quinta-feira, 31 de outubro de 2013


NOTÍCIAS OCAS

O sensacionalismo e a violência propagados pela mídia
Um dia desses li uma manchete, em letras garrafais, que denunciava algo da Igreja Católica. Estava lá, estampada na primeira página do jornal. Ao ler a notícia até pensei qua havia aberto na página errada. Nada da reportagem correspondia à manchete sensacionalista.

Outra situação que se espalha pela TV é a fofoca. Apresentadores, com um olhar malicioso, levantam suspeitas sobre este ou aquele artista. Um está para se separar, outra foi vista com um novo namorado. E por aí vai... Um pouco mais tarde, ainda na TV, a coisa fica mais animada. Uma apresentadora reúne um grupo de fofoqueiros para debater a própria fofoca. O espetáculo chega a ser grotesco. Todos falam ao mesmo tempo, gritam, saem do nada e chegam a lugar nenhum. Piora um pouco quando o sujeito que está no centro da mexerico é encontrado, por telefone, para participar da cena tentando se explicar. Quanto mais explica, mais se complica.
Os animadores desse circo preparam armadilhas para que o entrevistado se contradiga. Se a audiência sobe, o debate é prolongado. Se a audiência diminui, são chamados os comerciais. Isso lembra aqueles macabros e violentos shows de sangue e morte que serviam de diversão ao povo romano: a luta dos gladiadores. O ser humano parece ter essa sede de ver o outro morrer. O pior é que é uma sede insaciável. Quanto mais violento o espetáculo, tanto mais a multidão exige novidades estranhas. O martírio dos primeiros cristãos no Coliseu Romano, jogados na arena aos dentes das feras, era apenas mais uma diversão. Pode parecer coisa do mundo antigo, mas hoje somente trocamos a arquibancada do estádio pelo sofá da sala.

Um dos propósitos saudáveis do teatro, desde sua origem, foi elevar ao nível da fantasia, da farsa e da imaginação aquilo que, muitas vezes, era representado nas arenas de modo real e cruento. Seguiram-se o cinema, a TV, a internet e os jogos eletrônicos. Se pararmos para analisar criticamente o roteiro de alguns filmes que recebemos enlatados, principalmente dos Estados Unidos, perceberemos que a violência continua a ser uma das principais matérias-primas.

Mas mesmo o filme mais violento, deste ou daquele super-herói, é quase infantil perto das propostas incríveis dos jogos eletrônicos. Um dia desses vi um menino de cinco anos, grudado na tela do seu computador, fazendo de tudo para vencer um jogo. Ao conseguir fazer o número máximo de pontos, gritou todo feliz: "Finalmente consegui matar a velhinha!". Seria cômico se não fosse trágico!

Até onde iremos com essa banalização da violência? Até quando seremos cúmplices da profanação da intimidade das pessoas? Você se lembra da causa da morte da princesa Diana em agosto de 1997? Ela estava fugindo dos fotógrafos, que perseguiam seu carro, na saída de um restaurante. Foi uma vítima desse tipo de atitude social que continua a fazer vítimas todos os dias.

Enquanto isso a fé cristã nos ensina que a verdade liberta e que satanás é o pai da mentira (cf. Jo 8,44). Jesus se apresenta como caminho, verdade e vida (cf. Jo 14,6). Não precisamos simplesmente aceitar essa panaceia diária como se fosse normal. É preciso dizer uma palavra. Quem sabe acendendo a luz da verdade não haja espaço para as trevas da mentira
Padre Joãozinho, SCJ

PAPA FALA ,AOS FIÉIS SOBRE A COMUNHÃO

Santo Padre disse que a comunhão dos santos é uma bela realidade de fé que mostra que o homem não está só
Na catequese, Papa fala aos fiéis sobre a comunhão dos santos
A comunhão dos santos mostra que o homem não está só, explicou Francisco / Foto: reprodução CTV
Na catequese desta quarta-feira, 30, Papa Francisco falou sobre a comunhão dos santos. Ele destacou que esta  realidade da fé recorda que o homem não está só, mas existe uma comunhão de vida entre todos aqueles que pertencem a Cristo.
O tema vem às vésperas da solenidade de Todos os Santos, celebrada nesta sexta-feira, 1º. Recordando o que diz o Catecismo da Igreja Católica, Francisco explicou que a comunhão dos santos entende-se de dois sentidos: comunhão nas coisas santas e a comunhão entre as pessoas santas. O Santo Padre concentrou-se neste segundo aspecto.
“Recorda-nos que não estamos sozinhos, mas existe uma comunhão de vida entre todos aqueles que pertencem a Cristo. Uma comunhão que nasce da fé”, disse.
Francisco lembrou que o Evangelho de João mostra que, antes de sua Paixão, Jesus rezou ao Pai pela comunhão entre os discípulos. Nesse sentido, a Igreja é comunhão com Deus e esta relação entre Jesus e o Pai é a matriz do vínculo entre os cristãos.
“Se estamos intimamente inseridos nesta ‘matriz’, nesta fornalha ardente de amor que é a Trindade, então podemos nos tornar realmente um só coração e uma só alma entre nós, porque o amor de Deus queima os nossos egoísmos, os nossos preconceitos, as nossas divisões interiores e exteriores. O amor de Deus queima também os nossos pecados”.
Na catequese, Papa fala aos fiéis sobre a comunhão dos santos
Fiéis compareceram em massa à Praça São Pedro para a catequese com o Papa / Foto: Reprodução CTV
O Papa explicou então que a experiência da comunhão fraterna conduz à comunhão com Deus. E por isso ele acrescentou que a fé precisa do apoio dos outros, especialmente nos momentos difíceis, nos quais é preciso confiar na ajuda de Deus e ter a coragem de abrir-se ao outro para pedir ajuda.
Um último aspecto abordado pelo Pontífice foi o fato de que a comunhão dos santos vai além da vida terrena, vai além da morte e dura para sempre. Graças ao Cristo Ressuscitado, disse, essa união entre os seres humanos, que nasce do Batismo, encontra sua plenitude na vida eterna.
E a comunhão entre terra e céu se realiza especialmente na oração de intercessão. “Sigamos adiante neste caminho com confiança e também com a ajuda dos irmãos e das irmãs que estão no Céu e rezam a Jesus por nós”.

O TRABALHO DO HOMEM

Criado por Deus como um meio de santificação
A Igreja ensina que o trabalho é uma bênção; por ele o homem é chamado a construir o mundo, a servir os irmãos e a se santificar. "O trabalho humano procede imediatamente das pessoas criadas à imagem de Deus e chamadas a prolongar, ajudando-se mutuamente, a obra da criação, dominando a terra" (GS 34; CA 31).

O trabalho é, pois, um dever: "Quem não quer trabalhar também não há de comer" (2Ts 3,10). O trabalho honra os dons do Criador e os talentos recebidos. Também pode ser redentor. Suportando a pena do trabalho unido a Jesus, o artesão de Nazaré e o Crucificado do Calvário, o homem colabora de certa maneira com o Filho de Deus em sua obra redentora. Mostra-se discípulo de Cristo carregando a cruz, cada dia, na atividade que é chamado a realizar. O trabalho pode ser um meio de santificação e uma animação das realidades terrestres no Espírito de Cristo (CIC §2427).

A maior parte da nossa vida transcorre no trabalho de cada dia; seja ele braçal ou mental; doméstico ou empresarial; profissional ou particular. E o trabalho foi criado em nossa vida, por Deus, como um meio de santificação. 
No trabalho, a pessoa exerce e realiza uma parte das capacidades inscritas em sua natureza. O valor primordial do trabalho está ligado ao próprio homem, que é seu autor e destinatário. O trabalho é para o homem, e não o homem para o trabalho (cf. LE 6).

A Igreja orienta que "cada um deve poder tirar do trabalho os meios para sustentar-se, a si e aos seus, bem como para prestar serviço à comunidade humana" (CIC §2428).

Depois que o homem pecou no paraíso e perdeu o "estado de justiça e santidade" originais, Deus fez do trabalho um meio de redenção para ele:

Ao homem Ele disse: "Porque ouviste a voz da tua mulher e comeste da árvore, de cujo fruto te proibi comer, amaldiçoado será o solo por tua causa. Com sofrimentos tirarás dele o alimento todos os dias de tua vida. Ele produzirá para ti espinhos e ervas daninhas, e tu comerás das ervas do campo. Comerás o pão com o suor do teu rosto, até voltares ao solo, do qual foste tirado" (Gn 3,17-19).

Mais do que um castigo para o homem, o trabalho foi inserido em sua vida para a sua redenção. Por causa do pecado, ele agora é acompanhado do "suor". Mas Deus fez desse sofrimento matéria-prima de salvação.

Infelizmente, a maioria dos homens, mesmo muitos católicos, tem uma visão distorcida do trabalho, por isso, fazem de tudo para se verem livres dele. Trata-se de um grande engano.

Para nos mostrar a importância fundamental do trabalho em nossa vida, Jesus trabalhou até os trinta anos naquela carpintaria humilde e santa de Nazaré. E para nos ensinar que todo trabalho é santo, qualquer que seja ele, do lixeiro ou do Papa, do pedreiro ou do médico, Cristo assumiu o trabalho mais humilde: o de carpinteiro, muito desprezado em Seu tempo.

Trabalhando, como homem, Jesus tornou sagrado o trabalho humano e fonte de santificação. Por isso, o lema de vida de Santo Afonso de Ligório era: "Nunca perder tempo". E São Bento, de Nurcia, tomou como lema da vida dos mosteiros: Ora et labora! (Reza e trabalha!).
Felipe Aquino

ESCOLHA FICAR NA PRESENÇA DO SENHOR

Se tu te converteres, eu te converterei”. Deus só nos converte quando, no nosso coração, tomamos a decisão de entregar a nossa vida a Ele.

O Senhor sempre nos assiste com Sua graça, Ele não força nem obriga a nossa mudança, apenas nos convida a fazer isso e envia pessoas, como anjos, ao nosso encontro, para nos mostrar que o nosso caminho não está bom. O Pai fica de braços abertos esperando a nossa mudança e, só quando tomamos a decisão de mudar é que o Espírito Santo entra no nosso coração, para nos tirar das garras da morte e do mal que nos oprimem.

Quando dizemos: “Senhor, eu quero mudar”, Deus traz saúde e paz ao nosso coração e renova a nossa vida; para isso nós só precisamos nos voltar para Ele.

A Palavra de hoje nos mostra que o Senhor age conosco como uma pessoa encorajadora faz. Ele nos aconselha, conversa conosco e tenta nos convencer, mas não nos obriga a nada. Cabe a nós decidirmos o que fazer.

A conversão é uma decisão que vem do coração. Por isso, o Senhor diz: “Se tu te converteres, eu te converterei, e na minha presença ficarás.”

Quando decidimos viver uma vida descontrolada e desequilibrada, nós nos afastamos de Deus. Somos nós que saímos da Sua presença e não Ele que sai da nossa. O Senhor nunca se retira da nossa presença, porque Ele acompanha tudo e sabe de todas as coisas. Nós é que, estando na presença d’Ele, Lhe damos as costas.

O Senhor pede que fiquemos na presença d'Ele e separemos aquilo que presta do que não presta. Se assim o fizermos, Ele nos garante que seremos Sua boca e teremos unção em tudo que falarmos e fizermos.

A pessoa ungida é aquela que está “untada” com a graça de Deus e revestida de uma força divina e de uma sabedoria que vêm do Alto. Se você aprende a separar o que é pecado do que não o é, recebe a unção do Pai para falar e agir. Então, diz a Palavra que, em vez de você passar para o lado dos que estão no erro, eles é que passarão para o seu lado. Isso quer dizer que sua palavra irá tocar o coração dessas pessoas que estão no caminho do mal.

No momento em que você separa aquilo que tem valor daquilo que não presta, a unção de Deus recai sobre sua vida. Dessa forma, o Senhor lhe garante que você será bem-sucedido em tudo o que fizer. E por que é importante fazer essa separação? Porque as coisas estão todas ligadas. Coisas boas ligam pessoas que vivem coisas boas, assim como as más ligam pessoas que estão no mal.

Pare um pouco para pensar na sua vida e veja se você não precisa repensar algumas coisas. Comece a separar aquilo que é bom daquilo que não o é. Pode demorar um pouco, mas você chegará lá. Devagar você ficará cheio de bondade.

O seu coração também vai lhe dizer quando uma situação não for boa, ele sempre nos avisa quando algo mau está próximo de nós. Acredite nessa voz que fala ao seu ouvido, pois o coração sempre derrota o mal.

O que Deus nos diz no dia de hoje é: “Eu preciso do seu coração para mudar a sua vida”. Se você quiser mudar, deverá entregar seu coração a Deus, porque só com amor e inteligência é que você conseguirá discernir as coisas boas das más; pois isso tudo vem do coração.

Peça a Deus a graça de ser uma pessoa sensata e saber separar o que presta do que não presta. A pessoa que é sensata faz três cosias: ela coloca em prática aquilo que ela aconselha aos outros a fazer; não faz nada que seja contra a verdade e tem paciência com a fraqueza dos que estão à sua volta. Assim, ela separa o que é bom do que não o é, pois, do seu coração bom brotam pensamentos verdadeiros. Use seu coração para ser mais inteligente e sua inteligência para ser bom. Dessa forma, você entenderá a vida.

Dá-nos, Senhor, essa graça. Abençoa-nos com a força dessa Palavra, que move o nosso coração para o bem. Nós não fomos feitos para a estupidez, não somos pessoas burras e insistentes no mal. O Senhor nos fez pessoas inteligentes, com o coração bondoso e amoroso, orientados para o bem. Dá-nos a graça de separarmos o que presta do que não presta, para ficarmos somente com o que é bom.


Márcio Mendes
Membro da Comunidade Canção Nova

LIBERTE-SE DAS DROGAS


Pastoral da Sobriedade é uma ação da Igreja Católica e evangeliza pela busca da sobriedade como um modo de vida. Por meio da “Terapia do amor” trata todos os tipos de dependência, guiada por dois pilares: a proposta de mudança de vida e a valorização da pessoa humana.O objetivo dessa pastoral é sensibilizar cada vez mais a sociedade sobre a problemática do mundo das drogas. “Por melhor que seja alguém, jamais conseguirá ser tão eficiente quanto todos nós unidos,” afirma o fundador da pastoral, Dom Irineu Danelon.

Sendo um organismo da CNBB, a Pastoral da Sobriedade tem como lema de atuação: “Só por hoje, graças a Deus”, e conta com a colaboração de grupos de apoio em várias cidades brasileiras.Dom Irineu cita uma frase que resume o trabalho realizado pela Pastoral da Sobriedade: “Existe só uma coisa que Deus não consegue deixar de fazer: deixar de amar você!”. Ressaltando que o Senhor não quer que ninguém se perca, o prelado também enfatiza o testemunho de Jesus, o Bom Pastor, que não foge quando chega o "lobo" e que “O mal está bem articulado, por isso é preciso articular bem o Bem”.Um dos vícios mais comuns no Brasil é o alcoolismo. Estima-se que 90% das internações em hospitais psiquiátricos acontecem devido ao uso desse tipo de droga. Um dado alarmante, tendo em vista que o número de jovens dependentes de bebidas alcoólicas está crescendo. 
A Pastoral da Sobriedade nasceu do Espírito Santo de Deus para a Igreja. Graças a Deus, temos bons frutos de conversão, pois o próprio Senhor nos ensina que é pelos frutos que conheceremos a árvore. Somos redimidos pelo amor de Deus. Por que, muitas vezes, sofremos pelo amor? Lembre-se de que Deus nos ama e quer nos purificar. Estejamos atentos aos frutos do amor: paciência, mansidão e fortaleza".

O PECADO TEM O SEU JEITO PRÓPRIO DE AGIR EM CADA UM DE NÓS

O pecado tem o seu jeito próprio de agir em cada um de nós, ele age conforme a fraqueza, conforme o “buraco” que ele mesmo foi cavando dentro de nós.
“Com efeito, não faço o bem que quero, mas faço o mal que não quero. Ora, se faço aquilo que não quero, então já não sou eu que estou agindo, mas o pecado que habita em mim” (Rm  7,19-20)
Quem de nós já não desejou fazer o bem, já não fez propósitos e teve vontade de realizar as coisas justas e corretas; de viver uma vida honesta, segundo a vontade de Deus, direcionada por Deus e guiada por Sua Palavra.
Nós nos propomos, muitas vezes, a ser mais silenciosos, mais meditativos e contemplativos, a viver mais em oração, a não brigar mais uns com os outros, a não dizer desaforos nem a fazer desavenças. Mas parece que existe uma força estranha agindo em nós. Alguém me disse assim: – “Quanto mais eu faço bons propósitos, mais parece que eu caio, mais parece que eu cedo, mais parece que a força do mal toma conta de mim!”.
Isso acontece com todos nós, meus irmãos e minhas irmãs, que estamos na caminhada com Deus. Dentro de nós há o desejo do bem, a vontade de fazer o bem, dentro de nós há este grande propósito de querer acertar sempre, mas existe uma força que, às vezes, parece até ser maior que nós. É uma força que enfraquece a nossa vontade, enfraquece os nossos desejos, nos seduz e nos mantém, muitas vezes, presos, cativos. Essa força se chama pecado.
O pecado tem o seu jeito próprio de agir em cada um de nós, ele age conforme a fraqueza, conforme o “buraco” que ele mesmo foi cavando dentro de nós. Assim, ele vai nos deixando presos a ele. A fraqueza de alguns é o temperamento: se aborrecem e perdem a paciência por qualquer coisa. Algumas vezes dizem assim: – “Padre, queria tanto ser paciente com os meus filhos! Queria ser paciente com meu marido, mas qualquer coisa que ele me diz já me irrita”. Para outros, a fraqueza é a língua, a pessoa não quer falar mal de ninguém, mas quando menos percebe já está novamente fazendo isso.
O pecado também pode nos levar pela fraqueza da carne, pelas impurezas, pelas desordens nos pensamentos e nos sentimentos. E, assim, uns mais, outros menos, o pecado vai enveredando por nossa vida. Dificultando a luta de muitos que querem parar de beber, de fumar, de largar as drogas.
Em todos esses casos parece que há uma força maior nos dominando. A Palavra de Deus, meditada hoje, está nos convidando a reconhecermos a força do pecado que existe no meio de nós, a força do pecado que exerce um fascínio em nossa vida. Não o estou convidando a esmorecer; não, pelo contrário, é apenas para que nós meditemos sobre isso e ninguém se ache pronto, ninguém ache que não vai mais cair ou que não vai ter mais esta ou aquela fraqueza.
Enquanto estivermos vivos, meus irmãos, mantenhamos a vigilância, porque Deus nos libertou, mas o pecado nos ronda e é por isso que temos de nos manter humildes, para termos forças para combater o mal.
Padre Roger Araújo

A VERDADEIRA CARIDADE

Há amor em você! Esse amor se chama caridade. O inimigo estraga tudo e acaba caricaturando o que há de mais lindo. Isso foi uma profanação que ele fez.

Hoje caridade significa dar esmola, doar algumas coisas, muitas vezes, sem compromisso, tanto assim que se diz por aí: “Eu não quero saber de caridade; se você quiser me dar alguma coisa, me dê, mas não quero saber de caridade”. Muitos pobres dizem isso. Por quê? Porque a palavra “caridade” tornou-se uma caricatura. Mascaridade vem de cáritas. Cáritas vem de caris. Caris deu a palavracarisma, e caridade vem daí.

A verdadeira caridade é a união do amor divino com o amor humano. Deus lhe deu amor. No começo da criação o amor era puro, como a nascente de água que sai da serra. O seu amor era amor de Deus. Depois veio o pecado original e envenenou a fonte, o amor se misturou com sensualidade, com sexualidade, egoísmo, ganância, cobiça.

Quando veio no poder do Espírito Santo, Jesus deu a esse amor o nome de caridade. É um dom. Um presente. É o próprio Espírito Santo amando e misturando em você o amor divino com o amor humano. Isso é caridade!

O Senhor quer nos batizar nesse amor, que é caridade, para que, daqui para a frente, a nossa sensibilidade tire de dentro de nós amor verdadeiro. Amor que é doação, serviço, entrega. Amor que, muitas vezes, é sacrificar-se, doar-se e esquecer-se de si, perder por causa dos outros. Amor que muitas vezes é perdoar, desculpar, suportar, agüentar, dar, ouvir, passar noites sem dormir

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova