quarta-feira, 1 de maio de 2013

ORAÇÃO DE MAIO


Senhor, Deus da vida, eis que iniciamos o mês que nossa devoção dedica a Maria, Mãe de nosso Senhor Jesus Cristo.
Queremos, com o coração repleto de alegria, agradecer pelo imenso amor maternal com o qual Vós nos amais.
Obrigado pela entrega generosa de vosso filho Jesus; obrigado por tê-lo confiado a Maria, que também é nossa mãe; obrigado por todas as mães, no mundo inteiro, que não medem esforço, carinho e amor para se dedicarem aos cuidados dos filhos. Com o auxílio de Nossa Senhora, este mês seja tempo privilegiado, coberto de graças e bençãos. Concedei-nos Senhor, a graça de seguirmos o sublime exemplo de Maria.

Mãe ensina-nos o teu jeito de agradar a Deus.

CONSTRUIR A PAZ

Celebramos o Dia Mundial do Trabalho homenageando São José Operário, lembrando que todo trabalho é digno e todas as pessoas têm direito a ele. O trabalho é fonte de sustento para a vida e faz com que o trabalhador se torne mais humano e realizado como pessoa. Podemos dizer que a atividade profissional traz condição de vida e constrói a paz.

Jesus cita uma frase muito importante e motivadora de paz:“Dou-vos a paz, a minha paz vos dou” (Jo 14,27). Paz é fruto da boa convivência, de não colocar fardos pesados sobre os outros, de viver a nova lei do amor, ensinada pelo Senhor. A paz é fruto também da capacidade de superação das diferenças no seio de uma comunidade. 

Estamos ainda em tempo de Páscoa, do projeto de "um novo céu e de uma nova terra", da construção de um mundo diferente, mas também conscientes de que é possível. Não podemos ser intimidados pela constante onda do mal, da destruição e do desrespeito à vida, impedindo a concretização da paz. Muita gente vive em constante guerra interior.
A Páscoa, o trabalho e a paz devem solidificar a esperança do povo. Sem isto, o futuro fica obscuro e desmotiva a luta por uma vida feliz. A sociedade tem a necessidade de nutrir-se de potencialidades com princípios de humanidade, tendo como meta a vitória da vida ou a realização plena da paz interior e comunitária.

No mundo de violência generalizada na sociedade brasileira, também de uma mídia propagadora e motivadora disto, reina um clima de desvalorização da pessoa humana e da insegurança de todos. Podemos quase dizer que não estamos em um país de paz. Alguma coisa precisa ser feita para reverter essa situação preocupante.

Apesar de todo desenvolvimento tecnológico nos diversos campos da atualidade, parece que o principal e mais urgente - o valor da pessoa humana -, não progrediu. Não há verdadeira preocupação com a paz, porque ela não está sendo verdadeiramente construída por quem tem, nas mãos, o poder de fazê-lo.
Dom Paulo Mendes Peixoto

SÃO JOSÉ OPERÁRIO

A Igreja, providencialmente, nesta data civil marcada, muitas vezes, por conflitos e revoltas sociais, cristianizou esta festa, isso na presença de mais de 200 mil pessoas na Praça de São Pedro, as quais gritavam alegremente: "Viva Cristo trabalhador, vivam os trabalhadores, viva o Papa!"O Papa, em 1955, deu aos trabalhadores um protetor e modelo: São José, o operário de Nazaré.

O santíssimo São José, protetor da Igreja Universal, assumiu este compromisso de não deixar que nenhum trabalhador de fé – do campo, indústria, autônomo ou não, mulher ou homem – esqueça-se de que ao seu lado estão Jesus e Maria. A Igreja, nesta festa do trabalho, autorizada pelo Papa Pio XII, deu um lindo parecer sobre todo esforço humano que gera, dá a luz e faz crescer obras produzidas pelo homem:"Queremos reafirmar, em forma solene, a dignidade do trabalho a fim de que inspire na vida social as leis da equitativa repartição de direitos e deveres." 

São José, que na Bíblia é reconhecido como um homem justo, é quem revela com sua vida que o Deus que trabalha sem cessar na santificação de Suas obras, é o mais desejoso de trabalhos santificados: "Seja qual for o vosso trabalho, fazei-o de boa vontade, como para o Senhor, e não para os homens, cientes de que recebereis do Senhor a herança como recompensa... O Senhor é Cristo" (Col 3,23-24).

São José Operário, rogai por nós!

O FILHO DO CARPINTEIRO

No latim labor quer dizer trabalho.
Irmão nisso está a teologia do trabalho, o trabalho não é uma maldição, é uma benção, é assim que ele precisa ser tomado.
O nosso trabalho não existe só para ganhar dinheiro, e justamente hoje que celebramos a festa de São José Operário, o filho do carpinteiro. 
O Senhor, hoje, quer abençoar as nossas mãos porque são elas que realizam o trabalho.
Tudo o que você fizer seja feito em nome de Jesus Cristo, seja numa fábrica, numa firma, numa empresa mesmo que as coisas sejam duras ou até mesmo se houverem injustiças, mas faça as coisas por causa de Jesus, e não para os homens, se não você vai sofrer e o trabalho se tornará um peso.
Como diz a palavra: ‘tudo que fizerdes faze-o de coração, como para o Senhor, não para os homens’. Eu sei que isso é um aprendizado duro, mas nós, cristãos, precisamos aprender isso.
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

BASTA UM MINUTO


Um minuto serve para você sorrir:
Sorrir para o outro, para você e para a vida.

Um minuto serve para você ver o caminho, olhar a flor, sentir o cheiro da flor,
sentir a grama molhada, notar a transparência da água.

Basta um minuto para você avaliar a imensidão do infinito, mesmo sem poder entendê lo. Em um minuto apenas você ouve o som dos pássaros que não voltam mais.

Um minuto serve para você ouvir o silêncio, ou começar uma canção.
É num minuto que você dará o sim que modificará sua vida... e basta.

Basta um minuto para você apertar a mão de alguém e conquistar um novo amigo.
Em um minuto você pode sentir a responsabilidade pesar em seus ombros:
a tristeza da derrota, a amargura da incerteza, o gelo da solidão,
a ansiedade da espera, a marca da decepção e a alegria da vitória... Quanta vitória se decide num simples momento, num simples minuto!

Num minuto você pode amar, buscar, compartilhar, perdoar,
esperar, crer, vencer e ser... Num simples minuto você pode salvar a sua vida...
Num pequeno minuto você pode incentivar alguém ou desanimá lo!

Basta um minuto para você recomeçar a reconstrução de um lar ou de uma vida.
Basta um minuto de atenção para você fazer feliz um filho,
um aluno, um professor, um semelhante...

Basta um minuto para você entender
que a eternidade é feita de minutos

Padre Wagner Baia

CONSEGUIMOS VERDADEIROS MILAGRES PELA ORAÇÃO



Quanta riqueza há nesta Palavra! Se a ouvirmos com fé e atenção, imediatamente ela falará ao nosso coração. Mas percebam que, quando a lemos, nos prendemos à libertação que Deus deu a Pedro e não percebemos que, antes de ser liberto, ele passou pela dor da prisão e a ameaça da morte. Nós não nos atentamos às lutas e aos sofrimentos que esses homens e mulheres de Deus enfrentaram.
Nesse trecho, Pedro estava preso e duas eram as suas opções: ele morreria ou seria liberto. Qualquer uma delas já estava nas mãos de Deus. Sobre a morte ou a libertação dele, Jesus Cristo era o Senhor e era essa a confiança da Igreja.
Pedro aguardava execução e os cristãos não tinham nem poder humano nem influência pra libertá-lo. Ele estava acorrentado numa cela. Ao lado dele, havia dois soldados; fora da cela, outros dois. Quais eram as chances daqueles guardas dormirem? Nenhuma. Inclusive, porque eles sabiam que dormir os levaria à pena de morte.
Não havia chance de eles dormirem e alguém vir libertar Pedro se não fosse a intervenção divina. Os cristãos só podiam contar com o socorro vindo do céu. Veja o que diz a Palavra: “Pedro estava vigiado, na prisão, mas a oração fervorosa da Igreja subia continuamente até Deus, intercedendo em favor dele.”
Se compreendêssemos a força contida nesta Palavra, já teríamos visto muitas libertações. Se entendêssemos a força poderosa desta oração e fizéssemos isso pelo nosso casamento, pelos nossos filhos, pelos nossos negócios, de quantas situações Deus teria nos livrado ou livrado nossos conhecidos? Quanta energia teríamos poupado!
A Igreja sabia disso e, enquanto Pedro estava preso, eles recorreram ao céu. Eles se entregaram em uma oração intensa, fervorosa e insistente. Rezaram a todo o momento, sem parar um minuto, tanto que Pedro chegou à casa onde eles estavam reunidos. O fruto dessa oração intensa foi a ajuda enviada por Deus.
O Senhor nos socorre nos momentos de necessidade. Nas horas difíceis, ele sempre tem um socorro à nossa espera. Na Palavra de hoje, vemos que Ele mandou Seu anjo, o qual acordou Pedro e o levou para fora da prisão sem que ninguém percebesse. Quando chegaram ao portão de ferro, este se abriu por si mesmo e Pedro ficou livre.
Pode ser que você já tenha passado por várias etapas da dificuldade e, agora, esteja diante de um portão de ferro. Nessa hora, você pode fazer o que a maioria das pessoas fazem: debater-se. Mas isso só piora a situação, pois quando você luta usando apenas a sua força humana, nada muda.
A Palavra nos ensina que, diante do problema, nós podemos recorrer à oração da fé. Que não precisamos nos debater diante da porta de ferro, porque, por Deus ela se abrirá.
O que Jesus abre ninguém fecha, e o que Ele fecha ninguém abre. Quantas coisas ruins poderiam ser evitadas se recorrêssemos a Deus?
Devemos recorrer a esse poder que nos liberta colocando nossa confiança em Deus por meio da oração. Assim, as dificuldades desaparecem e as portas fechadas se abrem. Como? Para Pedro Deus enviou um anjo, para nós Ele pode enviar um amigo ou mostrar algo que não enxergamos.
Deus não deixa sem resposta a oração de seus filhos. Se rezarmos com a fé que vem d’Ele, veremos o impossível acontecer. Só que esse impossível não é barulhento. Ele realiza suas obras mais lindas no silêncio do nosso coração.
Nem todos conseguem perceber. As pessoas vêem a mudança, mas não compreendem como ela aconteceu. Elas não vêem as ações de Deus por falta de fé, pois Ele usa formas humanas para nos dar a graça divina. Quem tem fé vê o Senhor agir, quem não a tem esconde-se atrás das desculpas humanas.
Quando vencemos essa barreira, coisas muito boas podem acontecer, porque existem muitos corações aprisionados à espera de uma libertação que pode acontecer por meio da nossa oração.
As emergências nos chamam à oração intensa e contínua. Quando nos unimos a Deus, em oração, tornamo-nos uma oração viva e tudo que estamos envolvidos se enche de salvação e da presença do Senhor.
Precisamos rezar para nos tornarmos a oração que vai e age. Assim, Deus mesmo vai agir por meio de nós e nada vai resistir a essa força de oração.
Você acredita nessa Palavra? Confie, pela oração de todos, você consegue verdadeiros milagres. Que Deus o abençoe e lhe conceda a graça de orar com todo seu ser. Aquilo que você não obtém pela sua força, você obtém pelo socorro vindo do céu. Reze intensamente e leve Deus com você, porque cheio d’Ele toda situação de emergência receberá uma ação de salvação. Bendito seja o Senhor por essa Palavra.
Márcio Mendes
Membro da Comunidade Canção Nova

O ENVELHECIMENTO NÃO ABRE EXCEÇÕES PARA NINGUÉM

Sejamos menos críticos com as nossas imperfeições

Envelhecer é perceber a ação implacável do tempo sobre a nossa natureza. É reconhecer que, a cada ano, diminui a nossa vitalidade para as coisas que, anteriormente, pareciam não demandar esforços. A pele já não tem a mesma elasticidade que tinha aos 15 anos; por isso, facilmente se percebe as pequenas dobras junto dos olhos, nas mãos, além de algumas outras manchas provocadas pelo sol. Os cabelos, aqueles que ainda restam, perdem a cor e os olhos já não conseguem ler, senão com a ajuda dos óculos… E esse fenômeno não abre exceções para ninguém.

Fazer uma retrospectiva de meio século de vida não é somente constatar a ação predatória do tempo sobre nosso organismo, mas é, sobretudo, reconhecer as muitas vitórias alcançadas. É também uma oportunidade para perceber outros erros, os quais poderiam ser evitados se tivéssemos um pouco mais de cautela ou, em outras ocasiões, se fosse reprimido o ímpeto de um temperamento imaturo. A cada década que retrocedemos é possível reconhecer o quanto amadurecemos com aquilo que a vida tem nos ensinado.
Com todas essas coisas, para algumas pessoas também se aproxima o tempo da aposentadoria. E aqueles esforços empreendidos para firmar uma carreira, fazer economias para garantir o futuro, parecem ser apenas parte de uma equação que teria como resultado um final feliz, com a sensação de ter sido produtivo. Diante do inevitável, vale então a lição de aprendermos a conviver com os pensamentos e nos moldarmos – dentro do possível – às atitudes das novas gerações.

Certa vez, minha avó, que já estava perto dos 90 anos, disse que sentia como se não houvesse mais lugar para ela no mundo. Depois disso, viveu mais 12 anos num mundo de poucas pessoas e no qual já não era mais importante saber das horas. Talvez, ela até teria suas razões para afirmar tal sentimento, pois aquilo que movimentava seus dias e foi, por muito tempo, um objetivo a ser alcançado, com a independência dos filhos, deixou de ser para ela o motivo que a estimulava a acumular forças para enfrentar seus desafios. Imagino que para outras pessoas, que marcaram sua presença com grandes sucessos, pode parecer ainda mais difícil acolher esse momento em que os holofotes se apagam e sobre elas caem as sombras do anonimato.

Entretanto, muito mais que desfrutar do tempo, parece ser prioritário para cada um de nós cultivar e manter a saúde dos nossos relacionamentos com aqueles que têm participado do nosso dia a dia e que conosco estão na mesma estrada. Dessa forma, poderemos juntos viver, de maneira gradual, a transição para outro momento sem perdermos a autoestima. Pois, um dia, a nossa conversa poderá deixar de ser interessante e a velocidade dos nossos passos já não serão tão convidativos para um passeio.

O envelhecimento não pode nos assustar, mas com ele precisamos aprender a ser menos críticos com as nossas imperfeições, tendo como objetivo cultivar a simpatia e ser amados.
Dado Moura