terça-feira, 10 de setembro de 2013
DEUS E A NOSSA LIBERDADE
Para nos fazer belos, criados “à sua imagem e semelhança” (Gn 1’,26), Deus nos dotou de muitos dons que não deu aos animais: antes de tudo as mãos e a inteligência. Com as mãos construímos o que a inteligência elaborou. Nenhum irracional tem isso. Deus não podia nos ter feito melhores enquanto criaturas, pois Ele não olhou um “modelo” fora Dele para nos criar, mas “entrou dentro Dele mesmo” e o tomou como modelo.
De todas as faculdades que Deus nos deu, a que mais nos assemelha a Ele é a liberdade; nenhuma outra criatura no mundo a tem. Podemos até dizer a Deus, como os anjos maus: “não vos servirei!” (Jer 2, 20). E Deus respeita. Esses anjos maus foram criados bons e belos, mas, usando mal da liberdade quiseram ser como Deus, não se aceitaram como belas criaturas apenas. É o orgulho! O pior pecado. O pecado é o abuso da liberdade dizia Santo Agostinho. Deus não nos deu liberdade para fazer o mal, mas só o bem.
Tirar a liberdade do homem, como fazem os países comunistas, é tirar-lhe a dignidade; é baixar-lhe ao nível de animal irracional. Por isso esses países sucumbem inexoravelmente. Deus quer que o amemos e sirvamos, mas, livremente. Ninguém aceita ser amado na marra. A nossa liberdade explica a triste história do pecado que destruiu o plano de Deus e que Jesus veio recuperar com sua Morte e Ressurreição. Se Deus não nos desse liberdade, a ponto de pecar, não seríamos imagem Dele, maravilhosos, mas apenas robôs, marionetes e teleguiados. Ele não quis assim.
Felipe Aquino
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