sexta-feira, 15 de agosto de 2014

SÃOTARCÍSIO

Tarcísio foi um mártir da Igreja dos primeiros séculos, vítima da perseguição do imperador Valeriano, em Roma, Itália. Ele era acólito do Papa Xisto II, servindo ao altar nos serviços secundários, acompanhando o Santo Papa na celebração eucarística. 

Durante o período das perseguições, os cristãos eram presos, processados e condenados a morrer pelo martírio. Nas prisões, eles desejavam receber o conforto final da Eucaristia. O Papa Sisto II queria levar o Pão Sagrado a mais um grupo de mártires que esperavam a execução, mas não sabia como.

Foi quando Tarcísio pediu ao Santo Papa que o deixasse tentar, pois não entregaria as hóstias a nenhum pagão. Ele tinha doze anos de idade. Comovido, o Papa S isto II o abençoou e lhe deu uma caixinha de prata com as hóstias. Mas Tarcísio não conseguiu chegar à cadeia.

No caminho foi identificado e como se recusou a dizer e entregar o que portava, foi abatido e apedrejado até morrer. Depois de morto, foi revistado e nada acharam do Sacramento de Cristo. Seu corpo foi recolhido por um soldado, simpatizante dos cristãos, que o levou às catacumbas, onde foi sepultado.

Seu corpo repousa na Basílica de são Silvestre, em Roma.

Reflexão: Tarcísio foi declarado padroeiro dos coroinhas ou acólitos, que servem ao altar. Mais uma vez encontramos a importância da Eucaristia na vida do cristão e vemos que os santos existem não para serem adorados, mas para nos lembrar que eles também tiveram fé em Deus. Eles são um exemplo de fé e esperança que deve permanecer sempre com as pessoas. Então, a exemplo de São Tarcísio, estejamos sempre dispostos a ajudar, a servir. Se cada um fizer a sua parte realmente nos tornaremos um só em Cristo.

Oração: Senhor Deus de bondade, olhai pelos nossos jovens e abençoai-os com a luz do seu amor. Que pela intercessão de São Tarcísio sejam os jovens conduzidos pelos caminhos da bondade e da justiça e se esforcem em realizar a vontade de Deus. Isso vos pedimos por Cristo...
QUE EU VOS AGRADEÇA SENHOR, NÃO SÓ COM PALAVRAS, MAS SOBRETUDO COM UMA VIDA EM SANTIDADE!

SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

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Hoje, solenemente, celebramos o fato ocorrido na vida de Maria de Nazaré, proclamado como dogma de fé, ou seja, uma verdade doutrinal, pois tem tudo a ver com o mistério da nossa salvação. Assim definiu pelo Papa Pio XII em 1950 através da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus: “A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial.
E como assim sou vosso, ó incomparável Mãe, guardai-me e, defendei-me como coisa e propriedade vossa

QUEM DEVE SER O DIRETOR ESPIRITUAL ?

A direção espiritual não pode ser conduzida pelo “respeito humano”, por isso é preciso discernir bem quem deve ser o diretor espiritual.
Quem deve ser o diretor espiritual?A direção espiritual toca na dimensão pessoal, por isso é importante que ela seja presencial. A distância sempre trará certa dificuldade à comunicação, impedindo vários fatores no contexto da direção. A não ser no caso de uma pessoa que já tenha começado esse caminho há um bom tempo e, por isso, pode continuá-lo via internet, devido ao tempo de conhecimento já adquirido entre o diretor e o dirigido. Mesmo assim, será necessário um momento presencial entre eles.
Esse trabalho de direção espiritual é a condução da alma para Jesus Cristo, porque ninguém segue esse caminho sozinho. Ninguém “se resolve” sozinho nem tem todas as respostas, não é autossuficiente. É preciso enxergar a vida, os conflitos e também os benefícios que precisam ser trilhados com a ajuda de alguém que nos leve ao crescimento e à vivência das virtudes. O diretor espiritual é aquele que ajuda a pessoa na descoberta da vontade de Deus para ela.
Não é necessário que seja somente um sacerdote para dirigi-la espiritualmente. Pode também ser um religioso, um monge, um consagrado e até mesmo um leigo. No entanto, é preciso que haja clareza e preparo nessa questão, além de outros requisitos.
São Francisco de Sales afirma que existem três qualidades fundamentais para o diretor espiritual: a caridade, a ciência e a prudência. A caridade consiste em dispensar tempo para atender a pessoa que precisa de direção. Ciência, porque requer conhecimento espiritual, estudo sobre a vida dos santos e sobre as realidades da alma, justamente para conseguir identificar as questões íntimas que a pessoa vive e discernir qual caminho ela deve seguir. A prudência também é necessária nesse caso, a fim de que a direção espiritual não se torne um “mero trato de dois amigos” que partilham algo.
Dirigir alguém espiritualmente não é simplesmente fazer uma partilha da alma, mas um momento no qual eu “abro” a minha alma para me deixar conduzir. Muitas vezes, essa condução não será de acordo com as nossa vontade. O diretor espiritual precisa ter o cuidado de não atrair a pessoa para si, ou seja, passar a ser referência na vida dela. Pelo contrário, ele precisa fazer a pessoa crescer em Jesus Cristo com elementos para que possa discernir a própria vida. O diretor espiritual não deve “decidir” a vida da pessoa, mas conceder esses elementos para que ela possa tomar suas próprias decisões.
O principal benefício dessa prática consiste em crescer na fé e na intimidade com Deus. Santo Agostinho afirma: “Eu quero conhecer-me para humilhar-me e quero conhecer-Te para amar-Te”. Então, na direção espiritual, há esses dois conhecimentos: quem somos nós e quem é Deus.
É importante que os atendimentos aconteçam, ao menos, uma vez por mês, dependendo da necessidade do dirigido. É evidente que se a pessoa estiver enfrentando conflitos mais sérios, ela talvez necessite de um tempo menor entre uma direção e outra.
Sempre será preciso que o diretor traga firmeza paterna para corrigir a pessoa nos seus defeitos e nas suas dificuldades. A direção espiritual não pode ser conduzida pelo “respeito humano”, quando o diretor não fala o que precisa ser realmente dito com receio de que o outro se sinta ofendido. Esse processo precisa acontecer com sinceridade e transparência.
Quem está sendo dirigido precisa ser obediente. Se não houver docilidade, as orientações não serão colocadas em prática. É preciso levar a sério os conselhos dados pelo diretor e comprometer-se com eles. Muitas vezes, ele toca nas feridas do coração, o que causa muita dor. Mas é melhor a dor que liberta do que a covardia da ferida escondida, que nunca é tocada, nunca é mexida, e que está ali doendo e influenciando a vida daquela pessoa. O diretor espiritual é um instrumento nas mãos do Espírito Santo. É importante também que ele seja sempre alguém discreto, que não exponha ninguém, saiba guardar sigilo e tratar o “sagrado” que as pessoas trazem dentro de si. Ele é um especialista na alma, nas coisas do espírito.
Peço a você, internauta, que traga, no seu coração, o desejo de rezar pelo sacerdote que o dirige e pelas pessoas que são referência para você. Reze por aquele que dirige a sua alma, que o aconselha nas situações, pois o dom da sabedoria se encontra sobre ele. Que Deus o favoreça nesse desejo de crescer espiritualmente e amadurecer na fé; desta forma, encontrar a fortaleza necessária para enfrentar certas coisas na vida. É importante buscar esse crescimento e mergulhar na espiritualidade profunda. Que o Senhor possa lhe providenciar um diretor espiritual, para que você realmente se comprometa com ele dentro desse processo de crescimento e amadurecimento.
Pela intercessão da Virgem Maria, abençoe-vos o Deus Todo-poderoso: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
Padre Eliano -

MARIA MODELO DE TODO CRISTÃO



Maria é modelo para todo cristão. Desde o Antigo Testamento, lemos muitas citações sobre Nossa Senhora na Sagrada Escritura.

A intervenção de Deus aconteceu na vida de Nossa Senhora, enquanto ela vivia a expectativa dos preparativos para seu casamento. E nós? Estamos preparados para as intervenções de Deus em nossa vida?

Ao encontrar-se com Maria, o anjo lhe disse: “Alegra-te, cheia de graça”. Quando o mensageiro de Deus vem ao nosso encontro, primeiramente é para trazer alegria ao nosso coração. Se o anjo reconhece Maria como a cheia de graça, quem somos nós para dizer ao contrário?

Ao anúncio do anjo, Maria se perturba com as palavras dele, pois não sabia o que estava acontecendo. Então, ele fala a Nossa Senhora: “Não tenhas medo!”. Da mesma forma, o Senhor diz a cada um de nós nesta manhã: “Não tenha medo de viver meus planos”.

Maria foi escolhida para ser a mãe de Jesus Cristo, por isso não pode ser considerada uma mulher qualquer. Ela gerou o Filho de Deus por obra do Espírito Santo.

Aprendamos com Nossa Senhora a nos dispormos à vontade do Pai. Digamos, nesta manhã, assim como Maria: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa Palavra”. A Mãe tinha sonhos e planos, mas uma vez que Deus interveio e ela, acreditando que o Espírito Santo faria a obra, deixou seu querer para viver o querer do Pai.

Maria é modelo de obediência a Deus, capaz de renunciar seus sonhos para viver os planos d'Ele. A Igreja não adora Maria, mas tem admiração e veneração por ela. Jesus é o centro da nossa Igreja, mas não podemos nos esquecer de que Ele foi gerado no ventre de Nossa Senhora, por isso a veneramos.

Olhemos para Maria e vivamos seu exemplo de discípula. Ela foi ela a primeira a seguir Jesus Cristo e foi com Ele até a cruz. Maria é modelo de esposa fiel e dedicada. Modelo de servidão, onde não pensou para ir ao encontro de sua prima Isabel. Peçamos, por intercessão de Maria Santíssima, a graça de vivermos seu modelo de obediência.

Maria é a figura da Igreja que gera filhos para Deus. Ela nos mostra como confiar na Divina Providência, avançando nos caminhos de Deus e confiando no Senhor. A Igreja, tendo Maria como exemplo, precisa progredir na fé, na confiança e na caridade.

Perguntemo-nos no dia de hoje: “Estamos preparados para o novo de Deus em nossa vida ou nos acostumamos com a nossa caminhada de fé?”. Da mesma forma que o anjo falou com Maria, hoje este anúncio é feito para nós: “Alegra-te! Não tenhas medo de deixar sua vida nas mãos de Deus”.

Para que Deus realize suas maravilhas em nós, precisamos nos colocar à Sua disposição, assim como Maria o fez. Quem se coloca à disposição do Senhor não pode ficar parado, mas precisa dar passos concretos no caminho do Pai. Abramos nosso coração e não tenhamos medo de dar espaço para a vontade de Deus se realizar em nós.

Talvez seja preciso retomar nossa intimidade com Deus ou até mesmo nossa experiência com Maria. Digamos “faça-se em mim”, assim como Nossa Senhora. E pela intercessão da Virgem, estejamos abertos ao novo de Deus em nossa vida.


Padre João Marcos

SEXUALIDADE ! COMO EDUCAR OS FILHOS ?

Educar os filhos para uma sexualidade sadia
Sexualidade! Como educar os filhos?O trabalho de oferecer educação sexual aos filhos deverá ser entendido como uma ação da família, algo que já foi implantado desde quando os pais decidiram tê-los. Vencer as resistências sobre esse assunto é demonstrar amadurecimento, equilíbrio pessoal e sexual no processo educativo dos filhos. Pensando assim, pode-se afirmar que a sexualidade não é uma fase que cai de paraquedas no início da puberdade, em torno dos 12 anos, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Ela é fruto da relação que foi construída entre a mãe e o filho e do empenho do pai diante da sua função.
sexualidade não se educa numa lição ou conversa, mas pelo testemunho de uma boa convivência, da presença constante do diálogo, do abraço, do reconhecimento do valor que os pais e os filhos têm no ambiente familiar, além das estratégias próprias que esse conteúdo exige para que seja educado em casa, e não tão somente na escola ou pelos meios de comunicação.
A grande porta aberta e disponível aos filhos está sendo os canais abertos de TV sem total controle dos pais, a exposição de revistas e sites pornográficos, a falta de esclarecimento das dúvidas apresentadas pelos meninos e pelas meninas e a condição de despreparo na qual muitos pais se encontram, fazendo com que as orientações sejam antecipadas ou postergadas.
Atualizar-se para educar os rebentos nessa dimensão não significa que será preciso abandonar o que foi aprendido nas gerações passadas dos seus familiares. Ao contrário dessa ideia, acredita-se ser necessário que os pais tirem proveito do que lhes foi ensinado, atribuindo novos significados e novas formas de ensinar e de aprender. Uma orientação dessa natureza deverá nascer das crenças, dos costumes e princípios da família, mesmo que estejam um tanto quanto ultrapassadas. Caso contrário, os pais viram fantoches das orientações despersonalizadas, sem responsáveis, sem donos, entregues ao vento. Será a partir da sua própria história que os pais deverão nortear essa formação. Portanto, trata-se de uma orientação que não deverá ser terceirizada à escola ou aos meios de comunicação. Uma família cristã deverá considerar os ensinamentos da Igreja e fazer uma opção baseada no Evangelho.
Conversar com os filhos sobre a expectativa que os pais têm em relação à vida sexual deles não deve ser nenhum bicho de sete cabeças, mas algo tão simples quanto falar da vocação profissional, das vestimentas adequadas para determinados ambientes e tantos outros assuntos necessários, a fim de que se estabeleça um vínculo familiar duradouro e fortalecido no amor, na aceitação e no respeito. Mas é justamente nesse assunto que as famílias travam e o rito da virgindade, da proteção e defesa ao corpo não são conversados nem discutidos em família. É encarado ou com muita simplicidade ou com estranha complexidade, virando motivo de crítica, descaso ou um papo de crentes ou de católico carismático. A falsa ideia de que as famílias têm de acompanhar a modernidade as afasta da oportunidade de tentar ser uma célula que gera vida, que se posiciona diante do que é efêmero e do que traz consequências danosas. A omissão não deverá ser entendida como respeito, mas como demonstração do medo que paralisou para agradar a sociedade nascida de um sistema considerado bruto, desigual e desumano. Por que o mundo pode apresentar suas ideias em nossa casa e nós não podemos viver nele de acordo com a nossa formação e com o nosso proceder?
O que você pensa sobre sexualidade? Você é daqueles pais que dizem que o filho tem de ser um pegador e a filha uma princesa? Nós estamos no mundo para fazer a diferença também na forma como conduzimos a nossa sexualidade. Inclusive, é um grande motivo para completar, diariamente, o bem-estar do casal.
Segundo Richard O. Straub, em seu livro ‘Psicologia da Saúde’, no mundo inteiro, mais adolescentes estão se tornando sexualmente ativos numa idade mais precoce do que nunca. A tríade está formada: tabaco, drogas (lícitas e ilícitas) e sexo livre são elementos comuns na vida dos jovens. O estudioso alerta sobre a adolescência de risco quando consideramos a sexualidade de forma tão banal. Com a chegada da puberdade e da adolescência, os filhos se tornam mais responsáveis por sua saúde, tomando decisões que favorecem e algumas que comprometem o seu bem-estar físico psicossocial.
A gravidez indesejada, por exemplo, e as consequências negativas da atividade sexual precoce implicam em vários transtornos que incluem as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs); consequentemente, esse comportamento não produzirá autoestima, mas produzirá tantos outros problemas como já se observa nos dias de hoje. Contudo, não será o discurso moral nem o religioso que dará conta dessa formação. Não se trata apenas de uma condição social, mas genética. Mudanças hormonais, fatores sociodemográficos e a necessidade de aceitação pelo grupo de amigo faz com que o adolescente, de acordo com Straub, comporte-se de forma que o ajude a ser aceito. Essas necessidades deverão estar sob os cuidados da família, da escola, da Igreja e do Estado.
A Palavra de Deus nos diz que o testemunho edifica a alma. Então, o testemunho dos pais é uma grande arma para distorcer as informações que chegam velozmente em nossa casa. Um dia, meu filho me perguntou: “Mãe, quantas vezes na semana você namora o meu pai?”. Eu lhe respondi: “Filho, ainda bem que não tenho essa reposta para lhe dar. Namorar com seu pai não é uma obrigação, é maravilhoso e necessário para o casal”. Continuei: “Mas sei lhe dizer que, quando estamos bem, o namoro sempre acontece; quando estamos chateados, o perdão precisa vir primeiro”. Meu filho sorriu e saiu convencido da resposta. Outro dia, uma irmã de comunidade disse para ele: “Como faço para o meu filho ter a mesma intimidade comigo como vejo que você tem com seus pais?” Ele respondeu: “A uma altura dessa está difícil! Desde que sou pequeno, trocamos roupas e tomamos banho juntos. Aqui em casa, conversa-se sobre tudo, até…” Nesse momento, ele olhou para mim e sua expressão disse tudo: sexualidade!

Judinara Braz

OREMOS PELA PAZ NO MUNDO

É hora de nos unirmos à Igreja perseguida e sofrida
O mundo segue seu caminho, e cada um, no seu canto, conduz sua vida e cuida dos seu afazeres diários. Porém, não podemos fechar os olhos para os dramas internacionais que chamam à atenção toda a humanidade. São guerras e conflitos que têm eliminado vidas, tirado a paz e a liberdade de milhares de pessoas. Sem precisar focar nas motivações de cada um dos diferentes conflitos, o fato é que cada um deles é uma ameaça à paz da humanidade, ao entendimento das nações e uma ofensa à dignidade humana.
Chama-nos à atenção os constantes conflitos na Síria e na Ucrânia. Os massacres promovidos no Iraque e na Faixa de Gaza, a falta de entendimento entre judeus e palestinos na região. Do outro lado, milhares de cristãos estão sendo martirizados, perseguidos e violentados em algumas regiões de maioria muçulmana, sobretudo os de tendências mais radicais.
O Papa Francisco tem se pronunciado com apelos em favor da paz e do entendimento, tem se mostrado solidário às vítimas das guerras e dos conflitos, ele tem mostrado sua preocupação com a onda de massacre aos cristãos pelo mundo. Recentemente, o Santo Padre afirmou que nem no início da fé cristã os cristãos foram tão perseguidos e hostilizados com têm sido nos últimos tempos em algumas regiões.
Nós não podemos cruzar os braços e apenas lamentar esses acontecimentos. É hora de nos unirmos à Igreja perseguida e sofrida nestes nossos irmãos, sejam eles cristãos ou não. Não promovemos o ufanismo nem o sectarismo religioso, mas defendemos a dignidade humana e a liberdade religiosa. Assim como nos países de maioria cristã, vivemos de forma harmoniosa e respeitosa com as outras religiões não cristãs, queremos apenas ser respeitados na vivência de nossa fé e que cada um também seja respeitado na sua opção de fé, inclusive na opção de não ter credo nenhum.
Nossa maior arma é o amor, mandamento e símbolo principal da fé cristã. Por amor nos unimos aos que sofrem, manifestando solidariedade e cuidado humano. A Igreja se faz presente em várias regiões de conflito, prestando socorro e assistência às vítimas. Não escolhemos a quem amar nem a quem estender a mão. Onde existir um filho de Deus sofrendo, a solidariedade cristã deseja se fazer presente. Chamamos a atenção de todos para que não deixem de colaborar com a Caritas Internacional, a qual não deixa de medir esforços para socorrer as vítimas de guerras e conflitos em todas as partes do mundo.
Nosso amor é muito concreto pelas iniciativas de oração e jejum em favor da paz e do entendimento entre os povos. Precisamos reforçar nossos atos e gestos. De forma pessoal e comunitária, precisamos movimentar os céus e clamar pelo Deus da Paz para que intervenha em nosso meio e aponte aos homens o caminho da concórdia e da superação do ódio e dos desentendimentos.
É hora de agitar e fazer acontecer com mais empenho a cultura da paz, rever nossos pequenos conflitos no âmbito familiar e comunitário. É hora de termos iniciativas em nossas casas, igrejas e trabalhos. Promova, nas redes sociais, o chamado para a oração e a conscientização sobre a cultura de paz e a gravidade desses conflitos. Ore com fé e reze nas Missas, nos cultos e nos grupos de oração; envie, de alguma forma, seu gesto de solidariedade a quem sofre com tantas tragédias.
Padre Roger Araújo