sábado, 11 de agosto de 2012

O QUE É REPOUSO ESPÍRITO SANTO ?

Amor, paz e felicidade são sentimentos que o ser humano busca incessantemente mas, perante os tempos modernos regrados de conflitos, caos e solidão, ele nem sempre os encontra e, muitas vezes, também acaba se mantendo distante de Deus, vivendo uma busca sem saber exatamente o que procura.
 
O Repouso no Espírito ou “RNE” é uma experiência de encontro com Deus, é uma experiência profunda com o Amor capaz de curar feridas que, de certo modo, jamais poderiam ser alcançadas por mãos médicas, feridas na alma e no espírito, que só podem ser alcançadas pelas mãos do próprio Criador, que tem contado cada fio de cabelo de nossa cabeça.
 
O Pe. George Montagne afirma que no RNE “a pessoa é dominada por uma profunda sensação de bem-estar que lhe causa um relaxamento momentâneo, a tal ponto que ela sede o controle de seu sistema motor e desmaia (...)”.Essa experiência pode ser definida como uma graça pessoal que Deus derrama, normalmente durante um momento de oração, sobre a pessoa, que envolve de várias formas o físico e sempre toca o coração.

 
É suficiente que Deus consiga passar pela porta estreita da liberdade pessoal, graças a uma pequena fenda no coração, para que se realizem os milagres do Seu Amor. Cada um de nós é conhecido por Deus de um modo muito pessoal, individual e profundo e é amado de uma forma incondicional por Deus.
 
No RNE a alma se encontra com Deus de uma forma única, pois Jesus sabe exatamente do que ela precisa ou não. Ele conhece bem todas as nossas necessidades e sabe o que curar, agindo no íntimo, no coração e nas chagas de cada pessoa. Para cada filho Ele oferece experiências profundas de encontros, onde se revela com uma intimidade que é difícil reduzir a estatísticas.
 
Acreditamos que o RNE é um dom a ser pedido em oração mais do que ser discutido. Não precisa rezar longamente com palavras inúteis, Jesus conhece o nosso coração, e só devo pedir ao Espírito Santo que venha em abundância e dar a Ele as "rédeas" da minha vida (retirar ").
 
Ter a oportunidade de se declarar totalmente Àquele que por nós sofreu é beber da fonte o renascimento, é firmar-se em um ideal de vida e ter esperança de um mundo em que todos desejam não temer, mas acreditar!
 
Basta ousar dar o primeiro passo para o “SIM” a Deus e perceber que se você anseia um caminho de bem, feche os olhos e entregue suas angústias e pesares a Deus, e então Ele fará brotar de ti o Amor, que fará de sua vida uma nascente para aqueles que precisam encontrá-Lo mas não conseguem.


* Texto baseado no livro "Repouso no Espírito" do Pe. Antonello Cadeddu e Comunidade Aliança de Misericórdia - Editora Palavra e Prece

SANTA CLARA

"Clara de nome, mais clara de vida e claríssima de virtudes!" Neste dia, celebramos a memória da jovem inteligente e bela que se tornou a 'dama pobre'. Santa Clara nasceu em Assis (Itália), no ano de 1193, e o interessante é que seu nome vem de uma inspiração dada a sua fervorosa mãe, a qual [inspiração] lhe revelou que a filha haveria de iluminar o mundo com sua santidade. 

Pertencente a uma nobre família, destacou-se desde cedo pela sua caridade e respeito para com os pequenos, por isso, ao deparar com a pobreza evangélica vivida por Francisco de Assis apaixonou-se por esse estilo de vida. Em 1212, quando tinha apenas dezoito anos, a jovem abandonou o seu lar para seguir Jesus mais radicalmente. Para isso foi ao encontro de Francisco de Assis na Porciúncula e teve seus lindos cabelos cortados como sinal de entrega total ao Cristo pobre, casto e obediente. 

Ao se dirigir para a igreja de São Damião, Clara – juntamente com outras moças – deu início à Ordem, contemplativa e feminina, da Família Franciscana (Clarissas), da qual se tornou mãe e modelo, principalmente no longo tempo de enfermidade, período em que permaneceu em paz e totalmente resignada à vontade divina. Nada podendo contra sua fé na Eucaristia, pôde ainda se levantar para expulsar – com o Santíssimo Sacramento – os mouros (homens violentos que desejavam invadir o Convento em Assis) e assistir, um ano antes de sua morte em 1253, a Celebração da Eucaristia, sem precisar sair de seu leito. Por essa razão é que a santa de hoje é aclamada como a "Patrona da Televisão".

PROFISSÃO PAI

A transmissão da fé aos filhos

Dar exemplo, dedicar tempo, rezar… a transmissão da fé aos filhos é uma tarefa que exige empenho. 
Quando se busca educar na fé, não se deve separar a semente da doutrina da semente da piedade; é preciso unir o conhecimento com a virtude, a inteligência com os afetos. Neste campo, mais que em muitos outros, os pais e educadores devem cuidar do crescimento harmonioso dos filhos. Não bastam umas quantas práticas de piedade com um verniz de doutrina, nem uma doutrina que fortaleça a convicção de dar o culto devido a Deus, de tratar-lhe, de viver as exigências da mensagem cristã, de fazer apostolado. É preciso que a doutrina se faça vida, que resulte em determinações, que não seja algo desligado do dia a dia, que se converta em compromisso, que leve a amar Cristo e os demais.

Elemento insubstituível da educação é o exemplo concreto, o testemunho vivo dos pais: rezar com os filhos (ao levantar-se, ao deitar-se, ao abençoar os alimentos); dar a devida importância ao papel da fé no lar (prevendo a participação na Santa Missa durante as férias ou procurando lugares sadios – que não sejam dispersivos – para distrair-se) ; ensinar de forma natural a defender e transmitir sua fé, a difundir o amor a Jesus. “Assim, os pais infundem profundamente, no coração de seus filhos, deixando marcas que os acontecimentos posteriores da vida não conseguirão apagar”.

É necessário dedicar tempo aos filhos: o tempo é vida, e a vida – a de Cristo que vive no cristão – é o melhor que se lhes pode dar. Passear, organizar excursões, falar de suas preocupações, de seus conflitos. Na transmissão da fé, é preciso, sobretudo, “estar e rezar”; e se nos equivocarmos, pediremos perdão. Por outro lado, experimentar o perdão, o qual o leva a sentir que o amor que se lhes tem é incondicional.
Explica Bento XVI que os mais jovens, “desde que são pequenos, têm necessidade de Deus e capacidade de perceber Sua grandeza; sabem apreciar o valor da oração e dos ritos, assim como intuir a diferença entre o bem e o mal, acompanhando-os, portanto, na fé, desde a idade mais tenra”. Conseguir nos filhos a unidade no que se crê e o que se vive é um desafio que deve enfrentar evitando a improvisação, e com certa mentalidade profissional. 

A educação na fé deve ser equilibrada e sistemática. Trata-se de transmitir uma mensagem de salvação, que afeta toda a pessoa e deve enraizar-se na cabeça e no coração de quem a recebe, ou seja, entre os quais mais queremos. Está em jogo a amizade que os filhos tenham com Jesus Cristo, tarefa que merece os melhores esforços. Deus conta com nosso interesse por fazer-lhes acessível à doutrina, para dar-lhes Sua graça e fixar-se em suas almas; por isso, o modo de comunicar não é algo acrescentado ou secundário à transmissão da fé, mas que pertence à sua dinâmica.

Para ser um bom médico não é suficiente atender os pacientes: há de estudar, ler, refletir, perguntar, investigar, assistir a congressos. Para sermos pais, temos de dedicar tempo e nos examinarmos sobre como melhorar no próprio trabalho educativo. Em nossa vida familiar saber é importante; o saber fazer é imprescindível e o querer fazer é determinante. Pode não ser fácil, porém convém sempre tirar alguns minutos do dia, ou umas horas nos períodos de férias, para dedicá-los à própria formação pedagógica.

Não faltam recursos que possam ajudar a este perfeccionismo: abundam os livros, vídeos e portais da internet bem orientados, nos quais os pais encontram ideias para educar melhor. Ademais, são especialmente eficazes os cursos de Orientação Familiar, que não só transmitem conhecimento ou técnicas, mas ajudam a percorrer o caminho da educação dos filhos e o da melhoria pessoal, matrimonial e familiar.

Conhecer com mais clareza as características próprias da idade dos filhos, assim como o ambiente no qual se movem seus iguais, forma parte do interesse normal por saber o que pensam, o que os move, o que os põe em dúvida. Em ultima análise,permita-se conhecê-los e isso facilitará educá-los de um modo mais consciente e responsável.
A. Aguiló

VALE A PENA SE CASAR ?

É melhor casar ou viver junto?

É verdade que as leis e os costumes sociais retiraram domatrimônio todo o seu sentido. Em primeiro lugar, a admissão do divórcio elimina a segurança na luta por manter o vínculo; em segundo lugar, a aceitação social de “devaneios” extramatrimoniais suprime a exigência da fidelidade; por último, a difusão dos anticoncepcionais despoja os filhos de relevância e valor.
O que resta, então, da grandeza da união conjugal? O que é feito da arriscada aventura que o matrimônio sempre foi? Para que passar pela Igreja ou pelo juiz de paz? Assim vistas as coisas, teríamos de começar por dar razão àqueles que sustentam a absoluta primazia do “amor” para depois lhes fazer ver uma coisa de capital importância: é impossível homem e mulher amarem-se, profundamente, sem estarem casados.

Ainda que possa causar um certo espanto, o que acabo de dizer não é nada estranho. Em todos os âmbitos da vida humana, é preciso aprender e adquirir competências. Por que teria de ser diferente no amor, que é simultaneamente a mais gratificante, a mais decisiva e a mais difícil das nossas atividades?

Jacinto Benavente afirmava que “o amor tem de ir à escola”, e é verdade. Para poder amar verdadeiramente é preciso exercitar-se, tal como é preciso temperar os músculos para ser um bom atleta. 

Ora bem, o casamento nos capacita para amar de uma maneira real e efetiva. A nossa cultura não acaba de entender o matrimônio, mas o contempla como uma simples cerimônia, um contrato, um compromisso. Tudo isso é, sem chegar a ser falso, demasiado pobre. Na sua essência mais íntima, o ato de casar-se constitui uma expressão delicada de liberdade e de amor. O 'sim' é um ato profundíssimo, inigualável, mediante o qual duas pessoas se entregam plenamente e decidem amar-se mutuamente por toda a vida.


É amor de amores: amor sublime que me permite “amar bem”, como diziam os nossos clássicos: fortalece a minha vontade e habilita-a para amar em outro nível; situa o amor recíproco numa esfera mais elevada. Por isso, se não me casar, se excluir esse ato de amor total, ficarei impossibilitado de amar de verdade o meu cônjuge, tal como alguém que não treina ou não aprende uma língua se torna incapaz de falá-la. 
À sua jovem esposa, que lhe tinha escrito: “Esquecer-te-ás de mim, que sou uma provinciana, entre as tuas princesas e embaixadoras?”, Bismark respondeu: “Esqueceste que me casei contigo para te amar?”. Estas palavras encerram uma intuição profunda: o “para te amar” não indica uma simples decisão para o futuro, inclusive inamovível, mas equivale, afinal de contas, a um “para te poder amar” com um amor autêntico, supremo, definitivo... impossível sem a mútua entrega do matrimônio. 

Não se trata de teorias. O que acabo de expor tem claras manifestações no âmbito psicológico. O ser humano só é feliz quando se empenha em qualquer coisa de grande que, efetivamente, compense o esforço. O mais impressionante que um homem e uma mulher podem fazer é amar. Vale a pena dedicar toda a vida a amar cada vez melhor e mais intensamente. É, na realidade, a única coisa que merece a nossa dedicação: tudo mais, tudo mesmo, deveria ser apenas um meio para o conseguir. “No entardecer da nossa existência – dizia um clássico castelhano – seremos examinados sobre o amor” (e sobre nada mais, acrescento eu). 

Ora bem, quando me caso, estabeleço as condições para me dedicar sem reservas à tarefa de amar. Pelo contrário, se simplesmente vivermos juntos, e ainda que eu não tenha consciência disso, terei de dirigir todo o esforço à “defesa das posições alcançadas”, a “não perder o que foi ganho”.

Tudo, então, torna-se inseguro, a relação pode romper-se a qualquer momento. Se não tenho a certeza de que o outro se vai esforçar seriamente por amar-me e superar as fricções e conflitos do convívio cotidiano, por que terei de fazê-lo eu? Não posso “baixar a guarda”, mostrar-me de verdade como sou, pois vai que meu parceiro descubra defeitos “insuportáveis” em mim e decida acabar com tudo? 

Perante as dificuldades que, forçosamente, têm de surgir, a tentação de abandonar a relação conjugal está sempre muito próxima, pois nada impede essa deserção.

Em resumo, a simples convivência sem entrega definitiva cria um clima em que a razão fundamental eentusiasmadora do matrimônio – fazer crescer e amadurecer o amor e, com ele, a felicidade – se vê muito comprometida.
Tomás Melendo Granados