terça-feira, 24 de maio de 2011

QUER SER CURADO ! PERDOE

Como agradamos a Deus? Quando, pela transformação da nossa mente, oferecemos a Ele tudo aquilo que somos. Sendo generosos e entregando a Ele a nossa vida. O Senhor não está preocupado com o que temos financeiramente ou com nossos bens, Ele somente nos quer. Deus Pai nos deu tudo, tudo o que temos e somos é fruto da bondade d'Ele. O Senhor não quer tirar a nossa vida, Ele quer preservá-la. Eis o valor da entrega.
Hoje o Senhor quer nos curar. Quem quer mudança deve mudar, é isso que a Palavra meditada hoje está nos dizendo. Toda transformação começa em nós, mas essa transformação tem nome, e ela começa com a nossa cura. Uma pessoa que não é curada não consegue passar por ela [transformação]. A cura interior é uma ação de Deus, em conjunto com uma disposição do ser humano, que nos traz saúde. É uma resposta de Deus para aquilo que nos persegue interiormente. Todos precisamos de cura interior, mas para que a cura aconteça há um bloqueio que precisa ser retirado: A falta de perdão.
Quando uma pessoa se determina a não perdoar, ela se determina a não querer ser curada. A falta de perdão cega a pessoa, ela se fecha ao amor e aos relacionamentos. Deus nunca condena, Ele perdoa sempre. Não existe pecado que você tenha cometido em sua vida que não tenha perdão, a não ser que você não queira ser perdoado. Aprendamos com Jesus o jeito certo de viver, pois quando perdoamos nos abrimos a ser perdoados. Quando nos fechamos para perdoar o próximo, nos fechamos também a ser perdoados. Libertemo-nos destes sentimentos!
Há ainda um segundo bloqueio: a falta de arrependimento. Quando travamos amizade com o pecado, fazemos aliança com a morte. Existem quatro sintomas emocionais nos quais devemos nos aprofundar em nossa cura interior:
- A rejeição que nasce quando não somos queridos e respeitados por alguém importante para nós. Precisamos pedir a Deus a cura deste mal. O remédio para este sentimento é a cura.
- Outro sintoma é o sentimento de inferioridade. Aqui entra a tentação de olhar para as pessoas com o pensamento de que são melhores que nós.
- A terceira marca que revela nossa necessidade de cura é o sentimento de culpa. Pensamos que, por causa do nosso erro, Deus não vai nos perdoar.
- E por fim, o quarto sintoma é o medo, o medo anormal, sem lógica, medo de morrer a qualquer momento, medo de escuro, medo que entra em nossa vida por maus comentários. A Palavra de Deus é clara: "Não tenhais medo!"
A cura interior é a chave para a cura plena da pessoa, mas essa graça se faz por um caminho: é preciso perceber por onde Deus quer nos levar. Não existe cura interior se não existe o desejo de ser transformado. Ela acontece se lançarmos um olhar sobre a nossa história. Peça ao Espírito Santo a coragem de olhar para o seu passado e reconciliar-se com ele. Não tenha medo de olhar para trás, pois Deus quer repassar o seu passado. Cura interior não é revirar o lixo, mas jogá-lo fora. O fruto da cura é a paz.
Márcio Mendes
Missionário da Comunidade Canção Nova

AMAR COM ACOLHIDA E MATURIDADE

É permitir que o outro seja o que é

Em meio ao mundo exigente e extremamente rápido (corrido…) em que vivemos atualmente, é fato que as pessoas acabam se tornando cada vez mais inclinadas a ser intolerantes, impacientes e propensas a rotular as outras. Sufocados por tantos dilemas e exigências, poucos conseguem ter a devida paciência para com os demais e muitos, se não alcançam respostas imediatas em um relacionamento (nos mais variados âmbitos), acabam desistindo das pessoas que deles buscavam se aproximar.
Descobrir alguém leva tempo. E quando nos tornamos superficiais demais, desistindo facilmente diante do primeiro desencanto, acabamos por perder a feliz oportunidade de descobrir pessoas maravilhosas. Não é porque a pessoa não sorriu como quereríamos ou porque tenha um defeito latente, que temos o direito de encarcerá-la em um rótulo infeliz
Acredito que todos queiram ser bons e felizes, e todos lutam por isso. Pode ser que não sejam compreendidos assim – ou não se percebam assim -, mas, no fundo, buscam isso. Pode ser que palavras inicialmente ásperas sejam, no fundo, o pedido de socorro de alguém que recebeu pouco amor na vida e que, desesperadamente, pede que o ensinemos a amar.
Pode ser que as atitudes que mais o irritem em alguém sejam a prova do esforço profundo de um coração querendo sinceramente fazer o bem, e que nisso precisa ser estimulado/ensinado, para assim poder revelar suas melhores potencialidades
Mesmo que o amor que recebamos não seja do jeito tínhamos buscado ou idealizado… mesmo assim é amor. Os gestos e iniciativas de amor que possam soar repugnantes para nós, podem ser o tudo do que o outro pode nos dar no momento. Precisamos aprender a acolher o que as pessoas conseguem oferecer hoje, valorizando o que elas nos oferecem.
Não podemos ser cruéis a ponto de destruir em nós aqueles que não se acomodam aos nossos estereótipos e expectativas infantis
O verdadeiro amor se expressa em um acolhimento que permite ao outro ser simplesmente o que é, sem precisar representar para nos agradar e, assim, ser aceito. Amar é acolher e buscar compreender (o que não é fácil…). Dessa forma será possível permitir que o outro, neste universo de verdade e liberdade, se revele, expressando o amor como sabe, pois só desse modo este poderá aprender – a partir do amor/acolhida que recebeu – a melhor forma de amar e se ofertar.
Eis o desafio: amar com acolhida e maturidade, sem exigir que o outro se transforme em uma representação fiel do que “estabeleci” como verdade e valor! Assim as pessoas poderão ser, de fato, pessoas ao nosso lado – em vez de coisas –, e na verdade do que recebemos e ofertamos, poderemos também nós nos tornar melhores, sem a exigência desumana de precisarmos nos alienar para ser aceitos.
Diácono Adriano Zandoná