terça-feira, 6 de setembro de 2011

A PALAVRA DE DEUS TEM O PODER DE RESSUACITAR A NOSSA VIDA !


Meu Deus que potência é a fé dos pais para os filhos. É uma verdadeira potência a fé e o testemunho dos pais para os filhos. Meu Deus que alicerce e força. A fé, o testemunho e a vida dos pais é a melhor metodologia, a melhor maneira para educar, para criar os filhos. Nesta cultura de hoje sem valores e sem referências seguras e verdadeiras para os nossos jovens. Olha a fé desta mulher mãe e “pagã”:
Uma mulher Cananéia, vinda daquela região, pôs-se a gritar: “Senhor, filho de Davi, tem compaixão de mim: minha filha é cruelmente atormentada por um demônio!” Ele não lhe respondeu palavra alguma. Seus discípulos aproximaram-se e lhe pediram: “Manda embora essa mulher, pois ela vem gritando atrás de nós”. Ele tomou a palavra: “Eu fui enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel”. Mas a mulher veio prostrar-se diante de Jesus e começou a implorar: “Senhor, socorre-me!” Ele lhe disse: “Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-lo aos cachorrinhos”. Ela insistiu: “É verdade, Senhor; mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!” Diante disso, Jesus respondeu: “Mulher, grande é tua fé! Como queres te seja feito!” E a partir daquela hora, sua filha ficou curada (Mt 15,22-28).
A Palavra de Deus precisa orientar toda a nossa vida, alimentar a nossa fé, nossa atitude e principalmente nossas escolhas. Ela nos leva ao verdadeiro conhecimento de Deus e dos valores morais, humanos e espirituais para nossa vida, felicidade e salvação. Deus quer nos falar para nossa vida e nossa história, o poder de ressuscitar aquilo que esta morto, frio ou o perdão e a reconciliação que pode transformar o nosso futuro, dar um novo rumo, um novo sentido para nossa existência.
“Com efeito, os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis. Outrora, vós fostes desobedientes a Deus, mas agora alcançastes misericórdia” (cf.Rm 11,29).
Esta Palavra de Deus me proporcionou a maior e mais forte experiência da minha vida, que mudou a minha história e definiu a minha vocação,  tudo aquilo que eu vivo e quero viver hoje. A experiência do perdão e da reconciliação com o meu pai, comigo mesmo e com Deus ressuscitou a minha vida. Eu vivia um grande vazio e em constantes depressões, que poderia ter custado a minha vida, mas através Dela eu conheci Àquele que deu a vida por mim e me ama sem limites: Jesus Cristo a Palavra encarnada.
Não há limites para a Palavra de Deus e sua ação. A leitura, a meditação e a oração com a Bíblia, com um versículo, um capitulo, um Salmo pode hoje transformar a sua história como transformou e tem transformado a minha e a vida de muita gente. O que hoje precisa ser transformado, ressuscitado em sua vida?
“Lâmpada para meus passos é tua palavra e luz no meu caminho” (cf. Salmo 119,)
Padre Luizinho

FORMAR CONSCIÊNCIA CRÍTICA

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O papel evangelizador da Igreja é despertar as pessoas
Uma das grandes preocupações da Igreja, no seu papel de evangelizar, é despertar nas pessoas, principalmente cristãs, a capacidade de olhar e agir de forma livre e consciente. Nos momentos de decisão, muitos têm sido manipulados, comprados e vendidos, prejudicando a sociedade.
Tendo em vista essa realidade, a Pastoral Fé e Política e as entidades organizadas devem criar espaço de discussão, de debates, de troca de experiências e manifestação de compromisso em âmbito de comunidade. Assim, ajudarão a identificar verdadeiras e autênticas lideranças que poderão ter o apoio de todos.
Na verdade, não podemos continuar como está. Estamos preocupados com os legislativos municipais em toda a região; com o nível de suas autoridades. Elas, em muitos casos, não correspondem à pujança dos municípios. Com isso vemos o privilégio de pessoas e grupos prejudicando a coletividade. Podemos até sentir que os “maus” políticos ficam “abusando” do brio do povo.
Cada dia que passa as coisas ficam piores. O nível, em vez de melhorar, vai caindo vertiginosamente. É lamentável que isso aconteça. Ficamos nos perguntando: onde estão as nossas boas lideranças? Elas não existem mais, ou existem e se escondem na omissão. Elas devem ser acordadas ainda em tempo!
A história passa e urge atitudes concretas de quem está vendo tudo isso. As próximas eleições municipais não demoram a chegar. Será momento de votar de novo. Será que vamos nos deixar levar pelos mesmos erros? É hora de acordar.
A Lei N. 9840, contra a corrupção eleitoral, trouxe alguns relevantes resultados positivos. Pelo menos fez com que candidatos e eleitores agissem com mais cuidado e até diminuindo o nível de corrupção. Apesar dos bons resultados, a Lei não atingiu o auge de seus objetivos. Isso depende da atuação de todos nós.
Agora temos a Lei da Ficha Limpa. É mais um instrumento de ação popular que poderá ser burlada pelas lideranças mal-intencionadas. Mas isso não vai acontecer se deixarmos clara a nossa disposição de fiscalizar. Esse instrumento é mais um dado de esperança do povo no sentido de passar a limpo a identidade dos nossos políticos, cobrando deles autenticidade.
Como temos sentido, a melhoria do processo eleitoral e político depende da ação popular. O povo precisa estudar e discutir política com seriedade, não se deixando manipular no momento de ir às urnas. A consciência livre revela a voz de Deus presente nas pessoas.
Alguns dados são importantes. Entre eles está a formação da consciência crítica, da formação política, que é conseguida por intermédio dos espaços formativos. Consciência tal em que a pessoa não venda a própria liberdade e sua capacidade de decisão.
Por isso são importantes os fóruns de discussão, de estudo e de formação de critérios. Não basta, apenas, esta preocupação. Temos de identificar candidatos em quem realmente podemos confiar. Não só isso, mas também acompanhá-los em sua gestão.
Não estamos em ano eleitoral, mas o trabalho formativo não pode ficar para os últimos momentos. As verdadeiras escolhas devem começar cedo, com bastante antecedência, para assim errarmos menos.
Enfim, não podemos continuar apáticos politicamente. Isso vem acontecendo ultimamente entre nós. Não nos deixemos influenciar por maus políticos. Vamos trabalhar para fazer jus à esperança que ainda nos resta.
Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de São José do Rio Preto

PORQUE SE AMA TANTO O PECADO ?

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Há quem brigue fazendo de tudo para defender o seu pecado
Sim, isso é uma pergunta, contudo, nesta circunstância, terei a ousadia de conjugá-la como uma afirmação: “Sim, amamos muito o pecado…”. Todavia, do título inicial quero conservar a interrogação: Por quê? Esta afirmação se fundamenta no ofício de observar e na arte de contemplar corações em um constante “debater-se” diante das razões e significados que compõem sua própria existência.
Ao observar alguém que abre mão de um vício/pecado, procurando desvencilhar-se dele por meio da renúncia, percebe-se – não raras as vezes – um profundo sofrimento e até mesmo revolta em virtude da ausência do pecado. É como se tal coração julgasse estar prestando um favor imenso a Deus por estar abrindo mão daquilo que mais ama.
Mas por que se ama tanto os vícios e pecados? Por que, comumente, se inventa tantas desculpas para justificá-los? E por que sofremos e nos debatemos tanto por sua ausência?
Há quem brigue fazendo de tudo para defender o seu pecado, para convencer a todos de que ele é algo normal, e que é, até mesmo, uma “virtude”.
Não se costuma ouvir pessoas dizendo: “Eu não aguento mais ficar sem adorar a Jesus na Eucaristia. Já estou ficando louco! Preciso adorá-Lo agora!”. Mas, infelizmente, é comum ouvir muitos entoando: “Não aguento mais ficar sem sexo (desregrado/fora do matrimônio), sem bebidas, drogas, prostituição, nem sem pensar e falar bobagens… Estou ficando louco sem isso!”.
É lastimável, mas, na maioria das vezes, Deus fica tão pequeno dentro de nós diante da força e expressão que possui o pecado, que dá até – metaforicamente falando – para ter dó d’Ele, pois, Ele acaba ficando sempre em segundo plano diante do amor que o homem nutre pelo pecado.
“Faz-se de tudo para possuir o que se ama!”. Diante de tal enunciado desvela-se a imprecisão de muitos corações que professam um amor profundo a Deus, mas não são capazes de “mover uma palha” para estar com Ele e saber um pouco mais como funciona o Seu belo coração. “Amam” tanto a Deus, mas não são capazes de deixar, muitas vezes, de assistir a um jogo de futebol para ir à Santa Missa… Contudo, para estar com o pecado parece que a disposição é sempre nova e real.
Perguntemo-nos: Pelo que meu coração tem lutado? O que ele tem verdadeiramente buscado e desejado? E mais: o que ele tem amado? É preciso ser realmente sincero consigo para responder a essas perguntas e para perceber onde, de fato, se tem ancorado o próprio coração.
O caos – ausência de ordem – estabelece-se quando o princípio que move o coração deixa de ser Aquele que o criou. Assim, os próprios valores desvalorizam-se e o homem fica de “ponta cabeça”, valorizando o circunstancial – aquilo que passa – e esquecendo-se do eterno – lugar onde reside a verdadeira realização.
Exerçamos com sensibilidade essa observação e descubramos sinceramente em que paragens tem peregrinado o nosso coração. Para assim podermos, com inteireza e responsabilidade, direcioná-lo ao seu verdadeiro bem.
Padre Adriano Zandoná