quarta-feira, 23 de outubro de 2013

SÓ EM VÓS POSSO CONFIAR E PEDIR QUE NÃO ME FALTE A VONTADE DE VIVER NESTE MUNDO INGRATO

A PERFEIÇÃO CONSISTE EM FAZER A VONTADE DE DEUS

A perfeição consiste em fazer a vontade de Deus, em ser o que Ele quer que sejamos" (Santa Teresinha do Menino Jesus)

Neste dia, tomemos a firme de decisão pelo louvor. Quando louvamos ao Senhor - nos ensina o Catecismo da Igreja Católica - reconhecemos o mais imediatamente possível que Deus é Deus. Este reconhecimento é para nós um segredo de fortaleza e felicidade. Sei que você tem sofrido, meu irmão... Mas não deixe de lado o louvor. Ele é uma arma poderosa contra as forças do Mal e um meio maravilhoso de transformação interior. O homem que louva caminha - a passos largos! - para ser aquilo que Deus quer que Ele seja. Mesmo enfermo, endividado, sozinho, triste, tentado ou aflito, louve! Pelo louvor as amarras que nos prendem são quebradas. Pelo louvor o ambiente no qual nos encontramos é transformado. E pelo louvor aqueles pelos quais oramos são beneficiados e atingidos pela Graça de Deus. O demônio anseia por homens e mulheres que murmurem, ao invés de cantarem as maravilhas do Senhor. Não podemos satisfazer as vontades do Inimigo! Pelo contrário, em nossa casa, nos colocaremos na brecha como valentes guerreiros que não hesitam em interceder e louvar. Eis a nossa decisão! 

TODOS SÃO CHAMADADOS A MISSÃO

Não podemos achar que, pelo fato de termos cometido muitos pecados e vivido uma vida errada, vamos fracassar em nossa missão. Deus precisa de pessoas que se decidiram radicalmente por Ele, embora sejam fracas, imperfeitas, com defeitos e falhas. Pessoas que mediante sua mudança, sua conversão, possam arrastar outras. Pois até as suas fraquezas mostram aos demais que eles também têm chances. Deus está nos chamando: “Vem falar por mim!” Precisamos responder a esse apelo. 

Eliseu foi um profeta chamado por Deus. Ele estava no campo, cuidando de seus bois quando o grande profeta Elias passou por ali. Eliseu nunca havia pensado em ser profeta. Naquele tempo, quando um profeta jogava seu manto sobre uma pessoa era sinal de chamado. Aquela pessoa estava sendo chamada para o trabalho de Deus. 

Hoje, da mesma maneira, Jesus passa e joga Seu manto sobre cada um de nós para que nos tornemos discípulos d’Ele. Abramo-nos ao derramamento do Espírito Santo. Não precisamos fazer nada, a não ser aceitar e acolher a vontade de Deus, como fez a Virgem Maria. Aceite do fundo do coração o seu chamado, diga ao Senhor que você não é digno, mas aceita ser um discípulo d’Ele, um apóstolo no seu trabalho, em sua profissão, no meio onde você vive.
Monsenhor Jonas Abib

LIDAR COM A DECEPÇÃO



A decepção faz parte da vida. Afirmo peremptoriamente que é necessário para o desenvolvimento humano. 

O desapontamento, na grande maioria das vezes é um impulso para a ação, fornece-nos motivação para crescer e ir ao encontro dos nossos objetivos. 

A decepção pode considerar-se sempre que identificamos um erro entre aquilo que desejamos alcançar ou que acontecesse e aquilo que realmente alcançarmos ou que aconteceu.

Sempre que identificamos esta discrepância, na grande maioria das vezes podemos ficar decepcionados, com os outros ou conosco mesmos.

Mas é exatamente essa discrepância que nos permite avançarmos, que nos permite nos questionarmos, que nos permite olhar a realidade de frente e progredirmos.

A decepção é uma forma de frustração, e aprender a lidar com a frustração é uma habilidade necessária para conseguirmos lidar com as nossas emoções de forma funcional.

Temos que saber que a decepção entre quem amamos, muitas vezes é gerada é porque queremos sermos amados do nosso jeito, e as pessoas vão nos amar do jeito delas.

Queremos que o nosso patrão nos trata do nosso jeito, e ele vai nos tratar do jeito dele, assim nossos colegas de trabalho, os nossos vizinhos, em fim a s pessoas que convivem conosco....

O jeito é aprender com as decepções , e saber superar tudo isto... Jesus foi um mestre em vencer decepções , e se lermos seus evangelhos vamos também nos a vencer de cabeça erguida e superando obstáculos.

(Miguel Lucas)
(Escola Psicologia)

DEPENDEMOS DO AUXÍLO DO SENHOR

Naquele dia em que gritei, vós me escutastes, ó Senhor” (Sl 137).
Como o salmista, ao longo de todo este dia, lancemos um grito ao Senhor, em todas as circunstâncias. Talvez até achemos que somos capazes de resolver todas as coisas sozinhos, mas é um engano pensarmos assim. Precisamos e dependemos do auxílio do Senhor.
“Naqueles dias, a Rainha Ester, temendo o perigo de morte que se aproximava, buscou refúgio no Senhor. Prostrou-se por terra desde a manhã até o anoitecer, juntamente com suas servas, e disse: Deus de Abrãao, Deus de Isaac e Deus de Jacó, tu és bendito. Vem em meu socorro, pois estou só e não tenho outro defensor fora de ti, Senhor” (Ester 4,17).
A nossa atitude precisa ser também como a da Rainha Ester que, em meio ao perigo, buscou refúgio no Senhor e não nas coisas, nas pessoas e nos bens que possuía, e muito menos nas suas próprias forças, porque o único auxílio eficaz para a nossa vida é o que vem do Senhor.
Aconteça o que acontecer neste dia de hoje, lancemos um grito ao céu: “Senhor, salva-me, livra-me do mal”.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

ROMPER COM O SISTEMA DO MUNDO

Muitas coisas do que fazemos e vivemos nos tempos atuais nos distanciam da realidade do fim dos tempos. Justamente, por isso, existe uma dificuldade em nós de compreendermos aquilo que o Senhor tem reservado para nós. Em Apocalipse 13, 16-18, podemos ver claramente os sinais [do fim do tempo e da Vinda de Jesus] que o evangelista João nos deixa, quando diz que aqueles sinais aconteceriam antes da Vinda de Jesus.

Nessa passagem, São João afirma que não seremos capazes de comprar ou vender, ou seja, nós seremos reféns de alguém ou de um sistema. Além disso, a passagem bíblica também nos alerta sobre o fato de que só poderão adquirir algo aqueles que tiverem uma marca na mão direita ou na sua fronte. Este momento que virá vai atingir a todos aqueles que não acreditam na Providência Divina e se tornaram dependentes do consumismo. Porém, aqueles que forem capazes de acreditar [nas promessas de Deus] e confiar que Jesus pode prover nossas necessidades serão capazes de enfrentar esses sinais.

No Brasil já existe um projeto para que, até o ano de 2019, todas as informações essenciais do cidadão estejam em um único cartão. No entanto, essa realidade vai mais longe e, nos Estados Unidos, já foi desenvolvido um microchip que pode ser implantado sob a pele do ser humano. Com ele todas as informações essenciais de uma pessoa estarão ali e, além disso, ele já pode substituir o cartão de crédito. No início da década de 1990, conhecemos o código de barras, cuja função é identificar produtos e suas características, como preço, entre outros. Esta tecnologia possui ligação direta com o sistema do mundo, pois o objetivo é padronizar e ter controle, primeiro de produtos e, futuramente, como vimos acima, dos seres humanos.

O que é importante entender de tudo isso e, a partir deste ponto, começar a entender a relação disso com o sistema do mundo? Precisamos estar atentos para compreendermos como ele funciona, para que não sejamos enganados por ele. Uma das premissas da Nova Era é “normalizar” [relativizar] as coisas, ou seja, fazer com que tudo, para nós, seja normal e não nos manifestemos mais diante de situações que antes eram ofensivas. Outro ponto fundamental, a esse respeito, é a questão dos alimentos transgênicos, que são alimentos manipulados para, em um primeiro momento, serem mais resistentes a determinadas pragas e condições climáticas das regiões.

Contudo, com esse tipo de controle [tecnologias de alimentos transgênicos] também é possível controlar a produção, tornando uma semente fértil ou infértil. Ou seja, é possível que haja o controle da produção de alimentos da forma que quiserem. Nós vivemos em um momento propício para que os sinais [relatados nos livros bíblicos] se cumpram, pois existem tecnologias capazes de nos impedir que compremos ou vendamos qualquer coisa sem que estejamos sob o controle de alguém. Além dos pontos ditos acima, podemos colocar também o grande nível de controle de informação existente por meio da internet.
Atualmente, existem sistemas tecnológicos capazes de catalogar qualquer tipo de transação de informação que fazemos, isto é, é possível vigiar qualquer ação que praticamos na rede mundial de computadores. É importante estarmos cientes dessas coisas, porque, quando chegar o momento, vamos precisar escolher entre esse sistema e o sistema de Deus. Se não tivermos o conhecimento necessário, correremos o risco de fazer a escolha errada. A partir do momento em que isso nos for apresentado, isso será feito da seguinte forma: Aqui está o anticristo, que trouxe paz e prosperidade. Você opta por esta paz e prosperidade ou pelo seu Deus? Nesse referido momento, será proposta a inclusão da tal marca para que usufruamos desse sistema de forma melhor. Tudo isso, graças a um líder que será colocado no poder justamente para trazer esta realidade. Quando visto sob essa ótica, serão considerados loucos aqueles que rejeitarem essa paz e essa prosperidade.

Porém, a que custo teremos acesso a tudo isso em nossa vida? Deus, em Sua sabedoria, nos dá armas para lutarmos contra essa realidade. O exercício da partilha é uma delas, pois essa prática nos prepara para que estejamos aptos a dividir o que temos no momento em que chegar o fim dos tempos. Por isso, monsenhor Jonas nunca aceitou que publicidades pagas fossem veiculadas no Sistema Canção Nova de Comunicação, porque isso exercita em nós e em todos os sócios evangelizadores, que contribuem com essa obra, o desejo de partilhar.

Infelizmente, a sociedade foi conduzida a ter vergonha do seu Criador. Nós somos uma geração que precisa testemunhar Deus, porque se não fizermos isso, as palavras de nada adiantarão. Por isso que o chamado de Deus para cada um hoje é que testemunhemos sem medo da reação de outras pessoas. Com a proximidade do fim dos tempos, a sede de levar Cristo para o próximo deveria ser maior, mas é justamente o oposto que temos visto. Este é o desejo do sistema do mundo, pois quanto menos falarmos d'Ele, maior será o número de adeptos ao seu sistema [sistema do mundo].

Diante de tudo isso, não podemos nos esquecer nunca da nossa missão: anunciar Cristo ao mundo. Não podemos deixar que nossos irmãos sejam pegos despreparados; mas, pelo contrário, estejam prontos para compreender esses sinais e dar uma resposta de amor a Deus.
Jorge Aparecido 
Missionário da Comunidade Canção Nova

A VERDADE E A CONSCIÊNCIA


Alguém disse que se pode definir o homem como aquele que procura a verdade. A verdade religiosa, a verdade científica e também a verdade moral. Existe sempre a verdade. Mas é preciso muito cuidado com uma coisa: a meia verdade é pior do que a mentira, pois a metade da verdade é quase sempre uma grande mentira. Os tiranos e os imorais usam muito este método para enganar as pessoas e as massas.
Se você viver fora da verdade, viverá sem saber o que é a verdadeira liberdade; pois a liberdade enlouquece fora da verdade, se torna libertinagem e loucura. Muitos mentem loucamente, e são ainda mais loucos na defesa de sua mentira. Quem mente, precisa de outras mentiras para encobrir as mentiras anteriores; por outro lado, as verdades podem ser nuas, não precisam ser vestidas com roupas falsas. Se você fala a verdade, não precisa mais lembrar o que falou; já o mentiroso estará sempre preocupado. O mentiroso de certa forma é um fraco que tem medo de confessar a verdade.
É preciso notar, porém, que o silêncio muitas vezes está mais perto da verdade do que as palavras. E quem escuta a verdade tem o mesmo mérito que aquele que a anuncia. Não podemos nos submeter a nada e a ninguém que não esteja em sintonia com a verdade. Ghandi dizia que o único tirano que ele aceitava nesse mundo era a “voz baixinha” que falava dentro dele, a voz da consciência. Se o homem desprezar ou violentar a sua consciência ele estará esmagando a si mesmo porque estará pisando o que há de mais sagrado dentro dele mesmo. Esta “voz baixinha” que fala dentro de cada um de nós, é a própria voz de Deus, que colocou dentro de cada homem a lei natural. Todos os povos conhecem esta lei escrita em nossos corações e que manda evitar o mal e fazer o bem.

Felipe Aquino

VIVA A SUA FÉ CAMINHANDO E ANUNCIANDO JESUS

Quando fui à Terra Santa pela primeira vez, um judeu me perguntou se eu sabia a diferença entre o Mar da Galileia e o Mar Morto. Disse que sabia que o primeiro era de água doce, cheio de vida, e o segundo tinha altíssimo grau de salinidade. Ao seu redor não há vegetação nem vida. É com razão chamado de "Mar Morto". Ele me disse que era isso mesmo. Mas perguntou qual seria a razão dessa situação de vida e morte! Respondi que de fato não sabia. Ele me disse que o Mar da Galileia tem vida porque recebe as águas das montanhas e não fica com elas para si... Deixa as águas saírem para o deserto, formando o Rio Jordão, onde Jesus foi batizado. Esse rio vai desaguar no Mar Morto. Mas esse segundo mar é egoísta: não entrega as suas águas. Por isso fica morto.

Ser cristão é seguir o exemplo do Mar da Galileia. Rezamos "venha a nós o vosso Reino...dai-nos o pão de cada dia", mas também nos comprometemos com o amor, a solidariedade e o perdão. Não podemos viver como a água parada do Mar Morto. Em água estagnada cria-se o mosquito da dengue. Cristão parado é cristão dengoso. Aliás, nem é bem cristão... É "tristão".
Ultimamente, a Igreja tem insistido muito em que todo cristão é um missionário. É isso mesmo. Precisamos viver a nossa fé no caminho, sempre anunciando a vida em Jesus. Todos nós somos evangelizadores. Cristão que só fica sentado na igreja ouvindo o padre é também um cristão "dengoso". Está infectado pela epidemia do marasmo religioso. A sua fé é morta... É salgada... É triste.

O verdadeiro cristão é um riacho, nunca uma poça de água parada. Não precisa ter carro ou avião para ser um grande missionário. Santa Teresinha do Menino Jesus tinha um coração missionário que voava pelo mundo inteiro por meio da intercessão. A sua solidariedade espiritual atingia os quatro cantos da terra. Há pessoas que pela sua postura de fé, mesmo presas a uma cama em um hospital, mudam um lugar de morte em um Mar da Galileia, um lugar de pescas milagrosas. O lugar é a gente quem faz.

Vamos combater a epidemia da dengue espiritual das nossas paróquias. Não basta ir à missa, é preciso sair em missão. Não pense que isso exige ir muito longe. Cada um de nós com menos de 25 anos certamente já andou dez vezes mais quilômetros do que Jesus em seus 33 anos de vida. A missão não se mede pelo velocímetro, mas pelo coração.
Padre Joãozinho, SCJ

SER GRATO SER FRATERNO

Convivemos, dentro do clima da pós-modenidade, com a esfera do individualismo e com o sistema de egocentrismo muito aguçado, que têm como fonte de sustentação o mito do bem-estar. Isso vem acontecendo na realidade de endeusamento e idolatria do mercado e do consumo, dificultando a essencial prática da gratidão.

Temos muitos gestos evidentes de gratidão. Um deles está nos presentes que oferecemos aos amigos em diversas ocasiões. Mas não basta somente isso se não valorizamos a pessoa na sua identidade, reconhecendo nela o bem que faz, sendo até merecedora do gesto de gratidão. Agradecer é confiar sem ficar exigindo troca.
Às vezes agradecemos um estrangeiro com mais frequência e facilidade do que a quem está sempre conosco. Na convivência achamos ser um direito o que o outro faz por nós e não nos preocupamos com o ato da gratidão. Isso pode ter a conotação de não valorizar o que recebemos de quem convive conosco todo dia.

A Bíblia fala de dez leprosos que ficaram curados (cf. Lc 17,11-19). Apenas um, que era estrangeiro, voltou para agradecer. Isso foi causa de crítica de Jesus, porque demonstraram atitude de ingratidão, de fechamento em si mesmos. Podemos até concluir que a ingratidão coincide um pouco com a injustiça e o não reconhecimento do valor de quem nos faz o bem.

Louvor, graça, gratidão, gratuidade e agradecimento são palavras-chave, que ajudam no relacionamento comunitário. Há o perigo de sermos mais propensos a pedir do que a agradecer. Pior ainda é quando queremos levar vantagem em tudo, tendo atitude de exploração e de injustiça com o outro. Ser grato é ser fraterno e capaz de ajudar na boa convivência.