quinta-feira, 9 de maio de 2013


O MÊS DE MARIA

Rosários nas mãos, pés no chão e olhos para o céu!
Iniciamos o mês de maio, dedicado à bem-aventurada Virgem Maria. Tivemos a alegria de ter, aqui no Rio de Janeiro, o primeiro seminário para refletir sobre o trabalho e o trabalhador: a agenda social do trabalho! As conclusões serão levadas às nossas autoridades. Porém, neste mês, muitas alegrias se descortinam em nosso coração: a celebração das mães, no segundo domingo; a festa de Nossa Senhora de Fátima, que neste ano para mim tem um especial significado, porque estarei em Fátima a convite do Senhor Bispo de Leiria-Fátima para presidir as solenidades do dia 13 de maio, quando, a pedido do próprio Papa Francisco, vamos consagrar o seu pontificado à Materna Proteção da Virgem que, por meio dos pastorinhos, convoca a todos para a conversão do seguimento de Jesus Cristo. Como não lembrar, neste mês mariano, das coroações de Nossa Senhora e dos apelos do Santo Padre para a oração do rosário em família? Ainda teremos as solenidades da Ascensão e Pentecostes, a Novena de Pentecostes, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos e o Dia Mundial das Comunicações Sociais.

O tempo urge e a Jornada Mundial da Juventude já está a semanas de acontecer aqui no Rio de Janeiro. Também colocamos a intenção de consagrar toda à JMJ, seus jovens, colaboradores e organizadores a Maria para que ela interceda por todos e nos ensine a dizer 'sim' ao Senhor, a fim de o seu plano de amor e salvação se cumpra em nossas vidas”.
Toda a vida de Maria, de cujo seio se desprendeu e brilhou a "Luz que ilumina todo o homem que vem a este mundo" (Jo 1,9) se desenrola em comunhão íntima com Jesus: “Levando, na terra, uma vida semelhante à do comum dos homens, cheia de cuidados domésticos e de trabalhos, Ela, a todo o momento, mantinha-se unida a Seu Filho” (Apostolicam Actuositatem, 4), permanecendo na intimidade com o mistério do Redentor. Ao longo desse caminho de colaboração na obra redentora, a sua própria maternidade “veio a conhecer uma transformação singular, sendo cada vez mais cumulada de "caridade ardente" para com todos aqueles a quem se destinava a missão de Cristo” (Redemptoris Mater, 39) e para os quais e no qual se vê consagrada a Mãe aos pés da cruz: “Eis o teu filho”!
Deste modo, tendo ela gerado Cristo, Cabeça do Corpo Místico, deveria também gerar os membros do mesmo Corpo. Por isso, “Maria abraça, com a sua nova maternidade no Espírito, todos e cada um dos homens na Igreja; e abraça também todos e cada um mediante a Igreja” (Redemptoris Mater, 47). A Igreja, por sua vez, não cessa de lhos consagrar.

A mensagem de Fátima é cheia de esperança, exigente e, ao mesmo tempo, confortadora, anunciada a todos os homens e mulheres de boa vontade, particularmente num mundo violento que clama por paz e justiça. É centrada na oração, na penitência e na conversão que se projeta para além das ameaças, perigos e horrores da história, para convidar o homem a ter confiança na ação de Deus, a cultivar a grande boa esperança, a fazer experiência da graça do Senhor para enamorar-se d'Ele, fonte do amor e da paz.

Vivemos dias de grande violência urbana. Assistimos, atônitos, ao desrespeito para com as pessoas. Casas são invadidas por criminosos que não respeitam mais a vida humana. Crianças e idosos não são mais respeitados. Mata-se pelo simples gosto de "vingar" quando não há produto lucrativo dos roubos nas residências; e também no comércio, ou seja, em nossos trabalhos. Maria Santíssima nos traz uma mensagem de paz, de confiança inabalável em Deus, em primeiro lugar, para que possamos abrir nossos corações para uma conversão muito profunda. Uma conversão de mudança de mentalidade: o povo brasileiro sempre respeitou a família, o povo brasileiro sempre amou as crianças, como Jesus. Nossa gente sempre respeitou a terceira e melhor idade. O grande problema da violência reside não na diminuição da maioridade penal, mas na revalorização da família. Nossos casais não devem ter medo da maternidade, de constituírem famílias numerosas. Somente dentro de um lar, alicerçado sob os valores do Evangelho é que educaremos a juventude para os valores de Deus, para a cidadania, para a solidariedade, para a justiça e para o respeito à vida, como primado principal do Filho de Deus e do cidadão.

Nesse sentido, Maria nos ensina, pela sua verdadeira devoção à imitação das suas virtudes, que Ela nos conduz sempre a Jesus. Por isso, o saudoso Papa Paulo VI nos ensinou que: “Porém, nem a graça do Redentor divino nem a intercessão poderosa da Sua Mãe e nossa Mãe espiritual, nem a sua excelsa santidade poderiam conduzir-nos ao porto da salvação, se a tudo isso não correspondesse a nossa perseverante vontade de honrar Jesus Cristo e a Virgem Santa com a devota imitação das suas sublimes virtudes. É, pois, dever de todos os cristãos imitar, com espírito reverente, os exemplos de bondade que lhes foram deixados pela Mãe do Céu. É esta, veneráveis irmãos, a outra verdade sobre a qual nos agrada chamar a vossa atenção e a dos filhos confiados aos vossos cuidados pastorais para que eles aceitem, favoravelmente, a exortação dos padres do Concílio Vaticano II: 'Recordem-se os fiéis de que a devoção autêntica não consiste em sentimentalismo estéril e passageiro ou em vã credulidade, mas procede da fé verdadeira que nos leva a reconhecer a excelência da Mãe de Deus e nos incita a um amor filial para com a nossa Mãe, e à imitação das suas virtudes'. É a imitação de Jesus Cristo, indubitavelmente, o régio caminho a percorrer para chegar à santidade absoluta do Pai celeste. Mas, se a Igreja Católica sempre proclamou esta verdade tão sacrossanta, também afirmou que a imitação da Virgem Maria, longe de afastar as almas do fiel seguimento de Cristo, o torna mais amável, mais fácil; na verdade, havendo Ela cumprido sempre a vontade de Deus, mereceu, em primeiro lugar, o elogio que Jesus Cristo dirige aos discípulos: 'Todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos Céus, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe' (Mt 12,50)” (cf. Signum Magnum, 8).

A devoção mariana, particularmente pela recitação do Rosário em nossas famílias, em nossas comunidades, em nossas paróquias e em nossos trabalhos nos ajudará, neste mês abençoado, a nos colocarmos na escola de Maria, a qual nos ensina a fazer sempre a vontade de Jesus. Os mistérios contemplados no Rosário são de Jesus. A repetição das Ave-Marias é um modo contemplativo de estar com Maria a meditar os mistérios de nossa salvação, porque o Rosário Mariano é completamente cristológico.

Maria Santíssima nos ensina a sempre fazer a vontade de Jesus. Por isso, neste mês, vamos valorizar a recitação do Terço em família e nas nossas comunidades. Convido todos a fazerem peregrinação paroquial, de grupos, familiares ou pessoais aos nossos santuários marianos de Nossa Senhora da Penha e de Nossa Senhora de Fátima, ganhando as graças necessárias adjuntas ao Ano da Fé.

Ser filho devoto de Maria nos educa a fazer a vontade de Deus e a rezar nas necessidades da Igreja, pelo êxito da JMJ, da qual a Virgem Aparecida é nossa padroeira e rezar para todos os que procuram a paz para testemunhar Jesus no mundo.

Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo! Amém, Aleluia! Bom mês de maio, rosários nas mãos, pés no chão e olhos para o céu! 

Dom Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)

MÃES MÁS

Qual a lógica que motiva as mães?
O Dr. Carlos Hecktheuer, médico psiquiatra, publicou uma interessante reflexão, que transcrevo aqui para os pais:

Um dia, quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de dizer-lhes: Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.

Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.

Eu os amei o suficiente para fazê-los pagar as balas que tiraram do supermercado ou as revistas do jornaleiro, e fazê-los dizer ao dono: “Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar”.

Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé, junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto; tarefa que eu teria feito em 15 minutos.

Eu os amei o suficiente para deixá-los assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.

Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes “não”, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em certos momentos, até odiaram).

Essas eram as mais difíceis batalhas de todas. Estou contente, venci! Porque, no final, vocês venceram também! E qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, quando eles lhes perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer:

Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo...

As outras crianças comiam doces no café, mas nós tínhamos que comer cereais, ovos e torradas.
As outras crianças bebiam refrigerante, comiam batatas fritas e tomavam sorvete no almoço, mas nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. E ela nos obrigava a jantar à mesa, bem diferente das outras mães que deixavam seus filhos comerem vendo televisão.

Ela insistia em saber onde estávamos a toda hora (ligava para o nosso celular de madrugada) e “fuçava” nossos e-mails. Era quase uma prisão!

Mamãe tinha de saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistia que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos.

Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela “violava as leis do trabalho infantil”, pois tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e fazer todos esses trabalhos que achávamos cruéis. Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer no outro dia.

Ela insistia sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos.

A nossa vida era mesmo chata. Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para ela os conhecer. E, enquanto todos podiam voltar tarde, à noite, tendo apenas 12 anos, tivemos de esperar até os 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata ainda se levantava para saber se a festa foi boa (só para ver como estávamos ao voltar).

Por causa de nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência: nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime. FOI TUDO POR CAUSA DELA!

Agora, que já somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor para sermos “pais maus”, como minha mãe foi.

Eu acho que este é um dos males do mundo de hoje: omissão. Falta de amor!
Felipe Aquino

MARIA CHEIA DO ESPÍRITO SANTO

Depois de Deus não tem ninguém que tenha recebido tantas graças, como Maria. São Bernado diz que nem os anjos recebeu tantos dons como Maria. Até os anjos fica ofuscado diante do brilho de Nossa Senhora, por isso um dos títulos de nossa Senhora da Candeia, e Nossa Senhora da Luz, ela vai na frente iluminando. Pede Nossa Senhora, para iluminar na sua vida o que está escuro, ela é a Senhora da Luz.

Muitas de nós estamos acostumado com a vida iluminada, mas as vezes as luzes são apagadas em nossa vida, e ai desesperamos e perdemos a esperança. 

“Se um dia a luz se apagar, se um dia uma morte chegar, eu te digo se creres verá glória de Deus”

As vezes o momento de escuridão, vem em um momento de morte, nós desesperamos, perguntando a Deus o Por que? Mas faça a pergunta - para que?

Um irmão de comunidade tinha um filho de 4 anos que sempre fugia para piscina e o pai sempre reclamava, filho não pode, até o dia que ela caiu na piscina e engoliu água, só depois o seu o pai o tirou da piscina, depois de ter caído nunca mais Mateus quis voltar para piscina sozinho. As vezes passamos pela escuridão para aprender.

O Espírito Santo dá a vida, o Espírito Santo enchendo Maria deu a vida ao Salvador. 
Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.” João 10:10

Quem gera a vida é Espírito Santo, o mesmo Espírito presente no sopro de vida da humanidade em Gêneses, agora o Espirito Santo gera Jesus, gera a 'Vida'. Pois Jesus é a vida completa, Jesus que é gerado e não criado.

“E entrou em casa de Zacarias, e saudou a Isabel. E aconteceu que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a criancinha saltou no seu ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo.

E exclamou com grande voz, e disse: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre. E de onde me provém isto a mim, que venha visitar-me a mãe do meu Senhor?

Pois eis que, ao chegar aos meus ouvidos a voz da tua saudação, a criancinha saltou de alegria no meu ventre.

Bem-aventurada a que creu, pois hão de cumprir-se as coisas que da parte do SENHOR lhe foram ditas. Disse então Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, E o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador; Porque atentou na baixeza de sua serva; Pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada,

Porque me fez grandes coisas o Poderoso; E santo é seu nome. E a sua misericórdia é de geração em geração Sobre os que o temem. Com o seu braço agiu valorosamente; Dissipou os soberbos no pensamento de seus corações.”
 Lucas 1:40-51
Jesus estava escondida no ventre de Maria, Isabel fez a sua primeira adoração, porque Maria foi a primeiro sacrário vivo de Jesus.

Nossa Senhora nos põe no seu colo e cuida de nós.

“Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar; E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.

E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.

E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.”
 Atos 2:1-4

Ali estavam os discípulos reunidos com medo, juntamente com a Maria.
Ivanildo Silva 
Missionário da Comunidade Obra de Maria

PRECISAMOS DE JESUS ?

Irmãos, vivemos um tempo no qual, graças a Deus, existe um grande contraste. De um lado, o mundo rejeitando o Senhor; do outro, um povo que O busca. Mas o mal faz um grande barulho, e temos a impressão de que são muitos. Deus gosta de enfrentar o impossível. Por isso, nos dias de hoje, Ele está fazendo tantos impossíveis. 

Encontramos, hoje, muitas forças que parecem ser da maioria, mas não o são se comparados àqueles que são de Deus, que dão a vida por Ele. 
Vamos sofrer muito com isso, mas o Senhor nos dá força e coragem, Ele nos faz ousados. O mal não desiste, por isso, nós não podemos desistir. 

Há aqueles que tentam destruir aquilo que é indestrutível. Gamaliel, o mestre de Saulo, veio e disse: "ao que está acontecendo agora, dou-vos um conselho: não vos preocupeis com esses homens e deixai-os ir embora." (At 5,38)
"Se esse projeto é humano, vai passar por si mesmo, vai se destruir por si mesmo", mas se for de Deus, não passará. Eles não conseguirão destruir a Igreja, pois ela é do Senhor. Atacando a Doutrina, o Evangelho, destruindo personagens bíblicos, querendo destruir os apóstolos. Mas, uma vez que a Igreja é de Deus, o Evangelho também é d'Ele e eles não conseguirão destruí-los.

De onde vinha essa coragem dos apóstolos? Do grande amor que eles tinham por Jesus. Eles eram apaixonados pelo Senhor, estavam dispostos a dar a vida por Ele e realmente deram. Eles estavam dispostos a tudo, porque amavam Jesus. 
Você lembra que, depois da pesca milagrosa, Cristo pergunta a Simão: "Tu me amas?" E ele responde: "Sim, Tu sabes que eu Te amo". E Jesus repete a pergunta por mais duas vezes. Jesus queria que Pedro tivesse a certeza de que ele O amava, embora O tivesse negado. 
Ele precisava ter essa certeza, por isso pergunta três vezes. 

Nós queremos amar o Senhor, mas também aqueles com quem vivemos, com quem trabalhamos, mas, muitas vezes, não conseguimos amar. Precisamos buscar a nossa cura para aprendermos a amar os nossos. 

Reze comigo:

"Eu quero amar Senhor, quero muito amar a Ti e aos meus irmãos. 
Sinceramente, eu quero amar. 
Dá-me a graça de amar e reconhecer, Senhor, que para amar aqueles onde vivo, na minha casa, no meu trabalho, eu preciso ser curado de tanta coisa no meu interior que me impede de ter este sentimento".


Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

NÃO IMPEÇA A AÇÃO DE DEUS EM SUA VIDA


Quando menos esperamos, Jesus marca um encontro conosco. Pode ser até que uma doença seja um bom instrumento pelo qual o Senhor se utiliza para a conversão de alguém. Por isso, não devemos retardar a ação de Deus em nossa vida com revolta, negatividade, pessimismo, rancor, ressentimento… O Senhor se utiliza de tudo para apressar a nossa conversão.

Você precisa procurar ser íntimo do Senhor, escutar o que Ele tem a lhe dizer, deixar Seu amor tomar conta da sua história, no presente, passado e futuro. Esse amor só não o envolverá se você não quiser; pois não depende de emoções, sentimentos, mas do sim da fé na ação de Deus.

Pela fé, creia que o Senhor toca em você! Não fique preso a seus medos, depressões ou fraquezas. O amor de Deus o sustentará. É nesse sentimento nobre que você encontrará forças para suportar todas as adversidades da vida cotidiana!

“Levanta-me, Senhor! Cura-me, Jesus! Conduze-me pelas Tuas mãos. Por mais inseguro e sem visão que eu me encontre, concede-me a graça de permanecer em oração e súplica, confiante em Teu socorro. Amém!”

Jesus, eu confio em Vós!

RELACIONAMENTO POR ACASO

Acredito que não conhecemos nem nos relacionamos com ninguém por um acaso, e todas as relações (sejam elas quais forem) são, antes de mais nada, oportunidades que Deus nos dá para sermos canais de Seu amor neste mundo.

A este respeito, Henri Nouwen afirma, no livro “Mosaicos do Presente”, que, quando tomamos consciência de que a fonte que sustenta nossas relações não são os parceiros em si nem qualquer coisa que possam oferecer um ao outro - por mais gentis que sejam -, mas Deus que, em Sua bondade, une as pessoas para, por meio de cada um, revelar-se a este mundo, todas as nossas relações mudam e ganham um novo sentido.

A verdade é que começamos a perceber que as pessoas com quem convivemos em casa e no trabalho, e também aquelas que encontramos na rua ou no mercado, não são frutos do acaso. Percebemos que, em cada uma, Deus pode revelar Seu amor a nós e, por meio de cada uma delas, também podemos manifestar nosso amor ao Senhor.
Hoje, por exemplo, eu estava indo para o trabalho com um certa pressa, quando fui surpreendida por um rapaz que varria a calçada do prédio. Ele não só parou de varrer para dar-me passagem, como também disse-me: “Bom dia, moça!”. Fiquei meio desconcertada, pois não estava esperando esta atitude. Então, sorri para ele e agradeci, desejando-lhe também um bom dia.

Foi tudo bem rápido, mas continuei meu caminho pensando no fato. Em meio a milhares de pessoas que eu havia encontrado, o rapaz fez a diferença! Inspirada pelo bem que me proporcionou, decidi procurar viver o resto do dia fazendo a diferença também por onde eu for, decidi amar.

Estou revendo minhas atitudes e percebo o quanto estou distante da perfeição que almejo. A atitude do rapaz foi um pretexto de Deus para levar-me além. Fez-me pensar quantas oportunidades tenho perdido de promover o bem na vida das pessoas com gestos de delicadeza. Na verdade, todos nós sabemos o quanto são importantes as pequenas expressões de amor, pois elas fazem toda a diferença neste mundo, no nosso mundo.

Acontece que, mesmo sem tomarmos consciência, somos marcados por lições erradas que o mundo ensina a respeito do amor e acabamos assumindo-as como verdades.

Como que por “contágio” vamos nos tornando egoístas e nos fechamos em nós mesmos, dando como desculpas a pressa, a segurança, o jeito de ser, e seguimos indiferentes a quem está à nossa volta. Mas Deus, que é o puro amor, nos ensina que amar é também acolher o outro independente da condição em que ele se encontra ou do uniforme que está usando. Todo ser humano é criatura amada por Deus e merece, no mínimo, nosso respeito e atenção. Não é por acaso que pessoas entram e saem da nossa vida.

Aquele rapaz varreu não só a calçada do prédio em que trabalha, mas, com sua atitude, varreu também a poeira do meu coração que estava envolto pela pressa e pelas sombras do ativismo. Ele, certamente, nem imagina o bem que me fez! Não conheço seus sonhos, sua família e penso que, se reencontrá-lo, já não recordo-me de sua face. No entanto, seu gesto mudou o meu dia.

Fico pensando nas minhas atitudes e me pergunto: “Será que estou conseguindo transmitir o amor de Deus àqueles que cruzam meu caminho?”. Jesus disse: “O que vocês desejam que os outros lhes façam, também vocês devem fazer a eles” (Lc 6,31).

Portanto, fiquemos atentos e sejamos criativos e empenhados na prática desta palavra. Que hoje ninguém passe em vão ao seu lado, pois os relacionamentos não são frutos do acaso. São acenos de Deus.
Dijanira Silva