quinta-feira, 4 de novembro de 2010

TRECHO DO LIVRO ÁGAPE (Irmã Dulce)

 
Toda nossa força, está na oração,sem ela ,não podemos fazer nada.É por intermédio das oração que obtemos de Deus as graças necessárias para executar bem nossa missão entre os pobres.Somos criaturas humanas,frágeis e sujeitas ás tentações.Através da oração Deus nos transmite todas as graças de que necessitamos para levar a cabo o nosso trabalho de amor e de dedicação sem reservas aos nossos irmãos sofredores, os pobres. A oração é o alimento da nossa alma, não podemos viver sem rezar , ela pode ser feita em  qualquer lugar, a qualquer momento.Podemos rezar até mesmo enquanto dormimos, oferecendo a Deus a nossa respiração como pedido de perdão pelos pecados, nossos  e do mundo inteiro, e cada palpitação do coração , como um gesto de amor oferecido a Deus, que tanto nos amou e ama assim, mesmo dormindo ,rezamos essa oração dá significado a vida.
Meu senhor amado, eu agradeço o teu sangue derramado, eu agradeço o calvário pelos pecados, eu agradeço a tua humildade em aceitar até o fim a tua missão.
Meu senhor amado, ódio não venceu o amor. Liberta-me Senhor do mal , do ódio , Liberta-me do mal da fofoca, Liberta-me Senhor do mal da ausência  de amor.
Eu quero dizer sim ao Teu projeto de amor,que minha vida seja salva pela tua vida e pelo meu sim,
Eu sou livre ,Senhor ,Tua vida me faz livre. Eis-me aqui Senhor filho pecador , mas cheio de  amor, faça-se em mim Tua vontade , como Maria com Maria .
AMÉM.

É POSSÍVEL AMAR QUEM NÃO CONHECEMOS ?

é041110Para amar e falar de uma pessoa, precisamos antes conhecê-la, a fim de não corrermos o risco de afirmar o que não é real. Cada um tem uma experiência diferente com a mesma pessoa, por isso é importante que façamos uma experiência própria.

Da mesma forma, talvez você já tenha escutado muitas coisas sobre Jesus, mas eu lhe pergunto: Você já teve um encontro pessoal com Ele, já conversou com Ele e já O escutou? Só podemos declarar que a laranja está doce se a experimentarmos, não é verdade?
“Provai e vede como o Senhor é bom. Feliz o homem que se refugia junto dele” (Sl 33,9).
Se você ainda não provou a bondade de Deus, é preciso prová-la, e se já a provou, é preciso fazer essa experiência cada vez mais, sobretudo nos momentos de adversidade e tribulação, porque: “Jesus, tendo Ele próprio sofrido ao ser tentado, é capaz de socorrer os que agora sofrem a tentação” (Hb 2,18).
Rezemos ao longo de todo este dia:
Jesus, eu confio em Vós
Luzia Santiago

LIVRES PARA ESCOLHER

Há encontros e palavras de Jesus que dizem respeito a determinadas pessoas. Ao apóstolo Pedro foi confiada uma missão específica de ser rocha firme na edificação da Igreja. Testemunhas escolhidas de acontecimentos decisivos são o próprio Pedro, com Tiago e João. Doze são apóstolos, colunas do novo Israel de Deus, setenta e dois são os primeiros discípulos. O Evangelho relata que algumas mulheres acompanhavam o Senhor, servindo-O e aos Seus apóstolos com seus bens. Aquela que foi chamada apóstola dos apóstolos foi Maria Madalena. Um, dois, doze, setenta e dois...

Mas há uma outra categoria de destinatários da ação e da Palavra de Jesus: a multidão. Chama atenção o fato de que palavras muito exigentes sejam dirigidas a todos: “Grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele lhes disse: Se alguém vem a mim, mas não me prefere a seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs, e até à sua própria vida, não pode ser meu discípulo” (Lc 14, 25-26). Trata-se de uma provocação positiva à liberdade humana, chamada a tomar decisões que determinam um rumo de eternidade.

Jesus pede definições! Os chamados conselhos evangélicos da pobreza, castidade e obediência são destinados, na justa medida, a todos os que querem segui-Lo (cf. Lc 14, 25-35). Não se trata de privilégios dos religiosos ou religiosas. “Qualquer de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo”! É a pobreza, liberdade em relação aos bens materiais. Mais cedo ou mais tarde, todas as pessoas deverão confrontar-se com escolhas correspondentes aos valores que norteiam suas vidas e aqueles materiais, por mais importantes que sejam, só servirão para o bem se se submeterem ao bem maior. Além disso, no fim de sua caminhada na terra, na páscoa pessoal da morte, só passará o amor. Todos os bens ficarão do lado de cá!

Livres diante dos afetos: “Se alguém vem a mim, mas não me prefere a seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs, não pode ser meu discípulo”. Quando alguma pessoa é transformada em ídolo, ficando Deus em segundo plano, os afetos serão desequilibrados. Se Deus passa na frente, o amor às pessoas mais queridas será límpido, sem tomar posse uns dos outros. É o sentido transparente e universal da Castidade!

