“E eles foram felizes para sempre…” Para muitas pessoas, a primeira ideia sobre a felicidade veio alicerçada nessa frase. Desde então, almejamos uma vida perfeita, sem problemas, sem medo, sem sofrimento. Sinto muito lhe dizer, mas isso é uma mentira! Sim, uma mentira! Não nos é possível, enquanto vivermos neste mundo, afastarmos de nós sentimentos e situações difíceis. Para ser mais sincero ainda, só é possível sentir a felicidade com tanta intensidade depois de passarmos por dificuldades.
Imagine um atleta correndo a São Silvestre. Ao chegar ao local, vê que não há concorrentes, os quenianos não vieram este ano, não há com quem concorrer. Por falta de competidores, ele recebe o troféu de primeiro lugar. Seja sincero, onde estaria a graça de ganhar assim? Podemos ainda imaginar que alguém tenha lhe dito, antes de a corrida começar, que ele venceria de qualquer jeito. Será que ele se esforçaria? Será que treinaria o ano todo para tentar a vitória? Certamente não.
A vida é uma grande corrida e a felicidade é o nosso prêmio. As dificuldades e as lágrimas são nossos adversários tentando roubar nosso prêmio. Para alcançar a felicidade, precisamos dar o melhor de nós para vencer os obstáculos. Precisamos treinar nosso espírito por meio da oração e da comunhão, treinar o emocional pelo caminho da cura interior e da maturidade, ou seja, precisamos fazer com que a vitória vá, aos poucos, se tornando possível e, assim, eu tenha a chance de alcançar a felicidade.
A alegria de receber o troféu não está em subir no pódio, mas em saber que conseguimos chegar até o fim e vencer. O troféu é apenas um sinal para lembrá-lo da conquista. Mas, diferente do corredor, existe algo essencial para nossa vitória sobre o mal, sobre a tristeza e os sentimentos que nos jogam para baixo: a graça de Deus! Sem ela é impossível vencermos, pois ela é a água que nos nutre e renova nossas forças, ela é o fôlego que tomamos para continuar a correr.
Portanto, podemos concluir que a felicidade é fruto de uma conquista e não de um “passe de mágica”, de “uma varinha de condão” ou de um “estalar de dedos” de um gênio ou fada madrinha.
Precisamos deixar de lado o conto de fadas e sermos cristãos. A exemplo de Cristo, enfrentarmos o calvário que nos leva à ressurreição a cada luta do dia a dia. Ele é o Cireneu que nos ajuda no caminhar, em cada passo.
O impossível para Deus é muito fácil, no entanto, Ele não quer fazer sem nós. Junto d’Ele faremos maravilhas e encontraremos sentido e felicidade em cada dia de nossa vida; enfim, o verdadeiro “felizes para sempre”, isto é, a vida eterna, o céu. Onde não haverá mais pranto nem dor; nem tristeza ou derrota
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