quinta-feira, 17 de abril de 2014


DIA DO SACERDÓCIO

Lembramos hoje de todos os Sacerdotes da Igreja Católica, que com a sua vida, dedicam-se ao Reino de Deus. Não esqueça de hoje, rezar pelo Padre de sua Paróquia.







QUINTA - FEIRA INSTITUIÇÃO DA EUCARISTIA




EUCARISTIA GRAÇA DE DEUS PARA HUMANIDADE

Reze hoje, nesta Quinta-feira Santa, agradecendo a Jesus pelo grande presente que nos deixou: a Eucaristia.

A Eucaristia é como um remédio, o qual temos de tomar constantemente, até ficarmos curados. Principalmente quando a nossa luta é contra um determinado pecado, que não conseguimos vencer. Só assim, seremos vencedores nessa luta. Se frequentemente recebermos o corpo do Senhor, a cura e a libertação irão acontecer.

"Obrigado, Senhor, pela oportunidade que tenho diariamente de receber-Te na comunhão e assim receber tantas graças de que necessito, especialmente a de vencer a tentação e o pecado. Creio que serei vitorioso usando esse poderoso remédio que é a Eucaristia.

Senhor, obrigado por todo esclarecimento que recebi a respeito da Eucaristia. Dá-me, Senhor, deste Pão, para que eu possa ser curado e ressuscitado, conforme a promessa que está em Tua Palavra: 'Aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele, e eu o ressuscitarei' (Jo 6,54.56). Ressuscita-me, Senhor Jesus. Amém!"

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

A ESPIRITUALIDADE DA QUINTA -FEIRA SANTA



Bebeu o cálice da Paixão até a última e amarga gota
Aqui começa o Tríduo Pascal, a preparação para a grande celebração da Páscoa, a Vitória de Jesus Cristo sobre a morte, o pecado, o sofrimento e o inferno.

Este é o dia em que a Igreja celebra a instituição dos grandes Sacramentos da Ordem e da Eucaristia. Jesus é o grande e eterno Sacerdote, mas quis precisar de ministros sagrados, retirados do meio do povo, para levar ao mundo a Salvação que Ele conquistou com a Sua Morte e Ressurreição. 

Jesus desejou ardentemente celebrar aquela hora: “Tenho desejado ardentemente comer convosco esta Páscoa, antes de sofrer.” (Lc 22,15). 

Na celebração da Páscoa, após instituir o Sacramento da Eucaristia, ele disse aos discípulos: “Fazei isto em memória de Mim”. Com essas palavras, Ele instituiu o sacerdócio cristão: “Pegando o cálice, deu graças e disse: Tomai este cálice e distribuí-o entre vós. Tomou em seguida o pão e depois de ter dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim.” (cf. Lc 22,17-19) 

Na noite em que foi traído, mais nos amou, bebeu o cálice da Paixão até a última e amarga gota. São João disse que “antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo ao Pai, como amasse os seus que estavam no mundo, até o extremo os amou.” (Jo 13,1)

Depois que Jesus passou por toda a terrível Paixão e Morte de Cruz, ninguém mais tem o direito de duvidar do amor de Deus por cada pessoa.

Aos mesmos discípulos ele vai dizer, depois, no Domingo da Ressurreição: “Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (Jo 20,23). Estava, assim, instituída também a sagrada confissão, o sacramento da penitência; o perdão dos pecados dos homens que Ele tinha acabado de conquistar com o Seu Sangue.

Na noite da Ceia Pascal, o Senhor lavou os pés dos discípulos, fez esse gesto marcante, que era realizado pelos servos, para mostrar que, no Seu Reino, “o último será o primeiro”, e que o cristão deve ter como meta servir e não ser servido. Quem não vive para servir não serve para viver; quem não vive para servir não é feliz, porque a autêntica felicidade o tempo não apaga, as crises não destroem e o vento não leva; ela nasce do serviço ao outro, desinteressadamente. 

Nessa mesma noite, Jesus fez várias promessas importantíssimas à Igreja que instituiu sobre Pedro e os apóstolos. Prometeu-lhes o Espírito Santo, e a garantia de que ela seria guiada por Ele a “toda a verdade”. Sem isso, a Igreja não poderia guardar intacto o “depósito da fé”, que São Paulo chamou de “sã doutrina”. Sem a assistência permanente do Espírito Santo, desde Pentecostes, ela não poderia ter chegado até hoje e não poderia cumprir sua missão de levar a salvação a todos os homens de todas as nações. 

”E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco. É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós.” (Jo 14, 16-17). 

Que promessa maravilhosa! O Espírito da Verdade permanecerá convosco e em vós. Como pode alguém ter a coragem de dizer que, um dia, a Igreja errou o caminho? Seria preciso que o Espírito da Verdade a tivesse abandonado. 

”Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito.” (Jo 14, 25-26) 

Na Última Ceia, o Senhor deixou à Igreja essa grande promessa: O Espírito Santo “ensinar-vos-á todas as coisas”. É por isso que São Paulo disse a Timóteo que “a Igreja é a coluna e o fundamento da verdade” (1Tm 3, 15). Quem desafiar a verdade de doutrina e de fé, ensinada pela Igreja, vai escorregar pelas trevas do erro.

E, na mesma Santa Ceia, o Senhor lhes diz: “Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade…” (Jo 16, 12-13)

Jesus sabia que aqueles homens simples não tinham condições de compreender toda a teologia cristã; mas lhes assegura que o Paráclito lhes ensinaria tudo, ao longo do tempo, até os nossos dias de hoje. E o Sagrado Magistério dirigido pelo Papa continua assistido pelo Espírito de Jesus.

São essas promessas, feitas à Igreja na Santa Ceia, que dão a ela a estabilidade e a infalibilidade em matéria de fé e de costumes. Portanto, não só o Senhor instituiu os sacramentos da Eucaristia e da ordem, na Santa Ceia, mas colocou as bases para a firmeza permanente da Sua Igreja. Assim, Ele concluiu a obra que o Pai Lhe confiou, antes de consumar Sua missão na cruz

PAPA FRANCISCO LAVARÁ OS PÉS DE DEFICIENTES FÍSICOS

O Papa Francisco lavará os pés de deficientes físicos de diferentes idades, sexo, raça e religião

VATICANO – Este ano o Papa Francisco lavará os pés de doze deficientes físicos de diferentes idades, sexo, raça e religião, durante a missa da Ceia do Senhor da Quinta-Feira Santa que celebrará no Centro Santa Maria da Providência de Roma.

O diretor do centro, Salvatore Provenza, explicou ao grupo ACI que os pacientes têm entre 20 e 70 anos de idade e foram escolhidos “em função de suas deficiências, relacionadas em sua grande maioria com doenças degenerativas e problemas neuromotores”.

“Queremos representar todas as patologias que tratamos, e dar valor à reabilitação e dignidade aos doentes. Assim como fez o nosso fundador Pe. Gnocchi com os feridos da Segunda Guerra Mundial”, disse.

Provenza assinalou que os pacientes “ainda não sabem que o Papa lhes lavará os pés” e “serão informados nos próximos dias”. Entre estas pessoas há doentes de Parkinson, Alzheimer, esclerose, ictus cerebral e deficientes por acidentes.

O Centro Santa Maria da Providência, pertencente à Fundação Pe. Carlo Gnocchi, foi escolhido pelo Papa Francisco depois do pedido feito por Dom Angelo Bazzari, presidente desta fundação, durante uma audiência geral no Vaticano

OS SÍMBOLOS NA SEMANA SANTA

Os símbolos do Batismo
1. A água
Embora o rito do Batismo esteja todo ele repleto de símbolos, a água é o elemento central, o símbolo por excelência.
Em quase todas as religiões e culturas, a água possui um duplo significado: é fonte de vida e meio de purificação.
Nas Escrituras, encontramos as águas da Criação sobre as quais pairava o Espírito de Deus (Gn 1,2). A água é vida no regaço, na seiva, no liquido amniótico que nos envolve antes de nascer.
No dilúvio universal as águas torrenciais purificam a face da terra e dão lugar à nova criação a partir de Noé.
No deserto, os poços e os mananciais se oferecem aos nômades como fonte de alegria e de assombro. Perto deles têm lugar os encontros sociais e sagrados, preparam-se os matrimônios, etc.
Os rios são fontes de fertilização de origem divina; as chuvas e o orvalho contribuem com sua fecundidade como benevolência de Deus. Sem a água o nômade seria imediatamente condenado à morte e queimado pelo sol palestino. Por isso se pede a água na oração.
Javé se compara com uma chuva de primavera (Os 6,3), ao orvalho que faz crescer as flores (Os 14.6). O justo é semelhante à árvore plantada ao borde das águas que correm (Nm 24,6); a água é sinal de bênção.
Segundo Jeremias (2, 13), o povo do Israel, ao ser infiel, esquece de Javé como fonte viva, querendo escavar suas próprias cisternas. A alma procura deus como o cervo sedento procura a presença da água viva (Sl 42,2-3). A alma aparece assim como uma terra seca e sedenta, orientada para a água.
Jesus emprega também este simbolismo em sua conversação com a samaritana (Jo 4.1-14), a quem lhe revela como “água viva” que pode saciar sua sede de Deus. Ele mesmo se revela como a fonte dessa água: “Se alguém tiver sede, que venha para Mim e beba” (Jo 7,37-38). Como da rocha de Moisés, a água surge do flanco transpassado pela lança, símbolo de sua natureza divina e do Batismo (cf. Jo 19,34).
Por este motivo, a água se converteu no elemento natural do primeiro sacramento da iniciação cristã. Desde os primeiros séculos do cristianismo, os cristãos adultos eram batizados em uma espécie de pileta (tanque para lavar utensílios, roupas etc.; pia) cheia de água que contava com duas escadas: por uma descia e por outra saía. A imagem de “descer” às águas representava o momento da purificação dos pecados e estava associada à morte de Cristo.
A saída, subindo pelo lado oposto, representava o renascer à nova vida, como saindo do ventre materno; e era associado à ressurreição. No centro se fazia a profissão de fé pública. E isto significa que a água do batismo não é algo “mágico” -como pensam muitos crentes- que protege ou transforma por si só, mas sim a expressão deste duplo compromisso: o de mudar de vida morrendo ao pecado e o de renovar a escala de valores, iluminados por Cristo, ressuscitados com Ele.
2. A vestimenta branca
A cor branca sempre foi identificada com a pureza, com o inocente. Parece lógico que, desde os primeiros séculos do cristianismo, os catecúmenos fossem ao Batismo vestidos com túnicas brancas. Poderíamos considerá-lo, inclusive, como inspirado na imagem reiterada do Apocalipse, em que os seguidores fiéis do Cordeiro mereceram vestir-se de branco (cf. 3,4-5.18; 4,4; 7,9. 13-14; 19,14; 22,14).
Entretanto, os textos bíblicos dependeriam do que nos diz a tradição cultural dos primeiros séculos, anterior aos mesmos. Em todo o Império Romano, só os membros do Senado se vestiam com túnicas brancas. Dali que os chamassem candidatas, do latim “cândido”, branco. Desta maneira. Manifestava publicamente sua dignidade, a de servir ao Imperador, quem se apresentava como o Filho de Deus.
Os cristãos, então, a irem vestidos de branco a receber o Batismo, tentaram mostrar que a verdadeira dignidade do homem não consiste em trabalhar para nenhum poder político, mas sim em servir Jesus Cristo, o verdadeiro Filho de Deus. Portanto, mais que símbolo de pureza, era símbolo de dignidade, de vida nova, de compromisso com um estilo de vida e com o esforço cotidiano por conservá-la sem mancha, para ser considerados dignos de participar do banquete do Reino (cf. MT 22, 12).
Em uma sociedade consumista como a nossa, em que a dignidade das pessoas depende de como vão vestidas, da moda que seguem, das marcas que usam, os cristãos deveriam nos perguntar o que fizemos de nossa “veste branca” batismal e verificar se, como diz São Paulo, “tendo-nos revestido de Cristo” (Cf. Gl 3.27)

O NOSSO CORPO É TEMPLO DO ESPIRITO SANTO

Hoje, de forma especial, vamos falar da coisa mais linda e bela da nossa vida: a nossa sexualidade. Evangelizar a minha e a sua sexualidade. 

Muitos de nós temos uma ideia completamente errada e negativa da sexualidade que Deus nos deu. Cada um de nós, como um ser sexuado diante de Deus, criado à Sua imagem e semelhança, pode expressar a sua vida, os seus afetos, o seu amor e a riqueza que vem de Deus. Seria tão bom se cada um de nós, hoje, colocasse nas mãos de Deus a alegria da sua própria vida. Alguém tem medo do seu corpo? Vamos refletir e meditar um texto de São Paulo aos Corintios. 

“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma. Os alimentos são para o estômago e o estômago para os alimentos; Deus, porém, aniquilará tanto um como os outros. Mas o corpo não é para a fornicação, senão para o Senhor, e o Senhor para o corpo. Ora, Deus, que também ressuscitou o Senhor, nos ressuscitará a nós pelo seu poder. Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, pois, os membros de Cristo, e os farei membros de uma meretriz? Não, por certo. Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz, faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa só carne. Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito. Fugi da fornicação. Todo o pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que fornica peca contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.” 1 Coríntios 6:12-20 Paulo a partir desse capítulo até o capítulo oitavo vai trazer a proposta à vocação a castidade. A comunidade de corinto era muito desordenada segundo os estudiosos bíblicos e parece que no campo da sexualidade também . Hoje vivemos numa sociedade bem questionada pela sua sexualidade. Como é triste ver que o mundo perdeu a valorização do seu corpo. E na cidade de Corinto se passava pela mesma situação. Paulo vai dizer na sua carta: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma. Quando tudo me é permitido eu coloco a disposição da minha liberdade. Tem coisas que não me convém, tem realidades que afeta na minha vida. E a primeira coisa que Paulo vai dizer é o que tem haver com o corpo: “Os alimentos são para o estômago e o estômago para os alimentos; Deus, porém, aniquilará tanto um como os outros. Mas o corpo não é para a fornicação, senão para o Senhor.” 

Que declaração de amor mais bela, mais forte! Na nossa vida, assim como o povo de Israel, jamais tínhamos ouvido essa coisa tão bela: “O corpo é para o Senhor”. Para falarmos da evangelização da sexualidade é preciso falar do corpo. Por isso eu perguntei: “Alguém se sente bem com seu corpo?”. 

Todas as vezes que começamos um tema sobre a sexualidade, começamos a falar da beleza do corpo, das virtudes da sexualidade, desse corpo que nós somos. Muitos de vocês estão vivendo a experiência da conjugalidade, o seu corpo fala imediatamente para o seu cônjuge. Você não disse uma palavra, mas seu esposo lhe pergunta: “Você está bem?”. Você pode dizer: “Estou bem”, mas, na verdade, seu corpo está dizendo outra coisa. 

Cada um de nós expressa a grandeza da sua sexualidade por meio do corpo. Uma das coisas que mais têm me preocupado, hoje, é o fato de o corpo estar sendo manipulado. Há muitas pessoas que não aceitam o seu corpo, porque são muito gordos ou muito magros. Muitos de nós não aceitamos nosso corpo como um espaço de salvação. Que beleza quando cada um de nós começa a reconhecer a ação de Deus no próprio corpo! Não existe um corpo perfeito, um corpo deficiente e não existe um corpo diferente. 

"Ora, Deus, que também ressuscitou o Senhor, nos ressuscitará a nós pelo seu poder. Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo?" (1Cor 6,14-15). Será que nós temos consciência total de que cada membro do nosso corpo faz parte do corpo de Cristo? Os nossos membros, que muitas vezes não conhecemos, fazem parte do corpo do Senhor. 

A minha vida mudou a partir do momento que comecei a aceitar o meu corpo. Cada membro do nosso corpo é importante e expressa o que somos. Como é bom perceber que cada parte de nós se uni ao corpo da comunidade! É tão lindo ver uma pessoa que revela a beleza de Deus! É belíssimo ver quando uma criança, no processo de amadurecimento, vive e descobre a riqueza do seu corpo; quando os namorados vivem o esplendor do seu corpo, preparando-se para uma vida conjugal. Quando o casal descobre, a cada dia, a riqueza da intimidade no seu corpo; quando um rapaz ou uma moça decidem viver o celibato ou a virgindade e, por meio do seu corpo, glorificam o Senhor. O nosso corpo não pode ser motivo de escândalo.

Corpo e alma se forma em uma única realidade. Olha o que vai dizer Paulo: “Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz, faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa só carne. Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito.” 1 Coríntios 6:16-17 

Três coisas belíssimas, acaba de dizer o apóstolo: 

1ª - Somos membros do corpo de Cristo
2ª - O nosso corpo é do Senhor
3ª - O nosso corpo é templo.

Agora, eu pergunto aos casais: "Quando um casal começa a usar o método contraceptivo, perde a sacralidade do corpo, porque todos os métodos fecham o casal para a vida. Quando um casal se ama de verdade e querem viver uma sexualidade vivida no Senhor, começam pelo método natural. Esse é um alimento primordial da sacralidade do corpo. Este não pode ser maltratado. O método natural não exige um curso na faculdade, mas a dignidade do casal. Que lindo seria se todos os casais tivessem a dignidade no casamento! 

Não sei por que muitos pensam que a sexualidade não vem de Deus. “Os vossos corpos são para o Senhor.”
Vamos falar agora sobre o celibato e o sacerdócio. Há uma coisa que me preocupa muito na Igreja: as famílias cristãs não estão promovendo a vida consagrada dos filhos, elas rezam assim: “Senhor, envie muitos sacerdotes. Senhor, envie muitas consagradas, mas que estes não saiam da minha casa!”. Se o nosso corpo é do Senhor, viver o celibato é uma coisa maravilhosa, pois este não é abstinência do ato sexual, mas a entrega da sexualidade por um bem superior. Por isso, a força de tudo o que sou está direcionada para Deus.A virgindade não é a negação do feminino, e também não é o aniquilamento da possibilidade de não ser mãe. Quando uma moça se decide pelo celibato, pela virgindade, decide entregar-se ao Senhor, ela está sendo o exemplo mais vivo da comunidade eclesial e daquilo que viveremos na eternidade. Ser celibatária e virgem é um dom de Deus. Assim como os casais vivem a sua sexualidade, desde o caráter unitivo, desde a fidelidade, desde o amor conjugal, os celibatários que decidem pela virgindade descobrem a alegria do seu ser em Cristo Jesus. 

Talvez, muitos casais estejam aqui suplicando ao Senhor: “Como nós podemos viver melhor a nossa sexualidade? Como fazer para que meu corpo possa transmitir o rosto de Deus? É triste ver como o nosso país vive a sexualidade de forma tão negativa! A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com o lema da campanha deste ano – o tráfico humano –nos faz pensar sobre o número de pessoas que vivem a triste realidade da prostituição. Será que não podemos dizer um 'basta' à prostituição? Será que não estamos destruindo a condição de templo? O nosso corpo não é para nós, ele não é para o prazer! Quando o homem e a mulher vivem bem o sacramento do matrimônio, eles transmitem a vontade de Deus.

Não podemos continuar traficando crianças, não podemos continuar com essa realidade de prostituição! Nós somos chamados por Paulo a glorificar a Deus com o nosso corpo, e quando assim fazemos, o nosso corpo é capaz transmitir Deus. Eu o glorifico com o meu olhar, que transmite Deus para as pessoas. Eu o glorifico com meu jeito de andar, que revela a beleza de Deus. Vamos fazer de tudo para que o Senhor faça a Sua obra em nós e por meio de nós. 

O corpo de um encéfalo glorifica o Senhor, o corpo de uma pessoa com Síndrome de Down glorifica o Senhor. Um corpo escultural glorifica o Senhor. Você cuida do seu corpo de forma equilibrada? Um corpo perfeito nos leva à vaidade. Um corpo perfeito, colocado num outdoor, não glorifica o Senhor. Quantas pessoas perdidas não glorificam o seu corpo! 
Padre Rafael 
Fraternidade Javé Salvador