sábado, 8 de fevereiro de 2014



CONFIE NA MISERICÓRDIA DE DEUS

Quanto a mim, eu confio no teu amor!” Não é na minha capacidade de lutar e vencer que eu confio, meu Deus, mas na Sua misericórdia. Eu luto e, muitas vezes, venço, mas é na Sua misericórdia, no Seu amor e na Sua bondade que está a minha confiança. 

Precisamos acreditar que Deus é bom, que da parte d’Ele não falta misericórdia, amor, compaixão, ternura e cuidado conosco. Mas só desfrutaremos desses benefícios à medida que confiarmos n’Ele.

Nós precisamos aprender a dizer, em voz alta, na frente de todos, sobretudo diante das dificuldades, que confiamos na misericórdia do Senhor.

Se estamos doentes, se recebemos uma notícia ruim ou sentimos que corremos perigo, que alguém nos persegue e jurou nos fazer mal, de todo o coração, digamos ao Senhor: “Quanto a mim, eu confio no Seu amor, meu coração exulta com a Sua salvação. Vou cantar ao Senhor por todo o bem que Ele me fez!”. É assim que vencemos o mal, o inimigo, os pensamentos negativos que, muitas vezes, são nosso maior inimigo. 

Quando o nosso inimigo está do lado de fora, ainda temos uma chance de nos defender, de pedir ajuda, mas quando ele está dentro de nós, ele atinge nosso coração, aos poucos, e vai minando devagar a nossa confiança em Deus. Assim, vamos ficando fracos, tristes e sem fé. 

Ao passarmos por uma tristeza muito grande ou nos entregarmos à depressão, a nossa visão da realidade fica distorcida, nossos pensamentos ainda mais pessimistas e a angústia ainda maior. Nessa hora, se não tivermos cautela, correremos o risco de um desequilíbrio tão grande, que tudo na nossa vida se tornará exagerado. Um simples problema acaba sendo uma enorme tragédia. 

Além disso, a tristeza faz com que nós levemos tudo para o lado pessoal, nos faz tirar conclusões precipitadas de tudo e ter decisões extremas: é tudo ou nada. E tudo isso só aumenta a nossa angústia.

Se estamos tristes, magoados, se estamos nos sentindo abandonados por todos e até por Deus, não é hora de nos precipitarmos. Temos de entender que esse sentimento ruim distorce a nossa visão das coisas. Em situações assim, a primeira coisa a fazer é confiar na misericórdia do Senhor. Se já fizemos tudo o que poderíamos para resolver uma situação, mas nada deu certo, rezemos. Se já rezamos, rezemos ainda mais, porque a oração pode tudo, ela é mais forte do que a morte. Recorramos a Deus e confiemos na Sua misericórdia. Ele cuida de nós, vai nos ajudar e tudo vai terminar bem. Só precisamos acreditar nisso e reagir. 

A segunda coisa que devemos fazer para vencer o inimigo é alegrar o nosso coração nas pequenas coisas e nas boas lembranças. Na hora da dor e da tribulação, não é momento de repassar o negativo, mas sim as coisas boas. Em terceiro lugar, temos de cantar, louvar e agradecer ao Senhor pelo bem que Ele já nos fez. 

Veja: o nosso pensamento é muito traiçoeiro. Nós sempre nos lembramos das coisas ruins e nos esquecemos da parte boa da nossa vida. Por isso, precisamos treinar nossos pensamentos para as lembranças boas, assim vamos ter muito mais alegria na vida.

Primeiro: confiemos em Deus. Segundo: alegremo-nos com as pequenas coisas e com as boas lembranças. Terceiro: cantemos, louvemos e agradeçamos ao Senhor por tudo de bom que Ele já nos fez. Talvez, ainda não tenhamos visto resultados, mas sabemos que o bem já está garantido para quem coloca sua fé em Deus.

Deus nos ama, Ele cuida de nós e ouve a nossa oração. Louvado seja o nome do Senhor!

Márcio Mendes
Membro da Comunidade Canção Nova

SANTOS OU NADA

Nós temos que ser santos. É preciso chegar a uma de decisão! Primeiro, você declara: "Eu não quero mais pecar". Nós temos de estar limpos para levar a salvação aos nossos irmãos, mas para isso temos de estar inteiramente esterilizados, ou seja, precisamos estar batizados pelo Espírito Santo. 
A cada dia é preciso dizer "por hoje não", "Por Hoje Não vou mais pecar". Escrevamos as siglas PHN, em um papel, para que sempre nos lembremos que "por hoje não". Se pecarmos, teremos de nos arrepender imediatamente, porque o arrependimento é um ato de vontade, no qual já está incluso o ato da confissão. E o Senhor nos perdoará.

Precisamos do batismo do Espírito Santo, e precisamos vivê-lo, constantemente, pois sem ele ninguém consegue se manter fora do pecado. Com a graça do Espírito Santo, tomemos essa decisão: ou santos ou nada.
Monsenhor Jonas Abib

APRENDAMOS E NOS LIVRAR DAS ARMADILHAS DO MAL

Precisamos ser fortes diante das tribulações e das armadilhas do maligno; e para as vencermos necessitamos dos sacramentos e nos mantermos vigilantes e em oração. Com o tema "Não te deixes vencer pelo mal", o Acampamento "Livrai-nos do Mal" propõe aos peregrinos que façam a experiência de se entregarem e confiarem plenamente na ação e no poder de Deus.
 Como podemos vencer as armadilhas do mal na nossa vida?

