sexta-feira, 29 de outubro de 2010

REZE PELA CURA DA SEXUALIDADE FERIDA

Às vezes, as mulheres se omitem e se anulam dentro do relacionamento. É importante que você, mulher, se expresse para o seu marido, mesmo que a princípio ele resista ao que você tem a dizer. O que você realmente espera do ato conjugal? Em que é necessário melhorar? Você também precisa saber do que seu esposo necessita nesta hora.
"Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo também amou a Igreja e se entregou por ela, a fim de santificar pela palavra aquela que ele purifica pelo banho da água. Pois ele quis apresentá-la a si mesmo toda bela, sem mancha nem ruga ou qualquer reparo, mas santa e sem defeito. É assim que os maridos devem amar suas esposas, como amam seu próprio corpo. Aquele que ama sua esposa está amando a si mesmo" (Efésios 5,25-28).
Espírito Santo, venha sobre nós e sobre os casais que estão vivendo um caos na sua vida sexual. Venha, Espírito Santo, trazendo ordem e nos libertando de toda armadilha do demônio. Rompa com o silêncio que destrói, com a indiferença e com as barreiras do ódio, do rancor, das mágoas e dos ressentimentos que bloqueiam o diálogo.
Restaure a vida dos casais, derramando o vinho do amor e do entusiasmo. Liberte a sexualidade ferida dos que estão dominados pelas forças do mal, pelo passado, pelo pecado. Cure os corações das mulheres que foram agredidas sexualmente, tratadas de qualquer jeito. Restaure o vínculo matrimonial entre os casais.
Pela intercessão de Nossa Senhora, que o Espírito Santo venha reconstruindo a vida sexual dos casais..
Salette Ferreira

O SEU CORAÇÃO É UM TERRITÓRIO DE DEUS


"Derramarei sobre vós água pura e sereis purificados. Eu vos purificarei de todas as impurezas e de todos os ídolos. Eu vos darei um coração novo e porei em vós um espírito novo. Removerei de vosso corpo o coração de pedra e vos darei um coração de carne". (Ez 36,25-26)

Deus quer nos dar um coração de carne, porque Jesus ressuscitado tem um coração de carne como o nosso. Após ressuscitar, Jesus se manifesta várias vezes aos discípulos. Eles se assustam, pensando que era um fantasma. Jesus, então, lhes mostra Suas chagas. Vendo ainda desconfiança nos corações deles, pede algo para comer (cf. Lc 24,40-43).

Todos nós gostaríamos de ter um coração diferente. A vida, com seus próprios acontecimentos, endureceu nosso coração. Mas saiba que Deus não nos deu um coração egoísta. Fomos feitos à imagem e semelhança d'Ele, que é a personificação do amor. O coração soberbo, orgulhoso, altivo, autossuficiente, não é o coração que Deus nos deu.

Seu coração é igual ao de Jesus. O pecado, a vida, o mundo ao seu redor é o que o fizeram duro, egoísta. Originalmente, ele não é e não deve ser assim. O que aconteceu foi uma usurpação, um roubo, uma intromissão indevida. Uma injustiça do inimigo, que entrou num território que não era dele. O seu coração é território de Deus, só Ele pode reinar.

Deus abençoe você!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

PRONUNCIAMENTO DO PAPA CONCLAMA BRASILEIROS A " DEFENDER A VIDA "

 


Bento XVI: “Ao defender a vida não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambigüidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo”.
Roma, 28/10/2010 – Em encontro com bispos brasileiros no Vaticano, o Santo Padre Bento XVI ratificou a posição da Igreja Católica em relação ao aborto e recomendou a defesa de símbolos religiosos em ambientes públicos.
O Papa deixou bem claro que apóia a iniciativa dos bispos e sacerdotes em se posicionarem contra projetos que vão contra os Santos Ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Todos os católicos precisam conhecer essa declaração do Sumo Pontífice. Divulgue-a entre seus amigos.
“Amados Irmãos no Episcopado,
«Para vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo» (2 Cor 1, 2). Desejo antes de mais nada agradecer a Deus pelo vosso zelo e dedicação a Cristo e à sua Igreja que cresce no Regional Nordeste 5. Lendo os vossos relatórios, pude dar-me conta dos problemas de caráter religioso e pastoral, além de humano e social, com que deveis medir-vos diariamente. O quadro geral tem as suas sombras, mas tem também sinais de esperança, como Dom Xavier Gilles acaba de referir na saudação que me dirigiu, dando livre curso aos sentimentos de todos vós e do vosso povo.
Como sabeis, nos sucessivos encontros com os diversos Regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, tenho sublinhado diferentes âmbitos e respectivos agentes do multiforme serviço evangelizador e pastoral da Igreja na vossa grande Nação; hoje, gostaria de falar-vos de como a Igreja, na sua missão de fecundar e fermentar a sociedade humana com o Evangelho, ensina ao homem a sua dignidade de filho de Deus e a sua vocação à união com todos os homens, das quais decorrem as exigências da justiça e da paz social, conforme à sabedoria divina.
Entretanto, o dever imediato de trabalhar por uma ordem social justa é próprio dos fiéis leigos, que, como cidadãos livres e responsáveis, se empenham em contribuir para a reta configuração da vida social, no respeito da sua legítima autonomia e da ordem moral natural (cf. Deus caritas est, 29). O vosso dever como Bispos junto com o vosso clero é mediato, enquanto vos compete contribuir para a purificação da razão e o despertar das forças morais necessárias para a construção de uma sociedade justa e fraterna. Quando, porém, os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem, os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas (cf. GS, 76).
Ao formular esses juízos, os pastores devem levar em conta o valor absoluto daqueles preceitos morais negativos que declaram moralmente inaceitável a escolha de uma determinada ação intrinsecamente má e incompatível com a dignidade da pessoa; tal escolha não pode ser resgatada pela bondade de qualquer fim, intenção, conseqüência ou circunstância. Portanto, seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até à morte natural (cf. Christifideles laici, 38). Além disso no quadro do empenho pelos mais fracos e os mais indefesos, quem é mais inerme que um nascituro ou um doente em estado vegetativo ou terminal? Quando os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático – que só é verdadeiramente tal quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana – é atraiçoado nas suas bases (cf. Evangelium vitæ, 74). Portanto, caros Irmãos no episcopado, ao defender a vida «não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambigüidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo» (ibidem, 82).
Além disso, para melhor ajudar os leigos a viverem o seu empenho cristão e sócio-político de um modo unitário e coerente, é «necessária — como vos disse em Aparecida — uma catequese social e uma adequada formação na doutrina social da Igreja, sendo muito útil para isso o “Compêndio da Doutrina Social da Igreja”» (Discurso inaugural da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, 3). Isto significa também que em determinadas ocasiões, os pastores devem mesmo lembrar a todos os cidadãos o direito, que é também um dever, de usar livremente o próprio voto para a promoção do bem comum (cf. GS, 75).
Neste ponto, política e fé se tocam. A fé tem, sem dúvida, a sua natureza específica de encontro com o Deus vivo que abre novos horizontes muito para além do âmbito próprio da razão. «Com efeito, sem a correção oferecida pela religião até a razão pode tornar-se vítima de ambigüidades, como acontece quando ela é manipulada pela ideologia, ou então aplicada de uma maneira parcial, sem ter em consideração plenamente a dignidade da pessoa humana» (Viagem Apostólica ao Reino Unido, Encontro com as autoridades civis, 17-IX-2010).
Só respeitando, promovendo e ensinando incansavelmente a natureza transcendente da pessoa humana é que uma sociedade pode ser construída. Assim, Deus deve «encontrar lugar também na esfera pública, nomeadamente nas dimensões cultural, social, econômica e particularmente política» (Caritas in veritate, 56). Por isso, amados Irmãos, uno a minha voz à vossa num vivo apelo a favor da educação religiosa, e mais concretamente do ensino confessional e plural da religião, na escola pública do Estado.
Queria ainda recordar que a presença de símbolos religiosos na vida pública é ao mesmo tempo lembrança da transcendência do homem e garantia do seu respeito. Eles têm um valor particular, no caso do Brasil, em que a religião católica é parte integral da sua história. Como não pensar neste momento na imagem de Jesus Cristo com os braços estendidos sobre a baía da Guanabara que representa a hospitalidade e o amor com que o Brasil sempre soube abrir seus braços a homens e mulheres perseguidos e necessitados provenientes de todo o mundo? Foi nessa presença de Jesus na vida brasileira, que eles se integraram harmonicamente na sociedade, contribuindo ao enriquecimento da cultura, ao crescimento econômico e ao espírito de solidariedade e liberdade.
Amados Irmãos, confio à Mãe de Deus e nossa, invocada no Brasil sob o título de Nossa Senhora Aparecida, estes anseios da Igreja Católica na Terra de Santa Cruz e de todos os homens de boa vontade em defesa dos valores da vida humana e da sua transcendência, junto com as alegrias e esperanças, as tristezas e angústias dos homens e mulheres da província eclesiástica do Maranhão. A todos coloco sob a Sua materna proteção, e a vós e ao vosso povo concedo a minha Benção Apostólica

OS NOVOS CARISMAS SÃO RESONSAVÉIS PELO FUTURO DA IGREJA

O evento da Renovação Carismática Católica é a contestação do Espírito", salienta Matteo Calisi
"A Igreja através da Magistério Pontifício considera o florescer de novas comunidades um evento extraordinário do Espírito Santo que será destinado a caracterizar  o futuro da Igreja”. Foi o que afirmou nesta quinta-feira, 28, o presidente da Fraternidade Católica e membro do Pontifício Conselho para os Leigos, Matteo Calisi na primeira palestra do encontro mundial das novas comunidades.
Em seu painel intitulado “Anunciar Jesus Cristo, caminho, verdade e vida”, Matteo Calisi falou aos representantes das diversas comunidades dos cinco continentes presentes  no XIV Congresso Internacional da Fraternidade Católica das Novas Comunidades na cidade de Assis, Itália.
No Pentecostes de 1998, o Papa João Paulo II disse, que dentro da Renovação Carismática, a Fraternidade Católica tem o objetivo específico de manter a identidade católica e encorajar outras comunidades a terem uma estreita ligação com os bispos e com o Pontífice romano. “Aquilo que está em jogo não é simplesmente o exame de algum carisma particular, mas  um fenômeno global", enfatizou Matteo Calisi.
Calise ressaltou que os representantes das comunidades de todo mundo receberam um especial mandato de Deus. “Vocês são muito importantes no plano do Senhor e estão no coração do Santo Padre”, exaltou.
O presidente da Fraternidade Católica alertou para que estes dons de Deus, que são novos carismas, sejam  preservados. “Ainda se trata de algo novo que precisa ser conhecido e explorado e ao mesmo tempo protegido”, destacou. Calisi disse ainda que os todos deveriam se comprometer com responsabilidade para com este fruto da Igreja.
Nova Evangelização
Sobre a Nova Evangelização, o presidente da Fraternidade Católica destacou que os novos carismas são o aspecto mais luminoso, porque recolhem e movem milhões de leigos nos ambientes mais diversos, transformando a sociedade e levando o anúncio do Evangelho até mesmo às estruturas mais tradicionais da Igreja.
“Portanto, este florescer das comunidades está no coração do Papa e é uma grande esperança para a Igreja. É claro que será preciso tempo para purificar, pois ainda existem muitos aspectos humanos. É preciso separar o joio e o trigo”, salientou. Para Calisi, o pai de todos os carismas é o discernimento.
Para muitos foi quase um choque esta emissão do Espírito Santo em homens e mulheres. “É como um pacote de presente que ainda está fechado, mas quando se descobre esta presença do Espírito Santo no mundo, é o Deus do Céu que veio morar no meio dos homens. Somente pela contemplação é possível entender”, enfatizou.
Renovação carismática, um fenômeno contemporâneo
 
Na realidade, são infinitas todas as riquezas que os carismas têm, e elas são mais do que podemos compreender. “A Renovação Carismática é um fenômeno contemporâneo. É um movimento de busca insaciável pela presença de Deus que queima e não se consome”, ressaltou o membro do Pontifício Conselho para os Leigos.
Para ele a Renovação Carismática é a audácia da transformação. “Deus não mora em edifícios feitos de pedra, mas dentro de homens e mulheres. Não acredito que a Renovação é uma moda, mas uma experiência eterna . A Renovação Carismática não inventou nada, mas retomou algumas coisas que foram esquecidas. O que vale não é o aspecto exterior, mas o que se realiza no interior”, destacou Matteo Calisi.
 
A Renovação Carismática é uma erupção do Espírito Santo nesta sociedade que despreza Deus. Calise salientou que no norte da Europa muitas igrejas se transformaram em museus, mas no Brasil a situação é bem diferente.  Antes o Brasil era porto de chegada para muitas congregações missionárias, mas hoje é dele que parte missionários para todo mundo. “O evento da Renovação Carismática Católica é a contestação do Espírito. Milhões de cristãos estão vivendo uma genuína experiência de Deus”, sublinhou.
O presidente da  Fraternidade Católica salientou ainda que a a boa nova ainda não se tornou “notícia na mídia”, existindo ainda pessoas que não a receberam, e portar esta boa nova ainda é a missão dos cristãos.

MINHA DOCE E SUAVE CRUZ

O pecado só pode ser vencido pela Cruz de Cristo.
O livro A Imitação de Cristo, sempre me “socorre” nos momentos em que estou confuso. Quando não sei se estou certo ou errado. Vou testemunhar uma dessas vezes.

Sempre fui do tipo que não tem muita “afinidade” com a cruz. Afinal, quem é que gosta de sofrer???

Um dia desses passei por uma situação a qual eu quis rejeitar morrer para as minhas vontades. No fundo eu sabia que estava errado. Na manhã seguinte ao entrar na capela disse para Jesus: “Pode me ‘detonar’ com Sua Palavra, pois sei que estou errado, mas preciso de orientação”. Como de costume, nestes momentos de conflito interior, abri o livro A Imitação de Cristo. Eis a resposta de Deus: “A muitos parece dura essa palavra: ‘Renuncia a ti mesmo, toma tua cruz e segue Jesus’ (Jo 6,61). Mas será ainda mais duro ouvir esta última palavra: ‘Afastai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno’ (Mt 25,41)” (Livro A Imitação de Cristo, livro II, capítulo 12, parágrafo 01).

O Senhor foi duro comigo! Levei um susto, mas senti que Ele tinha algo muito importante a me dizer. Continuando a leitura, me deparei com o parágrafo 6, onde dizia: “Julgas que poderás escapar àquilo que nenhum mortal pode evitar? Qual o santo que neste mundo esteve ao abrigo da cruz e da provação? Nem mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor: durante a Sua vida não escapou nem por uma hora ao sofrimento da paixão. ‘Era necessário - diz Ele – que Cristo sofresse, ressuscitasse dos mortos, e assim entrasse em Sua Glória’ (Lc 24,26-46). E tu buscas outro caminho fora do caminho Real da Santa Cruz?”

Veja só o que é o pecado!!! Algo tão detestável, que danificou a humanidade a tal ponto, que a única forma que Deus encontrou para nossa redenção, teve de ser a cruz! A Cruz é algo inevitável para nossa salvação! Caso contrário, Jesus poderia ter adormecido, sem dor alguma, morrer, depois ressuscitar. Daí Ele diria: “Não liguem para os sofrimentos! Fujam deles! Só sofre quem quer! Depois todos vão ressuscitar como Eu!”

Não foi isso que aconteceu! Só Ele poderia transformar o sofrimento da humanidade, conseqüência do pecado, em salvação! Porém, Ele, o nosso Deus Todo Poderoso, teve que passar pela Cruz! Por isso o título deste texto: “Minha doce e suave Cruz”. Se a Cruz é algo inevitável, veja como a sua é leve! Compare-se com as pessoas que realmente sofrem neste mundo! Os flagelados de guerras, secas, pestes, doenças, aqueles que são afligidos por mortes brutais de entes queridos e tantos outros tipos de sofrimento que nem conhecemos...

É até justo, os pequenos sofrimentos que passamos, quando oferecidos a Cristo, para “compensar” os grandes sofrimentos de irmãos em estado de miséria total, espalhados pelo mundo afora... O que temos de melhor que eles para merecermos a vida que temos? O que eles fizeram para merecerem ter nascido onde e como nasceram? Nada! O culpado de tudo isso é o pecado, que só pode ser vencido pela Cruz de Cristo!



