quarta-feira, 17 de julho de 2013


O QUE ACONTECERÁ NA JMJ ?

É a vez de o Brasil acolher jovens do mundo inteiro
Em 1984, foi celebrado, na Praça São Pedro, Vaticano, o Encontro Internacional da Juventude com o Papa João Paulo II por ocasião do Ano Santo da Redenção. Na ocasião, o Papa entregou aos jovens a cruz que se tornaria um dos principais símbolos da Jornada Mundial da Juventude, conhecida como a Cruz da Jornada. O ano de 1985, foi declarado o Ano Internacional da Juventude pelas Nações Unidas. Em março daquele ano, houve outro encontro internacional de jovens no Vaticano e, no mesmo ano, o Papa anunciou a instituição da Jornada Mundial da Juventude, que todos os anos acontece em âmbito diocesano, celebrada no Domingo de Ramos e com intervalos que podem variar entre dois e três anos, são feitos os grandes encontros internacionais. A XXVIII Jornada Mundial da Juventude será realizada de 23 a 28 de julho de 2013, na cidade do Rio de Janeiro, com o tema “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28, 19).

É a vez de o Brasil acolher jovens do mundo inteiro. Não teríamos figura mais expressiva do que a do Cristo Redentor, de braços abertos, para expressar a hospitalidade da fé que acolhe representantes da Igreja inteira. É um fenômeno de partilha e generosidade. A Arquidiocese do Rio de Janeiro primou nos imensos esforços para preparar a JMJ a ser celebrada como um grande evento missionário. Junto com a Igreja do Rio de Janeiro, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB -, as autoridades de todos os níveis e muitas outras forças da sociedade se mobilizaram para realizar a Jornada. É o espetáculo da unidade! Sairão pelo nosso país e pelo mundo afora jovens e adultos, feitos discípulos de Cristo pelo batismo, enviados como missionários para espalhar a Boa Nova do Evangelho, contribuindo na formação de outros tantos discípulos em todas as nações da terra. É a festa da missão!

Por que ir ao Rio de Janeiro na Jornada Mundial da Juventude? Passam de quatro mil os representantes da Arquidiocese de Belém que se unem a tantos outros da Amazônia inteira que querem testemunhar a vitalidade de nossa Igreja. Ninguém se esforça e se sacrifica tanto por meses e anos em vista do nada! Há algo que atrai, ou mais ainda, há alguém que atrai irresistivelmente, de modo que mesmo os que não poderão viajar estarão unidos pelos meios de comunicação. A força de convocação vem da presença de Jesus Cristo, o Senhor! Sim, a multidão reunida na Jornada criará as condições para uma presença muito especial do Senhor, onde dois ou mais se reúnem em seu nome (Cf. Mt 18,20). E ali serão milhões de pessoas! Uma só voz, um só coração, uma alma em torno do Senhor. De fato, já São Paulo afirmava sobre a Igreja: "Há um só corpo e um só Espírito, como também é uma só a esperança à qual fostes chamados. Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, acima de todos, no meio de todos e em todos (Ef 4, 4-6). Ninguém será estranho, mas todos irmãos e irmãs.

O que acontecerá na Jornada? Pregação do Evangelho, anúncio do Querigma, catequeses conduzidas pelos bispos, muita oração, partilha, espetáculos, a Missa Diária, Via-sacra, a grande vigília, o envio. Certamente, haverá muito sacrifício, haverá alegria, encontro fraterno, conhecimento! Todos poderão desfrutar a alegria da fraternidade. Não há nada de estranho, mas a vida da Igreja experimentada com intensidade, em companhia de irmãos e irmãs do mundo inteiro.

No Credo, proclamamos a fé na comunhão dos santos. A Jornada Mundial da Juventude escolheu como patronos companhias ilustres para acompanhar seus participantes. Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Mãe do povo brasileiro, está em primeiro lugar. Depois, também escolhidos como patronos, estão São Sebastião, soldado e mártir da fé, Santo Antônio de Santana Galvão, arauto da paz e da caridade, Santa Teresinha do Menino Jesus, Padroeira das Missões e o Beato João Paulo II, amigo dos jovens. Cresce a galeria dos que rezam pela Jornada com os intercessores escolhidos: Santa Rosa de Lima, Fiel à Vontade de Deus, Padroeira da América Latina; Beato Pier Giorgio Frassati, o jovem de amor ardente aos Pobres e à Igreja; Beata Chiara Luce Badano, jovem de nosso tempo, totalmente entregue a Jesus; Beato Frederico Ozanam, servidor dos mais pobres e fundador das Conferências Vicentinas; Beato Atílio Daronch, Amigo de Cristo, acólito brasileiro; Santa Teresa de Los Andes, contemplativa de Cristo, que aos dezessete anos entrava no Carmelo; Beato José de Anchieta, Apóstolo do Brasil; Beato Isidoro Bakanja, jovem africano, Mártir do Escapulário; Beata Irmã Dulce dos Pobres, embaixadora da Caridade; São Jorge, Mártir e Combatente contra o Mal; Beata Laura Vicuña, chilena, Mártir da Pureza; Santo André Kim e seus companheiros, Mártires da Evangelização; Beata Albertina Berbenbrock, jovem brasileira, Mártir da Castidade e dos valores evangélicos. A Igreja inteira, com a companhia de santos e beatos de todos os continentes! Que eles roguem por nós e por nossos jovens!

Companhia ilustre, cuja palavra, exemplo e missão têm atraído o mundo inteiro, chega ao Brasil nosso hóspede esperado, o Papa Francisco. Estaremos "dependurados" em sua voz profética, conhecendo a importância de sua primeira visita internacional, desde o início de seu pontificado. Bendito o que vem em nome do Senhor! Junto com o Papa, o episcopado brasileiro e de tantas partes do mundo, sacerdotes, religiosos e religiosas, pessoas consagradas a Deus e de todo o povo, um só coração, unidos pela certeza de que o Senhor tem muito a nos falar. Durante a Jornada, vai repetir-se o maravilhoso encontro de raças, línguas e nações, juntas para aprender a língua da caridade. Desejamos que o Rio de Janeiro e o Brasil sejam inundados com a grande torrente que brota do coração de Cristo. Sonhamos juntos com este rio, iluminados pela profecia de Ezequiel (Ez 47, 5-12). 

Queremos caminhar à margem do rio e ver muitas árvores de vida nova, cujas folhas não caiam e sirvam de remédio, e seus frutos não terminem. Que fiquem saneadas as regiões de águas e corações estagnados. Que haja vida, alimento e restauração aonde quer que chegue este rio. Afinal de contas, trata-se da promessa do Senhor: "No último e mais importante dia da festa, Jesus, de pé, exclamou: “Se alguém tem sede, venha a mim, e beba quem crê em mim” – conforme diz a Escritura: “Do seu interior correrão rios de água viva” (Jo 7, 37)
Dom Alberto Taveira Corrêa

DEUS NÃO IMPROVISA

Conheça um belo exemplo de bondade
Há quem diga que nossa vida é como o tear e todos os acontecimentos são como fios entrelaçados entre si e revestidos de significados. Nada acontece por acaso e, à medida que o tempo vai passando, vamos, cada vez mais, tomando conhecimento do “bordado”,  resultado da nossa história.
Contemplar a obra terminada é tarefa que foge das nossas mãos, mas colaborar para que ela seja apreciável é missão que se dá na generosidade partilhada por nós a cada dia.
Nossa vida é repleta de acontecimentos, às vezes passam-se anos sem sabermos notícias de quem um dia fomos cúmplices e, de repente, o reencontro acontece. Em outros casos fomos ajudados por alguém e nunca o encontramos para, ao menos, lhe agradecer. Há também situações em que não conseguimos ser tão gentis com alguém como deveríamos, mas não houve tempo para, nem sequer, pedir-lhe perdão... E por aí seguem os acontecimentos que se entrelaçam como fios, dando cor e forma ao "bordado" da nosso história.
Ouvi uma história que me fez pensar muito sobre isso. Partilho com você:
Conta-se que, há muitos anos, um aristocrata inglês dirigia-se da Escócia para Londres a fim de participar de uma sessão urgente do Parlamento. A sua carruagem ficou atolada na lama e ele estava à beira do desespero quando um jovem camponês apareceu com a sua junta de bois e a puxou para a estrada seca. O homem nobre ficou tão grato que perguntou ao rapazcomo lhe poderia agradecer. O rapaz respondeu que não era preciso nada, pois ficava feliz por ter sido útil. Mas o aristocrata insistiu, perguntando-lhe: “Com certeza tens um sonho, ou alguma coisa de que gostarias de realizar na vida?” Então o jovem respondeu: “Sempre sonhei em me tornar médico, mas isso nunca será possível para mim”.
Quando o lorde chegou a Londres tomou providências para que o jovem camponês recebesse uma bolsa de estudos e estudasse nas melhores escolas. Anos mais tarde, num momento decisivo da Segunda Guerra Mundial, Sir Winston Churchill estava morrendo vitima da gripe pneumônica. Nessa ocasião foi-lhe administrado um novo remédio que lhe salvou a vida. Era a penicilina. O remédio tinha sido descoberto pelo Dr. Alexander Fleming, ninguém mais nem menos do que aquele jovem camponês. E o lorde inglês que lhe tinha dado a bolsa de estudo, era justamente o pai do próprio Winston Churchill.
É interessante observar, ainda mais com a ajuda da história, o quanto estamos interligados uns aos outros e como nossos atos gratuitos de bondade tocam as pessoas que estão à nossa volta. Fica bem claro que a lei da natureza funciona também neste sentido: O que plantamos é isso que vamos colher.
Tudo começou com um simples gesto de bondade da parte de um rapaz do campo. A resposta foi outro ato de bondade, que se tornou benéfico para toda a humanidade. Milhões de pessoas, até hoje, são curadas de doenças terríveis graças à descoberta da penicilina. Ou seja: graças à generosidade partilhada pelo pobre e pelo rico. Este é um exemplo apenas, entre tantos que conhecemos.
É bom saber que não estamos isolados neste mundo! Independentemente da nossa condição, nossos atos têm consequências e podem mudar muitas coisas. Eu, particularmente, já vi realidades difíceis serem mudadas pelos pequenos e constantes gestos de bondade. Poderia citar aqui o caso de um esposo agressivo, sem fé e preso aos vicíos voltar para sua família e tornar-se um homem bom devido ao amor persistente e corajoso de sua esposa, que nunca deixou de o tratar bem e rezar pela  conversão dele durante anos.
E a história não para, Deus, que é o Autor da bondade, constantemente bate à nossa porta à espera de que possamos dar um "sim" à generosidade, como fez a Virgem Maria.  
O Cardeal Inglês, Seán O'malley, certa vez em visita ao Santuário de Fátima, explicou que foi Nossa Senhora quem, generosamente, abriu as portas da humanidade para Deus entrar pelo "sim" dela. Segundo ele, Deus escolheu colocar o destino de todos os homens nas mãos de uma jovem e contar com a bondade dela para enviar Seu Filho ao mundo e, depois por intermédio d'Ele, nos salvar. 
E Maria, completamente livre diante de Deus, poderia ter se apegado aos seus projetos pessoais ou alegado estar ocupada, inclusive com “as coisas do Senhor”, a ponto de não O poder servir e Lhe dizer "não". No entanto, ela foi generosa, aceitou despojar-se de si mesma e, com seu “sim”, permitiu a Deus entrar na nossa história e na nossa família humana. Desta forma, a Santíssima Virgem tornou-se o modelo a ser seguido por cada um que, ao passar por este mundo fazendo o bem, deseja um dia ser reconhecido pelo Senhor como “Benditos do meu Pai [...]” (Mt 25,34).
Hoje, inspirados pelo exemplo da Mãe de Deus e de tantos outros que conhecemos, tenhamos a coragem de optar pelo bem. Isso, sim, vale a pena! O tear da nossa vida precisa de fios coloridos e fortes para dar continuidade à obra começada desde o nosso nascimento. Estejamos atentos e não deixemos passar as oportunidades que temos de praticar o bem, principalmente para com os mais necessitados, sabendo que Deus não improvisa. A bondade ou a maldade que semeamos hoje havemos de colher amanhã.
E viva a generosidade!  
Dijanira Silva

OS TESOUROS DA IGREJA

Feliz de quem junta tesouros no céu!
Há mentiras que, de tão repetidas, acabam passando por verdades. É o caso dos famosos “tesouros da Igreja”. Onde estariam? Quais seriam? Quanto valeriam?

Era véspera de Carnaval. Os carnavalescos de uma escola de samba do Rio de Janeiro escolheram o tema da fome para o enredo daquele ano. Tudo ia bem até que alguém resolveu colocar Jesus no meio. A ideia original é que haveria uma briga entre Cristo e o diabo. Jesus seria o autor de um disparo involuntário que acertaria uma menina. Isso não agradou sequer os foliões da escola de samba, quanto mais a Igreja Católica do Rio de Janeiro.

A versão original foi modificada e o vilão passou a ser o diabo, que disparava o tiro e acertava a menina, que era ressuscitada por Jesus. 

Na reportagem, um dos autores do enredo criticou veementemente a atitude de repulsa da Igreja Católica. Afirmou: “Não estamos preocupados com essas 'turminhas' que ficam dentro dos templos banhados de ouro. Aliás, fica a sugestão: derretam o ouro desses templos e vamos matar a fome do povo”.
A frase não mereceria ser propagada se não fosse, mais uma vez, o refrão repetido, insistentemente, por aqueles que não sabem muito bem o que estão falando. Jesus pediu que fôssemos discretos ao fazer a caridade. Chegou a dizer que a mão direita não deve saber o que faz a esquerda. Não era adepto do marketing que move políticos e comerciantes. Na doutrina cristã, a caridade deve ser gratuita, não interessada em reduzir o “carma”. Apesar disso, as circunstâncias nos levam a lembrar algumas coisas que são feitas nas sacristias e paróquias e que pouca gente fica sabendo.
Você tem ideia de quantas refeições os vicentinos distribuem por dia? De quantas cestas básicas apenas esse movimento fornece por mês? É muito mais pão do que uma escola de samba consegue distribuir na Marquês de Sapucaí simulando o milagre de Jesus. Milhões de brasileiros são alimentados por esse movimento de solidariedade que começou bem antes do projeto Fome Zero e continuará depois dele sem fazer alarde.

Você conhece o Apostolado da Caridade de sua paróquia? Alguém já somou os pratos de comida que famintos recebem na portaria de conventos e casas de caridade? E os asilos, orfanatos, obras de promoção humana, recuperação de dependentes químicos, hospitais... a lista seria interminável.

Olhe para as mãos calejadas daquela religiosa de 70 anos que deu a vida para assegurar a dignidade de órfãos em São Paulo. Esse é o tesouro da Igreja. Os famintos do Brasil sabem muito bem disso. Todo dia, milhares de pessoas dão um pouco de suor, sangue e lágrimas para fazer acontecer o milagre da vida. É um tesouro que alguns teimam em não enxergar.

E o ouro? É risível. Um Papa quis entregar à ONU (Organização das Nações Unidas) a custódia dos famigerados tesouros do Vaticano. Trata-se de um tesouro da humanidade como pinturas, esculturas, colunas e paredes. Resultado: a entidade não aceitou o presente, pois não estavam dispostos a arcar com o custo da manutenção.

No Brasil, deveríamos vender as igrejas de Ouro Preto, Mariana ou Salvador? É uma visão infantil e ingênua. A Igreja tem muitos tesouros, mas não estão aqui na terra, onde a traça e o ladrão podem roubar. Não foi isso que disse Jesus? Feliz de quem junta tesouros no céu!

(Extraído do livro “Pronto, Falei!” da autoria de Padre Joãozinho)

ORIGEM DO ESCAPULÁRIO



No século XI, um grupo de homens dispostos a seguir Jesus Cristo, reuniram-se no Monte Carmelo, em Israel. Ali construíram uma capela em honra de Nossa Senhora. Este local é considerado sagrado, desde tempos imemoriais ( Is 33,9;35,2; Mq 7,14), e se tornou célebre pelas ações do profeta Elias (1 Rs 18). A palavra "carmelo" quer dizer jardim ou pomar. Nasciam ali os carmelitas, ou a Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo.

Tempos depois, os carmelitas mudaram-se para a Europa e passavam por grandes dificuldades. No dia 16 de julho de 1251, quando rezava em seu convento de Cambridge, Inglaterra, S. Simão Stock, superior geral da Ordem, pediu a Nossa Senhora, um sinal de sua proteção, que fosse visível a seus inimigos.

Recebeu, então, de Nossa Senhora o escapulário, com a promessa: "Recebe, filho amado, este escapulário. Todo o que com ele morrer, não padecerá a perdição no fogo eterno. Ele é sinal de salvação, defesa nos perigos, aliança de paz e pacto sempiterno”.

Quem segue Jesus e é devoto de Maria Santíssima, caminha a passos seguros no caminho da salvação. O escapulário é sinal da proteção de Maria.

A festa de Nossa Senhora do Carmo é celebrada todo 16 de julho de cada ano, desde 1332, e foi estendida à Igreja Universal no ano de 1726, pelo papa Bento XIII. O papa João Paulo II, ao declarar que usa o escapulário desde sua juventude, escreve: “O Escapulário é signo de aliança entre Maria e os fiéis. Traduz concretamente a entrega, na cruz, de Maria ao discípulo João”(Jo 19, 25-27).

A SIMPLICIDADE NOS APONTA O ESSENCIAL

A simplicidade é um dom e nós devemos pedir insistentemente a Deus, porque somente os corações simples são capazes de perceber além das aparências e do que se ouve dizer, sem contar que a sabedoria dos simples edifica e aponta para o único essencial: Deus.
Jesus enche-se de alegria por ver a manifestação amorosa do Pai na vida dos Seus discípulos, homens tementes a Deus.
“Naquele momento, Jesus exultou no Espírito Santo e disse: ‘Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado’” (Lc 10,21).
Quanto mais simples nós somos, mais agradáveis a Deus nos tornamos e entramos na profundidade do Seu mistério.
Jesus, ensina-nos a sermos simples como o Senhor o é.
Jesus, eu confio em vós!
Luzia Santiago