quarta-feira, 11 de setembro de 2013



PAPA EXORTA FIÉIS ANUNCIAREM JESUS SEM TEMOR E VERGONHA

Papa exorta fiéis a anunciarem Jesus sem temor e vergonha
Francisco advertiu que há cristãos sem a crença no Cristo Ressuscitado
Os cristãos são chamados a anunciar Jesus sem temor, sem vergonha e sem triunfalismo. Esta foi a reflexão do Papa Francisco na Missa celebrada na Casa Santa Marta nesta terça-feira, 10, no Vaticano. Ele reafirmou que Cristo é sempre o centro e a esperança da vida.
A homilia do Santo Padre desenvolveu-se a partir das palavras sobre Jesus na Carta de São Paulo aos Colossenses, recordando que São Paulo aconselha todos a caminharem com Jesus. “Porque Ele venceu, caminhar com Ele enraizados e construídos sobre Ele, sobre esta vitória, firmes na fé”.
Francisco destacou que a ressurreição de Jesus é o ponto chave, mas nem sempre é fácil entendê-la. Ele explicou que há muitos cristãos sem o Cristo Ressuscitado e, pensando nesses casos, ele destacou três atitudes desses cristãos: os temerosos, os vergonhosos e os triunfalistas. “Estes três não se encontraram com Cristo Ressuscitado!”, disse.
Os temerosos, segundo o Santo Padre, são aqueles que temem pensar na Ressurreição. Sobre os vergonhosos, ele explicou que são aqueles que têm vergonha de confessar que Cristo ressuscitou tendo em vista um mundo com tantos avanços na ciência. Por fim, Francisco falou dos triunfalistas, que em seu íntimo não acreditam no Ressuscitado e querem fazer uma ressurreição mais majestosa que a verdadeira.
“Quando nós olhamos para estes cristãos, com tantas atitudes triunfalistas, na sua vida, em seus discursos e em suas pastorais, na Liturgia, tantas coisas assim, é porque no mais íntimo não acreditam profundamente no Ressuscitado”.
O Papa destacou, por fim, que esta é a mensagem de Paulo para o dia de hoje: Cristo é tudo, é a totalidade e a esperança. “Jesus está vivo, é o Ressuscitado. E assim venceu o mundo. Que o Senhor nos dê a graça de entender e viver estas coisas”, finalizou.

A BÍBLIA E A PRIMAVERA

Deus se revela ao homem
O mês de setembro chega trazendo a primavera ao nosso hemisfério e, junto com a beleza do tempo, o tema da Sagrada Escritura. O fato de celebrarmos, no dia 30 de setembro, o dia do patrono dos estudos bíblicos, São Jerônimo, fez com que pudéssemos aprofundar esse tema durante este período. Setembro é o mês da Bíblia, sendo que, no último domingo, comemora-se o Dia Nacional da Bíblia.

A leitura orante da Bíblia ou a lectio divina aos poucos vai entrando na realidade de nosso povo, que passa a colocar a Palavra de Deus como início da reflexão que vai iluminar a realidade das pessoas. São passos que, pouco a pouco, os grupos e comunidades começam a dar, sempre em torno da Sagrada Escritura. Ela nos traz a revelação de Deus para a nossa salvação.

Na Sua misericórdia e sabedoria, quis Deus revelar-se a si mesmo a nós na pessoa de Cristo e pela unção do Espírito Santo para que tivéssemos acesso a Ele e participássemos de Sua glória.

Deus se revela ao homem e o convida a partir para uma terra desconhecida que lhe seria mostrada. Nessa caminhada, o Senhor vai se mostrando, revelando-se aos que creem e, quando é chegado o tempo, a revelação se completa em Cristo, a Palavra de Deus: "No principio era a Palavra e a Palavra estava em Deus, e a Palavra era Deus... E a Palavra se fez carne e veio morar entre nós” (Jo 1,1.14). 
Por Cristo, somos glorificados! E todos nós que recebemos a Palavra e nela acreditamos, tornamo-nos filhos de Deus. Esse caminho Deus faz conosco. Respeita o nosso crescimento intelectual e volitivo, seja na nossa capacidade pessoal, seja na evolução cultural do grupamento humano, de tal forma que podemos sentir em nós mesmos a caminhada do povo de Deus.

À medida que nos abrimos à fé, partimos com Ele nos momentos de contemplação, de glória e, também, como as Escrituras nos mostram, nas traições, quando renunciamos a seu amor e vamos atrás dos “baals” de todos os tempos. Ouvindo a voz penitencial dos profetas, retornamos da “Babilônia” do pecado, que existe em todos os tempos e, também, no íntimo de nós.

Na bondade de Deus, como um resto, voltamos a “Sião”, sempre aguardando a plena revelação de Deus no Seu Filho, que nos salva por Sua morte e nos dá o Seu Espírito para que anunciemos em nós e em toda terra a Sua ressurreição e nossa participação no mistério trinitário de Deus.

A Bíblia Sagrada, com toda a Tradição da Igreja, em seguimento à Palavra de Cristo revela ao nosso coração este plano divino para a humanidade – restaurar tudo em Cristo – e nos envia:“Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda a criatura. Aquele que crê e for batizado será salvo; o que não crer será condenado” (Mc 16,15-16).

A Bíblia é o relato da manifestação do amor de Deus que, gradativamente, nos leva por Cristo, em Cristo e com Cristo à intimidade da vida divina e, como consequência, a uma nova vida, fermento de um mundo novo.

Somos o povo que se encontra com a Palavra Viva, o Verbo Eterno, Jesus Cristo! Ele é a nossa vida e o caminho que nos conduz ao Pai. Eis um tempo favorável para aprofundarmos a importância de ser discípulos missionários à luz do Evangelho, procurando em nossos grupos de reflexão deixar a Palavra falar ao nosso coração e nos fazer renovados em Cristo.

A Primavera está associada à Pascoa: a certeza da vida que vence a morte! Que o mês da Bíblia, recém-iniciado, seja uma nova primavera: a certeza da vida que renasce e se abre, vencendo a morte e o pecado.
Dom Orani João Tempesta, O. Cist

DESCUBRA QUE A SUA VIDA TEM SENTIDO

Levemos a vida onde ela está sendo ameaçada, levemos o sentido da vida para aqueles que perderam o sabor, a alegria de viver.
Jesus disse: “O que é permitido fazer no sábado: o bem ou mal, salvar uma vida ou deixar que se perca?” (cf. Lc 6,9).
Os judeus estavam incomodados, sobretudo os mestres da lei e os fariseus, porque era dia de sábado e um homem de mão seca se aproximou do Senhor para ser curado.
Jesus pediu para que ele ficasse de pé. Eles se opuseram à ação do Senhor, pois não queriam, de modo nenhum, que Ele fizesse isso, porque o sábado para os judeus é um dia sagrado, quando não se trabalha, não se faz milagres, não se faz nada em favor do outro. É um dia totalmente voltado para Deus, e nenhuma atividade é permitida nesse dia.
Jesus tem misericórdia da dor, do sofrimento daquele homem que, a pedido do Senhor, estende suas mãos e é curado.
É permitido fazer o bem ou fazer o mal; salvar a vida ou deixar que ela se perca? Não existe dia, não existe momento, condição para que se faça o bem e para que se salve uma vida. Jesus veio para que todos tenham vida e para que a tenham em plenitude.
Não existe lei religiosa, humana, civil que possa ser contra a vida ou que possa nos impedir de salvá-la. Aqueles que se põem ao lado do Senhor, opõem-se a tudo o que é contrário à vida.
Na vida tem acontecido de vermos tanta gente sofrendo, desanimada, tantas situações que as levam à morte… Nós não podemos simplesmente nos silenciar, não podemos deixar de fazer a nossa parte.
Levemos a vida onde ela está sendo ameaçada, levemos o sentido da vida para aqueles que perderam o sabor, a alegria de viver. Salvemos as pessoas, operemos a graça de Deus e não conheçamos nem tempo nem lugar para sermos testemunhas de Deus para elas.
Às vezes, nossas obrigações nos prendem, mas se nosso irmão está ao nosso lado, sofrendo, precisando de nós, tenhamos a coragem de sair das situações cômodas e levemos a vida e a esperança àqueles que precisam encontrar um sentido para sua existência.
Padre Roger Araújo

PROCURE FAZER UMA BOA CONFISSÃO

Que Jesus entre em nós e nos liberte das impurezas que adquirimos ao longo da vida. Procuremos, hoje, uma boa confissão; procuremos fazer um bom exame de consciência.
“Na sinagoga, havia um homem possuído pelo espírito de um demônio impuro, que gritou em alta voz: ‘Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus!’” (Lc 4,33-34).
Nós lemos, no Evangelho de hoje, a autoridade de Jesus sobre os espíritos impuros. Esse homem, possuído por um espírito impuro, não conhecia a paz nem o sossego. Como esse demônio da impureza o atormentava!
Aqueles demônios não queriam, de forma nenhuma, sair daquele homem. Mas, quando viram Jesus, eles se inquietaram e reconheceram que Cristo era o Santo de Deus.
A santidade não se conjuga com impurezas nem com o mal ou com as maldades humanas; por isso, quando nos aproximamos de alguém ou da santidade de Deus, em qualquer lugar, a inquietação toma conta de nós. Se estamos em algum estado de impureza e dela não saímos, como fica inquieto o nosso corpo, a nossa alma, a nossa mente sobretudo!
Permitamos, hoje, que Jesus entre em nós, que Ele aja em nós; permitamos que a graça de Deus nos liberte das maldades e das impurezas que nós adquirimos ao longo da vida. Sabemos que sujeira incomoda, qualquer que seja ela.
Procuremos, hoje, uma boa confissão; procuremos fazer um bom exame de consciência. Pode ser que você fique meio inquieto, porque os demônios vão se irritar dentro de você; mas quando você vai com sinceridade de coração, confessar os seus pecados, eles fogem para longe de ti, é como um verdadeiro banho que purifica a nossa alma, que lava o nosso coração e todo o nosso ser.
Padre Roger Araújo

LUZ E VERDADE

Somos convidados a caminhar na luz de Cristo para que não tropecemos.
Concretamente, precisamos viver na verdade, fazer todo esforço para que ela nos conduza sempre, como reza o salmista: “Dirigi-me na vossa verdade e ensinai-me, porque sois o Deus de minha salvação e em vós eu espero sempre” (I Ts 5,5).
A verdade faz de nós homens e mulheres livres e faz-nos enxergar todas as coisas como de fato elas são.
Senhor, cumula-nos com o Espírito da verdade para que sejamos homens e mulheres verdadeiros.
Obrigada, Senhor!
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

QUAL A IMPORTÂNCIA DE UMA ESPIRITUALIDADE CONJUGAL ?

Uma graça que santifica o casal
Espiritualidade significa viver segundo o Espírito. Espiritualidade conjugal é aprender, do Espírito, como viver conjugado, unido, é para ser vivida na carne, situada no tempo e no espaço, é concreta, dinâmica. É uma espiritualidade encarnada, uma graça que santifica o casal não apesar da vida conjugal, mas por meio dela. A vida conjugal torna-se instrumento e meio de vivência e expressão da espiritualidade.

Podemos falar em espiritualidade conjugal exatamente porque foi o próprio Deus que, ao longo das páginas da Sagrada Escritura, se apropriou dessa imagem para expressar e manifestar seu infinito amor pela humanidade. O amor conjugal precisa ser anúncio explícito do amor apaixonado de Deus pela humanidade.

Não existe nenhum amor mais intenso e profundo do que o amor conjugal. O envolvimento amoroso de um casal é o mais pleno que existe, pois implica corpo, alma, coração, sentimentos, emoções, sangue e sonhos. Tudo isso porque Deus o fez instrumento de revelação do seu amor por nós.
O maior objetivo da espiritualidade conjugal é ajudar o casal a vencer a indiferença religiosa do ser humano moderno. Não existe praga pior do que a indiferença, que é sempre egocêntrica e infantilizadora. O indiferente religioso não é contra Deus nem contra as religiões, ele é sempre a favor de si mesmo. Pior do que a idolatria é a egolatria.

Muitos pensadores e filósofos previram o fim das religiões. Os grandes pensadores ateus anunciavam para breve o fim da era da dependência religiosa, ópio do povo, cachaça de má qualidade, infantilismo psicológico, instrumento de dominação capitalista e reflexo do primitivismo humano, que não conseguia explicações e soluções científicas para os problemas. Freud, Marx, Nietzsche, Ferbauch, Comte, Simone de Beauvoir e tantos outros que apregoaram o fim dessa praga chamada religião.

Todas as suas previsões deram em nada. Nunca o mundo buscou tanto o alimento para sua alma. Apesar de todos os progressos tecnológicos e científicos, o homem do século XXI é profundamente religioso, embora, muitas vezes, sua experiência religiosa não vá além de princípios irresponsáveis de autoajuda. Não tenho dúvida de que toda busca desenfreada pela autoajuda é transferência imatura da busca pela ajuda do Alto.

A espiritualidade conjugal, e como consequência a espiritualidade familiar, tem a grande missão de ajudar o ser humano moderno a encontrar os caminhos para essa ajuda do Alto.

A falta de uma espiritualidade conjugal tornou-se um dos grandes assassinos do amor. Sem a força do Alto, ninguém persevera no amor. Sem a força do Alto ninguém passa da paixão ao amor. Sem a força do Alto é impossível achar sentido para a vida conjugal.


Padre Léo, scj 

FAXINA NA CASA E NO CORAÇÃO

Jesus, ao entrar no templo, sentiu o coração doer, pois constatou ali uma grande falta de respeito. No templo do Senhor encontravam-se os vendedores com seus animais, bois, ovelhas, etc. (naquele tempo, eram realizados sacrifícios de animais), resultando em muita sujeira, pessoas comprando e vendendo, vasaca, ovelhas, pombos, vendedores gritando... Tudo isso dentro da casa de Deus, que se transformou num mercado.
Ao ver esse triste espetáculo na casa de seu Pai, o Jesus manso e humilde de coração que conhecemos não aguentou a situação: transformou uma corda em chicote e com chicotadas, colocou toda aquela gente e seus animais para fora.

O senhor que que entremos agora na nossa casa e façamos a limpeza geral, como ele fes no templo em Jerusalém. Embora ela não seja uma Casa de Oração, é vontade de Deus que ela venha a ser uma para toda a nossa família. Devemos fazer a limpeza de nossa casa o mais depressa possível, para que somente a graça de Deus reine nela. 

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova