quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

PADRES CORRUPTOS DÃO ALIMENTO ENVENENADO AO POVO , DIZ PAPA

Padres corruptos dão “alimento” envenenado ao povo, diz Papa
 Os escândalos, na Igreja, acontecem, porque não há relacionamento vivo com Deus e com a sua Palavra. Assim, sacerdotes corruptos, em vez de dar o Pão da vida, dão “alimento envenenado” ao povo santo de Deus. Essa foi a reflexão central do Papa Francisco, em sua homilia, nesta quinta-feira, 16, na Casa Santa Marta.
 Comentando a leitura do dia e o Salmo Responsorial, que relatam uma dura derrota dos israelitas pelos filisteus, Francisco observou que o povo de Deus, naquela época, abandonou o Senhor. Não houve uma verdadeira fé em Deus.
 Francisco trouxe essa reflexão para os dias de hoje. Segundo ele, esse trecho da Escritura nos faz pensar na relação de cada um de nós com Deus.
 “O coração está fechado à Palavra, e nos leva a pensar em tantos fracassos da Igreja, em tantos insucessos do povo de Deus simplesmente porque não ouve o Senhor, não O procura, não se deixa buscar por Ele!”
 O Papa refletiu, então, sobre os escândalos da Igreja, fatos que ele não quis mencionar singularmente, mas reconheceu ser do conhecimento de todos. Nessas situações, conforme ressaltou o Santo Padre, a Palavra de Deus era rara. Padres, bispos e leigos que fracassaram tinham uma posição na Igreja de poder ou mesmo de comodidade, mas não tinham a Palavra de Deus.
“Pobre povo, pobre povo! Não lhe damos de comer o Pão da vida, não lhe damos de comer a verdade! Mas lhe damos de comer o “alimento envenenado” tantas vezes! Peçamos ao Senhor para que não nos esquecermos nunca da Palavra de Deus, que é viva,  a fim de que ela entre no nosso coração; e não nos esqueçamos, jamais, do santo povo fiel de Deus, que nos pede o alimento forte!”

UM CATÓLICO PODE SER MAÇOM ?

 A disciplina da Igreja sempre foi bastante clara ao proibir a participação do católico na maçonaria. Apesar disso, o tema sempre volta à tona e diante disso, no dia 26 de novembro de 1983, a Congregação para a Doutrina da Fé expediu o documento intitulado Declaração sobre a Maçonaria, esclarecendo a manutenção do posicionamento da Igreja:

"Foi perguntado se mudou o parecer da Igreja a respeito da maçonaria pelo fato que no novo Código de Direito Canônico ela não vem expressamente mencionada como no Código anterior.

Esta Sagrada Congregação quer responder que tal circunstância é devida a um critério redacional seguido também quanto às outras associações igualmente não mencionadas, uma vez que estão compreendidas em categorias mais amplas.

Permanece portanto imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçônicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e por isso permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem às associações maçônicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão.

Não compete às autoridades eclesiásticas locais pronunciarem-se sobre a natureza das associações maçônicas com um juízo que implique derrogação de quanto foi acima estabelecido, e isto segundo a mente da Declaração desta Sagrada Congregação, de 17 de Fevereiro de 1981 (cf. AAS 73, 1981, p. 240-241).

O Sumo Pontífice João Paulo II, durante a Audiência concedida ao subscrito Cardeal Prefeito, aprovou a presente Declaração, decidida na reunião ordinária desta Sagrada Congregação, e ordenou a sua publicação."
Menos de um ano depois, a mesma Congregação publicou no L’Osservatore Romano, uma outra declaração acerca da inconciliabilidade entre a fé cristã e a maçonaria. Conforme segue:

"Desde que a Igreja começou a pronunciar-se a respeito da maçonaria o seu juízo negativo foi inspirado por multíplices razões, práticas e doutrinais. Ela não julgou a maçonaria responsável apenas de atividades subversivas a seu respeito, mas desde os primeiros documentos pontifícios sobre o assunto e em particular na Encíclica Humanum Genus de Leão XIII (20 de Abril de 1884), o Magistério da Igreja denunciou na Maçonaria ideias filosóficas e concepções morais opostas à doutrina católica. Para Leão XIII elas reportavam-se essencialmente a um naturalismo racionalista, inspirador dos seus planos e das suas atividades contra a Igreja. Na sua Carta ao Povo Italiano "Custodi" (8 de Dezembro de 1892) ele escrevia: "Recordemo-nos que o cristianismo e a maçonaria são essencialmente inconciliáveis, de modo que inscrever-se numa significa separar-se da outra".

(...) Agora o estudo mais aprofundado levou a S.C.D.F. a manter-se na convicção da inconciliabilidade de fundo entre os princípios da maçonaria e os da fé cristã.

Prescindindo portanto da consideração da atitude prática das diversas lojas, de hostilidade ou não para com a Igreja, a S.C.D.F., com a sua declaração de 26.11.83, pretendeu colocar-se no nível mais profundo e por outro lado essencial do problema: isto é, sobre o plano da inconciliabilidade dos princípios, o que significa no plano da fé e das suas exigências morais.

(...) A propósito da afirmação sobre a inconciliabilidade dos princípios todavia vai-se agora objetando de alguns lados que o essencial da maçonaria seria precisamente o fato de não impor algum "princípio", no sentido de uma posição filosófica ou religiosa que seja vinculante para todos os seus aderentes, mas antes reunir conjuntamente, para além dos confins das diversas religiões e visões do mundo, homens de boa vontade com base em valores humanísticos compreensíveis e aceitáveis por todos.

A maçonaria constituiria um elemento de coesão para todos aqueles que crêem no Arquiteto do Universo e se sentem comprometidos em relação àquelas orientações morais fundamentais que estão definidas por exemplo no Decálogo; ela não afastaria ninguém da própria religião, mas pelo contrário constituiria um incentivo a aderir ainda mais a ela.

(...) Antes de tudo deve recordar-se que a comunidade dos "pedreiros-livres" e as suas obrigações morais se apresentam como um sistema progressivo de símbolos de caráter extremamente absorvente. A rígida disciplina do arcano que nela predomina reforça ulteriormente o peso da interação de sinais e de ideias. Este clima de segredo comporta, além de tudo, para os inscritos o risco de se tornarem instrumentos de estratégias que lhes são desconhecidas.

Embora se afirme que o relativismo não é assumido como dogma, todavia propõe-se de fato uma concepção simbólica relativística, e portanto o valor "relativizante" de uma tal comunidade moral-ritual longe de poder ser eliminado, resulta pelo contrário determinante.

Neste contexto, as diversas comunidades religiosas, a que pertence cada um dos membros das Lojas, não podem ser consideradas senão como simples institucionalizações de uma verdade mais ampla e incompreensível. O valor destas instituições parece, portanto, inevitavelmente relativo, em relação a esta verdade mais ampla, a qual se manifesta antes na comunidade da boa vontade, isto é na fraternidade maçônica.

Para um cristão católico, todavia, não é possível viver a sua relação com Deus numa dúplice modalidade, isto é, dividindo-a numa forma humanitária – super-confessional e numa forma interior – cristã. Não pode cultivar relações de duas espécies com Deus, nem exprimir a sua relação com o Criador através de formas simbólicas de duas espécies. Isto seria algo de completamente diverso daquela colaboração, q

ue para ele é óbvia, com todos aqueles que estão empenhados na prática do bem, embora a partir de princípios diversos. Por outro lado, um cristão católico não pode participar ao mesmo tempo na plena comunhão da fraternidade cristã e, por outro lado, olhar para o seu irmão cristão, a partir da perspectiva maçônica, como para um "profano".

Mesmo quando, como já se disse, não houvesse uma obrigação explícita de professar o relativismo como doutrina, todavia a força "relativizante" de uma tal fraternidade, pela sua mesma lógica intrínseca tem em si a capacidade de transformar a estrutura do ato de fé de modo tão radical que não é aceitável por parte de um cristão, "ao qual é cara a sua fé" (Leão XIII).

Esta subversão na estrutura fundamental do ato de fé, realiza-se, além disso, geralmente, de modo suave e sem ser advertida: a sólida adesão à verdade de Deus, revelada na Igreja, torna-se simples pertença de uma instituição, considerada como uma forma expressiva particular ao lado de outras formas expressivas, mais ou menos igualmente possíveis e válidas, do orientar-se do homem para o eterno.

A tentação de ir nesta direção é hoje ainda mais forte, enquanto corresponde plenamente a certas convicções prevalecentes na mentalidade contemporânea. A opinião de que a verdade não pode ser conhecida é característica típica da nossa época e, ao mesmo tempo, elemento essencial da sua crise geral.

Precisamente considerando todos estes elementos a Declaração da Sagrada Congregação afirma que a inscrição nas associações maçônicas "está proibida pela Igreja" e os fiéis que nelas se inscreverem "estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão".

Com esta última expressão, a Sagrada Congregação indica aos fiéis que tal inscrição constitui objetivamente um pecado grave e, precisando que os aderentes a uma associação maçônica não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão, ela quer iluminar a consciência dos fiéis sobre uma grave consequência que lhes advém da sua adesão a uma loja maçônica.

A Sagrada Congregação declara por fim que "não compete às autoridades eclesiásticas locais pronunciarem-se sobre a natureza das associações maçônicas, com um juízo que implique derrogação de quanto acima estabelecido". A este propósito o texto faz também referência à Declaração de 17 de fevereiro de 1981, a qual já reservava à Sé Apostólica todo o pronunciamento sobre a natureza destas associações que tivesse implicado derrogações da lei canónica então em vigor (cân. 2335).

Do mesmo modo o novo documento emitido pela S.C.D.F. em novembro de 1983, exprime idênticas intenções de reserva relativamente a pronunciamentos que divergissem do juízo aqui formulado sobre a inconciliabilidade dos princípios da maçonaria com a fé católica, sobre a gravidade do ato de se inscrever numa loja e sobre a consequência que daí deriva para se aproximar da Sagrada Comunhão. Esta disposição indica que, apesar da diversidade que pode subsistir entre as obediências maçônicas, em particular na sua atitude declarada para com a Igreja, a Sé Apostólica nota-lhes alguns princípios comuns, que requerem uma mesma avaliação por parte de todas as autoridades eclesiásticas.

Ao fazer esta Declaração, a S.C.D.F. não entendeu desconhecer os esforços realizados por aqueles que, com a devida autorização deste Dicastério, procuraram estabelecer um diálogo com representantes da Maçonaria. Mas, desde o momento que havia a possibilidade de se difundir entre os fiéis a errada opinião de que a adesão a uma loja maçônica já era lícita, ela considerou ser seu dever dar-lhes a conhecer o pensamento autêntico da Igreja a este propósito e pô-los em guarda quanto a uma pertença incompatível com a fé católica.

Só Jesus Cristo é, de fato, o Mestre da Verdade e só n’Ele os cristãos podem encontrar a luz e a força para viver segundo o desígnio de Deus, trabalhando para o verdadeiro bem dos seus irmãos."
Este documento faz referência a uma instrução do Santo Ofício, assinada pelo Papa Leão XIII, publicada em 10 de maio de 1884, chamada "Ad gravissima advertenda", que trata justamente da questão da excomunhão aos maçons:

"Para que não haja lugar para erro ao determinar-se quais dessas perniciosas seitas estão submetidas a censura e quais apenas a proibição, certo é, em primeiro lugar, que estão punidos com excomunhão latae sententiae a seita maçônica e outras seitas da mesma espécie, que... maquinam contra a Igreja ou os poderes legítimos, ora fazendo-o no oculto, ora no publicamente, ora exigindo ou não de seus sequazes o juramento de guardar o segredo.

Ao lado destas, há outras seitas proibidas e que devem ser evitadas, sob pena de culpa grave, entre as quais se contam principalmente todas aquelas que exigem de seus adeptos, por juramento, que a ninguém revele o segredo e que prestem total obediência a chefes ocultos. Além disso, é mister advertir que existem algumas sociedades que, embora não se possa determinar com certeza se estão entre as mencionadas ou não, todavia são duvidosas e cheias de perigo, ora por causa das doutrinas que confessam, ora por causa do modo de proceder seguido por aqueles cuja guia se reúnem e são dirigidas..."
Após o Concílio Vaticano II, alguns teólogos com a devida autorização da Sagrada Congreção para Doutrina da Fé foram designados para estabelecer um diálogo com representantes da Maçonaria. A partir dessa abertura, criou-se erroneamente a impressão de que estava liberada a participação dos católicos nessas lojas. Assim, no ano de 1981, a Congregação para a Doutrina da Fé publicou a Declaração sobre a participação de católicos em associações maçônicas, cujo texto diz:

"Em data de 19 de Julho de 1974, esta Congregação escrevia a algumas Conferências Episcopais uma carta reservada sobre a interpretação do cân. 2335 do Código de Direito Canônico, que veta aos católicos, sob pena de excomunhão, inscreverem-se nas associações maçônicas e outras semelhantes.

Dado que a citada carta, tornada de domínio público, deu margem a interpretações errôneas e tendenciosas, esta Congregação, sem querer prejudicar as eventuais disposições do novo Código, confirma e precisa quanto segue:

1. não foi modificada de algum modo a atual disciplina canônica que permanece em todo o seu vigor;

2. não foi, portanto, ab-rogada a excomunhão nem as outras penas previstas;

3. quanto na citada carta se refere à interpretação a ser dada ao cânone em questão, deve ser entendido, como intencionava a Congregação, só como um apelo aos princípios gerais da interpretação das leis penais para a solução dos casos de cada pessoa, que podem ser submetidos ao juízo dos Ordinários. Não era, pelo contrário, intenção da Congregação confiar às Conferências Episcopais o pronunciar-se publicamente com um juízo de caráter geral sobre a natureza das associações maçônicas que implique derrogação das mencionadas normas."
O que se vê, portanto, é que a disciplina da Igreja continuava em vigor. Mas, um novo Código de Direito Canônico estava sendo elaborado e havia no ar certa expectativa. No dia 25 de janeiro de 1983 foi publicado e não sem surpresa, percebeu-se que realmente não havia nenhum cânon específico à maçonaria. Assim, levantou-se uma falsa ideia, uma vez que a excomunhão para os maçons não estava no Código, de que os católicos poderiam aproximar-se dela. Porém, isso não é verdade.

Para se compreender o motivo, é preciso antes distinguir as atitudes e os princípios da Maçonaria. Algumas lojas maçônicas são abertas à Igreja e até mesmo incentivam seus adeptos a participarem dela. Essas atitudes não são condenáveis. Contudo, o cânon 1374 é bem claro em relação àquelas que maquinam contra a fé católica:

"Cân. 1374 Quem se inscreve em alguma associação que maquina contra a Igreja seja punido com justa pena; e quem promove ou dirige uma dessas associações seja punido com interdito."

Quanto aos princípios maçônicos, estes são clara e irremediavelmente incompatíveis com a doutrina cristã. A Igreja sempre viu na maçonaria um forte naturalismo racionalista, ou seja, não há intervenção do divino na história, não há sobrenatural e a religião é apenas um esforço do ser humano que busca os vestígios de Deus nas realidades inteligíveis, de tal forma que, através desse racionalismo, se possa conhecer o Grande Arquiteto do Universo.

As instituições religiosas seriam todas boas, posto que criações humanas. Esse pensamento é totalmente contrário à fé católica. A Maçonaria professa claramente o relativismo, o qual não se coaduna em absoluto com o ensinamento dos Santos Padres.

A alegação de que a maçonaria é uma organização que reúne os homens de boa vontade e que os seus membros são livres para crer, não procede, vez que ela possui um sistema progressivo de símbolos extremamente absorventes. Existe uma série de princípios que são assimilados progressivamente pelo simbolismo maçônico e ainda o arcano, ou seja, o segredo maçônico. A existência de um segredo significa que existem pessoas que conhecem algo que não é compartilhado com os demais membros e, na medida em que se cumprem certas práticas e se fazem certos juramentos de fidelidade, vai-se avançando no conhecimento. Quando se alcança o grau máximo, conhece-se o segredo completo, contudo, até lá a pessoa já está completa e irremediavelmente envolvida.

Por tudo que foi exposto, não resta qualquer dúvida de que o católico não pode, em absoluto, pertencer à maçonaria. Ambas são incompatíveis. Como reflexão, resta a frase da declaração de 1983: "Só Jesus Cristo é, de fato, o Mestre da Verdade e só n’Ele os cristãos podem encontrar a luz e a força para viver segundo o desígnio de Deus, trabalhando para o verdadeiro bem dos seus irmãos.

CARTA ENCÍCLICA LUMEN FIDEI DO SUMO PONTÍFICE FRANCISCO



11. Há ainda um aspecto da história de Abraão que é importante para se compreender a sua fé. A Palavra de Deus, embora traga consigo novidade e surpresa, não é de forma alguma alheia à experiência do Patriarca. Na voz que se lhe dirige, Abraão reconhece um apelo profundo, desde sempre inscrito no mais íntimo do seu ser. Deus associa a sua promessa com aquele « ponto » onde desde sempre a existência do homem se mostra promissora, ou seja, a paternidade, a geração duma nova vida: « Sara, tua mulher, dar-te-á um filho, a quem hás-de chamar Isaac » (Gn 17, 19). O mesmo Deus que pede a Abraão para se confiar totalmente a Ele, revela-Se como a fonte donde provém toda a vida. Desta forma, a fé une-se com a Paternidade de Deus, da qual brota a criação: o Deus que chama Abraão é o Deus criador, aquele que « chama à existência o que não existe » (Rm 4, 17), aquele que, « antes da fundação do mundo, (...) nos predestinou para sermos adoptados como seus filhos » (Ef 1, 4-5). No caso de Abraão, a fé em Deus ilumina as raízes mais profundas do seu ser: permite-lhe reconhecer a fonte de bondade que está na origem de todas as coisas, e confirmar que a sua vida não deriva do nada nem do acaso, mas de uma chamada e um amor pessoais. O Deus misterioso que o chamou não é um Deus estranho, mas a origem de tudo e que tudo sustenta. A grande prova da fé de Abraão, o sacrifício do filho Isaac, manifestará até que ponto este amor originador é capaz de garantir a vida mesmo para além da morte. A Palavra que foi capaz de suscitar um filho no seu corpo « já sem vida (…), como sem vida estava o seio » de Sara estéril (Rm 4, 19), também será capaz de garantir a promessa de um futuro para além de qualquer ameaça ou perigo (cf. Heb 11, 19; Rm 4, 21).

JESUS, ABRA O CAMINHO DESTE FILHO QUE PRECISA TRABALHAR, NÓS CREMOS EM TEU PODER!

CONHECE OS PILARES DA PAZ ?



Eles são a verdade e isto significa dizer a verdade, viver na verdade aquilo que compõe a vida da gente com as suas consequências. 
Um outro é a justiça que implica em fazer o que é justo, dizer o que é honesto mesmo que nos custe muito. 
O maior de todos é o amor. É quando a gente vai aprendendo a amar como Deus ama.
Mas não pode faltar a liberdade, dom que nos torna livres para amar, respeitar, para ser melhor, para dar à nossa vida a direção que escolhemos.
Não esqueça: verdade, justiça, amor e liberdade. São dons de Deus para nosso exercício de cada dia! Bom treino!
Ricardo de Sá

QUANDO A VIDA SE TORNA FICÇÃO

Quando alguém se torna incapaz de viver a realidade de suas dores
Há muitos filmes de ficção que parecem nascidos de fatos verídicos. Quando terminamos de assistir a determinados filmes, chegamos mesmo a duvidar que tal história nunca tenha existido. Os papéis foram tão bem interpretados, a música casava-se perfeitamente com as cenas, a iluminação e as paisagens onde ocorreram as filmagens chegavam a beirar a perfeição. Cada gesto e expressão facial dos atores expressavam uma verdade que poderia enganar a pessoa mais esperta.
Essa realidade dos filmes de ficção é vivenciada por muitas pessoas que criam para si mesmas verdadeiros roteiros de um mundo que não existe. Nessa trama que compõe o roteiro de suas vidas, as pessoas ganhariam facilmente o Oscar de melhores atores e atrizes.
É complexo definirmos quando começa o processo de criação de um roteiro de ficção na vida. Geralmente, ele é desenvolvido a partir de uma grande dor ou de uma perda. Interessante notarmos que os grandes roteiros de ficção começam, justamente, a partir de um acontecimento marcante na vida.
Quando a pessoa se torna incapaz de viver a realidade de suas dores e traumas, ela cria um mecanismo que irá desenvolver em seu sistema psicológico realidades ficcionais. Criam para si um papel que não existe na realidade. Interpretam de maneira tão sofisticada aquilo que acreditam que é preciso muita perspicácia para descobrir onde termina a verdade e onde começa a ficção.
É preciso cuidado nestes papéis que vamos assumindo ao longo do nosso roteiro existencial. Alguns atores acreditam que não são amados e vivem em um mundo que não tem mais sentido para eles. Perderam o roteiro principal da vida, no qual foram criados para amar e serem amados. Assumiram um personagem que não representa a verdadeira realidade da vida.
Somos protagonistas do mundo que criamos para nós mesmos. Nas tramas da vida, o melhor Oscar que podemos receber é o de sermos protagonistas do amor.
Padre Flávio Sobreiro

OS ENSINAMENTOS DE FRANCISCO

Com olhar sereno e sorriso cativante, ele conquistou a todos
Procuro manter o mesmo jeito de ser e de agir que tinha em Buenos Aires, porque, se eu mudar, na minha idade, com certeza vou fazer um papel ridículo. Não quis morar no Palácio Apostólico. Vou lá só para trabalhar e para as audiências. Fiquei morando na Casa Santa Marta, que é uma casa de hóspedes (onde ficamos hospedados durante o Conclave) para bispos, padres e leigos. Estou perto das pessoas e levo uma vida normal: Missa pública de manhã, como no refeitório com todos etc. Isso me faz bem e evita que fique isolado.”
No trecho da carta acima, o Papa Francisco explica para um padre de Buenos Aires por que decidiu morar na Casa Santa Marta. A simplicidade de suas palavras e a delicadeza de seus gestos revelam ao mundo um rosto solidário e humano.
Quando eleito, pouco sabíamos sobre quem era o Cardeal Jorge Mario Bergoglio. De nosso conhecimento, era apenas o nome escolhido para acompanhá-lo como Papa: Francisco. Tudo o que antecedeu, a sua escolha, foram sinais do Espírito Santo anunciando que continuaríamos guiados pelo amor de Deus presente em quem fosse eleito. Até hoje lembramos daquele franciscano, em plena praça de São Pedro, que, sob o frio e a chuva, intercedia a Deus pela escolha do novo Pontífice.
Francisco chegou simples. Com olhar sereno e sorriso cativante, conquistou, logo no primeiro encontro, a simpatia dos católicos e não católicos por todo o mundo. O nome escolhido desarmou os críticos que esperavam armados nas trincheiras de suas opiniões.
Hoje, encontramos ampla literatura sobre aquele que foi escolhido pelo Espírito Santo para conduzir nossa Igreja. A escrita de Francisco é simples. Fala com uma humildade que confunde os sábios e os entendidos. Não busca na Palavra reflexões complexas, mas afirma o amor no concreto das experiências da vida. Muitas vezes, usa exemplos de sua própria vida para ilustrar reflexões, e assim nos aproxima do humano que também somos.
Recentemente, em uma audiência, ele disse: "Também o Papa tem muitos pecados, mas quando nos damos conta deles, encontramos a misericórdia de Deus. Ele sempre nos perdoa. Não nos esqueçamos disso”. No gesto humilde de se reconhecer pecador, ensina-nos que não estamos condenados a ficar presos em nossas misérias, mas aponta o caminho para uma vida nova: a misericórdia divina.
Segundo o blog La Nación, após o Papa sair de seu quarto, logo de manhã, encontrou um soldado guardando seu apartamento. Curioso, perguntou a ele se havia passado a noite toda ali em pé. Ouvindo uma resposta afirmativa, Francisco pediu que ele se sentasse, pois deveria estar muito cansado. Retornando ao seu apartamento, trouxe uma cadeira para que o guarda pudesse se sentar-se descansar. Negando o pedido do Pontífice, pois cumpria as ordens de seu chefe, ouviu dele a seguinte frase:
- Tudo bem, mas eu sou o Papa e lhe peço que se assente.
Retornando novamente ao seu apartamento, trouxe pão com presunto e ofereceu ao guarda dizendo-lhe:
- Bom proveito, meu irmão.
Francisco tem muito o que nos ensinar. Com ele estamos aprendendo o caminho do amor que passa, necessariamente, pela humildade e pela caridade. A fé que ele transmite por meio do olhar sereno, do sorriso sincero e da simplicidade de suas palavras são sinais da continuação daqueles dias de esperança que antecederam a sua escolha.
Padre Flávio Sobreiro

O REINO DO DIABO

“O diabo o conduziu mais alto, mostrou-lhe, num instante, todos os reinos da terra e lhe disse: 'Eu te darei todo esse poder com a glória desses reinos, porque é a mim que ele foi entregue e eu o dou a quem eu quiser. Portanto, se me adorares, tudo isso será teu'. Jesus lhe respondeu: 'Está escrito: Adorarás ao Senhor teu Deus e só a ele prestarás culto'" (Mt 4,5-8).

Disse, descaradamente, o demônio para Jesus: “Portanto, se me adorares, tudo isso será teu”. Jesus, então, rechaçou a tentação do inimigo, mas não contestou o que ele disse. Se fosse mentira, Jesus o contestaria, dizendo: “Mentiroso, não é isso. Você não pode dizer que esses reinos te foram dados. Tu não podes dizer que os pode dar a quem quiseres”. O Senhor chama o demônio de "príncipe deste mundo". E o que é um príncipe? É alguém que governa, que tem um território sob o seu domínio. O demônio não é o rei, mas é príncipe. Jesus nunca o chamaria se ele não o fosse de fato.
Mas como isso aconteceu? Deus sempre confiou missões aos anjos. Conhecemos, por exemplo, pela Bíblia, a missão do anjo Gabriel e a do anjo Rafael. 
Os anjos são feitos para isso, para realizar as missões que Deus lhes confia. Mas a missão das missões, Deus a confiou a um anjo que Ele dotou da maior sabedoria, inteligência e beleza. Qual era essa missão? Preparar esta terra e esta humanidade para aqui ser implantado o reino de Deus. Já existia o reino de Deus no céu, mas o Senhor quis também criar o Seu reino na terra. O Pai deu de presente a Seu Filho este reino para Ele governar. A missão de Lúcifer era preparar esta terra para receber Jesus. 

Este era o plano: que a vontade de Deus, já feita no céu, se fizesse também na terra. Que a beleza existente no céu - amor, paz, justiça, verdade, felicidade, alegria, canto, riso… - acontecesse também nesta terra. Um céu na terra: era isso que Deus queria. Para isso, dotou Lúcifer de muitos dons. Deus deu a ele também muitíssimos anjos, a fim de que preparassem a humanidade para receber o Filho do Senhor. Mas Lúcifer se rebelou e chamou à rebelião os anjos que estavam a seu serviço e os posicionou contra Deus. 

No momento em que Lúcifer se rebelou, ele que foi criado para preparar este mundo e esta humanidade para a vinda do Filho de Deus, a fim de que Este implantasse o reino do céu, ele se pôs a atrapalhar. A vida de Lúcifer e todos os seus dotes convergiram para atrapalhar a vinda do Filho de Deus, para impedir este mundo de receber Jesus Cristo.

Ele sabe que Jesus virá, que será Rei e Senhor de tudo e de todos. Por isso, Lúcifer trabalha, sem cessar, para que seja mínimo o número dos que vão participar do reino de Deus e de Sua glória.

É preciso que nós, combatentes, conheçamos bem as idéias e os propósitos do príncipe deste mundo. A guerra dele é contra nós, os combatentes do Senhor.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova