Passados quarenta dias sobre o seu nascimento eis que os pais do menino Jesus, Maria e José, o trazem ao templo para cumprir o que estava prescrito na Lei sobre o resgate dos primogénitos.
No templo e à sua espera encontra-se Simeão, esse velho piedoso e justo que toda a vida tem esperado por aquele momento, por ver a consolação de Israel. Que surpresa e que ternura, ver aquele velho homem com o menino de quarenta dias nos braços, um menino que é um dom, uma revelação que confirma o fim do seu tempo de espera.
Tem assim sentido a festa e tradição ortodoxa que termina o tempo de Natal com esta festa que designa “Festa do Encontro”, porque de facto se encontram o que espera e o esperado das nações.
Em Simeão revela-se esta nossa condição de seres em expectativa, em esperança, realidades que derivam do mesmo amor, porque só espera aquele que ama. E Simeão amava o seu Senhor, esperava pacientemente por se encontrar com ele, como lhe tinha sido prometido e revelado.
E face ao menino, àquele pobre menino, Simeão canta de alegria que agora pode partir em paz, que o Senhor o pode levar, pois viu a luz das nações, a salvação oferecida a todos os povos. E tudo naquele menino, acarinhado entre os braços! Como é possível Simeão veres tanto em tão pequena criança?
Este reconhecimento, esta visão só é possível àqueles que vivem na escuta e na expectativa, vigilantes e atentos, confiantes que o Senhor vem, mesmo que tarde, e por isso apaixonadamente se espera, permanecendo no amor e na escuta atenta.
Concede-nos Senhor esse dom de te aguardarmos, de estarmos vigilantes na expectativa, para que te possamos reconhecer e dizer como Simeão “é agora Senhor que vens”
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