domingo, 9 de setembro de 2012

A BATALHA ENTRE OS ANJOS

Houve então uma batalha no céu: Miguel e seus anjos guerrearam contra o Dragão. O Dragão lutou, juntamente com os seus anjos, mas foi derrotado; e eles perderam seu lugar no céu. Assim foi expulso o grande Dragão, a antiga Serpente, que é chamado Diabo e Satanás, o sedutor do mundo inteiro. Ele foi expulso para a terra, e os seus anjos foram expulsos com ele.”
A Bíblia revela a batalha entre Miguel, o líder os anjos bons, e satanás líder dos anjos maus. Os anjos não possuem nomes próprios, seus nomes estão relacionados a missão no qual eles desenvolvem. Miguel significa: “Quem como Deus”, Gabriel: “Força de Deus”, e Rafael: “Cura de Deus”.
Os anjos possuem identidade própria, seus nomes estão decorrem da missão, é interessante observamos o nome Lúcifer que significa “anjo de luz”, esta era sua missão, porém, após a queda seu nome passou a ser Satanás que significa o vencido, derrotado. Satanás tem um ódio profundo por Deus, é orgulhoso, e não deseja aceitar o perdão de Deus, ele sabe que Jesus o venceu na cruz, mas mesmo sendo derrotado ele continua a batalha, porque é viciado em ódio. 
Imagine um alcoólatra, este sabe que seu vício não é uma coisa boa, mas mesmo assim, sabendo é incapaz de não beber, porque está viciado, semelhante ao demônio, que sabe que seu orgulho o faz mal, mas não consegue ficar sem odiar.
Enquanto nosso anjo da guarda procura nos mostrar a Deus, nos leva até o Senhor, o inimigo fica querendo nos tirar do caminho de Deus, colocando em nossa mente pensamentos que não somos amados, que somos derrotados, precisamos ficar bastante atentos, porque estamos cercados pelos espíritos do mal. Há, portanto, uma batalha ocorrendo perto de nós, não é por caso que São Paulo nos ensina a termos os mesmos pensamentos de Cristo. 
Irmãos, quando vocês foram tomar qualquer decisão, procure tomá-la a luz da fé, raciocinando como Jesus, por isso, se alguém fizer algum tipo de mal contra você, perdoe, serva esta pessoa, faça a ela o bem. Sempre que tiver que tomar uma decisão saiba que haverá uma batalha entre seu anjo da guarda e o inimigo, esta batalha é pelo nosso coração, ter o coração de Jesus é sempre ser compassivo.
Na parábola do filho pródigo vimos toda a dificuldade do filho mais velho em querer acolher seu irmão, por outro lado vimos o pai que acolhe o seu filho pródigo, ele não estava aprovando o comportamento daquele que errou, mas estava sendo compassivo, amando, com um coração semelhante ao de Jesus, e é isto que o Senhor deseja de cada um de nós, um coração que ama o pecador, não o pecado. 
O anjo que está comigo, o anjo bom, ajuda-me a construir o coração de Jesus em mim, enquanto o demônio fica querendo colocar em mim um coração cheio de ódio, e esta é a batalha que se trava entre os dois anjos que estão conosco. O inimigo inclusive tenta tomar conta inclusive do nosso corpo, por isso encontramos algumas pessoas que são possuídas pelo demônio, porém, ser atacado por ele não significa ser possuído pelo inimigo.
O maior ódio do demônio é o Senhor ter se encarnado em um corpo humano, por isso há momentos que ele tenta possuir o corpo dos homens. Não devemos ter medo do dele, porque somos filhos de Deus, e se assim somos, nos tornamos herdeiros do paraíso, somos filhos do mesmo Pai que está no céu, protegidos pelos anjos de Deus. Então é o inimigo que tem medo de nós, pois sabe que está diante de alguém que foi “comprado” pelo Senhor. 
Então, ele não tem força, a não ser que lhe damos autoridade e poder, isto se dá quando entramos em seu território. Santo Agostinho dizia que o demônio é um como um cachorro que está amarrado em uma corrente comprida, se não entramos em seu território ele não poderá nos morder, quando não entramos em seu território ele não pode nos tocar. Entramos no território dele através do pecado. 
O inimigo também entrar em nossa vida a partir das dependências, e isto é importante observarmos se estamos colocando alguma coisa no lugar de Deus em nossa vida, quer seja uma dependência afetiva, financeira, um vício, enfim, quando assim estamos, é o espírito do mal que vai ditando aquilo que é importante em nossa vida, e desta forma, estamos nos abrindo aos espíritos do mal. Outro ponto que precisamos observar, são as práticas ocultas relatadas nas Sagradas Escrituras, estas nos colocam no território do espírito do mal. 
O demônio tenta a todo momento colocar-me em alguma armadilha através da tentação, esta ocorre quando ele deseja que eu não faça aquilo que eu devo fazer. Saiba que quanto mais amarmos a Deus, mais seremos tentados. 
Todos nós temos fraquezas, porém quando sentirmos oprimidos, fracos, precisamos rezar pedindo ao Senhor a força do Espírito Santo, pois temos armas em nossas mãos e uma vez que a usamos o demônio fugirá. Como falei, existe a possessão, mas isto ocorre raramente, saiba que esta em estado de pecado mortal, é pior do que está possesso, o possesso não é alguém mau em si. 
Meus irmãos, as grandes armas que o demônio deseja dar ao homem é poder, desobediência e desunião. O homem quer é poder, tudo é questão de poder, outra oferta é a desobediência, ele quer que construamos nossa vida na desobediência, por fim ele nos oferece a desunião, porque sabe que a unidade é a característica do cristão, então para tentar me afastar de Jesus me oferece a desunião. 
Precisamos tomar uma decisão, imagine hoje os dois anjos diante de você de um lado Satanás, e do outro lado seu anjo da guarda, e ambos estão perguntado quem você ira escolher. Tenho certeza que tomos nós queremos renunciar o mal, e aceitar Jesus, como o Senhor em nossa vida. Agora é momento de reconhecermos que muitas vezes buscamos poder, desobedecemos, e semeamos a desunião, agora é a hora de renunciar a Satanás e aceitar o reinado de Jesus em nossa vida. 
Que nosso anjo da guarde nos ajude a mantermos sempre Jesus como o centro de nossa vida. 
Frei Elias Vella 
Franciscano conventual, líder da RCC na Ilha européia de Malta (seu país de origem) e um dos maiores exorcistas da atualidade



SAGRADAS ESCRITURAS

Aprenda algumas dicas para melhor compreendê-las

A Bíblia é um livro que parece complicado. Sua formação foi muito lenta e muito complexa. A maior parte de seus livros são obra de muitas mãos e a composição de alguns deles durou séculos. Por isso, não é fácil lê-la e a tentação do fundamentalismo é grande. Mas, é ele que destrói o verdadeiro sentido das Escrituras, exatamente quando o conteúdo parece ser mais fiel à Palavra de Deus! Contudo, se tivermos algumas chaves de leitura, será mais fácil compreendê-la. Vejamos. 
As Escrituras Sagradas são um conjunto de livros, escritos em épocas, estilos e situações diferentes. Por exemplo:
Épocas diferentes: as partes mais antigas dos Textos Sagrados podem vir do século XII a.C., lá pelo ano 1100; enquanto o último livro do Novo Testamento, a Segunda Carta de Pedro, é do final do século I ou início do século II d.C.
Estilos diversos: o livro de Josué conta a entrada do povo de Israel de modo triunfal e heróico; os 11 primeiros capítulos do Gênesis são uma meditação em forma de parábolas; o livro de Jó é uma historinha como a nossa literatura de cordel. Os Salmos são poemas; Isaías e Jeremias são coleções de oráculos; há cartas, narrações populares como a do profeta Eliseu (cf. 2Rs 2, 19-25; 6,1-7), além de histórias para despertar a piedade, como as de Ester, Judite, Jonas e Tobias.
Situações diferentes: algumas partes foram escritas em momentos de glória, como alguns provérbios mais antigos; outras, em momento de perseguições e sofrimentos, como o Livro de Daniel.

Mais ainda: os livros das Escrituras têm preocupações diferentes, objetivos diversos:
Os 11 primeiros capítulos do Gênesis querem refletir sobre por que Deus criou tudo, qual o papel do homem e por que o mundo é marcado pelo mal e pela morte. O livro de Jó quer matar uma charada: por que o homem de bem sofre? Os livros dos macabeus querem consolar e animar o povo nas tribulações. As cartas de São Paulo querem catequizar as comunidades e resolver os problemas que nelas surgiam. Os evangelhos querem anunciar que Jesus é o Messias Morto e Ressuscitado.

Os autores humanos das Escrituras são muitíssimos: alguns livros foram escritos por um autor sozinho; outros, por muitos autores; outros ainda por autores desconhecidos. Nem sempre o nome do autor que aparece é verdadeiro. Por exemplo: 
Os cinco livros do Pentateuco foram escritos por vários autores e costuram quatro livrinhos diferentes que contam, cada um do seu jeito, as mesmas histórias. O livro de Tobias é de um autor só, mas não sabemos quem é ele. O livro dos Salmos tem muitos autores; já o livro do Eclesiástico é de um tal Jesus ben Sirac. A carta aos Hebreus não é de São Paulo nem a Segunda de Pedro é de São Pedro.
Os autores, quando escreviam, não sabiam que estavam escrevendo a Palavra de Deus, assim, escrevem no seu linguajar, do seu jeito, com suas capacidades e limitações. Por isso, na Bíblia, é possível encontrar erros de geografia, de história, de biologia, etc...
Se formos resumir a história da formação das Escrituras, poderíamos afirmar que o primeiro modo como aconteceu a transmissão da revelação de Deus foi a tradição oral. Somente a partir do rei Davi é que as Escrituras começaram a ganhar corpo. Antes dele, além da tradição oral existiam somente alguns documentos breves, que, mais tarde, seriam aproveitados e, hoje, estão espalhados pelo Pentateuco e por alguns dos livros históricos.
No entanto, apesar de toda esta variedade, de um modo tão humano de escrever e de pensar, a Bíblia toda tem um só autor: Deus! Ela é a Palavra do Senhor, dada para nossa salvação. A Bíblia contém a verdade que salva, a verdade sobre Deus, sobre o homem e sobre o mundo. Nisto ela é infalível, não se engana nem engana!
Dom Henrique Soares da Costa 

O MILAGRE DA TRANSUBSTANCIAÇÃO



Durante a Oração Eucarística o sacerdote reza, impõe as mãos, traça o sinal da cruz sobre as oferendas do pão e do vinho e diz: “ Na verdade, ó Pai, vós sois santo e fonte de toda santidade. Santificai, pois
, estas oferendas, derramando sobre elas o vosso Espírito, a fim de que se tornem para nós o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso”. Nesse momento acontece o Milagre da Transubstanciação, onde as ofertas do pão e do vinho tornam-se Corpo e Sangue de nosso Senhor Jesus Cristo.

Santo Ambrósio disse sobre a Transubstanciação: “Persuadamo-nos que já não temos o que a natureza formou, mas o que a bênção consagrou; e que a força da bênção é maior que a força da natureza, porque a bênção, muda até a natureza”.