sábado, 31 de agosto de 2013

VIVA A INTIMIDADE COM DEUS

Deus colocou, em meu coração, um amor muito grande. Um dia, senti uma coisa muito forte que tocou meu coração, dizendo que eu tinha de ir até o box 5 do hospital. Lá havia um senhor e ele me disse que a medicina para mim não poderia ser levada de qualquer jeito, pois a minha medicina seria um sacerdócio.

“Não contes com riquezas injustas. Não digas: Tenho o suficiente para viver, pois no dia do castigo e da escuridão, isso de nada te servirá. Quando te sentires forte, não te entregues às cobiças de teu coração. Não digas: Como sou forte! ou: Quem me obrigará a prestar contas dos meus atos?, pois Deus tomará sua vingança. Não digas: Pequei, e o que me aconteceu de mal?, pois o Senhor é lento para castigar (os crimes). A propósito de um pecado perdoado, não estejas sem temor, e não acrescentes pecado sobre pecado. Não digas: A misericórdia do Senhor é grande, ele terá piedade da multidão dos meus pecados, pois piedade e cólera são nele igualmente rápidas, e o seu furor visa aos pecadores. Não demores em te converteres ao Senhor, não adies de dia em dia, pois sua cólera virá de repente, e ele te perderá no dia do castigo. Não te inquietes à procura de riquezas injustas, de nada te servirão no dia do castigo e da escuridão. Não joeires a todos os ventos, não andes por qualquer caminho, pois é assim que se revela o pecador de linguagem dúbia. Firma-te no caminho do Senhor, na sinceridade de teus sentimentos e teus conhecimentos, nunca te afastes de uma linguagem pacífica e equitativa” (Eclesiásticos 5).

Eu não ia à Missa, não participava da Celebração Eucarística frequentemente, pois achava que as pessoas falavam palavras fazias. Eu passava por situações difíceis em minha casa e não sabia rezar o terço, mas comecei a aprendê-lo. E Nossa Senhora me conquistou de tal maneira, de modo que tudo o que ela me pedia eu fazia.

A primeira coisa que ela me pediu foi que eu me confessasse. Hoje, sou quem sou, porque tenho uma formadora maravilhosa: Nossa Senhora.

Um dia, ela me disse que iria colocar em meu caminho um sacerdote. Eu estava em casa e um padre bateu em minha porta. Ele me disse: “Filha, você não foi feita para o carmelo, mas para salvar a vida das pessoas”.

Eu aprendi muito nesse tempo de intimidade com Deus. Aprendi que Ele nos dá a resposta na hora certa.

Quando, em 1997, eu entrei para a Comunidade Canção Nova, comecei minha missão em Queluz (SP), mas lá eu não podia exercer a medicina. Diz a minha mãe que, quando eu era pequena, meus olhos brilhavam quando eu via um médico. Eu trabalhei, primeiramente, na lanchonete da Canção Nova, pois ainda não havia um posto médico. Eu fazia sucos; depois, passei a vender sorvete. No entanto, as pessoas passavam mal e me chamavam.

Minha formadora, na época, pediu para que escrevêssemos três lugares diferentes que gostaríamos de viver nossa missão. Eu, em minha lista, escrevi apenas: Cachoeira Paulista (SP), pois Deus havia falado comigo que meu lugar era aqui.

O posto médico da Canção Nova começou onde era nossa antiga Rádio CN. Ele começou a crescer, começamos a receber doações de remédios das pessoas; o posto aumentou e, hoje, estamos com um espaço bem grande.

Quero compartilhar com vocês essa filosofia de Deus, de Nossa Senhora. Ninguém sabe tudo e há muitas doenças que as pessoas não conhecem.

Quando vou enfrentar alguma dificuldade, peço para que Nossa Senhora me ajude e Deus também, pois sem Eles é impossível fazer algo.

Nossa Senhora nos diz algo muito importante: quando descobrimos alguma doença em nós, Deus não está nos castigando. Maria pede para que não fiquemos pedindo sempre a cura, pois vivemos para a alegria; que não fiquemos apegados ao que de ruim trazemos, porque somos os portadores da paz.

O testemunho é muito importante! Nós precisamos aprender a testemunhar nossa vocação naquilo que fazemos. Precisamos fazer poucas coisas, mas fazê-las bem.

O que é a doença? É quando temos um mal físico, emocional e espiritual.
Deus fala com todos nós, Nossa Senhora fala conosco a todo tempo, mas, muitas vezes, nós não os ouvimos. Precisamos mudar o nosso foco e subir contra a correnteza.

A vida do consagrado é antecipar o céu e fazer com que as pessoas sintam o cheiro do céu. Toda as vezes que preciso fazer uma viagem com um paciente, sempre peço para que Nossa Senhora não deixe que eles morram comigo. Cada paciente é um capítulo que eu leio. Quando estiver na companhia de um doente, fale coisas boas.

Você já parou e perguntou para Jesus qual é a sua missão?

Hoje, estamos vivendo em um mundo de fazer e fazer, mas devemos ter um tempo para ir ao Santíssimo ou em nossa própria casa conversar com Deus.

Temos, sim, que trabalhar, ganhar dinheiro, mas não devemos nos importar com tais coisas, pois o que você quer, naquele momento, Nossa Senhora lhe dará o dobro depois.

Pare e pense em seu interior. O importante é a cura da sua alma!

Veja a sua doença de uma forma diferente; depois, você a testemunhará para outros sobre a sua cura. A nossa fé não pode ser abalada pelas coisas do mundo, temos de crer em Deus.
Drª Rizzia Camargo 
Missionária e doutora do posto padre Pio

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