segunda-feira, 23 de julho de 2012

O INIMIGO DE DEUS

O Catecismo da Igreja Católica (CIC) nos diz que, com o pecado mortal, perdemos a amizade do Senhor. E o demônio perdeu a amizade de Deus. 
Os anjos se revoltaram contra o Senhor. Isso quer dizer que o pecado é uma invenção angélica. Antes de o primeiro homem colocar os pés nesta Terra, já existia o pecado; com a transgressão de Adão e Eva, as portas para o mal foram abertas neste mundo.
Satanás e seus anjos nunca viram Deus face a face. Sabemos disso, porque o Senhor é muito belo, muito atraente; quem O vê não se rebela contra ele. Então, se esses anjos se revoltaram contra o Senhor, significa que não O tinham visto. 
Quando Deus criou os anjos, escondeu-se deles, porque queria que eles demonstrassem seu amor a Ele naturalmente. Se o Senhor aparecesse para nós, face a face, seríamos atraídos para Ele e não seríamos livres para escolher se iríamos ou não segui-Lo. Deus se esconde para nos dar a oportunidade de sermos livre.
Deus vê nosso coração, por isso não adianta mentir para Ele. Mas o mesmo não acontece com o diabo. Ele não vê nosso coração, não sabe no que estamos pensando, mas é esperto, estuda nosso comportamento e nos conhece devido às nossas reações. No entanto, este conhecimento é falho, porque a maldade destorce o conhecimento das coisas. Eles são espertos, mas não são sábios.
Ele dá aos anjos e a nós uma chance de amá-Lo pela fé. O demônio sabe que Ele existe e treme. Satanás e seus anjos não têm fé no amor do Senhor. 
Inimizade é não crer no amor. Satanás não serve ao Senhor, porque não crê no amor d'Ele. Os anjos bons deram seu 'sim' a Deus com humildade e se doaram de todo coração. O Pai, então, abriu as portas do céu e deixou que eles o contemplassem face a face.
Nós dizemos que satanás é o pai da mentira, mas, às vezes, ele não precisa nem mentir para nos levar à posição de inimigo de Deus. Ele só nos faz a pergunta que está no Salmo: “Onde está o Teu Deus?”. 
Para perder a fé, nós precisamos, em primeiro lugar, ser crentes num “deus” falso. Quando acreditamos nele e mergulhamos nesse “deus” falso, o trabalho do demônio fica muto fácil, porque, diante de uma desgraça em nossa vida, ele nos pergunta: “Onde está o 'deus' que ia salvá-lo? Onde está Ele?”. Daí, percebemos que nos tornamos um crente devotado, entregamos tudo a um “deus” de mentira. 
Nos verdadeiro Deus quer que O amemos. Nesse mundo, marcado pelo pecado, não há outro jeito de amar, a não ser abraçando a cruz. Amizade sólida é aquela que foi testada na cruz. 
Na hora do sofrimento, devemos mostrar a solidez da nossa amizade, do nosso amor por Ele. O Senhor não desiste de nós, por que desistiríamos d'Ele? Se Deus sofreu por você, por que você não está disposto a sofrer um pouco por Ele? 
Satanás não acreditou no amor de Deus, embora Ele tenha lhe dado demonstrações de Seu amor. Por isso tornou-se inimigo.
A amizade é como uma virtude. Precisamos ter o hábito de ser amigos de Deus. Ele nos dá sinais de Seu amor, mas somos livres para crer e para não crer n'Ele. Vamos renovar nossa amizade com Ele. “Senhor, hoje, eu Vos escolho como meu amigo. Eu quero cultivar essa amizade. Eu creio no Vosso amor, mesmo que eu não O veja nem O sinta. Mesmo na dor, na angústia, creio no Vosso amor, quero ser Vosso amigo. Amém.
Padre Paulo Ricardo

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