 Por que alguém cai em uma armadilha? Porque foi atraído por uma isca, foi pego desprevenido e, incautamente, se deixou prender.

As duas principais armas para vencermos as armadilhas do inimigo de Deus são: vigiar constantemente e jamais relaxar na vida de oração, como assim recomendou Jesus no Getsemani: “Vigiai e orai, para não cairdes em tentação, pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26,41).

O primeiro passo é VIGIAR, que significa ficar com os olhos abertos, isto é, manter-se atento ao que se passa à nossa volta, para enxergar a ação do inimigo. Vigiar significa, muitas vezes, fugir das ocasiões próximas [de pecado e perigo]. Vou dar um exemplo disso: Imagine um homem casado que trabalha num escritório e começa a notar que uma funcionária está dando dicas e lhe fazendo insinuações provocantes. Se esse homem for vigilante ele cortará o relacionamento pela raiz, para não acontecer um pecado grave. Vigiar é antecipar-se ao mal. É agir com a inteligência iluminada pelo Espírito Santo, para não se deixar levar pelas paixões pecaminosas.

O segundo passo é ORAR. Todas as vezes que relaxamos com a oração pessoal, com o jejum, com a frequência à Eucaristia e à oração do rosário, ficamos fracos. São Pedro, que um dia foi frágil diante das armadilhas de satanás, ao negar Jesus Cristo por três vezes, nos deu uma receita muito boa para vencermos o maligno: “Sede sóbrios e vigilantes. O vosso adversário, o diabo, anda em derredor como um leão que ruge, procurando a quem devorar. Resisti-lhe firmes na fé, certos de que iguais sofrimentos atingem também os vossos irmãos pelo mundo afora” (1Pd5,8-9). Somente conseguiremos resistir, sendo fortes contra os ataques do maligno, se orarmos. Segundo Santo Agostinho, “a oração é a fortaleza do homem e a fraqueza de Deus”. A oração nos faz fortes, nos faz resistir às tentações. Por outro lado, a oração é a “fraqueza” de Deus, isto é, por meio dela tomamos posse de todas as bênçãos de que precisamos. Temos um Deus de coração misericordioso e, por intermédio da oração, o coração de nosso Pai se enternece e se derrama de amor por nós.
Quais os caminhos para nos mantermos firmes e perseverantes diante das tribulações que enfrentamos diariamente?

O “caminho” é a frequência aos sacramentos. Dentre eles destacamos dois: o sacramento da reconciliação e da Eucaristia.

O sacramento da reconciliação nos faz fortes para não cairmos no pecado. Todas as vezes que confessamos um pecado nos tornamos mais firmes para não voltarmos à vida velha. O pecado não confessado pode ser inclusive a sua de falta de prosperidade em muitas áreas da vida: “Quem acoberta seus crimes não prosperará. Quem os confessa e os deixa, esse alcança misericórdia” (Pv 28,13). A confissão desarma as armadilhas do inimigo e nos abre à misericórdia de Deus.
O sacramento da Eucaristia é o alimento que nos mantém em pé, como Santo Pio de Pietrelcina sempre rezava diante de Jesus Eucarístico: “Fica, Senhor, comigo, porque sou fraco e preciso da tua força para não cair”.
Podemos dizer que todos os dias enfrentamos uma batalha interior entre o bem e o mal?

Roberto Tannus:
 São Paulo nos ensina que enfrentamos uma luta espiritual todos os dias: “Enfim, fortalecei-vos no Senhor, no poder de sua força; revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do diabo. Pois a nossa luta não é contra o sangue e a carne, mas contra os principados, as potestades, os dominadores deste mundo tenebroso, os espíritos malignos espalhados pelo espaço” (Ef 6,10-12).

Existe uma luta espiritual e ninguém pode ficar neutro nela. Ou ficamos com Deus ou ficamos com o diabo. Embora não a enxerguemos com os olhos humanos, podemos ver com os olhos da fé que estamos em uma batalha assustadora. Por um lado temos satanás, uma criatura maligna e asquerosa e, com ele, os anjos decaídos, os quais tentam nos privar da presença de Deus. Por outro lado temos Deus, o Criador de tudo, que nos deu Jesus, o Senhor, Aquele que venceu o diabo por Sua morte na cruz. Para isso mesmo Jesus, o Filho de Deus, veio ao mundo: para destruir as obras do diabo (cf. 1 João 3,15). Nesta batalha espiritual precisamos livremente aderir a Deus de todo o coração para, assim, ficarmos livres das setas inflamadas do maligno.
Com a ajuda da oração conseguimos vencer esta luta interior entre o homem novo e o homem velho?

Roberto Tannus:
 Sim, a oração nos faz crescer espiritualmente e nos faz viver o homem novo. Jesus dedicava muito tempo para orar, pois isso fazia diferença para o Senhor, Ele era um Homem de oração. Ele rezava até de madrugada, acordando muito antes do amanhecer (cf. Mc 1,35). Todos os que buscam a Deus têm uma grande tentação, que é a de voltar ao homem velho e não fazer a vontade de Deus. Na Tentação do Getsêmani Jesus entrou em angústia. Como o Senhor venceu o inimigo de Deus? Como teve forças para enfrentar a cruz? Como conseguiu fazer a vontade do Pai, mesmo sabendo que teria de passar por sofrimentos terríveis? Por intermédio da oração. Vejamos: “Entrando em agonia, Jesus orava com mais insistência. Seu suor tornou-se como gotas de sangue que caiam no chão. Levantando-se da oração, Jesus foi para junto dos discípulos e encontrou-os dormindo, de tanta tristeza. E perguntou-lhes: ‘Por que estais dormindo? Levantai-vos e orai, para não cairdes em tentação'” (Lc 22,44-46).
Segundo Santa Faustina, no seu Diário (número 872), Jesus falou a ela que foi exatamente no momento de maior agonia que Ele rezou com mais insistência, com mais força. Foi com a ajuda da oração que Jesus venceu a luta interior e nos ensinou que é necessário nos levantarmos e orarmos para não cairmos em tentação. Portanto, quando estivermos mais agonizantes, com mais problemas e desesperados, é que deveremos orar com mais insistência. Muitas vezes, vejo pessoas que estão tristes e cheias de agonia. Tomam, muitas vezes, a decisão de sair desse estado: “Ah, vou pescar para sair da agonia e da tristeza!” Ou dizem ainda: “Ah, estou triste e com agonia, por isso vou às compras!”. Infelizmente, dessa forma, a agonia segue a pessoa, isso quando não retorna com mais intensidade ainda. A oração nos faz vencer a luta interior, nos dando paz e serenidade.

cancaonova.com
: Qual a reflexão que podemos fazer de Romanos 12, 21: 'Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem'?


Roberto Tannus: A força do bem é muito maior que a do mal. Quando agimos com as forças da Luz as trevas não suportam. São Paulo nos ensina, um pouco mais adiante, neste trecho: “Pelo contrário, se teu inimigo estiver com fome, dá-lhe de comer; se estiver com sede, dá-lhe de beber. Agindo assim amontoarás carvões em brasa sobre sua cabeça. Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal pelo bem” (Rm 12,20-21). Agir pagando o mal com o bem desarma todo tipo de malignidade. Vejamos um exemplo que vem do nosso trânsito, muitas vezes, caótico... Você está dirigindo, distraído, e de repente, dá uma fechada em outro carro, e o motorista, descontrolado, começa a xingá-lo. Então você para o carro e lhe pede desculpas... A discussão acaba na hora! Quantas mortes no trânsito já aconteceram porque alguém não cedeu, não reconheceu o erro! O mal poderia ter sido evitado com um simples pedido de desculpas. Mas, infelizmente, a humildade nessa hora desaparece, o homem velho vem à tona e nossa vontade é dizer palavrões para não ficarmos por baixo. Ao passo que, quando agimos com humildade, o mal sempre perde!
Roberto Tannus

NÃO TE DEIXEIS VENCER PELO MAL

Deus é maior do que tudo o que nos acontece, diante de tudo que acontece em nossa família se tivermos um olhar de fé, acreditaremos que Deus é maior.

Quando me preparava para este acampamento, percebi que a liturgia de hoje nos apresenta duas grandes figuras bíblicas: o rei Davi e São João Batista, e ao fazer isso pude me lembrar da minha vocação. Em um atendimento como monsenhor Jonas Abib, antes de eu ser ordenado padre, vivia um deserto espiritual tão forte, que confesso não sentir nada na época, estava num verdadeiro deserto. Nesse atendimento, monsenhor Jonas recordou o meu lema sacerdotal: “Preparai o caminho do Senhor”.

Para se ter uma ideia, Dom Alberto Taveira estava doente e um dia antes da minha ordenação, ele disse que não poderia vir e que estava tentando encontrar um outro bispo para me ordenar. No dia seguinte, o bispo tentou vir, no entanto, por um problema, o avião não conseguiu levantar voo, ele só conseguiu chegar 30 minutos antes da minha ordenação. Veja, irmãos, como é grande a luta que travamos contra o mal.

O Senhor me preparou e me quis para que eu preparasse o caminho d'Ele. E saibam que, em um outro momento, Dom Alberto disse-me que o demônio não queria que eu fosse ordenado, tamanho o estrago que minha ordenação iria fazer nas obras malignas dele. Deus é maior do que tudo o que nos acontece, e isso é uma verdade diante das armadilhas que temos: o mundo, o diabo e a carne.

A direção de Deus, para esta homilia, está no livro do Eclesiástico 47, que faz um elogio a Samuel, e para quem lembra, este pecou muitas vezes diante de Deus. Mas a verdade é que Deus olha o coração e os homens veem a aparência. Da mesma forma, o Senhor concedeu a Davi, que estava como que escondido, a graça de ser reconhecido, pois o Senhor conhecia também o seu coração. Amados, Deus é assim, por vezes, Ele permite este "escondimento" para que a pessoa sjae forjada segundo Sua vontade.

Deus escolheu a cada um de nós para sermos vencedores e quer que definitivamente tenhamos um decisão contra o mal. E que diante do mal sejamos levantados, por Ele, como vencedores. Irmão, tenha isso em sua mente, não importa como você está, saiba que o Senhor não olha as aparências, mas sim o seu coração e Ele o chamou para vencer. Desde o batismo, recebemos a graça de Deus para governarmos, com o auxílio d'Ele, este mundo. Mude de vida, pois o Senhor forja o caráter daqueles a quem Ele escolheu. 

“Não te deixes vencer pelo mal” é o tema do nosso acampamento, e essa é uma verdade! Leia o livro de Samuel, capítulo 17, e veja como Deus levanta um homem para que este vença, fazendo dele um homem de fé. Davi era o mais novo dentre seus irmãos, no entanto, não teve medo diante do gigante Golias, pois sabia que Deus estava com ele. Esta é a certeza que também precisamos ter. Diante de qualquer situação saibamos que Deus é maior que tudo, por isso não podemos nos deixar vencer pelo mal, que ruge contra nós.
Padre Roger Luís 
Padre da Comunidade Canção Nova

JESUS VERDADE ETERNA




Jesus, verdade eterna, nossa vida, peço e suplico vossa misericórdia para os pobres pecadores. Dulcíssimo Coração do meu Senhor, cheio de compaixão e misericórdia inescrutável, suplico-vos pelos pobres pecadores. Ó Coração Santíssimo, fonte de misericórdia, do qual brotam raios de graças incompreensíveis para todo o gênero humano, suplico-Vos luz para os pobres pecadores. Ó Jesus, lembrai-vos da vossa amarga paixão e não permitais que se percam as almas remidas com vosso precioso sangue santíssimos. Ó Jesus, quando medito sobre esse grande preço do vosso sangue, alegro-me com a sua grandeza, porque uma só gota seria suficiente para todos os pecadores. Embora o pecado seja o abismo da maldade e da ingratidão, contudo o preço oferecido por nós é sempre incomparável; por isso, que toda a alma confie na paixão do Senhor, e confie na misericórdia. Deus não negará a ninguém sua misericórdia. O céu e a terra poderão mudar, mas não se esgotará a misericórdia divina. Ó, que alegria arde em meu cor~ção quando vejo essa bondade inconcebível, ó meu Jesus. Desejo trazer todos os pecadores a Vossos pés, para que louvem por todos os séculos a vossa misericórdia

A SACRALIDADE DO CORPO

Para melhor compreendermos a moral católica sobre o matrimônio e sobre os filhos é preciso ter bem claro a visão cristã da sexualidade e a sacralidade do corpo como um dom.
A sexualidade envolve a pessoa como um todo, não é um adereço. Segundo o beato João Paulo II, toda a sociedade sofre influência da nossa forma de amar e de exercer nossa sexualidade. Você já sabe que a base da sociedade é a família, certo? E qual a base da família? O casal. Qual foi a base do casal? O namoro. Portanto, a sexualidade é um tema ao qual João Paulo II dedicou 129 de suas catequeses , formando, assim, o que hoje chamamos de Teologia do Corpo, devido à grande importância de cada um de nós realizar sua vocação primeira: amar.
Quer saber o que é mais sagrado neste mundo? É só ficar atento ao que o inimigo de Deus mais tem investido para tirar a dignidade do ser humano: a sexualidade.

 Muitas discussões sobre aborto nem mesmo seriam necessárias se tivéssemos uma compreensão do plano de Deus para o amor humano. Muitos podem se perguntar: Por que eu tenho de me preocupar tanto assim com a minha forma de amar? Por que eu não posso amar como eu quiser? Que mal há nisso? A Igreja não tem que “meter a colher” nesses assuntos, não!

Para o Concilio Vaticano II, “a Igreja é perita em humanidade!”. São João, em uma de suas cartas, diz que “Deus é amor e n’Ele não há treva alguma”. As ciências humanas estão começando a trilhar um caminho de conhecimento; a Igreja tem mais de 2 mil anos de tradição, os quais, se soubéssemos aproveitar, nós nos tornaríamos também peritos em humanidade. E ao se tratar do ser humano, não o compreendemos sem o corpo, o sacramento da pessoa.

“A sexualidade envolve a pessoa como um todo, não é um adereço” 
Você também poderia pensar: “Não! Os sacramentos são apenas sete, o corpo não é um deles!”. Mas pense comigo: Quando você foi batizado, onde o padre jogou água? Quando você foi crismado, onde o bispo passou óleo? Sendo assim, não fica difícil compreender por que o corpo é o sacramento da pessoa, ele é necessário para que os outros sacramentos sejam administrados.


COMO OVELHAS SEM PASTOR

Não há pior desorientação do que sermos ovelhas de outro homem
"Ao desembarcar, Jesus viu uma multidão e sentiu pena deles, porque andavam como ovelhas sem pastor." (MC 6,34)

Uma ovelha sem pastor não é livre, mesmo que pareça sê-lo; na verdade, é uma ovelha desgarrada e perdida, que vaga pelos montes sem saber para aonde ir, e está exposta ao assalto de qualquer inimigo.

Também os homens, para serem verdadeiramente livres, necessitam de um pastor que oriente seus passos, que ilumine sua mente, porque a liberdade humana é atada e só pode se realizar quando o homem escuta um chamado e lhe responde. Necessitamos de um pastor que nos chame. Mas quem será ele? Será, por acaso, outro homem? Não, porque só Deus pode se colocar à frente do homem. Por isso, o Senhor, depois de condenar os falsos pastores de Israel, diz: “Eu mesmo reunirei o resto de minhas ovelhas”.

Jesus é Deus conosco, Ele está diante de nós, é o único Pastor, o Bom Pastor que reúne as ovelhas desgarradas. Por isso, no Evangelho, Jesus se compadece das pessoas ao ver que elas andam desorientadas como ovelhas perdidas. Ele vê a miséria espiritual do povo, por isso, começa a lhes ensinar. E o milagre que fará, posteriormente – a multiplicação dos pães –, será o sinal de Seu imenso amor de Pastor.

