Descubramos, com Bento XVI, qual foi o segredo de santidade do Papa João Paulo II.
O Papa Bento XVI nos revela qual foi o segredo de santidade do Papa João Paulo II. O Beato João Paulo II, que será canonizado no dia 27 de abril de 2014 pelo Papa Francisco, por sua vida totalmente dedicada ao Povo de Deus tornou-se ícone de santidade para toda a Igreja. Por outras palavras, o Papa Bento XVI nos lembra da importância desta imagem do Papa João Paulo II para a Igreja: “diante dos nossos olhos brilha, na plena luz de Cristo ressuscitado, a amada e venerada figura de João Paulo II” (Papa Bento XVI, Homilia de 1° de maio de 2011). O nome do Papa João Paulo II se juntará aos dos inúmeros Santos (472) e Beatos (1.320) que ele próprio proclamou durante os seus quase 26 anos de pontificado, recordando-nos com toda força a vocação universal à santidade, à medida alta da vida cristã, à qual todos nós somos chamados (cf. Constituição Dogmática Lumem gentium, 39-42). Com Bento XVI, somos chamados a conhecer melhor a vida de João Paulo II e descobrir qual foi o seu segredo de santidade.
Todos nós, “membros do Povo de Deus – bispos, sacerdotes, diáconos, fiéis leigos, religiosos e religiosas – todos nós estamos a caminho da Pátria celeste, tendo-nos precedido a Virgem Maria, associada de modo singular e perfeito ao mistério de Cristo e da Igreja” (Papa Bento XVI, Homilia de 1° de maio de 2011), explica o Papa Bento XVI. Antes de ser Papa, “Karol Wojtyła, primeiro como Bispo Auxiliar e depois como Arcebispo de Cracóvia, participou no Concílio Vaticano II e bem sabia que dedicar a Maria o último capítulo da Constituição sobre a Igreja significava colocar a Mãe do Redentor como imagem e modelo de santidade para todo o cristão e para a Igreja inteira” (Idem).
Foi a visão teológica da Virgem Maria como imagem e modelo de santidade que Karol Wojtyła descobriu na sua juventude, conservado e aprofundado esta visão durante toda a sua vida. Esta visão teológica se resume no ícone bíblico de Jesus Cristo crucificado, com Maria ao pé da Cruz (cf. Jo 19, 25-27). Este ícone está sintetizado no brasão episcopal de Wojtyla e, depois, papal de João Paulo II: “uma cruz de ouro, um ‘M’ na parte inferior direita e o lema ‘Totus tuus‘, que corresponde à conhecida frase de São Luís Maria Grignion de Monfort, na qual Karol Wojtyła encontrou um princípio fundamental para a sua vida: ‘Totus tuus ego sum et omnia mea tua sunt. Accipio Te in mea omnia. Praebe mihi cor tuum, Maria – Sou todo vosso e tudo o que possuo é vosso. Tomo-vos como toda a minha riqueza. Dai-me o vosso coração, ó Maria’” (Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, n. 266)” (Papa Bento XVI, Homilia de 1° de maio de 2011)
A vida de santidade do Beato João Paulo II, o Grande, e a sua profunda devoção a Virgem Maria assumida ainda enquanto seminarista, nos ajudam a compreender a ligação que existiu entre essas duas realidades. Conhecendo melhor a vocação de João Paulo II, percebemos que a sua consagração total a Nossa Senhora, segundo o método do “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem” de São Luís Maria, foi de fundamental importância para a sua vida e missão. A Virgem Maria, ícone de santidade da Igreja, que esteve sempre presente na vida de João Paulo II, fez dele também um ícone de santidade para todos e cada um de nós.
Assim, se a exemplo do Papa João Paulo II queremos ser santos com o auxílio da Virgem Maria, abracemos o seu segredo de santidade, a devoção que ele nutriu durante toda a sua vida: a consagração total, ou escravidão de amor, a Nossa Senhora. Tomemos a Mãe do Senhor como toda a nossa riqueza, entreguemos a ela todo o nosso ser e tudo aquilo que temos (cf. TVD 266). Não tenhamos medo de entregar tudo a Nossa Senhora, pois ela nada retém para si mesma, mas tudo entrega à seu Filho Jesus Cristo (cf. TVD 148). Peçamos ao Espírito Santo que nos revele este segredo de santidade: “Será Ele próprio quem conduzirá a alma fidelíssima para lá, para avançar de virtude em virtude, de graça em graça, de luz em luz até que chegue à transformação de si mesmo em Jesus Cristo, à plenitude da sua idade na Terra e da sua glória no Céu” (TVD 119).
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