domingo, 28 de novembro de 2010

ADVENTO , O TEMPO DA ESPERANÇA

 Ano Litúrgico gira em torno dasndes festas doistério de nossa salvação: o Natal e a Páscoa. A fim de nos prepararmos bem para essas duas solenidades de máxima importância, a Santa Igreja, com seu amor de mãe e sua sabedoria de mestra, instituiu o Advento, que nos predispõe para o Natal e a Quaresma, que nos prepara para a Páscoa. Praticamente um mês e meio de Advento-Natal e três meses de Quaresma-Páscoa. O tempo chamado “Comum”, durante o ano, ajuda-nos a caminhar com a Igreja nas estradas da história, iluminados por esses mistérios de nossa fé e conduzidos pelo Espírito Santo.

Iniciamos o tempo do Advento, que assinala também o início de um novo Ano Litúrgico. Proclamaremos, aos domingos principalmente, o Evangelho de Lucas. Um novo ano que queremos que seja um aprofundamento de nossa vida cristã na história como discípulos missionários. Iniciamos com a expectativa da vinda do Messias até o anúncio que o Senhor Jesus é Rei.
Neste tempo é que a Igreja nos incentiva a colaborar com a Coleta pela Evangelização no terceiro domingo do Advento, preparada nos domingos anteriores. É a nossa corresponsabilidade de levar adiante a encarnação da Boa Notícia no tempo que chamamos hoje. O tema deste ano: “Ele se fez pobre para nos enriquecer”, já aponta para as reflexões que iremos ter durante a próxima Quaresma, pois a Iniciamos o tempo do Campanha da Fraternidade de 2010 falará sobre economia.

No decurso dos quatro domingos do Advento, o povo cristão é convidado para preparar os caminhos para a vinda do Rei da Paz. O Cristo Senhor, que há dois mil anos nasceu como homem numa manjedoura em Belém da Judéia, deseja ardentemente nascer em nossos corações, conforme as santas palavras da Escritura: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa e tomaremos a refeição, eu com ele e ele comigo” (Ap 3, 20).

No Advento temos a oportunidade de nos aprofundar na expectativa do “Senhor que virá para julgar os vivos e os mortos” e na semana que antecede a festa natalina a preparação próxima para celebrar o “Senhor que nasceu pobre no Oriente”. Entre essas duas vindas, o cristão celebra, a cada dia, o seu coração que se abre para o “Senhor que vem” em sua vida e renova a sua existência.

Celebrar o Natal é reconhecer que “Deus visitou o seu povo” (cf. Lc 7, 16). Tal reconhecimento não se pode efetivar somente com nossas palavras. A visita de Deus quer atingir o nosso coração e transformar-nos desde dentro. A tão desejada transformação do mundo, a superação da fome, a vitória da paz e a efetiva fraternidade entre os homens dependem, na verdade, da renovação dos corações. Somos convidados, em primeiro lugar, a aprender a “estar com Jesus”, e então nossa vida em sociedade verá nascer o Sol da Justiça. Nesse sentido, o Santo Padre Bento XVI chamou a atenção para a relevância social da comunhão pessoal com Cristo: “O fato de estarmos em comunhão com Jesus Cristo envolve-nos no seu ser « para todos », fazendo disso o nosso modo de ser. Ele compromete-nos a ser para os outros, mas só na comunhão com Ele é que se torna possível sermos verdadeiramente para os outros, para a comunidade” (Carta encíclica Spe Salvi, n. 28).

Enquanto todos se voltam para o lucro comercial neste tempo que antecede o Natal, os católicos se preparam para que em seu coração haja espaço para o Verbo Encarnado, que veio para salvar a todos. O festival de presépios feitos por artistas e espalhados pela cidade e os presépios das paróquias querem ajudar a cidade a ter um novo olhar e a repensar sobre o que exatamente celebramos no Natal. Dependerão do encontro com “Ele” as mudanças sonhadas para a sociedade hodierna!

O Advento constitui precisamente o tempo favorável para a preparação do nosso coração. Deixemo-nos transformar por Cristo, que mais uma vez quer nascer em nossa vida neste Natal. Celebrar bem a solenidade do Natal do Senhor requer que saibamos apresentar a Deus um coração bem disposto, pois “não desprezas, ó Deus, um coração contrito e humilhado” (Sl 51, 19). Um coração que busca com sinceridade a conversão é fonte de inestimável comunhão com o Senhor e com os irmãos. Por isso mesmo, a oportunidade das celebrações penitenciais se multiplicam pelas paróquias, dando a todos a oportunidade de uma renovação interior. Neste tempo de Advento não tenhamos medo de Cristo. “Ele não tira nada, Ele dá tudo. Quem se doa por Ele, recebe o cêntuplo. Sim, abri de par em par as portas a Cristo e encontrareis a vida verdadeira” (Bento XVI, homilia da Missa de início do ministério petrino, 24/4/2005).

Como servidor do rebanho de Cristo que me foi confiado, não poderia deixar de insistir nisso: a vida verdadeira, que todos desejamos, só o Amor no-la pode dar. “O ser humano necessita do amor incondicional. Precisa daquela certeza que o faz exclamar: « Nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, Nosso Senhor » (Rom 8,38-39)” (Carta encíclica Spe Salvi, n. 26).

Que o tempo do Advento predisponha nossos corações a acolher com intensidade o “Amor que move o sol e as outras estrelas” (Dante, Divina Comédia, Paraíso, XXXIII, 145), e que, por pura bondade, manifestou-se com inigualável força no nascimento do frágil Menino de Belém para também mover com suavidade e força a nossa vontade para o Bem.



Dom Orani João Tempesta




 

A FELICIDADE É FRUTO DE UMA VIDA COERENTE

Nesta vida tudo é passageiro, tudo é rápido, e quantas alegrias já passaram na nossa vida; hoje, olhamos para trás e vemos que já passou aquilo que achávamos que não acabaria, e estando fora conseguimos hoje perceber que passou rapidamente. Mas tudo nesta vida tem uma finalidade, a nossa vida tem uma meta a ser cumprida nesta terra.
A felicidade é fruto de uma vida coerente. Então é necessário cultivar o amor mútuo, e se é para cultivá-lo, é sinal de que esse amor já existe. É cultivar o amor entre marido e mulher, filhos, amigos e irmãos de fé. Assim como é preciso colocar lenha nessa chama, porque esta nós podemos alimentar. E de que forma? Nós precisamos amar com todo o ardor, amar com um amor que queima. O nosso amor tem que doer em nós e em quem recebe. Amor que constrange, é preciso amar a pessoa até que doa em nós de tanto que amamos; ofertando-nos até doer, porque este amor cobre uma multidão de pecados.
Quem ama, sendo sensato na sua vida de oração e de trabalho, não tem como não ter seus pecados diluídos no fogo do Espírito Santo. O Catecismo da Igreja Católica nos ensina que dar esmolas apaga os nossos pecados e aqui a esmola não quer dizer dar só dinheiro, mas ser presença, ser ouvido, tomar a defesa de alguém que não pode se defender. Onde existe esse amor ardoroso não dá para o maligno entrar.
Quantos bons amigos se amam a ponto de morrerem um pelo outro, e nós falamos muito pouco sobre esse jeito de amar. Muitas vezes, não falamos desse amor dentro da nossa própria casa por falta de conhecimento ou por medo de que os nossos filhos vão se desvirtuar, mas é preciso pedir ao Espírito Santo que nos ensine a amar.
Muitas vezes, pensamos mil vezes antes de demonstrar carinho por alguém; e quantas vezes a pessoa pega o bilhetinho que recebeu e não lê, dessa forma não nos sentimos acolhidos. Por isso é preciso ser hospitaleiro, e se formos fazer algo que o façamos sem reclamações, pois a graça de Deus está sobre nós. Deixemos o Espírito Santo agir em nós em tudo aquilo que fizermos hoje.
Márcio Mendes
Comunidade Canção Nova

VOCE PRECISA DE ARMAS ESPIRITUAIS PODEROSAS

Para ver sua família liberta, você precisa de armas espirituais poderosas. A arma espiritual que Deus está lhe dando é o Espírito Santo, com todos os Seus dons.

A cada um é dada a manifestação do Espírito, em vista do bem de todos. A um é dada pelo Espírito uma palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de conhecimento segundo o mesmo Espírito. A outro é dada a fé, pelo mesmo Espírito. A outro são dados dons de cura, pelo mesmo Espírito. A outro, o poder de fazer milagres. A outro, a profecia. A outro, o discernimento dos espíritos. A outro, a diversidade de línguas. A outro, o dom de as interpretar. Como o corpo é um, embora tenha muitos membros, e como todos os membros do corpo, embora sejam muitos, formam um só corpo, assim também acontece com Cristo. De fato, todos nós, judeus ou gregos, escravos ou livres, fomos batizados num só Espírito, para formarmos um só corpo, e todos nós bebemos de um único Espírito (I Cor 12,7-10.12-13).

Quando nasce uma criança, a primeira coisa que se quer saber é se ela é perfeita. Os pais da criança a querem perfeita: que não lhe falte nenhum de seus órgãos. É doloroso quando a criança nasce sem algum órgão.

Deus não quer o corpo, que é a Sua Igreja, com deficiências: ao contrário, Ele quer que ele tenha todos os membros perfeitos. Não basta ter orelhas, é preciso ouvir. Não basta ter olhos, é preciso ver. Não basta ter boca, é preciso falar. Não basta ter pés, é preciso andar. Não basta ter mãos, é preciso movê-las.

O Altíssimo não quer uma Igreja atrofiada. Se padecemos tanto é porque o inimigo de Deus nos tem amarrado, cegado, ensurdecido, amordaçado e segurado nossos pés e nossas mãos para não andarmos nem agirmos: ele tem nos impedido de usar os dons. Já fomos impedidos demais! Deus não quer mais isso, Ele quer que os dons do Espírito Santo estejam em Seu corpo, que é a Igreja.
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova