Abraão questiona a Deus, que lhe concede a resposta: “se eu encontrar os justos eu os perdoarei”. Deus é o juiz misericordioso, e se revela diante do coração do homem. Se sua oração é um monólogo, se você só fala e não silencia para ouvir a Deus, você não conseguirá entender a vontade dele para a sua vida, geralmente é uma oração que não produz frutos.
Às vezes, chegamos na presença de Deus e só falamos, não damos a oportunidade dele falar conosco. A oração é um diálogo ousado, como esse de Abraão.
Quero lhe questionar: Sendo um combatente você se compadece por alguma cidade ou ao menos pela qual você mora? Ser um combatente é ser um intercessor, pois Abraão rezou por Sodoma e Gomorra. Você se lembra que Jesus também chorou pela cidade de Jerusalém? Ele se compadece! A oração de intercessão não deve partir apenas de um interesse pessoal, mas também por aqueles a quem somos confiados. O Papa Francisco na cidade de Lampedusa (Itália), falou exatamente isso: o intercessor precisa ter compaixão no coração. Você tem chorado pela situação do Egito? E chorar não é sentimentalismo, mas é uma atitude de intercessor.
Infelizmente temos apenas uma vida intimista para Deus, olhando apenas para nós mesmos, o intercessor deve se colocar numa posição a favor do outro. Reze pelos problemas dos seus irmãos, dos seus vizinhos, da sua cidade e até do seu país, fazendo isso você será levado a sair da globalização da indiferença, onde verá que tem muitas pessoas sofrendo mais do que você.
Não sejamos cristão satélites, não sabem o que Deus quer, pois não O escuta, Éfata! Abra o seu coração a Deus. Talvez o deus que você tem servido, é um deus criado por sua cabeça, não! Nós temos um Deus que fala conosco e nos pede que rezemos uns pelos outros. Temos um Deus que se compadece pelos seus filhos que se perdem. Se somos combatentes, devemos sentir tudo isso “com” Deus.
Veja o patriarca Jó, onde a oração trouxe-lhe esperança (cf. Gn 28,10). A oração é o respiro da esperança e quem ora está aberto as surpresas de Deus e não desiste! “Quem não ora vira cristão azedo” (Papa Francisco) e ainda “se torna um cristão vinagre com sal”, onde nada que se faz não lhe serve. Precisamos rezar e cultivar alegria, chega de viver com cara de luto. Nós devemos amadurecer espiritualmente. A oração precisa produzir em nós frutos, a ponto de fazer de nós: vinho novo!
Seja um cristão autêntico, não temos o direito de dar o pior aos irmãos, se você pode ser um vinho da alegria, porque até hoje você tem sido um cristão vinagre com sal (azedo).
Somos por vezes, insensíveis espiritualmente. A oração tem o poder de nos resgatar e de nos transformar, se Ele te chama: te capacita! Não resista ao que Deus quer fazer em seu coração. Quanto mais o combatente se coloca a disposição de Deus mais corajosos se tornam. Orar é se colocar numa atitude de filha diante de Deus.
Padre Roger Luís
Padre da Comunidade Canção Nova
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