muitos grupos cristãos que continuam se multiplicando feito cogumelos, por causa de uma luta interior de poder e da falta de coerência interior. Acima de tudo, um líder precisa ser uma pessoa de visão e de discernimento, que não apenas tem seus "seguidores" atrás dele e com ele, mas que também os conduza confiante e alegremente para o que está à frente dele: o Reino de Deus e Sua Glória, pois "por falta de visão o povo vive sem freios" (Prov 29,18).
Portanto, o que torna autêntica a visão de um líder para o trabalho de seu grupo de oração ou de seu ministério para a liderança de seu núcleo e para ele mesmo em sua posição como líder principal é o carisma de discernimento. Este é um dom do Espírito Santo pelo qual a pessoa tem a capacidade de discernir se as mensagens e as visões, as decisões e as ações que afetam o trabalho do grupo ou do ministério, e as vidas pessoais de seus membros, estão de acordo com a vontade de Deus, embora pareçam muito santas e religiosas. É preciso se questionar: São verdadeiramente inspiradas pelo Espírito Santo ou são resultados de preconceitos pessoais, gostos ou desprezos, trazendo à tona o que é apenas do espírito humano, ou até da influência do espírito malígno sob o disfarce de um anjo de luz? O próprio apóstolo Paulo não se surpreendeu que mesmo satanás coloque a máscara de um anjo de luz (cf. II Cor 11, 14).
Para se abrir ao carisma do discernimento e para crescer nele, o líder deve ser um homem ou uma mulher da Palavra. Como o Mestre, a Palavra feito carne, o líder deve de certa forma encarnar a Palavra de Deus em seus ensinamentos e decisões, pois, talvez a única Bíblia que muitos lerão ou ouvirão seja a "Bíblia aberta" que eles veem nele. Como líderes devemos nos comprometer em ler a Sagrada Escritura diariamente e, como a Santíssima Virgem Maria, guardá–la, meditá-la e deixá–la produzir frutos em nossa vida, tornando–nos sal da terra e luz no alqueire.
Padre Rufus Pereira
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