Entenda a contribuição que a presença paterna traz para a vida de um indivíduo
Qual seria a melhor fase da vida para um filho? E que fase seria essa que ele gostaria de viver com seu pai? A figura paterna tem uma representação muito importante na formação de um indivíduo. Ele exerce a função de mediar as experiências do filho com o mundo, dando a ele a oportunidade de conviver com modelos comportamentais que poderão servir de exemplo para que interaja com o ambiente de forma respeitosa, ajustada, equilibrada e amorosa. Portanto, a melhor fase da vida de um filho para ser vivida com o pai deve ser a vida toda, desde que de maneira saudável.
Inicialmente, o pai se destaca no papel de companheiro da mãe. É com a ajuda dele que o bebê aprenderá a se diferenciar da mãe, alcançando a tão esperada autonomia psíquica e psicológica.Permanecer fiel à sua função tem se tornado muito desafiador para a figura paterna, pois o homem não se torna pai porque vai ter um filho, essa formação está ligada à concepção na qual foi criado. Para tanto, faz-se necessário bons modelos, não só em sua própria casa, mas também nos meios de comunicação que hoje ocupam um bom tempo da rotina dos filhos.
Os programas de televisão têm apresentado um modelo de pai como um sujeito incapaz de assumir essa função na relação educativa, de planejar o seu tempo com os adolescentes e mais, de enfrentar, com sabedoria e responsabilidade, o papel de autoridade frente às exigências necessárias para a vida em família e, consequentemente, em sociedade. Nessa função, incluímos a repreensão e a disciplina, o diálogo e a expressão dos sentimentos por meio da comunicação e da demonstração deles. O ambiente afeta e inspira esses programas que devolvem à sociedade o conteúdo recebido, de forma ainda mais elaborada, rica em efeitos tecnológicos, criativos e extremamente estimulantes. O exemplo disso são as novelas, os programas jornalísticos com ênfase na violência, os desenhos animados que, sutilmente, passam mensagens opostas aos valores cristãos que deveriam ser conservados no meio familiar.
Tornar-se presente quando se tem um ritmo de vida que conduz o pai a ser ausente requer habilidade por parte dele e convicção de saber para que ele quis ser pai. É preciso não se deixar seduzir com as alternativas terceirizadas de criar os filhos. A ausência paterna frustra quem acredita que todas as fases poderiam ser melhores ao lado do seu pai. Provavelmente, essa ausência e a necessidade desenfreada da mãe-mulher de estar em todos os lugares e ocupar todos os papéis colabora com esse caos. A diminuição da função paterna afeta a estruturação psíquica e psicológica do indivíduo durante a infância e juventude dele.
O pai deveria continuar sendo aquele que diz e mantém o ‘não’ tanto para o filho quanto para a própria mãe quando necessário. “É aquele que introduz a negatividade na vida de um infante e declara a proibição, o limite do possível”. Entenda a negatividade como oportunidade de ensinar ao filho a não conduzir a sua vida apenas pelos desejos oriundos da mídia, dos modismos ou das suas próprias carências. Mas, acima de tudo, por suas necessidades reais.
E você, pai? Qual a melhor fase para estar com seu filho? Todas. Uma vez pai, para sempre você o será! As suas palavras são saúde para o corpo do seu filho. Que os pais compreendam a importância de educar em estatura, sabedoria e graça, assim como aconteceu na vida de Jesus.
Pai, chegou a fase de reorganizar sua vida para o amor. E, juntamente com seu filho, cantar assim: “Por amor, foste criado para o amor! És obra-prima de Deus, superas em beleza mais que tudo. A tua criação foi uma explosão de imenso amor!”
É com o refrão dessa música que as escritoras Emmir Nogueira e Sílvia Lemos, no livro ‘Tecendo Fio de Ouro’, escreve: “Fomos criados por amor, para o amor e no amor. Viemos do amor. Findaremos no amor. Ordenemos, então, nossa vida, na ordem do amor”.
Pai, por causa do seu amor, seu filho quer viver a melhor fase da vida dele com você. E a melhor fase, com amor, são todas as fases.
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