Quem não carrega sua cruz e não caminha após mim, não pode ser meu discípulo”. Renunciar à própria vida! De fato, quem não encontrou a quem obedecer não se realiza plenamente, pois se fechará no terrível individualismo que conduz à infelicidade. E o melhor ponto de referência para a obediência, que significa “prontidão para ouvir”, é o próprio Deus.

Não estamos diante de recomendações piedosas, destinadas a um pequeno grupo, mas de decisões com as quais jogamos o sentido de nossa existência, tanto que, sem tais escolhas, somos parecidos com o homem que começou a construir e, não tendo como acabar, torna-se objeto de zombaria (cf. Lc 14, 29-30). Infelizmente, muitas práticas religiosas em nosso tempo não atraem por lhes faltar a consistência das escolhas. Estas sim, mesmo os que pensam de forma diferente as respeitarão, pois coerência de vida não se discute!

Não aconteça com os cristãos de nosso tempo, em sua batalha contra o mal, serem soldados sem estratégia (cf. Lc 14, 31-33). Superficialidade não convencem ninguém! As armas adequadas estão à disposição de quem sabe escolher a Deus, reconhecendo-O mais importante do que todos os bens, afetos e até a própria vida. Quem assim se encontra municiado, participará da vitória que vence o mundo, não destruindo-o, mas o envolvendo na torrente infinita do amor de Deus Pai. “Eu vos disse estas coisas para que, em mim, tenhais a paz. No mundo tereis aflições. Mas tende coragem! Eu venci o mundo” (Jo 16, 33).

Cristãos com coluna vertebral! É o que clama nosso tempo. Estes serão sal para dar gosto ao mundo. “O sal é bom. Mas se até o sal perder o sabor, com que se há de salgar? Não serve nem para a terra, nem para o esterco, mas só para ser jogado fora. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (Lc 14, 34-35).
Foto Dom Alberto Taveira Correa

TODOS NOS PRECISAMOS DO ESPIRITO SANTO

Na Última Ceia, Jesus não apenas tomou o pão e disse: “Isto é o meu corpo, que é dado por vós” (Lc 22,19b), mas também: “Fazei isto em memória a mim” (Lc 22,19b). Jesus queria que aqueles apóstolos fizessem o que Ele fez. Portanto, já eram sacerdotes desde aquele momento. No dia da ressurreição, Cristo soprou sobre eles e, então, receberam o Espírito Santo. Imediatamente, Jesus disse: “A quem perdoardes os pecados, serão perdoados” (Jo 20,22). Eles receberam, como sacerdotes, também o poder de perdoar os pecados.

Depois da ascensão de Jesus Cristo, os apóstolos vão para o Cenáculo, como o Senhor lhes ordena. Passam algum tempo orando junto com Maria, a Mãe de Jesus. No dia de Pentecostes, o Espírito Santo foi derramado sobre eles e todos ficaram repletos dele (cf. At 2,1-4). Os mesmos apóstolos que na Última Ceia tinham recebido de Jesus a ordenação sacerdotal, foram os mesmos sobre os quais Cristo soprou depois da ressurreição, dizendo: “Então, soprou sobre eles e falou: ‘Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, serão perdoados; a quem os retiverdes, ficarão retidos” (Jo 20,22-23).

No dia de Pentecostes, receberam algo novo. Porém, “dentro de poucos dias sereis batizados com o Espírito Santo” (At 1,5b).

Portanto, até mesmo um sacerdote que recebeu de Jesus o poder de celebrar a Eucaristia e de perdoar os pecados pode e precisa de outra graça: o batismo no Espírito Santo. Assim aconteceu também comigo. Depois do meu sacerdócio, que aconteceu no dia 2 de novembro de 1971, quando já estava trabalhando havia sete anos pelo Senhor, recebi a graça de ser batizado no Espírito Santo. Dou graças a Deus por isso.

Aqueles apóstolos – preparados por Jesus durante três anos e ordenados por Ele na Última Ceia – receberam no dia de Pentecostes a grande graça: o batismo no Espírito Santo. Isso nos vem dizer que todos nós precisamos do Espírito Santo. Temos de deixar as discussões e abrir-nos para a grande graça do Senhor, especialmente nestes tempos de grandes dificuldades que enfrentamos.

Deus abençoe você!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

BUSQUE , NA ORAÇÃO , LIBERAR PERDÃO A QUEM VOCE AMA

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O perdão é fundamental e precisa ser dado sempre e nas pequenas coisas, desde algo que o irrita e que a pessoa faz sem saber até as coisas que ela faz conscientemente para irritá-lo e magoá-lo. É importante perdoar setenta vezes sete, é o que diz o Evangelho em Mateus 18,21. É regra fundamental para qualquer tipo de relacionamento, principalmente entre marido e mulher.
Vamos pedir ao Espírito Santo esta graça: o dom de perdoar setenta vezes sete, isso quer dizer marido e mulher deixarem realmente passar o que passa, sendo, muitas vezes, como um ministro de perdão para o outro. É ver que nada pode ser maior do que a opção que fizemos de ficar juntos para sempre, pois tudo o mais passa e precisa ser deixado de lado.
Por isso peça: "Vem, Espírito Santo, dá-me a graça de liberar perdão para aquela atitude do meu marido (esposa) que me deixou desequilibrada (o)", porque é o perdão que devolve o equilíbrio. Diga: Senhor, eu perdoo o meu esposo (esposa) de todas as palavras que ele (ela) pronunciou e que me magoaram.
Você que é homem diga ao Senhor que você perdoa a sua esposa pelas atitudes dominadoras que, muitas vezes, ela tem, pelas vezes em que ela passa por cima da sua autoridade. Perdoe-a desde as coisas pequenas até as maiores. Peça ao Espírito Santo esta graça e vá desafogando o seu coração dos ressentimentos. Vem, Espírito Santo, e restaura-nos pelo perdão.
Dá-nos a graça de darmos o perdão setenta vezes sete e de não ficarmos apontando os erros um do outro e nos acharmos melhores que o outro.
Dá-nos a graça, Espírito Santo, de um coração que perdoa, que ama, que quer viver bem e quer ser canal de paz e de graça para toda a família.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Salette  Ferreira  ( Comunidade Canção Nova)

SÃO CARLOS BORROMEU

Carlos, o segundo filho de Gilberto, nasceu em 2 de outubro de 1538. Menino ainda, revelou ótimo talento e uma inteligência rara. Ao lado destas qualidades, manifestou forte inclinação para a vida religiosa, pela piedade e o temor a Deus. Ainda criança, era seu prazer construir altares minúsculos, diante dos quais, em presença dos irmãos e companheiros de idade, imitava as funções sacerdotais que tinha observado na Igreja. O amor à oração e o aborrecimento aos divertimentos profanos, eram sinais mais positivos da vocação sacerdotal.

O ano de 1562 veio a Carlos com a graça do sacerdócio. No silêncio da meditação, lançou Carlos planos grandiosos para a reorganização da Igreja Católica. Estes todos se concentraram na ideia de concluir o Concílio de Trento. De fato, era o que a Igreja mais necessitava, como base e fundamento da renovação e consolidação da vida religiosa. Carlos, sem cessar, chamava a atenção do seu tio (que era Cardeal e foi eleito Papa, com o nome de Pio IV) para esta necessidade, reclamada por todos os amigos da Igreja. De fato, o Concílio se realizou, e Carlos quis ser o primeiro a executar as ordens da nova lei, ainda que por esta obediência tivesse de deixar sua posição para ocupar outra inferior. 

Carlos sabia muito bem que a caridade abre os corações também à religião. Por isto foi que grande parte de sua receita pertencia aos pobres, reservando ele para si só o indispensável. Heranças ou rendimentos que lhe vinham dos bens de família, distribuía-os entre os desvalidos. Tudo isto não aguenta comparação com as obras de caridade que o Arcebispo praticou, quando em 1569-1570, a fome e uma epidemia, semelhante à peste, invadiram a cidade de Milão. Não tendo mais o que dar, pedia ele próprio esmolas para os pobres e abria assim fontes de auxílio, que teriam ficado fechadas.

Quando, porém, em 1576, a cidade foi atingida pela peste, e o povo abandonado pelos poderes públicos, visto que ninguém se compadecia do povo, ainda procurava os pobres doentes dos quais ninguém lembrava, consolava-os e dava-lhes os santos sacramentos. Tendo-se esgotado todas as fontes de recurso, Carlos lançou mão de tudo o que possuía, para amenizar a triste sorte dos doentes. Mais de  cem sacerdotes tinham pago com a vida, na sua dedicação e serviço aos doentes. Deus conservava a vida do Arcebispo, e este se aproveitou da ocasião para dizer duras verdades aos ímpios e ricos esquecidos de Deus.

Gregório XIII, não só rejeitou as acusações infundados feitas ao Arcebispo, mas ainda recebeu Carlos Borromeu em Roma, com as mais altas distinções. Em resposta a este gesto do Papa, o governador de Milão, organizou no primeiro domingo da Quaresma de 1579, um indigno préstito carnavalesco pelas ruas de Milão, precisamente à hora da missa celebrada pelo Arcebispo. O mesmo governador, que tanta guerra ao Prelado movera, e tantas hostilidades contra São Carlos estimulara, no leito de morte reconheceu o erro e teve o consolo da assistência do santo Bispo na hora da agonia. Seu sucessor, Carlos de Aragão, duque de Terra Nova, viveu sempre em paz com a autoridade eclesiástica. O Arcebispo gozou deste período só dois anos.

Quando em outubro de 1584, como era de costume, se retirara para fazer os exercícios espirituais, teve fortes acessos de febre, aos quais não deu importância e dizia: “Um bom pastor de almas, deve saber suportar três febres, antes de se meter na cama”. Os acessos renovaram-se e consumiram as forças do Arcebispo. Ao receber os santos sacramentos, expirou aos 03 de novembro de 1584. Suas últimas palavras foram: “Eis Senhor, eu venho, vou já”. São Carlos Borromeu tinha alcançado a idade de 46 anos