Temos uma boa notícia: aquela tristeza que bate de vez em quando, vontade de sumir e de chorar, não é depressão. Segundo o psicólogo Alexandre Rivero, a tristeza é comum, vivenciada por todo ser humano ao longo da vida. A depressão, por outro lado, é um processo de adoecimento que paralisa a vida da pessoa.
“Na depressão não queremos contato com ninguém, a pessoa se sente culpada, vive chorando, fica irritada e o seu humor oscila muito. É como se a energia para a vida fosse embora”, explica Rivero. Além disso, há uma série de sintomas físicos que acompanham a doença, como manchas roxas pelo corpo, dor no estômago, dor no coração, falta de ar, perda de apetite e falta de sono
De acordo com o psicólogo, pesquisas modernas sobre a depressão apontam ainda que o estereótipo de perfeição, vendido pela mídia e pela sociedade, influencia o quadro depressivo. “A mídia arquiteta um corpo perfeito, sucesso o tempo todo… No imaginário do jovem criam-se parâmetros absurdos e inatingíveis que o fazem se depreciar”.
Para Rivero, quando o jovem tem com quem dialogar suporta mais a ansiedade de ‘ser perfeito’ e filtra melhor o que recebe. “Quando o jovem vive sob muita pressão se sente na obrigação de ter uma identidade rapidinho, daí ele se torna presa desses grupos que oferecem ‘modelos prontos’. Essa identidade pré-montada o leva a experiências com sequelas muito preocupantes; o papel da família é fundamental nesse processo”
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