O SACRAMENTO DA PENITÊNCIA E DA RECONCILIAÇÃO

O Sacramento da penitência e da reconciliação

O pecado arrasta ao pecado e a sua repetição gera o vicio 
A reconciliação torna-se necessária porque se deu a ruptura do pecado, da qual derivaram todas as outras formas de ruptura no íntimo do homem e à sua volta.
A reconciliação, portanto, para ser total exige necessariamente a libertação do pecado, rejeitado nas suas raízes mais profundas.
Por isso, há uma estreita ligação interna, que une conversão e reconciliação: é impossível dissociar as duas realidades, ou falar de uma sem falar da outra.

A nova vida da graça, recebida no Batismo, não suprimiu a fragilidade da natureza humana nem a inclinação para o pecado (isto é, a concupiscência). O Senhor ressuscitado instituiu este sacramento, para a conversão dos batizados que pelo pecado d’Ele se afastaram. Na tarde de Páscoa, o Senhor se mostrou aos Apóstolos e lhes disse: «Recebei o Espírito Santo; àqueles a quem perdoar os pecados serão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes serão retidos» (Jo 20, 22-23).
O pecado é uma ofensa a Deus, na desobediência ao seu amor. Fere a natureza do homem e atenta contra a solidariedade humana. O pecado arrasta ao pecado e a sua repetição gera o vício.
Podemos ainda distinguir entre pecado mortal e venial. Comete-se pecado mortal quando, ao mesmo tempo, há matéria grave, plena consciência e deliberado consentimento. Este pecado destrói a caridade, priva-nos da graça santificante e conduz-nos à morte eterna do inferno, se dele não nos arrependermos. É perdoado ordinariamente mediante os sacramentos do Batismos e da Penitência ou Reconciliação.
O pecado venial, que difere essencialmente do pecado mortal, comete-se quando se trata de matéria leve, ou mesmo grave, mas sem pleno conhecimento ou sem total consentimento. Não quebra a aliança com Deus, mas enfraquece a caridade; manifesta um afeto desordenado pelos bens criados; impede o progresso da alma no exercício das virtudes e na prática do bem moral; merece penas purificatórias temporais.
Cristo confiou o ministério da reconciliação aos seus Apóstolos, aos Bispos seus sucessores e aos presbíteros seus colaboradores, os quais portanto se convertem em instrumentos da misericórdia e da justiça de Deus. Eles exercem o poder de perdoar os pecados no Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Todo o fiel, obtida a idade da razão, é obrigado a confessar os seus pecados graves ao menos uma vez por ano e antes de receber a Sagrada Comunhão. Devem-se confessar todos os pecados ainda não confessados, dos quais nos recordamos depois dum diligente exame de consciência. A confissão dos pecados é o único modo ordinário para obter o perdão. .
Dada a delicadeza e a grandeza deste ministério e o respeito devido às pessoas, todo o confessor está obrigado a manter o sigilo sacramental, isto é, o absoluto segredo acerca dos pecados conhecidos em confissão, sem nenhuma exceção e sob penas severíssimas.
Os efeitos do sacramento da Penitência são:
- a reconciliação com Deus e portanto o perdão dos pecados;
- a reconciliação com a Igreja; a recuperação, se perdida, do estado de graça;
- a remissão da pena eterna merecida por causa dos pecados mortais e, ao menos em parte, das penas temporais que são consequência do pecado;
- a paz e a serenidade da consciência, e a consolação do espírito;
- o acréscimo das forças espirituais para o combate cristão
O apelo à conversão ressoa continuamente na vida dos batizados os quais têm a necessidade da conversão. Esta conversão é um empenho contínuo para toda a Igreja.
Catecismo da Igreja Católica

CONHECER A VONTADE DE DEUS

Lembremo-nos de que Ele sempre está conosco 
Diz o Evangelho de São Marcos, 11-22, "Tenha fé em Deus”. Quando nós buscamos a palavra fé, sua definição, há muitos sinônimos que vêm com estas palavras: confiança, certeza, segurança. Jesus Cristo diz que temos de aplicar todas essas palavras em Deus. Você precisa ter confiança, ter certeza e segurança em Deus.
É importante entendermos que nosso Deus deseja o melhor para nós, mas até que entendamos isso, não teremos a verdadeira fé. Precisamos ter segurança, certeza, confiança. Onde há fé não pode haver dúvidas.
Você não daria o cuidado de seus filhos a um desconhecido, pois este ato de confiança vem depois de ter conhecido a pessoa e descobrir que ela é digna de seu crédito. Mas até você ter essa segurança, vai hesitar. Por isso precisamos conhecer o Senhor, Sua vontade, para ter essa confiança em Deus.
O problema é que, na verdade, não sabemos qual é a vontade de Deus. Para ver a glória do Senhor, necessitamos saber qual a vontade dEle para nossa vida. Temos de pedir coisas conforme a vontade de Deus, mas para isso precisamos conhecê-la. Às vezes, agimos como se fosse um grande mistério, como se Deus ocultasse a Sua vontade de nós, mas eu lhe pergunto: "Qual a vantagem de Deus ao esconder Sua vontade de nós?".
Devemos nos perguntar: "Como conhecer a vontade do Senhor?". Há um livro que necessitamos estudar, mas, às vezes, nos descuidamos dele: a Bíblia. Temos somente um contado com ela no grupo de oração, mas, depois, não a pegamos mais. No entanto, este livro é o que mais devemos ler, mas ele, muitas vezes, está apenas aberto em nossa casa, em algum Salmo. Neste livro se encontra a vontade de Deus. E conhecer a Sua Palavra é saber a Sua vontade. Nele Deus revela todas as suas vontades, promessas e bênçãos. Nele existem 30 mil promessas feitas por Deus que não podem retornar vazia.
Nós necessitamos conhecê-la, mas se temos este livro como enfeite, nunca o conheceremos. Se vivermos conforme a vontade de Deus, veremos Sua glória; mas se não a vivermos, não poderemos fazer orações com segurança. Todo aquele que pede com dúvidas não espera receber nada do Senhor. Todas as dúvidas devem desaparecer; as orações que chegam ao ouvido do Senhor são orações de fé. Só oramos com fé se orarmos conhecendo Sua vontade. E isso só acontece através da Sua Palavra.
Deus deseja que alcancemos a Sua glória, que cheguemos ao outro lado; mas é difícil navegar até lá, pois há muitas tormentas com o propósito de tirar nossos olhos de Deus para que deixemos de navegar. O diabo não quer que você seja curado, não quer que você seja feliz, pois quando você recebe essas graças Deus, você é glorificado. Quero que você entenda que é responsável por receber ou não a graça divina, alcançar ou não a glória de Deus. O demônio sabe disso e, com todas as forças, tenta nos deter, pois nos detendo, ele detém a glória de Deus. Tormentas se farão, problemas surgirão. E se alguém falar que você não terá mais problemas, é mentira.
Escute, irmão! No meio da tormenta, Deus está com você. Ele sempre está com você, mesmo que pareça que Ele está dormindo, Deus está sempre ao seu lado. Deus está em todas situações, Ele está com você e tem poder para acalmar a tempestade. O seu Deus é muito maior do que todos os seus problemas. Se crermos, veremos Sua glória.
Neil Velaz

A NOSSA VIDA EM DIREÇÃO A CRISTO

Não basta somente ter dons; antes, precisamos saber usá-los bem
Denis Duarte, nesse estudo dirigido, traz explicações sobre o primeiro capítulo da carta de São Paulo ao povo de Corinto e ensina como aplicar os resultados do estudo em sua vida.

Entendendo as cartas de São Paulo:
O apóstolo deixa claro que a Igreja de Corinto não é independente nem está isolada, pois mostra que a Igreja é formada por todas as comunidades que invocam Jesus (1,2).
Assim, ela já dá sinais do tema central da carta: as divisões internas. Por isso, inclusive, cita nove vezes, o nome de Jesus nos primeiros nove versículos da carta. Tudo deve estar direcionado ao Cristo para que, por Ele, se restabeleça a unidade da Igreja de Corinto.
As palavras de São Paulo aos Coríntios, na abertura da carta, demonstram a força dessa comunidade, uma vez que nela não faltava nenhum dom (1,5 e 1,7). Ao mesmo tempo, como veremos, o uso de tanta graça divina também trazia dificuldades, mas Paulo deixa claro que os dons são de serviço à Igreja e não para causar contendas e divisões. Os dons são para favorecer a comunhão da comunidade (1,9), por isso esses mesmos dons devem estar orientados e submetidos para a volta do Cristo (1,7-8).

O PECADO É SER FIEL NO TRATO DE AMOR

                                                                        
A Palavra de Deus é luz para o nosso caminho quando apresenta figuras ricas de detalhes, cuja personalidade nos dá a possibilidade de penetrar no mais profundo de nós mesmos, reconhecendo os horizontes que se abrem, mesmo a partir dos eventuais limites que nos caracterizam. Uma delas é o rei Davi, num misto de jovem chamado na mais tenra idade a servir ao Senhor, ele foi guerreiro intrépido, amigo sincero, cantor das obras de Deus, dançarino ridicularizado por uma esposa, adúltero, penitente, governante capaz de unir tribos dispersas, até chegar ao idoso previdente. Nuances profundamente humanas, cujo pano de fundo era o amor eterno de Deus que dele cuidava. Muito parecido com os homens e mulheres de nossa magnífica e ao mesmo tempo complexa geração.
Nossos primeiros pais se viram nus nas primeiras páginas do livro do Gênesis (Gn 3,10), escondendo-se do Senhor, quem sabe prefigurando todas as pessoas que dele fogem com medo da luz. O Davi adúltero, instado pela palavra profética de Natan (II Sm 12,7-13), reconheceu seu crime – “Pequei contra o Senhor” – e deixou em herança o segredo da conversão, quando qualquer homem ou mulher podem ver queimadas suas misérias no fogo ardente de amor do coração de Deus.
Como Deus condena o pecado, mas quer salvar o pecador, a luz sempre entra pela porta do arrependimento sincero. Fecham-se, contudo, quando o orgulho bloqueia a gratuidade do amor de Deus. É que pecado não significa burlar uma lei externa, como se Deus fosse um guarda de trânsito a vigiar nossos passos. Também não entendeu o que é pecado quem apenas considera errado o que “dói” dentro de si. Há muita consciência relaxada praticando horrores por não sentir nada! Pecado é ser infiel a um trato de amor, aliança estabelecida entre Deus que nos criou por amor e nos busca como ovelhas perdidas, quase mendigando nossa resposta de amor, incrível gratuidade que Ele diz ao Davi arrependido: “Tu não morrerás”!
Os encontros das pessoas com Jesus foram reveladores dos meandros mais profundos da alma humana. Um dia (Lc 7,36-8,3) vem uma pecadora, irrompe em casa de certo Simão, cujos gestos de delicadeza e hospitalidade foram parcos, por não ter oferecido ao hóspede divino água, perfume e beijo. A mulher, quem sabe uma prostituta, prostra-se aos pés do Senhor – gesto da pessoa que descobriu seu caminho de libertação –, lava os pés de Jesus com as próprias lágrimas. Humilhando-se, solta os cabelos com os quais enxuga os pés de Jesus, derrama sobre eles um perfume raro e caro, sinal de alegria, abundância, amor e consagração, e os beija, na festa da acolhida encontrada. Nenhuma justificação e tanta gratidão! Ela pronuncia o 'amém' da fé no perdão de Jesus e em seu amor que se deixa amar. Personalidade misteriosa e rica!
A estrada da conversão foi percorrida por outras personalidades igualmente provocantes. Paulo, fulgurado pelo amor de Cristo (Gl 2,16-21), descobriu o amor do Senhor e, perseguidor implacável que era anteriormente, veio a se tornar imagem viva e transparente de seu Senhor: “Eu vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim”. Depois dele, muitos perseguidores já se transformaram em discípulos ardorosos!
A história de Davi, ou da pecadora do Evangelho, de Paulo ou de todos os homens e mulheres que empreenderam a santa viagem da conversão é muito parecida. A Palavra de Deus ressoa como farol luminoso, convidando-nos a percorrê-la! Deus não nos olha de fora, mas conhece as profundezas de nosso ser. Lá dentro, identifica a mais tênue réstia de luz, prodigalizando misericórdia a mancheia. E a todos os que acolhem sua bondade infinita transforma em apóstolos do perdão, para visitarem em seu nome corações e casas. Não há desculpas. De Davi a Paulo, passando por todos os pecadores e pecadoras, cada um de nós encontra seu lugar.
É relativamente fácil denunciar os erros das pessoas, sem apontar saídas possíveis! Difícil é olhar lá dentro do mistério de cada ser humano, descobrindo que nenhuma pessoa foi feita “no rascunho”, mas destinada à felicidade e à salvação. O olhar da misericórdia descobre caminhos e soluções. Que ninguém passe em vão ao nosso