terça-feira, 5 de junho de 2012

POR QUE ME PERTUBO FACILMENTE ?


Grandes perturbações, muitas vezes, surgem de escolhas malfeitas; e é sobre isso que eu quero conversar um pouquinho com você. Muitas de nossas perturbações possuem origem nos momentos em que escolhemos sempre o que seria mais fácil, sem muitas exigências, e assim, a gente segue escolhendo facilitar aqui, ali e acolá, sem fazer crescer o amor, a misericórdia, a paciência, a capacidade de perdoar e esperar; qualidades que são tão úteis e fundamentais para crescermos.

É por isso que muita gente perde até o sentido da vida! As escolhas fáceis retiram o sabor que a vida tem, enfraquece o que precisa ser forte e vibrante em nós, acomoda o que necessitaria ser movido, fragilizando a alma e as forças do coração! Observe-se e verá!

Escolhas fáceis geram pessoas frágeis e, por isso, perturbadas! Essa perturbação é a ausência de sentido da vida!

Ricardo de Sá

SERENIDADE E CORAGEM

Tende coragem! Eu venci o mundo

Quando Jesus se despediu dos Apóstolos, no final da Última Ceia, já caminhando para a Paixão, fez entrar em seus corações uma lufada de confiança: "Como o Pai me ama, assim também eu vos amo. Permanecei no meu amor [...]. Eu vos disse isso para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa" (Jo 15,9.11).
Ao mesmo tempo, mostrou-lhes que a alegria cristã não é o regozijo ruidoso e oco do mundo, que se acende como um palito de fósforo e se apaga logo depois. Um filho de Deus sabe manter-se sereno e feliz, mesmo em meio às mais duras contradições.
Neste sentido, Jesus anunciou, com toda a clareza, aos apóstolos e aos que iam lhes suceder o que deveriam esperar em todos os tempos, até ao fim do mundo: "Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro me odiou a mim. Se fôsseis do mundo, o mundo vos amaria como ama o que é seu; mas, porque não sois do mundo, e porque eu vos escolhi do meio do mundo, por isso o mundo vos odeia" (Jo 15,18-19).
E acrescentou, pouco depois: "Eu vos disse estas coisas para que, em mim, tenhais a paz. No mundo tereis aflições. Mas, tende coragem! Eu venci o mundo" (Jo 16,33). Os católicos fiéis, que conservam uma consciência sensível, não precisam fazer nenhum esforço para entender que hoje – nestes tempos de agressividade deliberada e escancarada contra a Igreja e o Papa – essas palavras de Cristo são de uma plena atualidade.
Pois bem. No dia 29 de junho de 2009, o Papa Bento XVIpronunciou algumas palavras de serena coragem e esperança, que são como um eco das palavras de Jesus na Santa Ceia, que acabamos de citar. Foi na homilia de encerramento do Ano Paulino, na Basílica de São Paulo Extramuros. Uma homilia rica de conteúdo, na qual, entre outras coisas, lemos as seguintes considerações: 
«No capítulo quarto da Carta aos Efésios, o apóstolo Paulo nos diz que, unidos a Cristo, devemos alcançar a idade adulta, uma humanidade madura [cf. Ef 4, 12-15]. Não podemos continuar a ser “crianças, entregues ao sabor das ondas e levados por todo vento de doutrina” (4,14). Paulo deseja que tenhamos uma fé “responsável”, uma fé “adulta”.
«A palavra “fé adulta”, nos últimos decênios, transformou-se num chavão muito difundido. Com frequência é entendida como a atitude daquele que não escuta a Igreja e os seus pastores, mas escolhe de forma autônoma o que quer crer e não crer, isto é, uma fé “feita por cada um à sua medida”. Isso é interpretado como “coragem”, a coragem de manifestar-se contra o Magistério da Igreja.
«Na realidade, para isso não é preciso coragem nenhuma, porque quem o faz pode ter a certeza de que, por ser contestador, vai receber o aplauso público. Pelo contrário, é necessária coragem para unirmo-nos à fé da Igreja, especialmente quando essa fé contradiz o “esquema” do mundo contemporâneo. A essa falta de conformismo da nossa fé, Paulo a chama “fé adulta”. Pelo contrário, qualifica como infantil o fato e correr atrás dos ventos e das correntes do tempo presente.
«Assim, por exemplo, faz parte dessa fé adulta comprometer-se com a inviolabilidade da vida humana desde o primeiro momento da sua concepção, opondo-se com isso de forma radical ao princípio da violência, precisamente na defesa das criaturas humanas mais vulneráveis. Faz parte da fé adulta reconhecer o matrimônio entre um homem e uma mulher para a vida toda como algo ordenado pelo Criador e restabelecido novamente por Cristo. A fé adulta não se deixa arrastar, de um lado para outro, por qualquer corrente. Opõe-se aos ventos da moda. Sabe que esses ventos não são o sopro do Espírito Santo; sabe que o Espírito de Deus se expressa e se manifesta na comunhão com Jesus Cristo […]».
Meditemos sobre essas palavras do Santo Padre, bem atuais. E não esqueçamos nunca que a comunhão com Jesus Cristo exige, por querer de Deus, comunhão com a Sua Igreja: Quem vos escuta – declarou Jesus aos Apóstolos –, é a mim que está escutando; e quem vos despreza, é a mim que está desprezando (Lc 10,16). Sem união com a “Sua Igreja” não pode haver união com Nosso Senhor.
Padre Francisco Faus

A GRANDE PROVISÃO DE DEUS É O ESPÍRITO SANTO



A grande provisão de Deus para os nossos tempos é o Espírito Santo. Quando um soldado é enviado em missão, ele vai com uma provisão. Ou seja: seu comandante lhe dá armas, alimentos, remédios e roupas de que precisará para aquela missão. Nenhum comandante enviará um soldado sem lhe dar o abastecimento necessário.

Mesmo em casa, quando um filho vai a um passeio, a mãe prepara o seu lanche, as roupas e tudo que for necessário para aquele dia. É a provisão para aquela viagem. Da mesma maneira, para enfrentar esses tempos que estamos vivendo, para enfrentar essa época em que Jesus se aproxima a passos largos, precisamos do Espírito Santo. Necessitamos da efusão do Espírito Santo, precisamos da promessa de Jesus: "[...] Vós, porém, dentro de poucos dias sereis batizados com o Espírito Santo" (At 1,5b).

Você se pergunta: “O que preciso fazer para ser batizado no Espírito Santo?”. É tão simples quanto beber um gole de água. Todavia, ninguém pode fazê-lo por você, é preciso que você queira e que dê o passo. Se mantiver a água na boca, sem se abrir para recebê-la, ninguém poderá fazer isso por você.

Deus deu-me a graça de receber o Espírito Santo porque, embora nada entendesse, do fundo do meu coração eu queria. Eu tinha sede. Não sabia que era a graça do Espírito Santo que me faltava, mas quis aquele “algo a mais”. Por isso pedi continuamente, pois tinha sede, e Deus veio em meu auxílio e concedeu-me a graça. É preciso que você também tenha sede, que queira essa graça de verdade. Não basta um querer superficial: é preciso querer, buscar e pedir. Repito: você precisa querer! Precisa buscar! Ninguém poderá fazê-lo por você. Você precisa pedir, pois a iniciativa é sua.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova