O encontro começou com a Adoração Eucarística, seguida da primeira pregação do dia, com o médico cardiologista Roque Savioli, que falou sobre as causas da depressão e como reconhecê-las.
Dr. Roque explicou que, geralmente, a depressão vem como consequência de alguma perda, afetando o corpo, a mente ou o espírito. Não há, segundo ele, um exame clínico específico para detectá-la, mas sim perguntas e observações que sinalizam a doença. Alguns dos sinais para descobrir isso são a perda da vontade de fazer as coisas, perda da concentração, insônia ou sono em excesso.
Nos casos de pessoas que já sofrem da doença, o médico afirmou que é preciso saber lidar com a situação e, nesse processo, Deus é uma grande força. “Deus nos ensina que nós não devemos deixar a depressão nos dominar, nós podemos transcender a doença (...). A pessoa que não tem Deus sofre demais da depressão”.
O médico também destacou que metas exageradas, muitas vezes, acabam resultando em depressão pelo fato de não serem concretizadas. Ele defendeu que é preciso traçar metas e projetos para a vida, mas isso deve ser pautado na sabedoria de Deus. “Muitas vezes a gente faz metas exageradas [...]. Não espere dos outros exageradamente. Quando esperamos demais das pessoas, a gente se decepciona e pode entrar em depressão”.
Testemunho
O casal Marcos Antônio da Silva e Tereza Cristina Tuma e Silva, de Barbacena (MG), conheceu de perto o que é a enfermidade. Presentes no encontro deste domingo, eles contaram que, há dois anos e meio, a sobrinha deles teve depressão e acabou se suicidando. Hoje, o filho deles também está enfrentando a mesma doença, mas está se tratando.
“A depressão é uma doença como qualquer outra e que pode ser tratada. Que a família a leve a sério. O aspecto espiritual conta muito”, disse Marcos. Tereza testemunhou que a família superou a morte da sobrinha primeiramente vivendo o luto e depois orando muito. Marcos afirmou que ainda hoje se vê triste pela perda da sobrinha e pela situação do filho, mas encontrou na oração o seu apoio. “'Ralei' o joelho fazendo Adoração Eucarísitica”, partilhou.
A oração e o apoio da família também foram citados pelo jovem César Augusto Tuma e Silva, filho de Marcos e Tereza. “É preciso ter paciência. Às vezes a pessoa não tem paciência e acaba não sabendo lidar com a depressão. E ter o apoio da família; acho que, sem meus pais, eu não conseguiria”
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