sábado, 25 de janeiro de 2014

NOSSA SENHORA SE FAZ PRESENTE

Nossa Senhora se faz presente em todos os lugares e em todas as situações. Ela nunca nos abandona, pois recebeu de Jesus a missão de ser Mãe de toda a humanidade; e ainda que não tivesse recebido essa missão, seria nossa Mãe da mesma forma. Ela está sempre pronta para nos socorrer diante dos perigos e das ciladas do inimigo. Sua presença é silenciosa e discreta. A todo instante Ela advoga nossas causas e trava grandes batalhas por nós
Monsenhor Jonas Abib

CONVERSÃO DE SÃO PAULO

O apóstolo dos gentios e das nações nasceu em Tarso. Da tribo de Benjamim, era judeu de nação. Tarso era mais do que uma colônia de Roma, era um município. Logo, ele recebeu também o título de cidadão romano. O seu pai pertencia à seita dos fariseus. Foi neste ambiente, em meio a tantos títulos e adversidades, que ele foi crescendo e buscando a Palavra de Deus.
Combatente dos vícios, foi um homem fiel a Deus. Paulo de Tarso foi estudar na escola de Gamaliel, em Jerusalém, para aprofundar-se no conhecimento da lei, buscando colocá-la em prática. Nessa época, conheceu o Cristianismo, que era tido como um seita na época. Tornou-se, então, um grande inimigo dessa religião e dos seguidores desta. Tanto que a Palavra de Deus testemunha que, na morte de Santo Estevão, primeiro mártir da Igreja, ele fez questão de segurar as capas daqueles que o [Santo Estevão] apedrejam, como uma atitude de aprovação. Autorizado, buscava identificar cristãos, prendê-los, enfim, acabar com o Cristianismo. O intrigante é que ele pensava estar agradando a Deus. Ele fazia seu trabalho por zelo, mas de maneira violenta, sem discernimento. Era um fariseu que buscava a verdade, mas fechado à Verdade Encarnada. Mas Nosso Senhor veio para salvar todos.
Encontramos, no capítulo 9 dos Atos dos Apóstolos, o testemunho: “Enquanto isso, Saulo só respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor. Apresentou-se ao príncipe dos sacerdotes e pediu-lhes cartas para as sinagogas de Damasco, com o fim de levar presos, a Jerusalém, todos os homens e mulheres que seguissem essa doutrina. Durante a viagem, estando já em Damasco, subitamente o cercou uma luz resplandecente vinda do céu. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: ‘Saulo, Saulo, por que me persegues?’. Saulo então diz: ‘Quem és, Senhor?’. Respondeu Ele: ‘Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro te é recalcitrar contra o aguilhão’. Trêmulo e atônito, disse Saulo: ‘Senhor, que queres que eu faça?’ respondeu-lhe o Senhor: ‘Levanta-te, entra na cidade, aí te será dito o que deves fazer’”.
O interessante é que o batismo de Saulo é apresentado por Ananias, um cristão comum, mas dócil ao Espírito Santo.
Hoje estamos comemorando o testemunho de conversão de São Paulo. Sua primeira pregação foi feita em Damasco. Muitos não acreditaram em sua mudança, mas ele perseverou e se abriu à vontade de Deus, por isso se tornou um grande apóstolo da Igreja, modelo de todos os cristãos.
São Paulo de Tarso, rogai por nós!

NINGUÉM PODE MATAR A UNÇÃO DE DEUS EM NÓS

Ninguém pode matar a unção de Deus em nós, diz padre Jonas
Monsenhor Jonas saúda os oito mil participantes do Encontro de Formação da RCC (Foto: Natalino Ueda)
Monsenhor Jonas destaca que ninguém deve matar a unção de Deus em si mesmo nem nos outrosNI
Na manhã desta sexta-feira, 24, o fundador da Comunidade Canção Nova, monsenhor Jonas Abib, presidiu a Missa no Encontro Nacional de Formação da Renovação Carismática Católica (RCC).
O encontro, que teve início na quarta-feira, 22, e prossegue até o domingo, acontece em Aparecida (SP) e reúne oito mil coordenadores e representantes dos ministérios da RCC de todo o Brasil.
Logo no início da Celebração, monsenhor Jonas parabenizou a grande quantidade de participantes e destacou a importância de encontros de formação como esse.
“Precisamos ser formados para levar essa formação ao nosso povo que necessita tanto dela. Por esta razão, eu vim com todo entusiasmo para estar no meio de vocês”.
Monsenhor Jonas Abib afirmou ainda que Deus uniu a RCC e a Canção Nova, pois ele teve a graça de fazer a experiência do batismo no Espírito Santo logo no início do movimento, no Brasil, em 1971, antes mesmo de fundar sua comunidade.
“Foi uma caminhada imensa até agora, e, pela graça de Deus, eu serei carismático até o céu. Não é até a morte, pois a morte é uma passagem. No céu, eu serei carismático. Vou dar trabalho lá também”, disse.
Ninguém pode matar a unção de Deus em nós, diz padre JonasEm sua homilia, o sacerdote recordou que a primeira leitura da liturgia de hoje (cf. 1Sm 24,3-21) mostra como Davi teve a possibilidade de matar Saul, que o perseguia como a uma caça, mas escolheu não fazer nada ao “ungido do Senhor”. Apenas pegou um pedaço do seu manto para provar que ele havia chegado perto do rei.
“Ninguém de nós pode matar a unção”, alertou monsenhor Jonas, “nem em você mesmo nem no outro”.
“Em primeiro lugar, você não pode deixar a unção morrer em você, porque ela vem de Deus. Por meio dela nós realizamos coisas que só o poder de Deus pode realizar. É uma graça incalculável”.
O sacerdote explicou que essa unção foi recebida pelo batismo no Espírito Santo e que é preciso zelar por ela. “Você não pode matar a unção em você pelo seu relaxamento, seu desdém, por não levar a sério as coisas de Deus, especialmente a vida de oração”.
Outro aspecto destacado na homilia foi o “não matar” a unção no outro. Monsenhor Jonas disse que, muita vezes, por ciúme ou simplesmente por não gostar do jeito de alguém, as pessoas acabam impedindo-o de fazer isso ou aquilo.
E alerta: “Isso é um ato de impiedade, com toda a força que essa palavra tem. Matar a unção em alguém é um pecado diretamente contra Deus, o Autor e o Conservador da unção”.
O sacerdote destacou ainda que é preciso ter zelo pela unção dos outros. “Para que a graça de Deus aconteça na Igreja, em uma comunidade, é preciso o carisma de cada um, portanto, a unção de cada um. Deus nos deu a unção, porque ela é necessária”.
Sobre o Evangelho desta sexta-feira (cf. Mc 3,13-19), o sacerdote explica que esta é a passagem na qual Jesus escolhe Seus discípulos. “Jesus se retira para o monte e passa a noite em oração. Então, designa os 12 para ficar com Ele e enviá-los para pregar”.
Monsenhor Jonas ressalta que a palavra “desígnio” tem um sentido muito forte. “Jesus foi buscar o desígnio do Pai, em oração. Foi ouvir quem o Pai escolheria para ser Seus apostólos. Foi justamente na oração, inspirado pelo Espírito Santo, que Ele escolheu cada um”.
padre jonas encontro rcc aparecidaComo diz a leitura, primeiramente, Jesus os escolheu para que ficassem com Ele. “Por vontade do Pai, Ele quis ter uma comunidade. Eles viviam juntos, desde comer até dormir ao relento. E foi assim, vivendo lado a lado, que os discípulos foram formados”. Essa escolha tinha um objetivo: “enviá-los a pregar”.
Esse é o Evangelho do chamado. “Meu irmão, minha irmã, você foi chamado pelo Senhor. Houve um desígnio no seu chamado, e você não pode deixá-lo “cair no chão”. O Senhor chamou você pelo nome. Eu sei que, com toda a certeza, você prega isso para os outros, mas precisa viver o que prega e levar isso muito a sério”, destacou.
Monsenhor lembrou que a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, escrita pelo Papa Francisco, é um documento especial para todos da RCC. “O documento de Francisco nos dá um empurrão, nos põe para frente, para evangelizar com parresia. Essa palavra grega expressa muita coisa: ousadia, entusiasmo, audácia, incansabilidade… E é assim que o Senhor quer que levemos o Evangelho às pessoas”.
Para evangelizar com parresia é preciso o batismo no Espírito Santo, ressaltou padre Jonas. Ele ainda exortou: “Nós que o temos [batismo no Espírito Santo], que recebemos a unção, conversemo-la e sejamos realmente apóstolos. Sejamos evangelizadores”


INTIMIDADE COM A PALAVRA DE DEUS

Assim como você alimenta o corpo, todos os dias, alimente, diariamente, o seu espírito com a Palavra de Deus. 
Assim como tomamos banho, todos os dias, e, quando não podemos fazê-lo pela manhã, à noite o corpo pede um banho, assim também acontece com a leitura da Bíblia.

Não deixe de dar ao seu espírito o que você dá ao seu corpo! Há pessoas que não conseguem dormir sem tomar banho. Que nós sejamos assim: que não possamos dormir sem o banho da leitura da Palavra.

Padre Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

VIVER AS DEMORAS EM DEUS

A Palavra que o Senhor quer trabalhar conosco é a confiança, mas como é difícil vivê-la! Permitir as demoras de Deus e viver em Sua espera não é fácil. Nesta semana, estamos lendo o livro de Samuel; diante dele, compreendemos que as demoras do Senhor dão frutos. 

Lemos que Davi enfrentou Golias, pois não parou nas dificuldades. Amados, quantas vezes não agimos como Davi! Não confiamos no tempo que o Senhor tem para cada um de nós e ainda desistimos de enfrentar o Golias que se apresenta, por vezes, em nossa vida. Não podemos deixar que os acontecimentos tirem o nosso foco de Deus. 

Imaginemos o pequeno Davi diante do gigante. Ele, provavelmente, estava com medo, mas foi ousado. Também nós não podemos deixar que a falta de confiança em Deus e em nós mesmos nos tire de nossas metas. Se ao pedirmos algo ao Pai, ele não nos der, nós reclamaremos, ou seja, não saberemos que a espera vem d'Ele. 

O Senhor tem compaixão para com aqueles que O buscam com a sinceridade de coração. Se você quer desistir, porque Deus está demorando em cumprir suas promessas, não desista, pois problemas e dificuldades todos nós os temos. Lembremo-nos de que tudo podemos n'Aquele que nos fortalece. Não tenhamos medo de ser ousados, mas, a partir de hoje, busquemos falar menos e agir mais. 

Em quantas graças temos deixado de acreditar? Somos tomados pelo medo e não contemplamos as vitórias do Pai. Temos medo de dar passos e não nos lançamos na vontade de Deus. O Senhor quer fazer muito por meio de nós, mas Ele também quer que sejamos perseverantes. A confiança faz parte da vida dos que buscam Deus. Se ainda existe escravidão em nós, peçamos ao Senhor que nos cure e nos liberte. 
Aquele povo, narrado no Evangelho de São Marcos, tinha um forte desejo de buscar Deus; nós, pela Sagrada Eucaristia, devemos manter esse mesmo desejo, pois dificuldades todos nós as temos, mas o que nos cabe é a exigência da missão. 

Quantas lutas nós travamos, irmãos! Existem pessoas amedrontadas, as quais não acreditam que Deus pode reinar na vida delas. Não deixe que o medo tire de você o foco que é Deus. Somos mais que vencedores com o Senhor, mas, sem esse foco, seremos derrotados. 
Com Deus somos tudo, sem Ele nada somos!

Padre Bruno 
Missionário da Comunidade Canção Nova

MARIA OBRA ADMIRÁVEL DE DEUS

Imitar as virtudes de Maria é imitar Seu Filho. Quando elogiamos a Virgem Maria, logo elogiamos Cristo.

Maria é a obra de Deus. Nós não encontramos erros na Sagrada Escritura sobre Nossa Senhora. O Senhor planejou tudo antes de ela existir. Portanto, Ele não fica com ciúmes da Virgem Maria. 

E junto à cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria mulher de Clopas, e Maria Madalena. Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ela amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa. Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que la Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede. Estava, pois, ali um vaso cheio de vinagre. E encheram de vinagre uma esponja, e, pondo-a num hissopo, lha chegaram à boca. E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito” (João 19,25-30).

Jesus sofreu horas de agonia e uma angústia terrível. Ao ver um parente que está internado, sofrendo e falecendo, nós lhe pedimos perdão e tentamos nos reconciliar com ele, pois ele está passando por um momento de agonia.

Se nós quisermos ser discípulos amados de Jesus, teremos de levar Nossa Senhora para dentro da nossa casa. Maria é obra admirável do Senhor. Temos de querer tudo o que é de Deus para nós, inclusive a Mãe d'Ele.

Santo Afonso de Ligório nos ensina que, de certa maneira, o demônio odeia mais Maria do que Deus, porque ela é mais parecida conosco. O inimigo odeia o nome da Virgem Santa. Ele, antes de qualquer coisa, quis mexer no alicerce da nossa vida, quis nos dar uma Mãe.

Deus age pelas mãos da Virgem Maria. Não tenhamos dúvidas de que ela está no céu, é obra admirável do Senhor. Precisamos crer que Jesus a fez sem pecado. O nome dela incomoda o maligno; satanás não quer que nós rezemos mais o terço, ele quer nos destruir.

Deus está agindo na nossa vida. Ele está olhando por nós, principalmente pelas mães cansadas, que, à noite, rezam para que seu filho possa dormir bem. Pelos frutos, saberemos o que vem de Deus. Somente a paz, a leveza e a tranquilidade pode vir do Senhor. A Virgem Maria é a esposa do Espírito Santo. Onde está ela o Espírito Santo também se faz presente. Precisamos fazer a experiência de clamar o Espírito de Deus.

É verdade que ela aparece pouco na Bíblia, mas onde Ela está, o Espírito age. Nossa Senhora toca nosso coração, ela nos escuta e intercede por cada um de nós.

Maria é criatura adorada e obediente a Deus, no entanto, Jesus é submisso a ela. Peçamos à Mãe das graças, admirável, poderosa e bendita que nos ajude a permanecer em Deus.

Daniel Godri Junior 
é apresentador do Programa Desenvolvendo Talentos, da TV Canção Nova

DEMONOLOGIA

Nos dias de hoje, muitas pessoas se sentem desconfortáveis ou até mesmo amedrontadas quando o assunto é Satanás e seus demônios. Qualquer menção, por menor que seja, sobre o Maligno faz brotar em suas mentes uma série de representações cheias de terror. Já outras, provavelmente influenciadas pela literatura e pelo cinema, são atraídas pelo mistério que envolve o tema. Porém, uma coisa é certa, falar do demônio suscita as reações mais adversas entre as pessoas.

O conhecimento da existência e da ação de Satanás e seus demônios é essencial. Consciente desta necessidade Pe. Paulo Ricardo, sem meias palavras, apresenta neste curso o ensinamento do Magistério da Igreja a respeito dessa verdade de fé.

Da existência do demônio à suas ações para perder as almas. Da tentação até a possessão, passando por todos os níveis dos ataques diabólicos. Do satanismo à feitiçaria. Enfim, de maneira sistemática, o curso traz um aprendizado valioso e de grande auxílio para o combate espiritual vivido por todo cristão.

LIVRE PARA AMAR

É bonito quanto entendemos que somos homens e mulheres livres, porque Cristo nos libertou; é um dom que nos diferencia dos animais e dos anjos. A liberdade é dom de Deus, que nos faz filhos d'Ele.

Nós nos perguntamos: "Por que existe o mal?". Precisamos entender que o mal só acontece pelo mau uso que o homem faz da sua liberdade. Todos nós somos livres, temos o direito de escolher o que fazer, seja em relação às coisas grandes ou pequenas.

Deus nos deu essa liberdade, e é por causa dela que o pecado entrou no mundo. Eva tinha a escolha de não ser enganada pela serpente. No capítulo terceiro de Gênese, encontramos o diálogo entre Eva e a serpente, que, por meio de uma mentira, começou a mudar a verdade de Deus. São João ainda diz que "o demônio é o pai da mentira". Cuidado com ele, porque vai tentar seduzi-lo como fez com Eva.

Qual é nosso erro? Por que caímos? Porque conversamos com o pecado. Se Eva não tivesse escutado a serpente, talvez tivesse conseguido vencer aquela tentação. Não dê ouvidos à tentação, não dialogue com ela. Entenda que o primeiro pecado não aconteceu porque Adão e Eva comeram a maçã, mas por causa da desobediência, do orgulho, pois queriam ser como Deus. Por essa razão, tornamo-nos escravos do pecado, escravos do mal.

Graças ao amor infinito e misericordioso de Deus, Ele enviou profetas para nos mostrar o caminho. Deus, por amor, nos enviou também Seu Filho para nos libertar da escravidão, por isso somos livres.

São Paulo nos diz, em Romanos, capítulo 6 versículo 23, que: “O salário do pecado é a morte”; mesmo que não seja uma morte física, morremos espiritualmente. Quantos, ainda escravos do pecado, alegram-se por momentos de prazer, mas, depois, encontram tristezas e mais solidão. Isso é a morte, e não podemos permanecer nela. Mesmo com tribulações, somos felizes, porque temos Deus. O preço que nos salvou foi o Sangue de Jesus que nos resgatou e nos libertou de toda escravidão. Convença-se desta verdade: você é livre pelo Sangue de Jesus! 

Não podemos ficar presos ao pecado, aos vícios, à masturbação, ao adultério, à bebida, ao cigarro ou às drogas, porque o Senhor nos libertou pelo Seu Sangue precioso. Quantos de nós vamos à Missa para participar, cantar e tocar, mas, quando tudo termina, voltamos para casa e continuamos com os nossos vícios? Tome posse da sua liberdade, porque Jesus o libertou. Você precisa dar mais valor à salvação divina.

Liberdade é a graça que Deus nos deu de escolhermos o que quisermos. Ninguém colhe o que não semeia; tudo tem consequências. No vício, o ser humano vende sua liberdade para algo que parece bom, mas, na verdade, torna-se escravo dele. Livre é aquele que escolhe o bem. Para aquele que tem um vício, eu lhe digo: você não é livre! Quando nós nos aprisionamos ao vício, nós nos tornamos escravos dele. O pecado vicia. Se a pessoa é boa hoje, precisa esforçar-se para ser boa amanhã também, lutar para viver sem o vício. É preciso entender que não se pode mais viver sob o jugo da escravidão. Não se deixe ser amarrado. 

Nós somos atraídos para o pecado, parece que sentimos uma necessidade aparente dele, mas nossa real necessidade é de Deus. Só no Senhor seremos verdadeiramente felizes.

Quantos jovens passam a madrugada toda nas redes sociais e não têm tempo para Deus! Se não existe esforço, não há vitória. Não adianta apenas a graça, é preciso esforço. Se você quer se libertar da cachaça, passe longe do bar; se quer se libertar das drogas, fuja das "amizades" que o levam para elas. Se você quer se libertar da sexualidade desregrada, afaste-se dos "amigos" que o levam para isso. Corte o mal pela raiz! Você precisa desviar os seus olhos não só das coisas grandes, mas também das pequenas, pois são essas pedras pequenas que o fazem tropeçar e cair. Não dê brechas ao pecado, não dê oportunidades a ele. Você precisa tomar posse desta verdade: você foi liberto e precisa amar, de verdade, como Jesus o ama. É um amor de cruz, não é como o amor que o mundo nos apresenta. Amar não é se apaixonar, não é ter prazer; o amor verdadeiro faz renúncias, ele está onde há liberdade. 
Emanuel Stênio 
Missionário da Canção Nova.

O AMOR QUE DÁ A VIDA

É próprio do amor ser fecundo, gerar vidas novas.

A Trindade Santíssima é um mistério inalcançável por todos nós seres humanos e até mesmo pelos anjos. Como pensar na existência de um Ser que não tem princípio, que não tem fim? Num ser que tudo sabe? Como imaginar isso? Deus não cabe na nossa concepção humana, Ele é infinitamente superior! Mas algo, sim, podemos falar da Santíssima Trindade, porque o próprio Deus quis se revelar a cada um de nós. Se Ele não se revelasse, jamais poderíamos afirmar que Ele é Uno e Trino. Se o Senhor não nos revelasse isso, até hoje não saberíamos que Ele é Pai, Filho e Espírito Santo. No entanto, não são três deuses, mas um único Deus.

Deus é amor. A partir do encontro com uma pessoa que, em essência, é Amor, começamos a entender o que é ser cristão: um encontro de intimidade com Deus. O Filho é gerado eternamente pelo Pai, é amado por Ele. O Filho é amado, constantemente, pelo Pai e se entrega inteiramente a Ele. Deus, no Seu mistério mais íntimo, não é uma solidão, mas uma trindade amorosa que se ama eternamente. Ele não é solitário, mas tem paternidade, tem filiação e tem o Espírito Santo, que é amor. Deus cria, porque quer fazer com que outros seres participem desse mesmo amor. 

Lutero dizia: “Não me importa o que Deus é em si mesmo, não me importa se Deus é Pai, Filho e Espírito Santo”. Não importa o que Ele é em si mesmo, senão o que Ele é para mim, o meu Salvador. O que importa é o que Deus faz para mim. Se nós não iluminamos nossa razão com a luz da fé, toda a nossa vida se torna um voluntarismo.

Nós somos seres racionais e queremos entender os porquês, claro, mas dentro dos nossos limites racionais. Se quisermos entender o que é o amor precisaremos ir à origem de tudo. 

“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.” (Gênesis 1,26-28).

O homem é a única criatura que Deus criou à Sua imagem. Mas por que Ele nos criou? Por que Ele cria? Porque Ele quer. Por que Deus fez o homem e a mulher? Porque Ele quis. Deus é realizado em si mesmo. Ele não nos criou, porque se sentia sozinho, mas porque há n'Ele uma efusão de amor, que faz com que outras criaturas participem do Seu amor. Se estamos na existência, é porque Deus nos amou. Se nós não fôssemos amados, hoje, por Deus, não estaríamos aqui. 

Descartes dizia: "Penso, logo existo". Poderíamos dizer: "Existo, logo sou amado". E mesmo que você tenha vindo à existência por uma "falha" dos seus pais, hoje, a Igreja diz a você que, mesmo que seu pai e sua mãe não tenham programado sua existência, Deus diz: "Eu o amo com amor eterno". Somos amados infinitamente por Deus, e o que nos diz isso é a nossa existência. Ele nos ama e, por isso, estamos aqui.

O homem não se equipara a qualquer outra criatura. Ele é a única criatura, que é a imagem de Deus. O homem só se encontra a partir do momento em que ele se doa, assim como a Trindade, quando o Pai se dá ao Filho e o Filho se dá ao Pai.

“E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só” (Gênesis 2,18).


João Paulo II disse: "Nós somos um dom do amor para o Amor. Deus veio do amor e veio para amar".

O problema do pecado é quando começamos a dialogar com satanás. Não chegue perto dele, porque ele é muito mais esperto do que você. Quem quiser ser mais esperto do que satanás, vai se perder, porque ele é muito mais astuto! Adão e Eva se escondem de Deus. Aqui está a desarmonia do ser humano, pois eles tiram os olhos de Deus e começam a olhar para si mesmos. Acabou a harmonia, pois esta é rompida pelo pecado. 
O pecado, no fundo, é sempre um pecado de egoísmo. Os homens querem tirar Deus da sociedade para se colocarem no lugar do Criador. Santo Agostinho disse: “Aversão a Deus e às criaturas”. Nós fomos chamados à entrega, a sairmos de nós mesmos. O pecado é sempre realizado na atitude de si mesmo, no egoísmo. Quanto mais sozinhos, mais inclinados somos ao pecado.

O pecado é sempre o oposto da nossa vocação original à santidade, à abertura do amor, é um ato de egoísmo. Amar é dar-se; pecar é fechar-se.

A inclinação ao egoísmo afeta nossa relação com Deus. Hoje, é comum vermos pessoas que querem obrigar a Deus, exigir d'Ele aquilo que elas pensam ser melhor para elas. Nós queremos insistir que o Senhor faça o que nós queremos. Quando nós queremos exigir que Ele faça a nossa vontade, nós deixamos de ser cristãos e passamos a adorar a nós mesmos.

Vale muito mais aquela adoração em que você não sentiu nada do que aquela em que você chorou e se arrepiou, mas ficou consigo mesmo.


“A verdade é aquilo que penso que é”. Quando nós queremos buscar o amor para nossa autossatisfação, ele se torna instrumento de benefício pessoal. Enquanto o outro me faz bem, eu o amo; quando já não me satisfaz, eu troco de pessoa. Isso não é amor; o amor é amar-se e doar-se ao outro. Sentimento não é amor, porque ele vai e volta. Nós somos homens iluminados, guiados e voltados para a inteligência.

Quem mais confia em si mesmo não vai chegar a lugar nenhum. São Filipe Neri dizia: “Senhor, não podes confiar em mim, porque, a qualquer momento, eu posso Te trair”. Nós, confiando em nós mesmos, vamos sempre nos frustrar. Nós não podemos nos autoajudar, o homem não é capaz de salvar-se por si mesmo. Precisamos uns dos outros, precisamos de um Redentor. 

Depois do pecado, não sabemos mais o que é amar. Por isso, Jesus Cristo, o Verbo Encarnado, veio nos ensinar a amar. Ele quer nos ensinar o amor extremo através da cruz. Mais do que amor em Belém, mais do que amor no Calvário, Jesus quis mostrar a humilhação na Eucaristia. Nós precisamos aprender a perder. 

Jesus teve compaixão, sofreu com os outros. Quando o padre confessa, ele está, constantemente, no Calvário; ele carrega o pecado das pessoas. 

Quando você para de pensar nos seus problemas e se preocupa com o outro, você se torna feliz. Quanto mais você se entrega, mais é feliz. Enquanto o projeto da sua vida for querer buscar a sua própria felicidade, menos você será feliz. Se quiser realizar essa vocação ao amor, só o encontrará na doação sincera de si mesmo. 

Foi ordem Vossa, Senhor: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. Dai-nos a graça de que não tenhamos medo de perder, como o grão caído na terra, que produz muito fruto, que não se perde em si mesmo.

Padre Demétrio Gomes da Silva 
Diretor espiritual do Seminário São José de Niterói (RJ)

ENTREGUE SEU CAMINHO A DEUS

No Evangelho diz que o sol se levanta sobre maus e bons. Assim, também, os sofrimentos se levantam não somente sobre os maus, mas também aos maus. 
É nessa hora que você tem que fazer a diferença e entregar o seu caminho ao Senhor. 
Deus sabe como cuidar das marcas, das feridas que você vem trazendo. Ele mesmo disse que carregaria o fardo contigo. 
Você tem que entregar tudo ao Senhor. Quando digo tudo, é tudo! Até mesmo os seus pecados, para que Ele possa agir em tudo em sua vida. Entregue o seu passado, as suas loucuras, as conseqüências, para que o Senhor possa cuidar tudo. 

Padre Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

A HORA DA MISERICÓRDIA

Santa Faustina nos recorda: "Então, vi Nossa Senhora, que me disse: Oh! Como é agradável a Deus a alma que segue fielmente a inspiração da Sua graça! Eu dei o Salvador ao mundo e, quanto a ti, deves falar ao mundo da Sua grande misericórdia, preparando-o para a Sua Segunda vinda, quando virá não como Salvador misericordioso, mas como Justo Juiz. Oh! Quão terrível será esse dia! Está decidido o dia da justiça, o dia da ira de Deus; os próprios Anjos tremem diante dele. Fala às almas dessa grande misericórdia, enquanto é tempo de compaixão. Se tu te calares agora, terás de responder naquele dia terrível por um grande número de almas. Nada receies, sê fiel até o fim, Eu me compadeço de ti" (Diário de Santa Faustina nº 635). 

É muito claro, não é verdade? Entre conosco neste Novo Tempo. É a Hora da Graça! O Dia da Salvação! O Tempo da Misericórdia. O próprio Jesus mandou que no quadro da Sua misericórdia viesse escrito: "Jesus, eu confio em Vós!" 

Nós rezamos diariamente às 15h o Terço da Misericórdia, porque foi Jesus mesmo quem o ensinou a Santa Faustina e insistiu com ela para que parasse e rezasse nesta hora que Ele chamou de 'A hora da Misericórdia'. "Às três horas da tarde, implora à Minha misericórdia especialmente pelos pecadores e, ao menos por um breve tempo, reflete sobre a Minha Paixão, especialmente sobre o abandono em que Me encontrei no momento da agonia. Esta é a Hora da grande misericórdia para o Mundo inteiro. Permitirei que penetres na Minha tristeza mortal. Nessa hora nada negarei à alma que Me pedir pela Minha Paixão (...)" (id.ib. nº 1320). 

É isso que Ele espera de cada um de nós: a nossa total confiança. 
Monsenhor Jonas Abib