domingo, 29 de maio de 2011

DEVOÇÃO Á MARIA É ALIANÇA PARA NÃO VIVER EM PECADO,DIZ PAPA

 
O Pontífice afirmou ainda que a devoção à Virgem Maria ajuda santificar o próximo e alcançar a salvação eterna
O Papa Bento XVI recebeu em audiência, na manhã deste sábado, o Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, e, em seguida, um grupo de bispos indianos em visita Ad Limina.
Recebeu ainda o vigário apostólico de Trípoli, Bispo titular de Tabuda, Dom Giovanni Innocenzo Martinelli, e também o prefeito da Congregação para os Bispos, Cardeal Marc Ouellet.
Já na parte da tarde, os membros da Congregação Mariana Masculina de Regensburg, da Alemanha, foram acolhidos pelo Santo Padre.m seu discurso a eles, lembrou as palavras do Papa Pio XII que, em 1948, em uma de suas encíclicas, falou sobre a devoção à Nossa Senhora. "Cada fiel que dedica à Mãe de Deus uma devoção especial estabelece uma aliança para não viver em pecado e para, com toda a força - sob a proteção de Maria - santificar o próximo e alcançar a salvação eterna", ressaltou o Pontífice.E também hoje o Santo Padre nomeou dois novos membros para a Congregação para os Bispos - o Prefeito da Congregação para o Clero, Cardeal Mauro Piacenza, e o Bispo Emérito de Viterbo, Dom Lorenzo Chiarinelli -, o novo subsecretário da Congregação para o Clero, monsenhor Antonio Neri, e o Núncio Apostólico na Suíça e no Principado de Lieschtenstein, Dom Diego Causero, até o momento Núncio Apostólico na República Tcheca

DEUS NÃO NOS DESAMPARA NUNCA

 
Muitas vezes, nossas perturbações interiores nos impedem de sermos felizes e de nos aproximarmos de Deus.
Lembro-me do primeiro dia em que subi o morro da Canção Nova, porque alguma coisa me dizia: “Adriana, vai lá, vai tentar um trabalho”. Eu era professora, já dava aula; e, no fim de semana, eu era catequista. E isso era muito bom! Quando comecei a subi-lo, mil ideias passaram pela cabeça e quase desisti. Mas uma força me dizia: “Vá e veja o que espera por você lá”. Então, comecei a trabalhar como voluntária e, depois, como estagiária nessa obra de evangelização. Essa vontade de servir a Deus já existia na minha vida havia muito tempo, mas o dia a dia ia fazendo com que eu deixasse tudo isso de lado. No entanto, quando cheguei na comunidade, encontrei o meu lugar, encontrei o lugar que Deus tinha para mim.
Precisamos encontrar, na Igreja, o lugar que Deus tem para nós, pois Ele tem uma linda história de amor para construir em cada um nós. Às vezes, nos afastamos das promessas do Senhor e nos esquecemos das coisas maravilhosos que Ele tem para nossa vida.
Ao longo desses anos, na Rádio Canção Nova, fui vendo crescer a minha família de fé, com pessoas que eu nem conhecia, mas que escreviam para a rádio, e até hoje escrevem, contando suas histórias.
Algumas histórias me marcaram muito, muitas chegavam até mim por cartas, como a da Maria Regina. Ela me enviava cartas com frequência e eu sempre as respondia pela rádio. Assim, fomos nos aproximando. Um dia, ela me enviou uma carta com uma foto dela, do marido e do filho. Eu guardei aquela foto por muitos anos. Alguns anos se passaram e, certa vez, arrumando minhas fotografias, reencontrei a carta dessa amiga. Naquele momento, eu me questionei sobre o que aquelas pessoas estariam fazendo. Será que ainda estariam na fé?
Então, naquele dia, fui à capela e disse a Deus que queria notícias daquela família. Rezei por todas as pessoas que passaram pela minha vida e as apresentei para Jesus. Fui lembrando do tempo em que estive na missão de Aracaju e das muitas pessoas que ajudaram na minha caminhada. Passados alguns dias, eu estava na capela da rádio e me disseram que uma moça queria muito falar comigo ao telefone. Era a Maria Regina. Depois de 15 anos sem contato, ela me ligou. Atendi ao telefone com lágrimas nos olhos. Ela me disse que seu filho estava vindo à Canção Nova e perguntou se eu poderia recebê-lo.
Quando cheguei em casa, procurei novamente pela foto e tive a certeza de que reconheceria aquele menino no momento em que ele chegasse. Falei com Deus sobre a Maria Regina num domingo; dez dias depois esse menino estava aqui. Neste ano, o Ruan trouxe a mãe [Maria Regina] para que eu a conhecesse. Depois de 18 anos, conversando com ela, mas sem nunca tê-la visto, eu a abracei e chorei. Foi um abraço de 18 anos.
Meus irmãos, Deus une nossos corações. Ele nos faz família.
Eu não sei por qual situação que você passa agora, mas Deus não o desampara nunca. Olhe à sua volta, veja quantas pessoas o Senhor coloca ao seu redor para ajudá-lo na caminhada. O Senhor restaura nossos relacionamentos, nossos sentimentos e toda nossa vida por intermédio das pessoas que Ele coloca à nossa volta. A Palavra d'Ele se cumpre e Ele não nos engana. Passei por vários momentos de sofrimento, mas Deus sempre cuidou de mim.
Sabe por que o mundo está cheio de pessoas com depressão, síndrome do pânico? Porque está faltando Deus na vida delas.
Há situações que não conseguimos vencer sozinhos, mas Deus Pai não nos desampara nunca! Precisamos guardar isso no coração, acolher a Sua Palavra e perceber as pessoas que Ele coloca à nossa volta. Precisamos saber que, para Deus, nada é impossível. Ele cuida de nós se nos deixamos ser cuidados por Ele. Jesus coloca Nossa Senhora passando à nossa frente para cuidar de nós.
Muitas vezes, não percebemos a presença do Senhor em nossa vida. Mas Ele nos transforma, porque aceitamos o desafio de viver o Evangelho.
Eu não sei o tamanho da sua dor, mas Deus vai arrumar meios de dividir sua dor com outras pessoas que estão ao seu lado, para ajudá-lo a solucionar o problema. Por isso, nos programas de rádio e televisão da Canção Nova dividimos tudo com você, porque somos uma família na fé. Se estamos de coração aberto, nossa vida é transformada.
Por meio das ondas da Rádio Canção Nova, uma linda onda de amor está sendo construída. Quem nos uniu foi o amor de Deus. Somos uma linda família, porque o amor de Cristo nos uniu.

UNIDOS PELA EUCARISTIA

Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne, entregue pela vida do mundo" (Jo 6, 51). Cristo falou com clareza. A partir daí começou uma enorme discussão entre os judeus, a pergunta era esta: "Como é que ele pode pode dar a sua carne a comer?" (Jo 6,52). Isso tudo nos ajuda muito, pois os judeus entenderam ao pé da letra que era para comer da Carne mesmo e beber do próprio Sangue de Cristo. Ao pé da letra se tornava uma coisa esquisita demais. Como Jesus não disse isso em símbolo, os judeus entenderam verdadeira e concretamente que era para comer a Carne e o Sangue d'Ele. O que eles não eram capazes de entender ainda é que era falado do Corpo glorioso de Jesus, exatamente o que recebemos na comunhão, Jesus inteiro, mas com o Corpo gloriosoOs judeus entenderam que era realmente sobre [comer] o Corpo e o Sangue que Jesus estava falando, mas o interessante é que o Senhor não volta atrás quando alguém não acreditava nem fica dando explicações. Pelo contrário, Ele deu um passo a mais “Jesus disse: 'Em verdade, em verdade, vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem consome a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois minha carne é verdadeira comida e meu sangue é verdadeira bebida'” (Jo 6,53-55). É simples? Como explicar isso? É um mistério. Assim como o Senhor criou todas as coisas, por que não poderia possuir o pão e o vinho como fez na Última Ceia? Ele continua vivo, Ele está no meio de nós. Na verdade, Jesus Cristo assume e possui o pão e vinho para que Ele esteja ali no Seu Corpo glorioso. Não O vemos presente ali porque ainda não somos um corpo glorioso e só um corpo glorioso consegue ver outro [corpo glorioso]. Você comunga na Santa Missa, mas Jesus permanece com você durante todo o seu dia. Verdadeiro Corpo e Sangue quer dizer verdadeiro Corpo e Sangue! A lógica está aí. A Eucaristia acabará unindo os cristãos. A Igreja verdadeira de Jesus é a Igreja da qual Pedro é a pedra. Estou falando isso como irmão, não desprezo os evangélicos de maneira nenhuma. Mas digo aos que já foram católicos e têm saudade imensa da Eucaristia que voltem porque sua Igreja está à sua espera.O que nos une é muito maior do que aquilo que nos separa.

UM CORAÇÃO FERIDO NÃO AMA A SI PRÓPRIO

Quem não ama a Deus não se ama e não ama ninguém

A marca registrada do cristão é a sua capacidade de viver o amor. Amar é a única opção que temos quando queremos viver conforme Jesus. Ou aprendemos a amar ou não podemos dizer que somos cristãos. Amar é imperativo, categórico. Por isso a cura dos ressentimentos também torna-se um imperativo para nós. Ou nos curamos e assim conseguimos amar, ou não amamos e não podemos nos dizer cristãos.
Ser cristão é ser diferente. O mundo não pode acolher nem compreender a serenidade do coração cristão. Jesus deixou bem claro que a paz que Ele nos dá, o mundo não pode receber nem entender. E o que somente a partir dessa paz é que podemos viver sem temor.
O cristão é alguém que assume no mundo a missão de amar sempre. A partir da experiência de Deus por nós somos chamados a testemunhar para o mundo a possibilidade de um relacionamento diferente, no qual ninguém oprima ninguém.
A grande causa dos problemas de relacionamento entre as pessoas está no distanciamento do amor de Deus. Ninguém consegue amar uma pessoa, limitada e fraca, se não tiver a experiência do amor de Deus. Quem não ama a Deus não se ama e não ama ninguém.
Para curar o ressentimento é preciso fazer uma operação fundamental pelo amor. Num mundo onde as pessoas só amam aqueles que lhes parecem bons, Jesus nos chama a amar a todos, como Ele nos amou.
A primeira coisa que Deus faz em nossa vida é nos animar com um espírito novo. Sem esse jeito novo de enxergar a vida, a si mesmo e as outras pessoas, nunca teremos esse coração curado.
É preciso tocar no ponto crucial: o coração empedernido! Coração de pedra é uma expressão que nos revela a dureza que nosso coração vai experimentando e adquirindo à medida que deixamos de amar.
O ódio produz essa dureza. E esse coração precisa ser substituído mesmo, agora por um coração de carne, um coração manso e humilde, semelhante ao Coração de Jesus.
Somente a partir dessa experiência é possível observar a lei de Deus, guardar e praticar Seus mandamentos e ser cristão de fato.
Se não consigo amar, a partir de mim mesmo, já sendo ferido e machucado me é impossível amar o próximo. Eu posso e devo amar segundo o Coração de Jesus.
Um coração ferido e machucado não ama a si mesmo e não consegue amar mais ninguém. (Trecho extraído do livro: 'A cura do ressentimento').
Padre Léo, SCJ