domingo, 10 de junho de 2012

O PAI VAI EM BUSCA DE SEUS FILHOS

Quando Adão e Eva pecaram, tiveram vergonha e medo do Senhor, por isso se esconderam. “O homem e a mulher se esconderam do Senhor Deus no meio das árvores do jardim” (Gn 3,8). É o que, muitas vezes, fazemos quando pecamos; nós nos escondemos de Deus por vergonha e medo, por não nos considerarmos dignos de Sua presença em nós. É fácil nos considerarmos indignos do Senhor quando temos os olhos fixos somente em nossos erros, naquilo que não deu certo.
Deus, porém, se mostra o contrário: “Quando ouviram o ruído do Senhor Deus, que passeava pelo jardim à brisa da tarde, o homem e a mulher esconderam-se do Senhor Deus no meio das árvores do jardim.  Mas o Senhor Deus chamou o homem e perguntou: ‘Onde estás?’” (Gn 3, 8-9). Ele vai à procura do homem. Esse passeio de Deus, no jardim, já prefigura Sua busca por nós pecadores. O Senhor não olha para o que ficou de errado em nós, mas para o que pode dar certo.
Uma das mais belas e conhecidas passagens da Sagrada Escritura, que relata o amor de Deus por nós pobres e pecadores, é a do filho pródigo. O pai vai ao encontro do filho que se perdeu em seus prazeres egoístas.
“Vou voltar para meu pai e dizer-lhe: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti; já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados’.Levantou-se, pois, e foi ter com seu pai. Estava ainda longe, quando seu pai o viu e, movido de compaixão, correu-lhe ao encontro, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. O filho lhe disse, então: Meu pai, pequei contra o céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. Mas o pai falou aos servos: ‘Trazei-me depressa a melhor veste e vesti-lha, e ponde-lhe um anel no dedo e calçado nos pés. Trazei também um novilho gordo e matai-o; comamos e façamos uma festa. Este meu filho estava morto, e reviveu; tinha se perdido, e foi achado’. E começaram a festa” (Lucas 15,18-24).
O que fez o filho se arrepender foi lembrar-se de tudo o que o pai já lhe havia feito. Deus não se cansa de manifestar o Seu amor por cada um de nós. O pai, ao ver o filho voltando para a casa, “correu-lhe ao encontro, abraçou-o e o cobriu de beijos”. O pai foi ao encontro do filho; Deus vai ao nosso encontro.
 Daniel Freire

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