Parece que, a cada dia, temos mais problemas e menos soluções. O que devemos fazer? Em que devemos crer? Em quem podemos confiar? Antes, tudo era mais simples, mais claro e definido, as verdades da fé e da religião pareciam imutáveis, mas, agora, tudo é mais complexo. Agora, tudo se move, tudo se questiona, tudo se coloca em dúvida; e isso produz incerteza e angústia, porque não estamos acostumados a viver sob a influência de tantas e tão contraditórias opiniões. Mas isto é muito perigoso para a verdadeira liberdade, porque o medo e a angústia facilmente nos levam à submissão incondicional a outros homens. E não há pior desorientação para o ser humano que a de ser ovelha de outro homem. Muitos países experimentaram isso, dolorosamente, por muito tempo.

Convêm distinguir, claramente, entre a “liberdade de” e a “liberdade para”, porque há uma liberdade de pré-julgamentos, interesses egoístas, ideologias e falsos pastores. E outra liberdade para buscar a verdade, amar o próximo, para fazer justiça e seguir o Bom Pastor. A diferença entre a simples liberdade dos falsos pastores e a liberdade para seguir o Bom Pastor é o que chamamos de fé. 

A fé nos dá a verdadeira segurança em Deus e nos faz superar toda desorientação, toda dúvida e incerteza. Contudo, é essa fé que nos dá a verdadeira segurança no Senhor e nos faz superar toda desorientação, toda dúvida e incerteza.

Quando todas as verdades parecem questionáveis, quando não há quem encontre o caminho, quando a vida se converte em problema, o Bom Pastor nos chama e nos diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”.

Peçamos ao Senhor, insistentemente, que nos regale mais pastores, porque “a colheita é grande, mas os operários são poucos" (cf. Lc 10,2)
Padre Nicolás Schwizer

A GLOBALIZAÇÃO DA INDIFERENÇA

A falta de fraternidade que perpetua situações
A solidariedade cristã é pautada pela convicção de que a fraternidade é premissa para vencer a pobreza, como lembra o Papa Francisco na sua primeira mensagem dedicada ao Dia Mundial da Paz. O Papa recorda seu predecessor, Bento XVI, que, na Carta Encíclica Caritas in Veritate, apresentou a falta de fraternidade – entre pessoas e nações – como uma das principais causas da pobreza. Trata-se de uma deficiência que inviabiliza a urgente superação da miséria, que castiga considerável parcela da humanidade.

Gestores e executivos de instituições governamentais e privadas precisam reconhecer e viver mais o princípio da fraternidade. Sem essa vivência, correm o risco de se aprisionarem no território do que é cartorial e, assim, se tornam incapazes de contribuir para as mudanças rápidas e urgentes do atual cenário, que faz crescer a brecha entre ricos e pobres. Bastaria que cada cidadão levasse a sério a indicação secular de São Vicente de Paulo. O Santo afirma que quando alguém vê um irmão na miséria, deve se sentir envergonhado. Mas, como diz o Papa Francisco, na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, a globalização da indiferença é um sério problema a ser enfrentado. Esta insensibilidade tranquiliza as consciências e entorpece cidadanias. Desse modo, incapacita pessoas para o exercício do altruísmo. A indiferença impede a superação da pobreza, que pesa sobre os ombros de tantos e é uma vergonha social.

A falta de fraternidade que perpetua situações lastimáveis de miséria tem também como causa a pobreza relacional nos contextos familiar e comunitário. Sem o sentido de fraternidade não se avançará adequadamente para se alcançar metas que mudem os quadros. Por isso mesmo, é tão comum ancorar-se em justificativas, contabilizando o que já se fez em detrimento das urgências e necessidades. Aí está um fruto indigesto do modo como se faz política na sociedade brasileira, dando mais importância e força ao partidário e seus “conchavos” do que à meritocracia.

A pobreza origina-se da carência de um sentido humanístico e compreensão ética adequada da dignidade de cada pessoa humana, fazendo surgir situações extremas de riqueza e desperdício de um lado e, do outro, a miséria de muitos, com o peso da fome, da enfermidade e da exclusão social.

As desigualdades sociais crescentes em uma determinada região e contexto cultural precisam incomodar mais a consciência cidadã. Assim é possível avançar na busca de soluções e de respostas, em diferentes níveis e condições. Nessa perspectiva está, portanto, um horizonte lúcido para se fazer política. Isso significa um empenho mais efetivo para garantir a todas as pessoas, iguais na sua dignidade e nos seus direitos fundamentais, o acesso aos serviços, especialmente aos recursos educativos e de saúde, possibilitando a cada pessoa a construção de seu projeto de vida.

O Papa Francisco, na mensagem para o Dia Mundial da Paz, relembra um importante ensinamento da Igreja, sobre a hipoteca social. Como diz Santo Tomás de Aquino, é lícito e até necessário que a pessoa tenha propriedade dos bens. Porém, quanto ao uso, “não deve considerar as coisas exteriores que legitimamente possui só como próprias, mas também como comuns, no sentido de que possam beneficiar não só a si, mas também aos outros”. Se assumido como princípio ético, este ensinamento permitirá à cidadania dar um salto de qualidade e produzirá, sem dúvida, uma grande transformação.

A globalização da indiferença é responsável por desvios morais que fazem da economia o território da idolatria ao dinheiro. Daí nasce uma séria crise antropológica, ao se negar a primazia de cada pessoa, substituindo-a por outros interesses e lógicas. A perversidade se revela no crescimento que privilegia poucos e castiga muitos, fruto de uma ideologia que defende a absoluta autonomia de mercados e a especulação financeira.

O Papa Francisco, exemplar e coerente, indica um passo primeiro, determinante, com força para fazer a diferença na busca da fraternidade, antídoto para vencer a pobreza. Ele fala do desapego vivido por quem escolhe estilos de vida sóbrios e essenciais, partilhando as suas riquezas, conseguindo, assim, experimentar a comunhão fraterna com os outros. Não será outro senão este o primeiro compromisso cristão, de quem quer autenticamente seguir Jesus Cristo. É desafiador, gera dúvidas, mas se trata de um caminho certo para cultivar a fraternidade, eficaz na superação da pobreza. O ponto de partida dessa revolução é a convicção firme de que o relacionamento fraterno com o próximo é o bem mais precioso.
Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte

A FELICIDADE NÃO ESTÁ EM COISAS PASSAGEIRAS

Em nossa vida travamos vários combates. Muitas vezes criamos para nós mesmos um falso conceito de que a felicidade consiste em não termos problemas e tristezas. Porém, isso é um conceito muito pobre e limitado sobre o que venha a ser a verdadeira alegria. 

Se formos esperar que os problemas desapareçam para só aí sermos verdadeiramente felizes, isso nunca acontecerá no concreto da vida. 
A verdadeira alegria está para além das realidades que passam. 

Tudo aquilo que é passageiro não pode ser usado para medir nossa felicidade.
Vamos erradicar do nosso coração toda tendência a cultivarmos as “alegriazinhas passageiras”, como migalhas que não nos preenchem! 
E o jeito mais eficaz de se realizar isso é por meio da alegria que vem de Cristo.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

A VERDADE ABRE AS PORTAS DO CORAÇÃO DE DEUS !

Pode ter certeza de que, na casa de Deus, quando você é verdadeiro, independentemente da sua verdade, as portas do coração de Deus estarão sempre abertas para você!
”João dizia a Herodes: ‘Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão’. Por isso Herodíades o odiava e queria matá-lo, mas não podia” (Mc 6, 18-19).
João Batista é, para nós, exemplo de autenticidade, amor e testemunho da verdade. Ele não segue as conveniências, porque nós, muitas vezes, queremos agradar e ser agradáveis com as pessoas e, por causa disso, nem sempre mantemos a coerência no pensamento, no sentimento e naquilo que falamos. Algumas vezes agimos dessa forma por medo de perder privilégios, amizades e assim por diante.
É importante observar o seguinte: João Batista disse a Herodes que não lhe era permitido viver com a mulher do seu irmão. O adultério que Herodes cometia era um gravíssimo, não só por estar vivendo com uma mulher que não lhe pertencia, mas também por estar sendo injusto com o seu irmão.
Sabem, meus irmãos, não é dever nosso julgar ninguém, condenar ninguém, jogar pedras nem atirar pedras em ninguém. Mas é uma obrigação nossa dizer a verdade quando for verdade; mostrar a verdade, quando esta precisa ser dita. E existe um instrumento que é muito importante ao se fazer isso: não se diz a verdade sem primar pela caridade. Nós não precisamos jogar as coisas na cara das pessoas, nós não precisamos humilhá-las nem as deixar as para baixo.
Nós precisamos, sim, ajudar as pessoas a pensar, a raciocinar, a compreender como estão vivendo a sua vida. No entanto, não podemos achar tudo normal, não podemos chamar o errado de certo; nem podemos achar as coisas que não nos convêm, que não são de acordo com a vontade de Deus, como se fossem justas, corretas, aplaudir e dizer: ”É isso mesmo, é por aí!”. Não, a Lei de Deus é a Lei de Deus!
Quero dar uma palavra a muitos casais que vivem a realidade de uma segunda união. Eu louvo a Deus, porque eu sei que existem muitos casamentos em segunda união que são uma verdadeira bênção! O primeiro casamento não deu certo por ”n” motivos, de repente você é até mais feliz do que na primeira união. Então, a Igreja os acolhe, os ama e podem ter certeza de que no coração de Deus vocês têm um lugar que pertence só a vocês. Apenas  é importante frisar que nós temos que lutar pelo casamento, lutar pela primeira união, lutar por aquele casamento que você primeiro constituiu. O que nós não podemos é relaxar, casar e, de repente, já desfazer-se do casamento por qualquer motivo.
Eu olho para o coração daqueles que lutaram, que tentaram de todas as formas ter um casamento de acordo com a vontade de Deus, mas, por imaturidade de ambas as partes, ou de uma das partes, ou por outros motivos, pode ser que o relacionamento não tenha dado certo. O que não vale é você sair de um relacionamento e já começar outro. Dê tempo ao tempo, peça ajuda à Igreja, peça que Deus encaminhe o seu coração e pode ter certeza de que a bênção de Deus estará sobre você!
Nós não precisamos condenar ninguém, nós só precisamos mostrar a verdade. Lute para que você tenha um casamento único; e quando isso não for possível, seja qual for o motivo, peça que, na caridade, no amor, a Igreja o ajude! Pode ter certeza de que, na casa de Deus, quando você é verdadeiro, independentemente da sua verdade, as portas do coração de Deus estarão sempre abertas para você!
Padre Roger Araújo

HOMENAGEM A DEUS


Tu não habitas em tendas nem em templos feitos por mãos...
Tu és eterno, perfeito, princípio e fim. Acima das religiões.
Não há nada no céu, na terra ou no mar, semelhante a Ti Senhor, a tua imagem está revelada em nós, expressão do teu amor...
A quem tenho eu no céu senão a Ti,
A quem tenho além de Ti.
Examina a minha vida e conheces todas as coisas a meu respeito.
Sabe o que acontece comigo quando estou descansando ou quando estou caminhando.
Tu conheces cada um dos meus pensamentos. Tu examinas cuidadosamente todos os meus passos e observa com atenção o meu sono. Sim, Tu conheces tudo o que faço.
Tu sabes tudo o que vou dizer antes da palavra sair da minha boca.
Tu estás a minha frente e ao meu lado ao mesmo tempo e me guia em todos os momentos.
É impossível fugir de ti. Em lugar algum conseguirei me esconder de Ti, pois se subir ao céu, Tu estás lá. Se fizer nas profundezas a minha cama, Tu ali também estás. Se tentar me esconder na escuridão, Tu transformas a noite em dia claro. Para Ti, a escuridão e a luz são a mesma coisa.
Antes mesmo de o meu corpo tornar forma humana, Tu já havias planejado todos os dias a minha vida, cada um deles estava registrado no Teu livro.
A cada novo dia quando acordo, sinto que fico mais perto de Ti.
Tu descobres qualquer caminho mal e orienta-me para que eu ande sempre pelo caminho da vida eterna.
Tu és a própria vida em mim e me dás essa vida em abundância de paz e alegria.
O Senhor é a nossa força. Torna os nossos pés como os das corças e nos faz andar sobre os lugares altos.
FICA COMIGO SENHOR

QUAL SENTIDO DOS PARAMENTOS LITÚRGICOS ?


O sentido deles é sempre o mesmo: fazer desaparecer o ministro como pessoa privada e deixar nele transparecer o Sumo e Eterno sacerdote, Jesus nosso Senhor, que eternamente no céu é o Pastor, Pontífice e Bispo de nossas almas.
Os paramentos nunca devem ser para ostentação ou vaidade, mas somente para ajudar a tornar presente nesta terra a Liturgia que se celebra já na Glória. Dessa Liturgia participamos já aqui debaixo do véu dos sacramentos e, um dia no Céu, dela participaremos plenamente no face a face eterno!
Lembremo-nos todos que a Igreja, desde suas origens, foi tomando como parâmetro de sua Liturgia o Apocalipse, que exprime de modo admirável aquela Liturgia que já se celebra no Céu, onde o Cordeiro "de pé como que imolado" apresenta ao Pai, que está sentado no Trono rodeado de plenitude do Espírito, a adoração e o louvor das criaturas remidas pelo sangue do Cordeiro salvador, que é Jesus nosso Senhor.
É somente isto, é tudo isto que a Liturgia celebra, exprime e nos dá.

Por Dom Henrique Soares da Costa:

DEUS AGE POR MEIO DA HUMILDADE

Davi, quando foi ungido, era o menor dos irmãos; e nem mesmo Samuel imaginava que seria ele o escolhido do Senhor. Samuel queria ungir o filho mais velho, pois este era mais bonito e mais forte, mas Deus lhe disse: “Não, Samuel, vá devagar, porque os homens veem a aparência, mas eu vejo o coração”. 

Samuel teve de aprender. Não foi nenhum daqueles irmãos que o Senhor escolheu, mas sim o último, o que o profeta nem imaginava que existisse, que Deus mandou ungir. Talvez você seja um “vasinho” como Davi, mas é com você que o Todo-poderoso quer agir. Ele pode transformá-lo
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

PEDIR COM FÉ, SEM DÚVIDAR

Pantokrator é um nome muito difícil, mas tem um significado muito lindo, que é “Aquele que reina”, que governa sobre todas as coisas. Neste Kairós, o tema do nosso encontro – 'Orando com poder' – mexe muito conosco, porque todos nós desejamos ser homens e mulheres de oração. Se você quer ser um cristão com oração de poder, será preciso ter um coração todo de Deus.

Uma das passagens bíblicas que regem o nosso Kairós é ''Pedi e recebereis''.

Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto. Porque todo aquele que pede, recebe. Quem busca, acha. A quem bate, abrir-se-á. Quem dentre vós dará uma pedra a seu filho, se este lhe pedir pão? E, se lhe pedir um peixe, dar-lhe-á uma serpente? Se vós, pois, que sois maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celeste dará boas coisas aos que lhe pedirem. (São mateus 7, 7-11).

Essa é uma passagem intensa, mas há tanta gente que não acredita nela! Jesus vem nos ensinar essa Palavra e faz uma comparação: se nós, que somos maus, sabemos dar coisas boas aos outros, imagine o que Deus pode nos dar! Ele não se esquece de nenhum de nós. 

É tão bonito quando vemos pais que sabem amar seus filhos, dando-lhes presentes! Não digo presentes materiais, mas coisas do coração. A verdade de Deus jamais será alterada em nossa vida! Você pode até achar que não é um escolhido, pode duvidar, mas o Senhor é amor, Ele o ama e ponto final. 

Essa passagem é intrigante, porque, às vezes, nós a lemos, mas não a entendemos. Eu trouxe um entendimento para os verbos “pedir” e “receber”, a fim de que, a partir de hoje, a nossa oração seja nova. 

Pedir: é preciso pedir com fé. Se formos buscar, no dicionário, a palavra ''fé'', encontraremos a seguinte definição: “adesão absoluta do espírito àquilo que se considera verdadeiro”. No Catecismo da Igreja Católica (CIC), fé é a força sobrenatural que precisamos para alcançar a salvação. Nós vivemos em um tempo no qual queremos tudo rápido, instantaneamente, mas não queremos uma ''adesão''. A fé é muito mais que conhecimento, ela significa certeza daquilo que nós conhecemos

Não existe fé se não existir confiança. Quando precisamos pedir por alguma intenção, quando rezamos, temos de confiar em Deus Quando confiamos em alguém? Quando o conhecemos. Como somos íntimos de alguém? Quando confiamos na pessoa. É preciso conhecer, mas, às vezes, falta-nos essa vontade. Se a nossa confiança estiver abalada, teremos de verificar como está o nosso conhecimento sobre as coisas de Deus. É hora de pararmos para ver o que Ele tem feito em nossa vida antes de recebermos a graça. 

Deus conhece todas as nossas necessidades, Ele conhece o nosso coração, mas é preciso que confiemos n'Ele! 

Como podemos acreditar no horóscopo? Como acreditar que ele pode mudar a minha vida? Precisamos confiar em Deus, mas, muitas vezes, ficamos na dúvida, não acreditamos que Ele possa, realmente, realizar milagres, curar e restaurar nossa vida. A fé é absolutamente segura, pois temos Jesus ao nosso lado! Não temos razões para não acreditar que Deus é o Senhor da nossa vida. Não adianta buscarmos coisas que não nos levam a Ele; precisamos viver a confiança, precisamos saber em quem confiar. Jesus reina em nossa vida. Não há outro Deus. 

Receber: é preciso confiar, esperar e abandonar-se em Deus. Quando nós Lhe pedimos uma graça, temos de acreditar no que Ele pode fazer por nós. O Senhor não erra. 

Você já começou a fazer alguma coisa, mas não a terminou? Nós prometemos, mas não cumprimos. Deus é como cada um de nós? Não, pois Ele cumpre, Ele é fiel!

Este ''receber'' precisa de uma espera, e esperar, às vezes, não é fácil; mas precisamos viver a espera no Senhor. Muitas vezes, vamos à Missa, rezamos o terço, mas questionamos Deus, queremos saber por que Ele não nos abençoa. Se nós pedirmos, nós receberemos, mas temos de confiar e esperar n'Ele. 

Considerai que é suma alegria, meus irmãos, quando passais por diversas provações, sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência. Mas é preciso que a paciência efetue a sua obra, a fim de serdes perfeitos e íntegros, sem fraqueza alguma. Se alguém de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus - que a todos dá liberalmente, com simplicidade e sem recriminação - e ser-lhe-á dada. Mas peça-a com fé, sem nenhuma vacilação, porque o homem que vacila assemelha-se à onda do mar, levantada pelo vento e agitada de um lado para o outro. (São Tiago 1, 2-6)

Tudo o que acontece em nossa vida é para o bem, e Deus sabe o que faz. Ele sabe o momento certo de nos dar as graças e nos ensina, em cada situação, para que possamos crescer. Ele é fiel e nos ama, cuida de cada um de nós. Então, deixemos que Ele trabalhe, em nossa vida, da maneira que Ele necessita. 

Quando temos paciência, sabemos esperar, sabemos confiar. Jesus, quando foi crucificado, suportou todas as dores. Nós precisamos nos apropriar das coisas de Deus, pedir para que tudo se resolva do jeito d'Ele. Não queiramos uma vida sem problemas, pois esta não é a vida real de um cristão. Feliz o homem que suporta a tentação! 

O Senhor conhece nosso coração e quer fazer de nós pessoas firmes. Que possamos fazer essa experiência de fé, pois Deus pensa no céu para cada um de nós. Se você já pediu, mas ainda não foi atendido, peça o céu, peça que ele se realize na sua vida!


VEM ESPIRÍTO SANTO


Não deixem que te iludam dizendo que é tolice crer no Espirito Santo de Deus e que Ele não existe. Não deixem que roubem a sua fé. Não se iludam com qualquer palavra, pois a verdade foi dita 'ai daquele que tira ou acrescenta se quer uma vírgula', pois Cristo mesmo falou: “Todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o espírito não será perdoada. Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do homem ser-lhe-á isso perdoado; mas se alguém falar contra o espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no que a de vir".

Portanto não deixem que transformem sua fé, destruindo aquilo que é sagrado para a nossa conversão, pois a palavra mesmo diz: 'a boca fala aquilo que o coração esta cheio'.

Nunca se esqueça você é livre para tomar a decisão que queres, mas é Deus através do Espirito Santo que habita em ti e te ensina que caminho que deves percorrer.

Não caminhe atrás dos ímpios, pois eles cavam a própria cova e levarão aqueles que estão com eles para o abismo. Portanto sejais valentes pois a palavra diz: "porque o Reino de Deus não consiste no comer e no beber, mas na justiça, na paz, e na alegria no Espírito Santo."

Ou seja não é o luxo ou a fartura que nos trará alegria, mas sim o Espirito Santo de Deus. O mundo nos transforma, nos ilude para que desejemos cada vez mais as suas coisas, entretanto só Deus Pai, Filho e Espirito Santo é capaz de nos dar alegria, paz e vida eterna.

Para participar na vitória de Cristo sobre as forças do mal que nos querem dominar temos que ser dóceis ao Espírito Santo e temos que reconhecer o poder que atua em Cristo.
A blasfêmia contra o Espírito Santo é fechamento à graça de Deus.

UM CORAÇÃO ADORADOR

A nossa alma tem sede de Deus, de estar com Ele. Hoje, somos convidados a reservar um momento do nosso dia para estarmos com Jesus presente na Eucaristia.
Rezemos juntos: “Dê-me, Senhor, um coração adorador!” Como nos diz a Palavra: “Mas vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pai em espírito e verdade, e são esses adoradores que o Pai deseja” (Jo 4,23).
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago