terça-feira, 10 de janeiro de 2012

PERDÃO A IGREJA

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Bispo de Palmares (PE), Dom Genival Saraiva de França, e o doutor em Psicologia, Júlio Rique Neto


A Igreja defende sempre o perdão, mesmo quando esse parece uma atitude tão difícil de se concretizar. "A Igreja é Mãe e Mestra. Assim, fiel ao ensinamento e à prática de Jesus, vai ao encontro de seus filhos, para nutri-los e alimentá-los com a graça do Sacramento da Reconciliação. Como é Mestra, ensina que o perdão é a via da humanização e da santificação", explica Dom Genival.
Perdoar é difícil porque a tendência é prevalecer a autoafirmação, o egoísmo e o individualismo, ao passo que o perdão supõe e exige espiritualidade, maturidade e fraternidade. 
Nessa perspectiva, a Bíblia presta-se como um catálogo de bons exemplos para o perdão: Davi é um exemplo vivo de quem pede perdão, como o vemos na oração dos salmos 31 (32) e 50 (51); José, do Egito, é um exemplo tocante de quem concede perdão (cf. Gn 42, 1-24); Jesus é o modelo de perdão, no momento crucial de sua vida, ao pedir ao Pai por seus algozes: 'Pai, perdoa-lhes: não sabem o que fazem' (Lc 23,34); Estevão, o primeiro mártir da Igreja, nos instantes finais de seu apedrejamento, rezou: “Senhor, não leves em conta este pecado” (At 7,60).  Na história da Igreja, são muitos os santos e santas que encarnam o perdão como experiência de comunhão com Deus e com o próximo.
"Esses exemplos muito contribuem para que a busca humilde do perdão e a concessão generosa do perdão tornem-se uma realidade na vida das pessoas e, particularmente, dos discípulos e discípulas de Jesus Cristo. A cultura do perdão, mais do que prática humana e social, é, antes de tudo, ação da graça de Deus em nossas vidas", ressalta o Bispo de Palmares.
Você só tem a ganhar
– Perdoar é um processo e pode levar tempo!
– Baixa ansiedade, menor depressão, pressão sanguínea e batimentos cardíacos regulares;
– Quem perdoa: não evita encontrar com seus ofensores; não sente medo ou vergonha por ter sido ofendido; melhora a auto-estima;
– No plano das relações interpessoais, pedir desculpa ou perdão por algo que atingiu a natureza da convivência humana é uma atitude de educação doméstica e educação social;
– Crescimento na maturidade como ser humano;
– Pessoas que perdoam conseguem manter relações sociais mais próximas com maior comprometimento, ou seja, as relações com a família e os amigos permanecem com maior grau de satisfação

REZEMOS PELOS QUE NOS PERSEGUEM E CALUNIAM

Quando dispomos o nosso coração para abençoar tudo ao nosso redor e as pessoas com as quais convivemos, a luz de Cristo vem sobre nós e passamos a enxergar a vida e o próximo sob uma nova ótica. Muitas vezes, as nossas amarguras, os nossos dissabores, os ressentimentos, as mágoas, o negativismo e as críticas obscurecem a nossa visão e, assim, nos tornamos incapazes de ver as situações como, de fato, são.
Somos convidados por Deus a olhar para nós mesmos, para as pessoas e para o mundo que nos cerca com o olhar de Jesus. Somente com o auxílio da graça divina, somos capazes de perceber o que há de belo na vida, mesmo quando as dificuldades baterem à nossa porta. Cultivemos o bom humor, a alegria e a disposição de amar e abençoar a todas as pessoas. Hoje não pode ser mais um dia na nossa vida.
Façamos a partir de hoje um firme propósito de abençoar e falar uma palavra de ânimo, de consolo e de bênção para o nosso próximo.
Pode ter certeza de que, ao agir dessa forma, você será o primeiro a ser beneficiado pela graça de Deus. Rezemos, sobretudo, pelas pessoas que nos perseguem, que nos desprezam, que nos criticam, por aquelas que falam mal de nós e por quem temos antipatia.
“Quero, portanto, que em todo o lugar os homens façam a oração, erguendo mãos santas, sem ira e sem discussões” (I Tm 2,8).
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

EUCARISTIA, O SACRAMENTO DA UNIDADE



Na comunhão, ao receber uma hóstia consagrada, a pessoa recebe Jesus por inteiro. Não um "pedacinho" de Jesus, mas toda a Sua Pessoa, o Seu Corpo ressuscitado, que tem Carne e sangue.

Quando o sacerdote parte a hóstia, em cada uma das partes está Nosso Senhor Jesus Cristo. É o Seu Corpo ressuscitado. E porque Ele tem um Corpo ressuscitado, pode dar-se inteiro e ao mesmo tempo para cada um de nós em particular. Jesus não se divide nem se multiplica, há um só Jesus, Ele supera a lei do espaço.

É por isso também que a Eucaristia é chamada de “o sacramento da unidade”. Quando comungamos, todos entramos em comunhão: todos juntos somos um em Cristo.

Tanto na forma de pão como na forma de vinho, recebemos Jesus por inteiro: Corpo, Sangue, Alma e Divindade.
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova