sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

QUEM É MARIA É MAIS QUE DEUS

Quero contar para vocês uma história real do grande artista Pablo Picasso. Como ele era famoso, costumava deixar suas contas penduradas e, depois, voltava para pagá-las, mas, às vezes, ele as deixava sem pagar. Em uma dessas vezes, o garçom foi cobrar o artista, porque a conta já estava muito alta. Logo, Pablo Picasso pediu ao garçom uma folha, na qual ele fez um desenho e deu para o dono do restaurante, a fim de quitar a sua dívida, mas se esqueceu de assiná-lo. O garçom voltou, novamente,  e pediu que ele assinasse o desenho, mas Pablo simplesmente disse: "Diga ao dono do restaurante que eu quero, simplesmente, pagar minha conta; não comprar o restaurante".

Isso nos mostra o valor que uma assinatura tem, mesmo sendo feita a lápis, devido ao valor e à significação que ela tem. Se você, por exemplo, ganhou um terço abençoado pelo fundador da Canção Nova, monsenhor Jonas, esse objeto terá um valor altíssimo para você e para outras pessoas que estão ao seu lado.

Queria falar para vocês, hoje, sobre a obra mais especial de Deus. Ela é um ser humano como nós, mas é também uma grande mulher: Maria. Deus preparou e sonhou com a Virgem Maria, Ele pensou sua vida e a esperou. Jesus poderia ter vindo de outra maneira, mas Ele escolheu nascer de uma mulher para viver tudo o que nós vivemos.

Jesus se fez homem e sentiu tudo o que nós passamos para nos mostrar como Ele é próximo a nós. Deus é tão grande que as pessoas O respeitavam, mas também O temiam, por isso Ele se esvaziou de si para se tornar acessível a nós.

Os três primeiros mandamentos referem-se ao nosso relacionamento com Deus; os seguintes, dizem respeito aos nossos relacionamentos aqui na Terra. Você já parou para pensar que os mandamentos estão em uma ordem de importância? O quarto mandamento nos ensina a honrar pai e mãe, pois se nós os desonrarmos, estaremos cometendo um pecado grave, porque Jesus, aqui na Terra, obedeceu aos Seus pais. Vamos refletir e meditar o Evangelho de São Lucas 2,41- 52:

“Seus pais iam todos os anos a Jerusalém para a festa da Páscoa. Tendo ele atingido doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume da festa. Acabados os dias da festa, quando voltavam, ficou o menino Jesus em Jerusalém, sem que os seus pais o percebessem. Pensando que ele estivesse com os seus companheiros de comitiva, andaram caminho de um dia e o buscaram entre os parentes e conhecidos. Mas não o encontrando, voltaram a Jerusalém, à procura dele. Três dias depois o acharam no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. Todos os que o ouviam estavam maravilhados da sabedoria de suas respostas. Quando eles o viram, ficaram admirados. E sua mãe disse-lhe: Meu filho, que nos fizeste?! Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura, cheios de aflição. Respondeu-lhes ele: Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai? Eles, porém, não compreenderam o que ele lhes dissera. Em seguida, desceu com eles a Nazaré e lhes era submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração. E Jesus crescia em estatura, em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens.”

Jesus submeteu-se a obedecer Seus pais, porque Ele crescia em sabedoria e graça diante de Deus e dos homens. Se o Senhor quis que Seu Filho obedecesse à Sua mãe, Maria, assim nós também precisamos obedecer a ela.

Não podemos chamar de "mulher comum" aquela que gerou o Rei do universo em seu ventre. Correndo o risco de ser apedrejada, não contou para ninguém o que havia acontecido com ela, mas permaneceu em silêncio. Que outra mulher foi chamada por um anjo, antes de conceber o Filho de Deus, e foi saudada por 'Ave cheia de graça' (Lucas 1)? A forma como o anjo a chamou inquietou o coração de Maria.

Ninguém foi tão serva e tão íntima de Jesus quanto Maria, pois ela O gerou por inteiro. Maria é a Mãe de Deus; não por mérito, mas sim por graça. Quem é de Maria é mais de Jesus, porque, quanto mais próximos de Nossa Senhora, mais perto de Cristo estamos.

Outra passagem para refletirmos é Lucas 1,18-20, porque o mesmo anjo que fala a Zacarias vai até Maria para comunicar que ela será a Mãe do Salvador. Digo isso, porque essa passagem demonstra duas respostas diferentes. Zacarias diz não acreditar que seja possível, pois ele já era de idade avançada e sua esposa estéril. Maria pergunta como seria a Mãe do Salvador se era virgem.

Maria esteve sempre ao lado de Jesus diante dos milagres e dos momentos de sofrimento pelo quais Ele passou. Ela era uma mulher forte. Maria é a Rainha do Céu, porque ela é Mãe do Príncipe da Paz. Por natureza, é mulher igual aos homens; ao mesmo tempo, não é igual a uma pessoa comum, porque ela se fez serva do Senhor e nunca se deixou vencer em generosidade por cada um de nós. Deus é generoso. Se Maria foi Mãe de Deus aqui, ela continuará sendo no céu, porque os dons que o Senhor lhe deu, Ele não os retirou.

Muitos de nós pedimos a Maria para que interceda por nós diante de Jesus. A oração da Virgem Maria é mais poderosa do que a intercessão de todo o paraíso e de todos os santos. O coração, o jeito e a ternura de Maria nos acolhem. Se pedirmos a ela e não formos atendidos, é porque não era a hora certa.

Precisamos acreditar nos milagres de Deus, como Maria diante das alegrias e da cruz. Precisamos ter uma fé inabalável, porque os milagres nos fazem crescer para cima e as tribulações podem nos puxar para baixo.

Na passagem São João 2,1-2, o profeta destaca a presença de Maria diante de todos, pois é a partir de um pedido dela que o primeiro milagre de Jesus é realizado. Isso demonstra que Deus se preocupa não só com as coisas grandes, mas também com as pequenas, desde que sejam feitas com amor e entregues a Ele.

Maria também tem Jesus como Salvador. Assim, tudo o que você levar para Nossa Senhora chegará ao coração de Deus. É o Senhor quem faz maravilhas em nós!
Daniel Godri Junior 

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