quarta-feira, 16 de novembro de 2011

LOUVEMOS A DEUS MESMO A MEIO TEMPESTADE

Davi escreveu este salmo num momento muito difícil de sua vida. Devido à perseguição que sofria do rei Saul, porque este sentia inveja dele, Davi se encontrava escondido com mais quatrocentos homens. Mas ele não parou na situação difícil em que vivia e foi além como um homem temente a Deus.
Davi tinha consciência da situação e do ambiente em que vivia, não era um alienado, mas o seu olhar estava voltado para o Senhor. Se você vive uma situação difícil, como problemas com drogas, adultério ou doença grave, e tem consciência dessa situação, faça como o salmista, não pare nessa dificuldade e se volte para Deus.
O maior problema não é não ter consciência do problema que temos ou de uma situação ruim que vivemos, e sim ficarmos parados esperando que a solução de tudo aconteça como mágica. O nosso socorro vem do céu, do alto, por isso, precisamos nos colocar diante de Deus Pai e estar com o coração pronto.
O inimigo de Deus sempre vai tentar nos manipular para que pratiquemos o mal quando nos colocamos diante de Deus em busca de respostas e socorro das situações ruins vividas por nós. Quando Davi fala ao Senhor que seu coração está pronto, isso quer dizer que ele está em vigilância e em prontidão.
Tal como Davi, nós também precisamos guardar o nosso coração como uma joia preciosa e nos manter vigilantes, pois o inimigo de Deus está sempre à espera de alguma brecha para adentrar em nosso coração. Razão pela qual nosso coração precisa estar pronto e à espera do Senhor.
Guardemos e protejamos nosso coração para o Senhor mantendo-nos vigilantes; essa é a mensagem de Deus para nós hoje. Que o Espírito Santo nos ensine a ter um coração vigilante, protegido e pronto.
Um coração protegido, curado e pronto é um coração que louva. Que neste dia façamos o exercício de não ficarmos murmurando as situações difíceis pelas quais passamos. A cura e libertação do nosso coração só não acontecem quando não tomamos posse da cura que Deus nos dá.
Deus é como um mestre: dá a nota certa e valoriza um violino velho que ninguém mais quer por causa de sua aparência e dos maus-tratos. Sejamos como um violino nas mãos Deus, que nos dá a nota certa para que o nosso valor seja novamente reconhecido e sejamos curados e libertos.
Louvemos e bendizemos a Deus que nos cura e nos liberta sempre.
Alexandre Oliveira




O EXORCISMO SEGUNDO A IGREJA

O exorcismo é a invocação que a Igreja faz, em nome de Jesus Cristo, por intermédio de um ministro ordenado, para proteger e afugentar o demônio de uma pessoa ou objeto.
Eles podem ser divididos em dois tipos: simples e solenes. O exorcismo simples ocorre no rito do batismo, quando o cristão é preparado para confessar sua fé à Igreja. Já o exorcismo solene, que só pode ser celebrado por um presbítero designado, tem aspecto sacramental e é celebrado em casos de opressão ou possessão. Esse tipo de prática precisa ser autorizada pelo Ordinário, o bispo local, que pode ordenar um exorcismo solene mediante estudo do caso.
O exorcista deve ser um sacerdote, autorizado pelo bispo local ou com autorização expressa da Santa Sé.


Padre Gabriele Amorth, exorcista da diocese de Roma
Foto: Wesley Almeida
Nos dias de hoje, muito se confunde a prática do exorcismo com orações de cura e libertação. Com relação a isso, o padre Gabriele Amorth, exorcista da diocese de Roma e autor do livro "Habla un Exorcista", diz que o exorcismo é apenas o sacramental instituído pela Igreja. O poder de expulsar demônios que Jesus conferiu a todos os fiéis é válido. Este poder é baseado na lei e na oração, e pode ser exercido por indivíduos ou comunidades sem nenhuma autorização. Entretanto, esse tipo de ato, trata-se de preces de libertação, e não devem ser chamadas de exorcismos.
O que diz o Catecismo da Igreja a respeito do exorcismo:
E.56.1 Exorcismo na celebração do Batismo
§1237 Visto que o Batismo significa a libertação do pecado e de seu instigador, o Diabo, pronuncia-se um (ou vários) exorcismo(s) sobre o candidato. Este é ungido com o óleo dos catecúmenos ou então o celebrante impõe-lhe a mão, e o candidato renuncia explicitamente a satanás. Assim preparado, ele pode confessar a fé da Igreja, à qual será "confiado" pelo Batismo.
E.56.2 Significação dos exorcismos de Jesus
§517 Toda a vida de Cristo é mistério de Redenção. A Redenção nos vem antes de tudo pelo sangue da Cruz, mas este mistério está em ação em toda a vida de Cristo: já em sua Encarnação, pela qual, fazendo-se pobre, nos enriqueceu por sua pobreza; em sua vida oculta, que, por sua submissão, serve de reparação para nossa insubmissão; em sua palavra, que purifica seus ouvintes; em suas curas e em seus exorcismos, pelos quais "levou nossas fraquezas e carregou nossas doenças" (Mt 8,17); em sua Ressurreição, pela qual nos justifica.
§550 O advento do Reino de Deus é a derrota do reino de Satanás: "Se é pelo Espírito de Deus que eu expulso os demônios, então o Reino de Deus já chegou a vós" (Mt 12,28). Os exorcismos de Jesus libertam homens do domínio dos demônios. Antecipam a grande vitória de Jesus sobre "o príncipe deste mundo". E pela Cruz de Cristo que o Reino de Deus ser definitivamente estabelecido: "Regnavit a ligno Deus - Deus reinou do alto do madeiro".
E.56.3 Significação e fins do exorcismo e de sua maneira de fazer
§1673 Quando a Igreja exige publicamente e com autoridade, em nome de Jesus Cristo, que uma pessoa ou objeto seja protegido contra a influência do maligno e subtraído a seu domínio, fala-se de exorcismo. Jesus o praticou, é dele que a Igreja recebeu o poder e o encargo de exorcizar. Sob uma forma simples, o exorcismo é praticado durante a celebração do batismo. O exorcismo solene, chamado "grande exorcismo", só pode ser praticado por um sacerdote, com a permissão do bispo. Nele é necessário proceder com prudência, observando estritamente as regras estabelecidas pela Igreja. O exorcismo visa expulsar os demônios ou livrar da influência demoníaca, e isto pela autoridade espiritual que Jesus confiou à sua Igreja. Bem diferente é o caso de doenças, sobretudo psíquicas, cujo tratamento depende da ciência médica. É importante, pois, verificar antes de celebrar o exorcismo se se trata de uma presença do maligno ou de uma doença.

A COMUNHÃO DOS SANTOS

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A Igreja é comunhão dos santos
O Sermão da Montanha é o programa do Reino dos Céus. É o Reino proclamado por João Batista e, depois, pelo próprio Jesus. Em Mateus, Jesus faz a Sua proclamação no alto de uma montanha, como momento inaugural do Seu ministério na Galileia. Moisés, também no alto da montanha, recebeu de Deus as Tábuas da Lei e os Mandamentos. Agora, é Jesus, que, no Seu anúncio do programa do Reino, transmite as oito bem-aventuranças aos discípulos que vêm a Ele, no alto.
O estado de felicidade, associado à prática dessas bem-aventuranças, enche de esperança e atrai quem ouve Jesus. Nas bem-aventuranças, encontramos valores universais, que podem ser estendidos e acolhidos por todos. Ser bem-aventurado é ser santo. A Igreja, segundo o Catecismo da Igreja Católica, é comunhão dos santos. Essa expressão designa, primeiro, as coisas santas, ressaltando, antes de tudo, a Eucaristia, que une os fiéis em Cristo. Em segundo lugar, designa a comunhão das “pessoas santas” em Cristo, que “morreu por todos”.
Cremos na comunhão de todos os fiéis em Cristo, dos que são peregrinos na terra, dos que faleceram e estão terminando a sua purificação, dos bem-aventurados do céu, formando todos, juntos, uma só Igreja e cremos também que, nesta comunhão, o amor misericordioso de Deus e de Seus santos estão sempre à escuta de nossas orações.
Todos os santos e todas as santas de Deus, rogai por nós que recorremos a vós!
Dom Eurico S. Veloso