sábado, 14 de abril de 2012

REZE O TERÇO DA MISÉRICORDIA

Certa noite, enquanto rezava, Santa Faustina viu o anjo executor da Ira de Deus. Estava vestido de branco, o rosto radiante e uma nuvem aos seus pés, onde saiam trovões e relâmpagos para as suas mãos e delas, só então, atingiam a Terra.
Quando viu que esse sinal da ira de Deus deveria atingir a terra, S. Faustina começou a pedir ao anjo que se detivesse por alguns momentos, pois o mundo faria penitência. Mas o seu pedido de nada valeu perante a cólera de Deus. Nesse instante ela sentiu a força de Jesus que residia na alma, e começou, então, a suplicar a Deus pelo Mundo com palavras ouvidas interiormente.
Quando assim rezava, viu a impossibilidade do Anjo em poder executar aquele castigo, merecido por casa dos pecados. Ela diz: 'Nunca tinha rezado com uma força interior tão grande'.(D. 474)
As palavras com que suplicava a Deus eram as seguintes: (e aqui vem o Terço da Misericórdia). Na manhã seguinte, quando Santa Faustina entra na capela, ouve interiormente estas palavras: “Toda vez que entrares na capela, reza logo essa é a oração que te ensinei ontem. E enquanto rezava a oração, ouviu na alma essas palavras: essa oração para aplacar a minha ira. Tu a recitarás por nove dias, por meio do terço do rosário, da seguinte maneira:




TERÇO DA DIVINA MISERICÓRCIA

Primeiro dirás o 'Pai Nosso', a 'Ave Maria' e o 'Credo'. Depois, nas contas do pai nosso, dirás as seguintes palavras:
'Eterno pai, eu vos ofereço o corpo e sangue, alma e divindade de vosso diletíssimo filho, em expiação dos nossos pecados e do mundo inteiro'.
nas contas da Ave-Maria rezarás as seguintes palavras:
'Pela sua dolorosa paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro'.
No fim, rezarás 3vezes estas palavras:
'Deus santo, Deus forte, Deus imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro'. (D. 476)
Promessas referentes ao terço: As almas que rezarem este Terço serão envolvidas pela Minha Misericórdia, durante a sua vida e, de modo particular, na hora da morte.(D. 754) Pela recitação deste Terço, agrada-me dar tudo o que Me peçam. Quando os pecadores empedernidos o recitarem, encherei de paz as suas almas, e a hora da morte deles será feliz. (D. 1541)
Este terço é um forte apelo à Misericórdia divina, especialmente em favor dos pecadores e dos agonizantes. É uma apresentação a Deus Pai da vida e dos méritos do Senhor como fonte inesgotável de Sua compaixão para convosco.

RENUNCIEMOS HOJE A TODA INQUIETUDE

Aonde Jesus chega, todas as coisas são transformadas, a começar do nosso coração. A nossa vida passa por fases e etapas mais variadas, das mais felizes às mais tristes, das mais calmas às mais confusas, no entanto, nem sempre nós as compreendemos, por isso, muitas vezes, nos desesperamos, falamos qualquer coisa que vem à nossa cabeça, murmuramos, desanimamos. E assim nos deixamos arrastar pela falta de esperança e tomamos tantas atitudes equivocadas, quando a sabedoria do Alto está em silenciar e nos colocar diante da presença do Senhor, para que sejamos instruídos e conduzidos pela Sua voz. Como Maria, irmã de Marta, fiquemos hoje com a melhor parte.
“Marta, Marta, andas muito inquieta e te preocupas com muitas coisas; no entanto, uma só coisa é necessária; Maria escolheu a melhor parte, que lhe não será tirada” (Lc 10,41).
Vamos agir assim hoje diante de tudo o que nos acontecer? Coloquemo-nos aos pés de Jesus para escutá-Lo.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

MARIA NOS ACOLHE EM SEU COLO DE MÃE



Meu irmão, minha irmã, é isso que Maria, a Mãe de Jesus, quer lhe dizer hoje; ela se aproxima de você como seu filho mais novo e diz:

“Meu filho, olha para tua Mãe. Aos pés da cruz, colocaram sobre meus joelhos o Corpo torturado de meu Filho Jesus, e eu o abracei. Embora estivesse com o coração despedaçado, louvei ao Pai, entreguei meu Filho morto ao Senhor, e o preparei para a ressurreição. E eu agora o tomo em meu colo e digo: não volte atrás, não ceda. Hoje não é o rei - mas pior: o mundo inteiro! - contra meu Filho, dizendo a você que goze a vida sentindo todos os prazeres, que se entregue à bebida, às festas e se esqueça de Deus".

Mas você não foi feito para o mal, para o pecado. Deus o criou para o amor. Você não foi concebido para a bebida, os tóxicos, o jogo; para o roubo, para se aproveitar dos outros e assim ganhar mais; nem para a mentira e a hipocrisia, o ódio, o rancor; para a revolta consigo mesmo e com sua família... Não. Você foi criado para amar! Deus é amor e habita em seu coração, e você no fundo percebe isso.

Ao cometer um erro, você se sente mal, mas não tem coragem de mudar a situação, pois o mundo o aliciou demais. O mundo apresentou o pecado "caramelado" e, por causa desse "caramelo", você vai à infelicidade.

A Santíssima Virgem Maria está lhe dizendo: “Meu filho, minha filha, veja o que o pecado fez com você. Mas eu que sou Mãe, tomo-o no colo, como tomei o Corpo de meu Filho estraçalhado na cruz".

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

OBEDIENCIA E LIBERDADE

Os dois caminhos

Um escrito cristão do século I, chamado "A Didaqué ou Doutrina dos doze Apóstolos", começa assim: «Há dois caminhos: um da vida e outro da morte. A diferença entre ambos é grande». O caminho da vida - explica - consiste em amar a Deus e ao próximo e observar todos os outros Mandamentos d'Ele. Pelo contrário, quem despreza os Mandamentos da Lei de Deus e se entrega às paixões, hipocrisias, orgulho, adultério, rapinagens, etc., esse envereda pelo caminho da morte. «Filho, fica longe de tudo isso», exorta o autor anônimo desse antiquíssimo texto catequético (I e II).
Como os primeiros cristãos, procuremos compreender os roteirs que os mandamentos da Lei de Deus nos indicam como «caminho da vida». Servindo-nos de uma comparação, vamos imaginar esse «caminho da vida» como uma moderníssima estrada. Podemos pensar numa das grandes rodovias que percorrem o Brasil, por exemplo, a rodovia Belém-Brasília (supondo-a bem conservada).
Tal como acontece com qualquer outra autoestrada, essa permite ao viajante chegar a tempo ao seu destino. Se não houvesse estrada nenhuma, mas apenas a natureza em estado bruto, o viajante ficaria perdido entre matas, capoeiras, brejos, rios e montes, e jamais chegaria ao termo da viagem, ou - como os antigos bandeirantes - demoraria muitos meses até alcançá-lo.
O comerciante desvairado
Pensemos agora num comerciante que, dizendo encaminhar-se para Belém do Pará, saísse de Brasília (DF) e, uma vez na estrada, comentasse com a esposa, sentada no banco ao lado: - “Vamos a Belém, meu bem, mas eu não estou para aguentar imposições. Estas faixas brancas no asfalto, essas placas, essas sinalizações todas me abafam. Nada de normas rígidas, minha querida. Independência ou morte! Liberdade!”
Nisso, em coerência com os seus devaneios libertários, o nosso motorista resolve sair das “normas rígidas” e acelera em direção à margem direita da estrada, perpendicularmente, como se fosse uma garça, capaz de levantar voo acima de guard-rails, muretas, árvores e construções. O desfecho é fácil de prever: não conseguirá percorrer uns poucos metros sem se espatifar, acabando com a viagem, com o veículo, consigo mesmo e com a esposa.
Pois bem, os Mandamentos de Deus são a estrada que o próprio Deus idealizou, traçou, rasgou e sinalizou para a breve viagem da vida, rumo à eternidade. Essa estrada - se nós a seguimos - conduz-nos a cada passo para mais perto da nossa perfeição, até levar-nos à plenitude da vida eterna.

Assista "10 Mandamentos" - professor Felipe Aquino


Obviamente, como toda a autêntica estrada, existem umas margens, está traçada dentro de uns limites. Se os ultrapassamos ou os burlamos, enganamo-nos a nós mesmos e acabamos com a viagem. Quando o Mandamento diz “Não matarás”, “Não roubarás”, “Não mentirás”, “Não cometerás adultério”…, não está, de maneira nenhuma, nos limitando, mas nos encaminhando. Marcando margens além das quais só há descaminho e morte, permite-nos correr pela rota certa e avançar sempre mais, rumo ao horizonte sem fim. Este sentido eminentemente positivo do bom caminho da vida, está perfeitamente indicado pela própria Lei de Deus. Nas rodovias de asfalto, lê-se, com letras e setas: “Para Belo Horizonte”, “Para Goiânia”, “Para Fortaleza”…
No caminho da Lei Divina, mesmo nas “placas” onde se diz “Não”, um viajante lúcido e sensato saberá ler a verdadeira indicação: “Para o amor”, “Para a compreensão”, “Para a fidelidade”, “Para a verdade”, “Para a generosidade”… E, na placa principal, encontrará os dizeres mais claros, que são a meta e a iluminação de todas as outras: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito. Este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Nesses dois mandamentos se resumem toda a lei e os profetas" (Mt 22, 36-39).
Um "não" que permite dizer "sim"
Cada proibição que os Mandamentos formulam, quando bem entendida, é o "não" imprescindível para poder dizer um "sim" amoroso e feliz. Se Deus nos proíbe que odiemos, e nos manda dizer "não" ao ódio, é para que possamos dizer um "sim" ao amor, para que fiquemos liberados para o amor. Se Deus nos diz: “Não pecarás contra a castidade”, “Não cometerás adultério”, é para que, dizendo "não" ao sexo egoísta, possamos dizer "sim" ao amor profundo e fiel, vivido com a alma e com o corpo, dentro do matrimônio santo, generoso e fecundo. Dizer "não" à devassidão e à impureza é “afirmar jubilosamente” - como dizia Monsenhor Escrivá - que a castidade é própria de enamorados que sabem entregar-se e aprendem a dar-se, iluminando o mundo com o seu “dom” sorridente…
Estando, como estamos, tão propensos a saltar fora do caminho, a afundar no egoísmo, a errar e perder-nos, é natural que o fato de descobrir essas verdades nos mova a elevar a Deus um cântico de agradecimento por nos ter libertado do erro e do mal, e por ter gravado na nossa consciência o caminho claro da sua Lei Divina -, os Dez Mandamentos e a “lei evangélica” que os completa e os aperfeiçoa -, pois só esta é a autêntica estrada do Amor.
(Adaptação de um trecho da obra de F. Faus: A voz da consciência)
*Padre Francisco Faus, nascido em Barcelona em 1931, é sacerdote da prelazia do Opus Dei. Licenciado em Direito pela Universidade de Barcelona e Doutor em Direito Canônico pela Universidade de São Tomás de Aquino de Roma. Ordenado sacerdote em 1955, reside, desde 1961, em São Paulo, onde exerce uma intensa atividade de formação cristã e atenção espiritual entre estudantes universitários e profissionais. Também se dedica ao atendimento espiritual de sacerdotes e seminaristas.

VOCE FOI CRIADO PARA AMAR E NÃO PARA ODIAR !



Em todas as línguas, o verbo "amar" é lindo! É o próprio nome de Deus! Deus é amor em ação! Você é imagem e semelhança do Senhor; você é filho d'Ele. Por isso, você ama e foi criado para amar e não para odiar.

Quando estamos voltados para o Senhor, sentimos Seu amor e começamos a amar: voltamos à vida. Sabemos que passamos da morte para a vida, porque o amor de Deus está em nós. Por estarmos voltados para Ele, começamos a amar o próximo.

Não é possível amar os outros se não amamos a Deus em primeiro lugar. Assim como não é possível amar a Deus se não sentimos o amor d'Ele por nós.

Precisamos gastar toda capacidade de amar que nos foi dada pelo Senhor. Gastar tudo o que nos foi entregue. Esta é nossa grande alegria: se gastarmos a mais, se ultrapassarmos nosso limite, quando tivermos de ter paciência, quando tivermos de carregar nossos irmãos ou perdoar-lhes será o Senhor quem nos pagará. Ele nos promete: “Sou Eu que te pagarei na minha volta”.

Viemos do amor e vamos para o amor. Por isso, durante este tempo de vida aqui na terra, precisamos ser aprendizes do amor. Assim como aprendemos a cantar, cantando; a nadar, nadando; a tocar violão, tocando; também se aprende a amar, amando. Carlos Drummond de Andrade, o grande poeta mineiro, fez dessa verdade o título de um de seus livros: "Amar se aprende amando".

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova