segunda-feira, 29 de outubro de 2012

SUPERANDO OS DESAFIOS DO DESERTO

Gostaria de explanar sobre as tentações que Jesus sofreu relatadas em Mt 4,1-13. Certamente esta reflexão não servirá apenas para este momento de quaresma, mas para durante toda a nossa trajetória de vida, 
e assim estarmos atentos as astúcias do demônio e de que forma vencê-las.
O cenário desta vez é o deserto. Deserto é lugar de desafios. Diz a palavra de Deus que Jesus foi levado pelo Espírito para ser tentado pelo diabo. O deserto expõe os limites do Senhor Jesus como pessoa humana. Durante toda a história do povo de Israel o deserto tem sido o local onde o povo teria que passar; este deserto aqui no antigo testamento em que o povo caminhou rumo à terra prometida é uma prefiguração do caminho percorrido para a crucificação, a via-sacra. O maior deserto de Jesus não é desta narrativa de 40 dias, mas o caminho percorrido do sinédrio até o calvário, este sem duvida um desafio de sobrevivência.
Nesta narrativa o demônio se aproxima de Jesus, justamente por ele estar no deserto; aprendi que o momento em mais somos tentados é quando estamos sós. O deserto traz solidão; esta é uma das lutas enfrentadas aqui neste cenário. O demônio não perderia esta oportunidade de estar diante de um Deus “aparentemente fragilizado” por causa da solidão do deserto. A mortificação trazida no corpo de Jesus, o desafio de jejuar durante todos estes dias era apenas uma pequena amostra daquilo que o Senhor iria suportar na sua paixão.
Três tentações apresentadas. O aspecto negativo, tríplice, ameaçador diante de um homem em solidão no deserto. Então o demônio solta o seu primeiro veneno: Se és filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pão (Mt 4,4). O desafio de saciar a fome, ou ao menos amenizá-la. O demônio sabia que essa poderia ser uma possível fraqueza do filho de Deus. É evidente que o diabo se apresenta depois de ter observado Jesus. Viu o aspecto já um tanto frágil de um “Jesus-humano” chegando ao próprio limite. Por isso apresenta algo que de fato Jesus precisava naquele momento, para desviá-lo da vontade de Deus. Aqui alerto você para observar algo: O demônio sabe da sua fraqueza, então ele te dará coisas, aparentemente de forma oportuna, para desviar você da vontade de Deus. Jesus de fato estava com fome, mas não se rendeu ao desejo do diabo. Cuidado! Coisas certas em horas erradas podem trazer um estrago em sua vida. Depois de ouvir ao Senhor, persevere diante dos desertos para que se realize a soberana vontade de Deus.

Na segunda tentação, o diabo desafia Jesus a se jogar afirmando o que está no salmo 90, que os seus anjos o sustentariam em suas mãos. Parece-me que o diabo queria ver um espetáculo naquela que seria a próxima cena. E desta vez ele mostrou de fato que conhecia a palavra de Deus. Note aqui que ele usa a própria palavra de Deus para tentar desviar Jesus das escrituras. É esta a forma que ele age muitas vezes. Ele sabia de fato que se Jesus se jogasse, iria ter um espetáculo dos anjos o segurando. Essa é a tática mais vista de forma clara hoje. “os espetáculos da fé”, “shows da fé”. O diabo tem afastado muitas pessoas da doutrina do Senhor utilizando a palavra de Deus; muitos tem se desviado utilizando a seguinte expressão: “agora encontrei a verdade”. Cuidado! Esta tentação tem o real intuito de desviar você da palavra de Deus. O nosso Deus não quer espetáculos da fé acontecendo. Ele quer que vivamos de acordo com a sua palavra, observando a sã doutrina da salvação.
Vamos agora à última tentação: “te darei todos os reinos do mundo se ajoelhado se prostar e me adorar” (Mt 4,9). Aqui o diabo revela a maior das suas intenções através de uma mentira. Apresenta-se como dono das riquezas. Veja o caminho percorrido: primeiro tenta levar Jesus para desviar da vontade do pai, depois a se desviar da palavra de Deus e por último desviar Jesus da cruz. O diabo deduzia que por meio da cruz a salvação chegaria até nós, e com isso ele teria mais trabalho para matar, roubar e destruir. Aqui ele revela o maior de todos os seus desejos. Quer ser adorado, revela aqui o que o profeta Isaias diz: “Escalarei o céus e erigirei meu trono acima da estrelas, me tornarei igual ao altíssimo (Is 14, 13-14). Tudo o que o diabo queria é ocupar o trono de Deus, mas isso nunca será possível.
Se prepare para entrar no deserto. Ali será o lugar do silêncio, da solidão, da reflexão, da tentação e da oração. Durante a caminhada passamos por muitos desertos. Quando recebemos a efusão no espírito vivemos momentos de alegria, paz, mas dificilmente se permanece na caminhada apenas estando bem. Quem nunca em um determinado momento questionou Deus, mesmo depois de experimentá-lo? Quem nunca sentiu vazio, aridez espiritual, falta de vontade orar? Pois é, isso faz parte do deserto. Quem nunca foi tentado a se desviar da vontade de Deus ou quem nunca se desviou da palavra de Deus? Enquanto caminharmos como igreja militante, saiba que passaremos não apenas por um deserto, mas por vários. Permaneçam firmes diante dos desertos, e não se deixem abater pelas tentações. O deserto é transitório. O Senhor não quer que você morra no deserto. Faça do deserto uma armadilha para o diabo. Aproveite este tempo oportuno  para refletir, orar e voltar ao Senhor. Não esqueça: Só os fortes sobrevivem ao deserto.

Deus te abençoe em Cristo Jesus!

DEIXE SUA VIDA SER TRANSFORMADA POR DEUS

A maioria das pessoas considera estar feliz quando tudo esta correndo bem. Quando perdem isso ou aquilo, e surgem as contrariedades, sentem-se perdidos. A mudança somente acontece na vida de quem se deixa transformar pelo Espírito Santo. Por quê? Em Gl 5,22 esta escrito: “O fruto do Espírito é: alegria...” A alegria é fruto do Espírito Santo recebido na graça do nosso batismo. É uma realidade divi
na dentro de nós. A felicidade pode desaparecer, enquanto a alegria permanece. As pessoas animadas, que parecem estar sempre sorrindo e se divertindo, nem sempre tem a verdadeira alegria. Quem possui a alegria fruto do Espírito, sabe ser feliz na abundância, e também encontra força para reagir nas dificuldades. Esta graça esta em você, peça, todos os dias, ao Espírito Santo esta alegria.

Jesus misericordioso,
ensina-me a viver bem cada dia,
para que em tudo eu possa encontrar
a Tua presença.
Quero aprender a realizar as minhas atividades
com alegria para a Tua glória e o bem de todos. Amém

Padre Alberto Gambarini

É DEUS QUEM NOS PURIFICA

Deus não castiga, Deus purifica! Ele não tem prezar de castigar as pessoas. No evangelho de hoje, Jesus nos contou a parábola da figueira, onde o homem foi buscar figo na figueira e não encontrou, para ilustrar isto: todas as coisas que acontecem conosco não são castigos de Deus.
Eis a parábola:
“Disse-lhes também esta comparação: Um homem havia plantado uma figueira na sua vinha, e, indo buscar fruto, não o achou. Disse ao viticultor: - Eis que três anos há que venho procurando fruto nesta figueira e não o acho. Corta-a; para que ainda ocupa inutilmente o terreno? Mas o viticultor respondeu: - Senhor, deixa-a ainda este ano; eu lhe cavarei em redor e lhe deitarei adubo. Talvez depois disto dê frutos. Caso contrário, cortá-la-ás.” Lc 13, 6-9 Jesus sabendo que tem muitas pessoas que foram criadas para amar e não dá amor, Ele mesmo suscitou as pastorais, como a Pastoral da Sobriedade, que tem como missão não só retirar as pessoas das dependências, mas levá-las ao encontro de Deus.

Ninguém de nós pode desprezar ninguém, a vida mesmo nos levar a purificação, para que alcancemos a conversão. Precisamos ter paciência em buscar a conversão, já que ela é um processo, que nem sempre acontece de forma instantânea como a de São Paulo. 


A Pastoral da Sobriedade nasceu do Espírito Santo para à Igreja, graças a Deus temos bons frutos de conversão, pois o próprio Senhor nos ensina que é pelos frutos que conheceremos a árvore. 
mansidão, fortaleza. 

Dom Irineu Danelon 
Bispo da Diocese de Lins/SP

SUA CASA É VISITADA PELOS ANJOS

Acredite: sua casa será visitada pelos anjos. Mais ainda: o anjo da guarda estará muito presente. Você não estará sozinho. Muitas vezes estragamos tudo porque queremos fazer as coisas por nós mesmos. É preciso que aconteça radicalmente o contrário. 

Ore, peça, interceda e tenha certeza de que o próprio Senhor vai fazer com que o anjo da guarda de cada pessoa da sua família entre em ação para trazer a paz, a concórdia, a libertação e a saúde de que precisam.

Quanto à educação de seus filhos, confie-os ao anjo da guarda de cada um deles; peça a esse ser celeste que lhe dê sabedoria para educá-los, e ele irá derramá-la em sua mente e em seu coração. E também vai corrigi-lo em coisas que você não deve fazer. Se você ouvir e obedecer, obterá a sabedoria de que precisa para educá-los.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

QUAL É A DIREÇÃO DE SUA VIDA ?

A resposta indica onde está seu coração

Para onde você está indo? Onde quer chegar? O que você já fez da sua vida? O que pretende ainda realizar? Onde está a tua descendência? Estas e tantas outras perguntas o ser humano faz, constantemente, ao longo da sua vida!
Poderíamos dizer que somente um adulto pergunta sobre a própria vida, mas isso é um engano, pois até mesmo a mais simples pergunta de uma criança representa a sua dúvida sobre a vida. Porém, cabe a cada um de nós não parar nas perguntas, mas buscar, constantemente, uma resposta. Por que digo constantemente? Pelo simples fato de que, a cada pergunta respondida, outras surgirão!
Podemos chegar a um estado de desespero, de depressão ou de profunda angústia. Isso é muito provável para aqueles que somente buscam respostas para suas perguntas, sem avaliar a fonte, o lugar de onde estão saindo estas respostas. Demos um passo adiante nesta nossa reflexão. Para responder a simples pergunta “para onde estou indo?”, devemos perguntar primeiramente: “quem sou eu?”. Assim teremos o início de uma resposta coerente e verdadeira.
No Salmo 8, o autor sagrado pergunta “Senhor, quem é o homem para cuidar dele tanto assim?”. A resposta encontramos em Gênesis 1,27: “Façamos o homem a nossa imagem e semelhança”. Aqui, começamos a encontrar a resposta essencial e vital de cada um de nós. Se partirmos desta afirmação do Gênesis, que somos criados à imagem e semelhança de Deus, partimos de uma realidade de vocação, ou seja, de um chamado.
A vocação acima falada é a imagem de Deus que somos, ou seja, o Senhor nos chama a sermos Sua imagem, Imago Dei. Mas não é um chamado passivo que espera uma resposta. Não! A imagem divina que somos é uma vocação ativa de Deus a nós. Antes mesmo de respondermos à pergunta que toda criança faz: "O que vou ser quando crescer?", podemos responder: "quem somos"? Fomos criados à imagem do Pai por amor. Nenhuma outra criatura, no mundo, tem este dom tão grande de ser imagem do Criador; porém, todo chamado exige uma reação.
A resposta é a semelhança à qual Deus nos criou. Ou seja, com o dom da liberdade podemos responder e corresponder a essa semelhança naquilo que escolhemos e fazemos. Na certeza de que não basta apenas um agir moral reto, mas uma profunda adesão total e completa daquilo que é uma resposta decidida e definitiva de cada um de nós ao Criador. Ou seja, uma profunda decisão interior a uma constatação de um dom recebido.
Tendo esta consciência de quem somos, podemos dizer que nenhuma pergunta ficará sem resposta, pois a vida não se faz de perguntas, mas de vocação e respostas dadas, a cada dia, a um amor que ultrapassa as barreiras da nossa ignorância e do nosso tempo, mas respeita, porque o verdadeiro amor é aquele que gera liberdade, por isso nos espera até o último momento. 
Para onde você está indo? Eu espero que seja ao encontro com o nosso Deus Amor!
Padre Anderon Marçal